domingo, novembro 14, 2004

O racismo em Angola

Racismo enconsta Kwata Kanawa a parede

O secretário para a informação do MPLA, Kwata Kanawa(na foto) foi surpreendido, no mais recente debate realizado em Benguela, onde o tema principal deveria ser o ponto de vista dos “camaradas” sobre a aprovação da nova constituição e a realização das próximas eleições gerais.

Entretanto, o enrodilhado que envolve todo este processo, levou a que, num de repente, alguns militantes optassem para questionar o homem da informação sobre a visão do partido no poder em relação ao racismo, que está a tomar foruns alarmantes, também, naquela província.

O político ainda bem tentou segurar o leme, na cidade portuária do Lobito, mas a indignação da maioria era tanta, que tudo transbordou, quando chegou a hora da multiplicação dos exemplos, no sistema bancário públicos e privados, nomeadamente BPC, BCI, BAI, TOTTA e AÇORES e BFA, onde “se nota uma clara tendência racial das suas direcções, na admissão do seu quadro de pessoal”, denunciou na altura, o militante, Miguel Júlio, interrogando-se ainda; “será isso mera coincidência ou uma política, para mais tarde atirar a maioria contra a minoria, camarada secretário?”.

Outro militante mais ousado, fugindo os trocadilhos, perguntou se valeria a “pena tanto sacrifício nesta fase para o crescimento do partido e dos votos para garantir a sua manutenção no poder, para depois serem aqueles que sempre estão em cima do muro a vir beneficiar dos benefícios?” Instado a esclarecer melhor o seu ponto de vista, Pedro José apontou o exemplo bancário na província: “Desde Benguela, Lobito ou Catumbela, quando entramos num banco comercial, vimos maioritariamente, a ocupar os cargos e funções os camaradas mais claros, como se houvesse uma política clara de dizer que uns não servem, por ser a maioria”.

É neste quadro que os militantes apelam a uma séria investigação da direcção do MPLA, “para que a paz seja uma realidade no coração de cada angolano, que não se pode sentir discriminado, por ser mais escuro ou ainda só servir como suporte político do partido, mas depois das vitórias ser esquecido e atirado para a rua do desemprego. O que se passa em muitas empresas em Benguela é uma pouca vergonha e não satisfaz o projecto da reconciliação nacional e da paz”, concluiu.

E foi ainda dentro deste quadro que uma militante da OMA, com a experiência de mulher, mãe e esposa, aconselhou a direcção do seu partido a tudo fazer, para evitar, que “muitos dos nossos camaradas não depositem, nas urnas votos nulos, beneficiando a oposição, para castigar o partido, que pouco tem feito pelos seus verdadeiros membros. E os camaradas não podem pensar que as maratonas e as camisolas com a cara do camarada presidente vai resolver tudo ou é suficiente, para em dois dias se esquecer o sofrimento e discriminação de muitos anos”.

Kwata Kanawa, que é um dos membros do bureau político, responsável pelo acompanhamento da província de Benguela, com elevação e maturidade política foi anotando as preocupações dos seus camaradas de partido, prometendo levar todas em conta, com a direcção em Luanda.

Na sua opinião esta é uma questão muito sensível e não pode ser tomada pela emoção, mas sim pela ponderação, por esta razão acredita, que apesar de ser do domínio do MPLA local, o seu tratamento deverá engajar todas as partes envolvidas, enquanto angolanos com direitos iguais a luz da constituição em vigor.

Madalena Jamba, considera que o quadro de Benguela é muito diferente do que hoje se passa em Luanda, “onde parece já existir uma política de quotas, para negros, mestiços e brancos nas empresas de ponta nacional e estrangeiras, mas aqui, aká, é demais. É só uns mesmo, que se dizem do MPLA, mas não aparecem nas reuniões de células, nem nas actividades, para não se misturarem connosco e não pegaram a catinga, como nos gozam”.

E não deixou de apontar o dedo a uma flagrante coincidência de todos “os gerentes dos bancos em Benguela a excepção da agência do BAI, na Baía Farta, mas cujo gerente já é falecido, serem mestiços, muitos dos quais com dupla nacionalidade e transferindo 90% do salário, para Portugal”.

E, na sua alocução, chegou a afirmar haver economistas angolanos desprezados, em detrimento, “por exemplo, camaradas da gerente do BFA, que até nem é formada e ter uma capacidade por aí além ser portuguesa e tudo fazer para afastar, aqueles que têm competência. Mas ela hoje, que antes desembarcou com o marido, que veio trabalhar numa empresa de construção civil, hoje com a ajuda do banco têm um império invejável. Quer dizer o estrangeiro puxa e ajuda os da sua cor, tornando-os cada vez mais fortes, mesmo com o nosso dinheiro”.

E quando o rumo se aproximava do perigoso, a capacidade e experiência do político do MPLA, aconselhou a todos a um melhor controlo das emoções e uma análise mais fria das várias situações, para muitas vezes não se confundir o importante com o acessório. “Isso não quer dizer que não vamos levar em conta as opiniões dos nossos militantes, para que lá onde podermos rectificar o fazermos”.

fonte: angop

14 comentários:

Anónimo disse...

por amor de deus pensem em angola essas pessoas sao loucas pergunta .quem abriu as pernas para fazer e ter os mulatos ?mnao vao por ai se es competente mostre a mas nao botem culpa a onde nao tem o pais e dos angolanos nao so dos pretos nem dos mulatos ,mas sim de quem nasceu la.e deixem de se lamentar lutem para desemvolver o vosso pais.

Anónimo disse...

dizer que hà racismo em Angola só pode vir de possoas com ideias racistas ou separatistas. quem olha para o outro e vê a côr já está a descriminar. o bureao do mpla é um exemplo em termos de isenção racial? temos representados negros, mestiços e brancos? as grandes fortunas angolanas estão nas mãos de brancos ou mestiços? as empresas contratam competencia, nao contratam cor. estou serto que qualquer empresas, angolana ou estrangeira, nunca deixaria de contratar uma pessoa competente em função da cor. principalmente quando o custo de um expatriado é 15x mais alto do que um angolano. infelizmente, e falo por experiencia propria, ainda não temos quadros suficientes no nosso pais. e nao podemos obrigar a quotas de cor. isso sim só faz sentido numa economia racista. vamos exigir educação, formação, vamos empenhar-nos, trabalhar duro e mostrar que qualquer angolano, se competente, pode desempenhar qualquer função imdependentemente da sua cor!

Anónimo disse...

O anómimo que me antecedeu também é um auténtico "Racista". Então tu achas normal todos os Bancos de Benguela, Lobito e Catumbela a serem geridos por Brancos/Colonos ou por mestiços em detrimento dos pretos donos da terra?

Calma carra, que dentro em breve a táctica será outra e só fumo é que vos dará sinal.

Não te esqueças do que aconteceu no Zimbabwe...

Anónimo disse...

me vez de estarem ai a falar dos mulatos e brancos devia era refletir bem. porque acho que ainda este povo não deu conta que ainda são escravos e não do colono branco.

falem com os governantes deste pais para criarem postos de trabalhos para o povo, não fiquem a espera do estrageiro abrir Bancos cá para vós poder empregar. esta obrigação e do governo e não do privado seja ele quem for Branco ou Preto não obrigado a empregar ninguem por obrigação mais por vontande própia.

A BRANCOS CÀ COMO A NEGROS NA EUROPA . MUITO BEM DE VIDA E OUTROS MAL DE VIDA.
POR ISSO DEIXEM LA DISTO MEUS SENHORES SOMOS TODOS FILHOS DE DEUS POSTOS NESTA TERRA.

Vamos pedir para quem esta governar fazer mais por este pais e por este
Povo sofredor.

Somos africanos e africa esta mal a mentalidade do Lideres africanos esta muito a desejar vamos construtivamente criticar os nossos Governantes para possam fazer o melhor.

Um abraço a todos que deus esteja com todos ANGOLANOS,AFRICANOS E TODOS MUNDO.
viva ANGOLA DE TODOS NOS.
SOU NEGRO TENHO PARENTES NEGROS,MULATOS E BRACOS .

o QUE FAÇO COM ESTA MENTALIDADE DE ALGUMAS PESSOAS.??????????

Anónimo disse...

Q PRECONCEITO Q ND ...
esses racistas deviam morrê...

áh e antes de morrer deviam
pagar mas de um ano de cesta básica para o inocente q foi
vitima do preconceito...
esssa cesta básica devia ter ...
vinho importado...filé mion...
cáviá...picanha...só pros coitado
tirar a barriga da miséria...
depois a pessoa morria....
e qm axÔ injustiça com o racista
é racista tbm
e,deve morrê tbm...

Anónimo disse...

em 1963.talvez a 2 ou 3 km da ponte s/ rio chiloango.sentido seva para pangamongo encontrava uma miuda negra 12 13 14 anos? a quem nao cheguei a perguntar o nome.colocava a as cavalitas.dançavamos para simplesmente tirarmos fotos.passados alguns dias tomei conhecimento que toda a sua numerosa familia espalhada por toda a floresta maiombe de belize a pangamongo fora convocada para assistir a nosso casamento. eu fui convocadopara negociar com seu pai.eu ia abandonar cabinda dentro dias.nada feito nunca mais vi a miudamas no dia seguinte foime enviada uma irma para ficar comigo nessa noite- aceitei mas nunca cheguei a perceber qual grau minha incorreçao- nessa altura nenhum de nos tinhamos lugar onde cair mortos nem eu tinha um pozinho de racismo.hoje com minha situaçao estavel casava mesmo com ela,evidentemente com as regras do alambamento e outros usos porque nao?ja nessa altura eu era contra guerra colonial na qual tive sorte de nao dar um unico tiro. cheguei a dizer a um autotone me sentia cobarde por ter tido medo de fugir a guerra.penso que muitos dos sentimentos sobre racismo expendidos noutras mensagens nao fazem regra e como tudo na vida nao ha regras sem excepçao.alguem querera explicar o que tera ficado de melindroso na tal familia?

Anónimo disse...

O problema de Angola é estar cheio de pretos. Vejam como era aquilo nos anos 60 e vejam como está agora. Os que estão em Portugal bem que podiam ir para lá, para o pais dos corruptos, dos vendidos. Tem uma das capitais mais poluidas do Mundo, é um caos (3 horas para fazer 5km de carro, um presidente multi milionario com casas nos sitios mais caros, carros topo de gama, e o povo a viver como está... Grande país!
Os pretos africanos, porque infelizmente já há outros, não evoluiram.

Anónimo disse...

ainda aqui nao tinha entrado um racista| ei-lo, infelismente.

Unknown disse...

mal vêm um branco, vão logo pedir dinheiro: amigo, amigo,...
eu não sou vosso amigo, digo
Até os policias perseguem os brancos pela "gasosa". no comercio, há preços para brancos e preço para pretos....não existe honestidade em angola, é uma vergonha.no pais mais corrupto do mundo, como é que querem pôr gerentes do banco pretos?

Anónimo disse...

os angolanos com a mentalidade racista que demonstram no dia a dia nem sequer sao aptos para criar a galinha dos ovos de ouro: o turismo,coisa que ja existe em moçambique.sera que nao tem esperto no cabeça?

Anónimo disse...

bonitos .bonitos sao os mulatos ou mulatas gerados pela igualissima natureza de brancos e pretos

Anónimo disse...

Somos todos seres humanos e ninguém pode ser considerado superior ao outro, seja ele negro, branco, amarelo, castanho ou verde. O necessário é que se respeitem os direitos dos donos da terra, seja ele quem for. Não está certo que um forasteiro venha para Angola e tão logo toque o seu nariz numa faculdade se torne professor, regente, reitor, porque tem doutoramento, ou ainda,porque tem uma quantia volumosa de dinheiro compre as terras estratégicas do país ou também só porque é formado em cursos que os angolanos ainda não ostenta concebe programas e aí coloca estrangeiros em detrimento dos angolanos. Não se aceita, logicamente. Mas não será racismo; será sim uma luta contra forasteiros que caso se mantenham nesta senda, com as nossas terras, bancos, universidades, hoteis, tudo por eles investidos e na mão deles, depois de 20, 30, 50, 100 anos estará tudo na mão de uma minoria retrógrada, que impedirá os genuínos ou os anteriores aqui encontrados de se defenderem.Mesmo para aqueles angolanos brancos ou mestiços que connosco sofrem e que também não têm condições sociais. Estão a ver o que está a acontecer no Zimbabwe? Amigo, amigo e, mais tarde colonização. Terra entregue aos possuidores de dinheiro e aos parentes dos colonialistas ou da mesma origem e agora não querem conviver social ou economicamente com os donos da terra. Alguns até são mestiços, para não dizer negros, que se alinhavam aos colonialistas.Há aí negros que com os colonialistas se alinhavam. Comprometeram a evolução e a revolução e agora? Isto é racismo? Não! É a resolução concreta de um caso concreto. Roubaram as terras mas como nela´s já trabalharam um pouco, façam divisão, para possibilitarem os outros comerem também um pouco. Esta é uma proposta de paz mas não de roubo como tiveram feito quando açambarcaram a África. Porquê que não aceitam se a terra não lhes pertencia? não é racismo mas sim resolução concreta sobre um direito que defendá todo o povo, essencialmente o dono da terra a quem fora tirado a terra.

Anónimo disse...

A terra só a Deus pertence meus Senhores.
Antes de todos nós, já a terra existia à milões de anos, e depois, de nós todos irmos desta para melhor!!!, continuará a existir.

Mas uma coisa vos garanto desgraçado do Pais, seja ele qual for, que não consiga proteger a propriedade, de quem a comprou e para isso pagou os seus impostos, em beneficio de toda a comunidade.

Em toda a parte do mundo existem pessoas, que estão descontentes e em grande maioria dos casos, se sentem injustiçadas. Mas para isso existem formas de combater as injustiças. E a primeira coisa a fazere é respeitar o proximo seja ele quem for. Quando nós proprios não conseguimos respeitar o proximo, como queremos ser respeitados.

Nota: Sou Branco mas não sou racista mem nunca o fui, pois para alem de ser branco sou filho de Deus como todos os que me rodeiam.

Para mim a primeira grande forma de racismo, é ser normal chamar branco a um branco, mas não se admitir chamar preto a um negro, não consigo enteder o porquê de se sentirem inferiorisados ( pois não o são),
.....pensem nisso....

Inominado disse...

É tudo uma pouca vergonha, tanta gente a gozar do mesmo complexo de inferioridade. O europeu só não tem ataques de racismo quando coita a negra e o africano idem quando coita a branca, então onde está o racismo. Racismo ou discriminação social?

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