terça-feira, novembro 02, 2004

TRAGAM-ME A MINHA CAMISA VERMELHA!!!...

Há muitos e muitos anos, viveu um lobo do mar, conhecido como Capitão Bravo.
Ele era muito valente e jamais teve medo diante te de qualquer inimigo.
Certa vez, navegando pelos sete mares, um dos vigias das embarcação viu que
se aproximava um barco pirata.
O Capitão Bravo gritou:
TRAGAM-ME A MINHA CAMISA VERMELHA!!!...
E vestindo-a, ordenou aos seus homens:
Ataquem! Ataquem e destruam esses malditos piratas! E assim foi feito.
Alguns dias mais tarde, o vigia viu dois barcos piratas. O Capitão pediu
novamente sua camisa vermelha e a vitória voltou a ser sua.
Nesta mesma noite, seus homens perguntaram porque ele sempre pedia a camisa
vermelha, antes de entrar na batalha, e o Capitão respondeu:
- Se eu for ferido em combate, a camisa vermelha não deixará que meus
Homens vejam meu sangue, e assim, todos continuarão lutando sem medo.
Todos os homens, diante daquela declaração, ficaram em silêncio,
maravilhados com a coragem de seu comandante.
Ao amanhecer do dia seguinte, o vigia viu não um, mas dez barcos piratas
que se aproximavam.
Toda a tripulação, assustada, dirigiu os olhos para o Capitão, e ele, com
sua voz potente e sem demonstrar nenhum medo gritou:

- TRAGAM-ME A MINHA CALÇA MARROM!...

Liberia a triste historia que se repete.




Ate quando?
Ate quando veremos ainda mortos pelas estradas
crianças ensanguentadas e mulheres violadas?
Ate quando?
Ate quando suportaremos ainda a guerra
que mata tudo e todos que encontra davanti?
Ate quando Africa?

MAMA AFRICA...
Ate quando seràs palco de violencias sem limite...
ate quando seràs a vitima de todas as vitimas...
Africanos...
è tempo de pensar..
tempo de usar a cabeça...
usar o cerebro...
As lutas nao nos trazem beneficios.
As guerras matam...
a gente morrrrrreeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee
morre e nao volta mais.

MAS QUEM GANHA COM TUDO ISSO?
Que seje amaldiçoado por todos os seculos...
que os dinheiros sujos que se ganham com as guerras africanas
sejam manchados de sangue inocente e amaldiçoados por todos os espìiritos
mais violentos de todos os tempos...

Ate quando mae africa.

Guerrilheiros o Terroristas?

Crianças angolanas np Huambo

A luta?

Como definir a UNITA?

"... há cerca de 27 anos, na então cidade de Nova Lisboa (Huambo), perguntei ao presidente Savimbi como é que ele definia a UNITA e a luta que travava em prol dos angolanos. Savimbi disse-me: “Há coisas que não se definem – sentem-se”."

- Fonte: Entrevista ao jornalista Orlando de Souza Castro
-
Media Independente

domingo, outubro 31, 2004

O Dia dos Mortos

Dia de Finados

"Cristo morto" una delle ultime opere del Mantegna (1500?)
Milano, Pinacoteca di Brera


No México contemporâneo temos um sentimento especial diante do fenômeno natural que é a morte e a dor causada por ela. A morte é como um espelho que reflete a forma como vivemos e nossos arrependimentos. Quando a morte chega, nos ilumina a vida. Se nossa morte precisa de sentido, tão pouco sentido teve a vida, “diga como morre e te direi como é”.

Fazendo uma comparação com os cultos pré-hispânicos e a religião cristã, se sustenta que a morte não é o fim natural da vida, se não uma fase de um ciclo infinito. Vida, morte e ressurreição são os estados do processo que nos ensina a religião cristã. De acordo com o conceito pré-hispânico da morte, o sacrifício da morte – o ato de morrer – é ter acesso ao processo criador que dá a vida. O corpo morre e o espírito é entregue a Deus (aos deuses) como pagamento da dívida contraída por nos ter dado a vida. Mas o cristianismo modifica o sacrifício da morte. A morte e a salvação se transformam em coisas pessoais, para os cristãos o indivíduo é o que se conta. As crenças voltam a se unir enquanto que a vida só se justifica e transcende quando se realiza a morte.

A crença da morte é o fim inevitável de um processo natural. Vemos esse processo todos os dias, as flores nascem e depois morrem. Os animais nascem depois morrem. Nós nascemos, crescemos, reproduzimos em nossos filhos, depois envelhecemos e morremos. Em acidentes perdemos entes queridos, um amigo, um filho ou um irmão. O fato é que a morte existe, mas ninguém pensa em sua própria morte. Nas culturas contemporâneas a “morte” é uma palavra que não se pronuncia. Os mexicanos tão pouco pensam em sua própria morte, mas não temos medo porque a fé religiosa nos dá força para reconhecê-la e porque talvez também somos um pouco indiferentes à vida, supomos que assim é como nos justificamos.


O desprezo, o medo e a dor que sentimos diante da morte unem-se ao culto que profetizamos. A morte pode ser uma vingança da vida, porque nos liberta daquelas vaidades em que vivemos e nos converte, no final, a todos por igual como somos: um monte de ossos.

Então a morte vem jocosa e irônica, a chamamos de “esqueleto”, “ossuda”, “dentona”, “a magricela”, “la parca”. Ao ato de morrer damos definições como “petatearse”, “esticar as canelas”, “fugir”, morrer. Estas expressões só permitem brincar e criar mais brincadeiras com refrões e versos.


Nossos jogos estão presentes nas caveiras de açúcar, recortes de papel, esqueletos coloridos, piñatas de esqueletos, marionetes de esqueletos e quando fazemos caricaturas ou historinhas.

Ok minha gente... aqui ficamos por hoje.

Vos desejo tudo de bom

o de sempre

Francis*PAC

Halloween


Histórico do Halloween


O Halloween é uma celebração anual muito comum em vários países. Mas que celebração é essa? E onde esse evento tão peculiar teve origem? Será um tipo de culto às coisa do mal? Ou será somente a continuidade de um rito pagão antigo? Apesar de ser um acontecimento tradicional em paises como os Estados Unidos, o Reino Unido, dentre outros, o Halloween no Brasil começou a ser comemorado somente a poucos anos e, mesmo hoje ainda está restrito às capitais e grandes cidades.

A palavra Halloween tem sua origem na igreja católica e vem da contração feita de maneira errada da expressão "All Hallows Eve" que significa Dia de Todos os Santos, e corresponde ao dia Primeiro de Novembro, que no catolicismo é o dia de reverencia aos Santos mortos. Mas no 5o.Século Antes de Cristo, na Irlanda Céltica, o verão terminava oficialmente no dia 31 de outubro. Esse dia marcava o início do ano céltico e era comemorado com um feriado denominado Samhaim. A história diz que, naquele dia, os espíritos desencarnados de todos aqueles que morreram no decorrer do ano, voltavam na busca de corpos de pessoas vivas nas quais eles habitariam durante o ano que se iniciava. Acreditava-se que essa era a única esperança de vida após a morte (Panati). Os celtas acreditavam que todas as leis de tempo e espaço ficavam suspensas durante este tempo permitindo aos espíritos um inter-relacionamento com os vivos. (Gahagan).

Naturalmente, os que estavam vivos não queriam ser possuídos pelos espíritos dos mortos. Então, na noite de 31 de outubro, os habitantes dos vilarejos apagavam os fogos em suas casas, para torná-las frias e indesejáveis. Eles então se vestiam com roupas fantasmagóricas e realizavam desfiles barulhentos pela vizinhança, sendo tão destrutivos quanto possível, de maneira a assustar e amedrontar os espíritos que estavam a procura de corpos para possuí-los (Panati).

Durante a era Romana, estes adotaram as práticas célticas como se fossem suas. Porém, na medida em que a crença na possessão foi perdendo terreno, a prática de se vestir como espantalhos, fantasmas e bruxas foi transformada de uma crença religiosa para um cerimonial apenas.



O costume do Halloween foi trazido para os Estados Unidos na década de 1840 pelos imigrantes irlandeses que saiam de seu país pela escassez de seu principal alimento, a batata. Nessa época, a tavessura (brincadeira) favorita na Nova Inglaterra (nos Estados Unidos), era escrever sobre as paredes das casas e retirar as trancas dos portões (Panati).

O costume do trick-or-treating (travessura-ou-gostosuras : dê-nos coisas gostosas ou faremos travessuras) parece não ter origem nos célticos mas sim em costume europeu do século 9 chamado "Souling". No dia 2 de Novembro, Dia de Todas as Almas ou Dia dos Mortos, os cristãos andavam de Vila em Vila para ganharem as chamadas "Soul Cakes", ou tortas feitas com pedaços quadrados de pão e groselha. Quanto mais tortas recebiam, mais orações eles prometiam em memória dos parentes mortos daqueles que doavam as tortas. Naquela época, acreditava-se que os mortos permaneciam num limbo por um período de tempo após a morte e, através de orações, mesmo de estranhos, aconteceria a passagem do limbo para o céu.

A Abóbora-lanterna, (em inglês Jack-o-lantern) tem origem no folclore irlandês. Segundo a estória, um homem chamado Jack, que era um notório beberrão e trapaceiro, fez um trato com o Diabo que estava em cima de uma árvore. Jack então esculpiu a imagem de uma cruz no tronco da árvore, como uma armadilha para prender o Diabo onde estava, ou seja, em cima da árvore. Jack fez então um acordo com o Diabo: se ele nunca o tentasse ou atormentasse, Jack apagaria a cruz e o deixaria descer da árvore.

De acordo com o conto, depois que Jack morreu, sua entrada no céu foi negada por causa do seu trato com o Diabo, mas também lhe foi negada a sua entrada no inferno porque ele enganou o Diabo. Então o Diabo deu-lhe uma vela para iluminar o seu caminho através da fria escuridão. Então Jack colocou a vela dentro de um grande nabo, para mantê-la acesa por mais tempo. O nabo foi esculpido para ficar oco e com buracos para dar passagem a claridade emitida pela luz da vela.

Originalmente os irlandeses usaram nabos para fazerem suas Lanternas de Jack. Porém, quando os imigrantes chegaram aos Estados Unidos, eles encontraram as abóboras, muito mais adequadas do que os nabos e, até hoje, é o símbolo mais marcante do evento.

Então, apesar de alguns cultos e trabalhos satânicos terem adotado o Halloween como seu feriado favorito, o dia não teve origem em nenhuma prática demoníaca como algumas pessoas suspeitam. Ele cresceu a partir dos rituais de celebração do ano novo pelos celtas e de rituais europeus na idade média. Hoje o Halloween é apenas o que cada um faz dele, bem ou mal.

Referencias:
Charles Panati, Extraordinary Origins of Everyday Things, 1987;
Joseph Gahagan, University of Wisconsin-Milwaukee, Personal letter, 1997
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