sexta-feira, agosto 09, 2013

Angola - 3 Questões Sobre a Solidão Política dos Nossos Dias, de Francisco Pacavira

Solidao Politica em Angola

O LEGADO CULTURAL. Cada geração tem o direito de construir a própria cidade, as próprias expressões culturais, os próprios sonhos e ambições, mas respeitando os antecedentes. O respeito inter-geracional é condicionado pelo legado cultural dos adultos. Legado Cultural aqui entendido como o conjunto de práticas e costumes que os mais velhos deixam para os mais novos.

No âmbito político, como avaliar o legado cultural dos mais velhos aos mais jovens? Quê valores, quê paixão política, quê sonhos de transformação para Angola? Cada um de nós é capaz de resposta. Segundo o meu modesto parecer, Angola dos nossos dias está vivendo uma certa apatia política. Se regista um triste desinteresse pelas formas de acção política tradicionalmente conhecidas, que se consubstanciam na filiação partidária consciente, mobilização crítica, busca de melhores soluções para os vários problemas sociais, de modo participativo. Mas os partidos estão perdendo o valor que tinham? Por que razões muitos jovens já não aderem aos partidos políticos? São questões que requerem reflexão conjunta, requerem aprofundamentos contextualizados. De qualquer maneira, cada um nós é capaz de elaborar uma própria idéia. E é o objectivo desta reflexão. Já agora, o que seria de Angola sem os actuais partidos políticos?

SOBRE A POLÍTICA. E’ concepção partilhada, a nível da politologia que, a política é a arte do possível. Nada é impossível para um grupos de homens e mulheres politicamente motivados: isto se chama, “vontade política”. No que tange aos jovens, por muito tempo se afirmava que estes são o futuro de uma nação. Hoje sabemos que a realidade é diametralmente oposta: os jovens são o presente de uma nação. Unindo as duas “variáveis” deste parágrafo, os jovens e a política; quê tipo de política os jovens angolanos conhecem e se empenham a realizar? Em que modo estamos incentivando os jovens a fazerem políticas verdadeiras? Quais são os sonhos que estamos partilhando? Em que direcções estamos endereçando os mais jovens? Com quê meios? Quais são as verdadeiras aspectativas com relação a juventude actual?

Como se diz, os exemplos arrastam, e sinceramente são poucos os exemplos positivos que os "kotas" estão deixando aos demais. Sobre Angola que nós queremos, muito se pode escrever, terabytes de palavras podem ser armazenados, mas o que conta mesmo são os exemplos que hoje damos aos demais. A desilusão é crescente, o mesmo se diga sobre a esperança. Os mais rápidos, mais abençoados pela fortuna, estão conseguindo colher os melhores resultados do actual momento econômico angolano. E os outros?

Estou assustado com um certo amigo que, de Angola, muito mal falava enquanto se encontrava fora a estudar. Hoje voltou para a banda, está podendo, e para a minha maior desilusão: já tem uma casa de primeiro andar, dois carros na garagem, mas pouco ou nada faz pela cidade que o empregou. O que dizer?

SAUDADES DO FUTURO. Tenho uma certa saudade dos tempos de grande paixão política e cultural. Tenho saudade de certos tempos nos quais o ritual das trocas de informações eram preponderantes nas relações humanas; tenho saudades dos confrontos de ideias em modo desinteressado e objectivo, tudo para o bem de Angola. Nos dias que estamos vivendo, é cada vez mais difícil encontrar "amigos" para conversar sobre as várias estradas necessárias para melhorar Angola, sem que se discuta amargamente sobre resultados das acções do Governo. Todos têm a verdade no bolso, mas destas, poucas soluções aplicáveis. Angola real requer maior imaginação, maior ponderação, maiores sonhos, maiores reflexões e não só o sobejo de velhas propagandas anticomunistas.

Neste diapasão político e cultural, declaro aberta a revolução permanente do cidadão. Tudo começa com a mudança de pensamento, de comportamento do cidadão. Tudo começa com a consciencialização do cidadão. O cidadão em particular. Se a força da matilha é o lobo, a força de uma sociedade de direito é o cidadão. Um cidadão informado e formado sobre a sua condição de vida real.

O bem estar de Angola e dos angolanos de hoje e de amanhã, depende indiscutivelmente das pequenas decisões quotidianas. Por exemplo: tu, o que fazes pela Angola dos teus sonhos? O que gostarias de fazer? O que te impede de fazê-lo? Com quem falastes? À qual instituição te dirigistes? As respostas que obtivestes são suficientemente justas? Te convenceram? Angola muda com a mudança de comportamento dos cidadãos. Cada um no seu cantinho, mas o conjunto destes cantinhos constituem uma sociedade, uma cidade, uma província, Angola. Nisto, os partidos políticos em justa interação com a sociedade civil têm muito por fazer. Declaro aberta a revolução permanente do cidadão.

Kambas, "Mbora" a fazer política. Aquela política aplicada à realidade angolana. 
 
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Via | FPB aka #Angola2017


Ph. Credito: "Victor Sousa"
SOBRE O AUTOR
Francisco Pacavira Bernardo (FPB) é angolano, jornalista freelancer, especializado em questões de Cooperação internacional e políticas energéticas. De igual modo se destacam as suas intervenções no campo do Strategic marketing management.

segunda-feira, agosto 05, 2013

Rosa Cruz e Silva, Culture Minister, Hails Importance of Angola Music Awards

Luanda — After the homage paid to King Elias Dia Kimuezo, the Culture minister, Rosa Cruz e Silva, considered Angola Music Awards/2013 gala to be a moment of sheer exaltation to the national music hall.

She said that the show will also enable the singers of the provinces of Cabinda and Cunene to be committed more and more, despite their difficulties.

The minister said that the moment that she spent in the stage with the veteran musician Elias Dia Kimueko served to thank him for what he has been doing toward the development of the Angolan music.

On the other hand, the official said that the Ministry of Culture will give a band to King Elias Dia Kimuezo.

King Elias was born in Marçal ward in Luanda on 2 January in 1936.

The gala distinguished "Best tracks of Semba, Kizomba, R&B, Afro-Beat/House, Rap/Hip-Hop, Kuduro", "Best Electronic album", "Best Acoustic album", "Best Video Clip", "Best DJ's album", "Best Composer", "Best Instrumentalist", "Best Musical Producer", "Best Musical DVD", "Best New Artist", "Best Female and Male Voice".

Angola Music Awards (AMA) has as primary objective the cultural appreciation of music of Angola, the promotion of new values and tribute to creators and performers who have made the history of country music.

Via|Angop

domingo, agosto 04, 2013

CRESCE O RACISMO NA ITÁLIA | Em Turim italiano negros são blocados nos super-mercados 4Agosto2013

Il sonno della ragione genera mostri. Questa è la chiave di lettura ai crescenti fatti di razzismo in Italia, estate 2013. Aumentano i reati, ma non gli indagati. Se gli atti  di razzismo sono tuttora perseguibili per legge, come mai non scattano nemmeno le indagini? Ho una possibile risposta: la moltiplicazione di questi reati è proporzionale alla crescita del razzismo istituzionale. Da Calderoli in poi, tutto è diventato normale.
Contro la Ministra Cecile Kyenge, non trovo parole per descrivere l’ignobilità di certi atti razzisti messi in atto dalla Lega Nord. Ormai non hanno in senso del ridicolo, e così facendo si sdoganano i comportamenti più animalesche che ogni società umana porta in sé.
Dimostratemi il contrario. Fatemi capire dove sbaglio. Scrivetemi circa lo sbaglio interpretativo. Tutto sarebbe diverso se a partire della classe politica il razzismo fosse condannato, perseguito per legge. Sarebbe diverso se in primis i politici dessero l’esempio, si impegnassero di più nella costruzione di una società multietnica, più aperta, più democratica.
Vi riporto l’ultimo atto della crescente “Onda razzista” in Italia. Nessuna regione d’Italia si salva. Gli atti di razzismo si stanno incrementando dal Nord al Sud, tutto in silenzio. Questa volta è successo nella Torino bene.

Via FPB| #kambasFPB

Il silenzio della ragione, Pacavira

L'ultimo schiaffo a Francesca, torinese con la pelle scura. E' accaduto in un negozio di calzature di un grande centro commerciale. Ma non è un episodio isolato:è accaduto anche quando cercava casa

di OTTAVIA GIUSTETTI | La Repubblica

"Qui non c'è nulla per te, non importa se hai denaro per comprare ciò che io ti posso vendere. Non importa che il mio interesse sia vendere. Per il fatto che hai la pelle scura io non voglio avere nulla a che fare con te". Lei è Francesca, una donna di 33 anni, di origini indiane, adottata all'età di quattro da una famiglia italiana. Vive a Torino da 29 anni. Lavora in uno studio legale, ha abitudini, amici, look italianissimi. Eppure il senso della risposta che si è sentita dare in un negozio di un grande centro commerciale pochi giorni fa quando è entrata per scegliere un paio di scarpe è proprio questo. Un gesto scontato prima di partire per un viaggio: scegliere qualche indumento adatto alla gita. Per Francesca non è lo stesso. Non è sufficiente che parli perfettamente la lingua, non basta che abbia un viso grazioso e occhi scintillanti e puliti. Il colore della sua pelle, in qualche luogo, la rende ancora "diversa". LEI non se ne stupisce e dice "è una cosa con cui faccio i conti da sempre, tante volte ho esitato prima di entrare in un negozio e ho preferito aspettare di tornarci con mia madre, è un fatto evidente che quando sono sola il trattamento che ricevo è diverso". Il "sentimento razzista", quello che negli anni Sessanta a Torino teneva fuori dalle case e dai luoghi di lavoro gli immigrati dal Sud, è vivo più che mai.

Potrebbe quella donna del negozio di scarpe aver risposto che non aveva nulla da venderle per qualche altra ragione se non per il fatto che il colore della sua pelle è diverso? "Ho anche provato a immaginare una ragione alternativa  -  dice Francesca  -  ma certi toni e certi sguardi sono inconfondibili, è anche umiliante doverlo ammettere, ma non c'è equivoco possibile, sono sicura". Insieme con lei era nel negozio la sorella. "Passeggiavamo per i centro commerciale e ho visto in vetrina quelle scarpe un po' tecniche che potevano servirmi per le escursioni più impegnative, ho visto che c'era anche il mio numero tra quelli disponibili e così siamo entrate. Una signora di mezza età mi è venuta incontro e mi ha chiesto cosa desideravo, io ho risposto che cercavo un paio di scarpe e lei mi ha chiesto per chi fossero. 'Per me', ho detto. Allora lei ha risposto 'mi dispiace non abbiamo niente'. Non mi ha chiesto modello o numero, mi ha liquidata così, e ha aspettato che uscissi". Nella domanda: "per chi sono?" c'è il senso dell'intera faccenda.

Francesca non l'avrebbe mai raccontato se non fosse stato per un'amica che ha provato enorme vergogna nel sentire il resoconto di una simile follia. Francesca che è uscita senza dire una parola avrebbe messo l'episodio nel cassetto delle umiliazioni sopportate con rassegnazione, una delle tante. "Sì, ho pensato che avrei ripiegato su un grande magazzino di attrezzature sportive, almeno lì ti cerchi da sola ciò che ti serve, modello e numero di scarpe, e alla cassa ci vai solo per pagare". Una soluzione accettabile, se non fosse per la ragione che la impone. Se non fosse per il pensiero che è costretta a fare una ragazza indiana che subisce la violenza di essere tenuta "ai margini" perché il suo aspetto esteriore evoca origini lontane. Che ha denaro per comprare un oggetto che desidera ma per qualche motivo le viene negato il diritto di spenderlo.

Le scuole torinesi sono felicemente multietniche da anni, i bambini e i ragazzi vivono con estrema naturalezza il fatto di avere compagni africani o cinesi, o indiani. E' una delle ricchezze della città. Come è possibile, allora, che una testimonianza come quella di Francesca riporti l'immagine di una realtà così diversa? "In effetti se devo pensare a un periodo della vita in cui ho avvertito meno la sensazione della discriminazione sono stati proprio gli anni della scuola  -  racconta lei  -  i miei genitori adottivi mi hanno iscritta in una privata pensando che l'ambiente fosse più protetto e che corressi meno il rischio di incontrare umiliazioni. La città non era ancora meta di grande immigrazione dai Paesi extracomunitari, perciò temevano che mi potessi trovare in situazioni difficili. Invece è stato un periodo molto sereno. E devo ammettere che anche nella ricerca del lavoro mi sono sentita a tutti gli effetti una cittadina italiana: ho un contratto a tempo indeterminato in uno studio legale come segretaria e mi trovo benissimo".

Poi però si verificano fatti assurdi nelle circostanze più inaspettate. "La storia delle case non date è ancora vera, per esempio. Io ho fatto una fatica incredibile a comprare l'appartamento dove vivo. Abitavo con i miei genitori a San Salvario e mi piaceva l'idea di restarci anche perché lo consideravo uno dei quartieri più multietnici di Torino. Invece era impossibile convincere i proprietari che ero una cliente affidabile. Una volta, presente l'agente immobiliare, il padrone dopo avermi vista disse che lui non la vendeva la sua casa agli extracomunitari. Io avevo persino una lettera di referenze dagli avvocati dello studio, non ci fu nulla da fare". Alla fine anche per questo Francesca ha aggirato l'ostacolo. Con pazienza, attraverso il passaparola ha trovato una casa e un proprietario senza pregiudizi. Ma è come per le scarpe, in fondo. Esiste una ragione valida per cui la conquista di un diritto indiscutibile debba passare attraverso mille porte chiuse in faccia? "No, non esiste - dice Francesca e quella che risponde è una persona che si considera privilegiata rispetto alla maggior parte degli stranieri che arrivano qui per guadagnarsi da vivere -. Non so immaginare quali fatiche e umiliazioni siano quotidianamente costretti a subire".

(04 agosto 2013)

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