segunda-feira, fevereiro 27, 2012

Facebook 2012: A gula dos especuladores e os ganhos em vista da entrada no NYSE, por Kingamba Mwenho

Facebook 2012: A gula dos especuladores e os ganhos em vista da entrada no NYSE

Existem temas dos quais somos quase obrigados a escrever algumas linhas, dos quais nos sentimos atraídos como acontece com as abelhas às boas flores. Esta atracção comporta escolhas de campo nem sempre condivisíveis, comporta uma avaliação obrigatória e quase sempre subjetiva, sobre a oportunidade ou menos de empenhar-se no aprofundamento e extesura de tais temas. Uma coisa é certa: sem o instinto "abélhico" muitas espécies de plantas deixariam de existir, e com elas o inteiro giro de vidas que delas dependem. Aplicadas ao jornalismo e a paixão de escrever, a ausência de um certo instinto comporta a exclusão de muitos temas de interesse colectivo.

Pois bem, hoje pela segunda (1) vez consecutiva teço algumas considerações sobre o social network mais famoso do mundo, mais difundido entre os adolescentes e adultos, mais influente do ponto de vista mediático, visto que contribui significativamente na formação de várias opiniões públicas e sensibilidades morais. Falo do Facebook, a invenção do jovem americano Mark Zuckerberg, cuja a origem se pode apreciar no filme "The Social Networ". Por traz de uma grande fortuna tem sempre uma grande idéia, positiva ou negativa que seja.

Como citara no post anterior, Facebook será em breve quotado em Wall Street, uma notícia que aquece o sangue de managers de grandes companhias prontas a investir milhões de dólares no novo gigante da Silycon Valley, obriga os brokers mais aguerridos a controlarem até os mínimos movimentos ligados a esta oportunidade de ganhos fáceis, e como era de esperar, até os investidores comuns se estão preparando para o Dia D, valendo-se do ditado "que a vida é feita de oportunidades", e está é uma a não perder.

Para os pequenos investidores, como a nova classe média angolana, o conselho é certamente aquele de confiarem as quantias que entendem empenhar a brokers profissionais que tenham licença de comercializar títulos acionarios em Borsas internacionais. Outra estrada é aquela de informar-se junto da própria Banca a possibilidade de comprar tais ações a partir da mesma.

Os russos dizem que a espera é melhor que a festa, e para os gregos, no meio de uma crise sem precedentes, às dificuldades constituem a melhor fonte de inspiração que um homem pode ter nesta vida. Sobre as esperas sem fim, um exemplo da criatividade como resposta aos problemas da actual crise, a Ig Markets de New York criou um instrumento através do qual os investidores podem começar já a experimentar o processo de capitalização borsistica do Facebook. O instrumento permite também a elaboração de previsões dos valores de contratação dos títulos do social network no primeiro dia de inserimento na borsa de New York.

Kingamba Mwenho
Por Angola, hoje e sempre!

 

(1) Mark Zuckerberg, o nascimento de um jovem multi-bilionário, por Kingamba Mwenho

Grande Fotografia Histórica: Cdas Agostinho Neto, Lúcio Lara, Lopes do Nascimento …

Grande Fotografia Histórica: Cdas Agostinho Neto, Lúcio Lara, Lopes do Nascimento…

domingo, fevereiro 26, 2012

Agostinho Neto, pensamento democrático e funções de um governo democrático

Agostinho Neto, pensamento democrático e funções de um governo

GRÉCIA INVENÇÃO E CRISE DEMOCRÁTICA. A política é a gestão dos vários interesses sociais, assim reza um antigo texto grego. Me refiro mesmo a Grécia, caro leitor e estimada leitora. Me debruço sobre a terra dos grandes filósofos que souberam sintetizar e sistematizar conhecimentos milenários de vários campos do saber humano, de modo que  que o futuro “dos seus” fosse ainda melhor que o passado já glorioso. Falo da Grécia, o anel débil da Unidade Europeia, que hoje vive um dos piores momentos desde a sua constituição como República livre e independente.

No momento em que teço estas considerações é cada vez mais claro para todos os analistas e interessados aos problemas europeus, que a causa fundamental da crise que atanalha o país de Sócrates, de Platão, de Aristóteles e outros grandes filósofos – além da crise das dívidas estatais - é a corrupção do seu sistema democrático, político e institucional. Este “facto de coisas” traduziu-se na desarticulação da maior parte todas as instituições que constituem um Estado democrático e posterior exposição das debilidades financeiras nos mercados especulativos.

É uma triste conclusão, porque o sistema democrático é uma das várias riquezas do passado helênico, elaborado para que o povo controlasse o próprio destino. Este sistema é a síntese de um passado glorioso, que serve a orientar a melhor estrada para os governados e os governadores na complexa estrada do progresso social. A codificação do sistema se chama hoje: CONSTITUIÇÃO.

O PODER DO POVO. Pois bem, em democracia, o poder é do povo e para o povo. Ninguém assume o poder se não através do povo, que o elege e o sustem. As eleições obedecem uma série de regras e critérios que os vários países elaboram a fim de evitar zonas de sombra no processo de assunção e gestão legítima do poder.

O poder que os cidadãos confiam aos partidos políticos e à inteira classe dirigente serve a legitimar às suas acções em prol das iniciativas pelo bem comum. O processo eleitoral é uma espécie de diálogo, fim do qual o povo escolhe, entre as várias propostas, aquela que mais se aproxima aos seus anseios presentes e futuros. E como se o povo dissesse: “Assuma o poder e resolva os nossos problemas”. Se o mandato não é respeitado, no próximo pleito eleitoral o partido político e os líderes que o representam perdem a confiança do povo, e portanto às eleições. Esta é a fotografia da interacção política e social de uma democracia madura.

AGOSTINHO NETO E A DEMOCRACIA. A visão política do pai da nação angolana, o doutor António Agostinho Neto, já obedecia tais regras, isto, não obstante o contexto político que se antevia, aquele do partido único já em marcha em outros países africanos. Por isso afirmava: "O mais importante é resolver os problemas do povo". O bem estar do povo é o horizonte inicial e final de qualquer boa acção política.

É nesta ordem de ideias que às sociedades civis, às organizações sociais de várias ordens e categorias têm o direito de criticar às acções dos governos eleitos ou não. Aceitar às críticas é questão de boa educação e ampla visão política e cultural sobre o desenvolvimento dos povos e das sociedades.

Com frequência, as elites de poder e no poder, criticam às organizações sociais por passarem o tempo apontando os colossais e menores erros de governação. "O que fazem vocês além de criticaram e manifestarem exigências e necessidades?" Esta é uma das perguntas de baixa retórica usadas sem o mínimo sentido responsável da própria posição institucional e dever político o social. Assim fazendo, muitos governantes se esquecem o porque ocupam tais posições. Os dirigentes estão aí para resolverem os problemas do povo e se estes persistem, às estradas são duas:

1) Criação de mecanismos de participação social. Que o Governo abra mesas de diálogo com os  partidos da oposição e as organizações da sociedade civil. Ninguém tem no bolso todas as soluções para melhorar às condições de vida de um povo e admitir está dificuldade é já um passo avante.

2) Demissão e novas eleições. Quando um Governo, incapaz de resolver os problemas do povo, não admite as próprias dificuldades e nem entende abrir-se a um diálogo com a oposição e a sociedade civil a única estrada é a demissão e a realização de novas eleições. Fora disso é um harakiri político e consequente decadência social para o próprio povo.

A sociedade civil tem em si às melhores qualidades de um povo por isso o bom governante cria espaços de interacção e constante confronto com às organizações sociais. Para a questão angolana o confronto se torna obrigatório visto e considerando os enormes desafios que se apresentam a cada dia que passa.

Com o político, o doutor, o nacionalista, o poeta Agostinho Neto repetimos: "O mais importante é resolver os problemas do povo - ANGOLANO!"

Kingamba Mwenho
Por Angola, hoje e sempre!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Postes populares