sexta-feira, dezembro 28, 2012

O intelectual e a palavra | Para reflectir no final de mais um ano

O intelectual e a palavra | Uma reflexão
"... Assim, em meu parecer, sobretudo como efeito inevitável de uma longa e cruenta guerra civil, a nossa sociedade, em geral e a de Luanda em particular, enferma de numerosas e agudas mazelas. De imediato, é notória uma grave barbarização de atitudes e de comportamentos de uma vasta parcela da nossa gente, visível no aumento da violência e da bruteza nas relações de um número excessivo de pessoas entre si. Como consequência disso, sobrou uma funda cesura (corte) com o passado que engendrou um esvaziamento de tradições e dos respectivos saberes e valores que se escancara hoje em condutas frequentemente desorientadas e asociais.
Mas, a tarefa mantém-se colossal, por isso, não podemos alimentar qualquer ilusão; na verdade, mesmo se as respostas do Estado e da chamada Sociedade Civil tivessem sido, ou fossem, correctas, o que nem sempre ocorreu, as questões, que se levantam em todos os recantos do território nacional, persistem na sua aspereza intrínseca. A despeito dessas insuficiências evidentes, houve, depois de 2002, não hesito em declará-lo, uma manifesta melhoria da situação geral de relevantes camadas do povo, contudo, este percurso pecou, creio, por imoderada e, tendencialmente perigosa, desigualdade socio-económica. A meu ver, tal desenvolvimento aconteceu por um excesso de acções improvisadas e, não raro, imbuídas de um espírito de inspiração neo-liberal, que atribui à alegada capacidade espontânea do mercado a solução de múltiplas carências gritantes e dolorosas. Quanto a mim, compete antes do mais ao Estado remediar àquelas penúrias da maneira mais racional e justa, por consequência, menos submissa ao puro lucro. Este, entregue a si próprio e isento de qualquer controle social unicamente respeita o proveito singular e menospreza o interesse colectivo, como a História e a Economia mais lúcidas, inclusivamente em Angola, antes e depois da independência, já o demonstraram.
É pertinente lembrar aqui que cabe à educação, no sentido lato do termo, desempenhar um papel muito mais reflectido, abrangente e diferenciado do que se tem passado até à actualidade. Ela representa, como o provam todos os Estados ricos, ou “emergentes”, um factor estruturante básico inevitável para maturação evolutiva de um povo. Não olvidemos nunca que a maior riqueza de um país são- sem sombra de discussão- os seus cidadãos, contudo para que essa abundância aumente, temos que formar bem as pessoas, de jeito, a que elas se tornem, cada vez, mais detentoras de bens materiais e espirituais, próprios de uma sociedade avançada.
Também é claro que, para nos tornarmos uma Nação forte e mais pujante, temos que ir construindo agora uma administração, cada vez mais consciente da noção da coisa pública e mais instruída nas habilidades à altura das exigências da população. Brincando um tanto, seria bom que os nossos ricos entendessem que ficariam ainda melhor se a totalidade dos seus compatriotas possuisse muito mais.
Pessolmente, saliento, que nós temos a obrigação moral, perante o nosso martirizado povo, de fazer, em todos os domínios, melhor que os colonialistas. E respondo, enquanto patriota angolano que lutou com armas na mão para a independência da Pátria. Vejo, por consequência, esta postura como um Imperativo kantiano, ou seja, segundo o pensamento do notável pensador alemão Kant, como dever ético a cumprir infalivelmente."

Para os angolanos, os luandense, para homens e mulheres de bom senso!

Via | Facebook!

O FMI defende debate sobre criação de fundo soberano de Moçambique

Monetário Internacional (FMI)

O Fundo Monetário Internacional (FMI) defendeu hoje o início de “um debate mais a fundo” sobre a eventual criação de um fundo soberano de Moçambique para gerir “as significativas receitas dos recursos minerais”.

Questionado hoje pela Lusa, o representante do FMI em Moçambique, Victor Lledó, disse que se “deve fazer um debate mais a fundo” sobre o fundo soberano, não sobre a sua necessidade, mas sobre o desenho desse instrumento.

“Ainda há um horizonte de alguns anos até que as receitas advindas dos recursos minerais se tornem significativas, mas é importante iniciar este debate sobre quais seriam as linhas e o desenho de um possível Fundo Soberano o mais cedo possível para que se chegue a um consenso”, disse.

A instituição de um fundo soberano de riqueza pode ser “um instrumento que seja legítimo e efetivo e útil para o caso de Moçambique fazer uma gestão possível das significativas receitas dos recursos minerais, que se esperam que comecem a fluir na próxima década”, disse Victor Lledó.

Economistas moçambicanos e internacionais têm discutido a criação de um fundo soberano sustentando a sua constituição com as pesquisas de recursos minerais, nomeadamente os hidrocarbonetos.

Nos últimos tempos, multinacionais envolvidas na prospeção de recursos naturais em Moçambique anunciaram importantes descobertas de carvão e gás natural no centro e no norte do país, a que se somam reservas já em exploração no sul.

Esta semana, o primeiro-ministro de Moçambique, Alberto Vaquina, anunciou pela primeira vez a posicionamento das autoridades moçambicanas em relação à criação do fundo soberano.

“Se for para guardar dinheiro em bancos internacionais enquanto precisamos de dinheiro para nos desenvolvermos, não creio que seja uma boa aposta. Ainda é uma discussão, ainda não temos recursos, estamos a discutir o ovo enquanto ainda está na galinha”, disse Alberto Vaquina.

Para o executivo de Maputo, Moçambique enfrenta desafios ligados à pobreza e infraestruturas do país para sustentar a economia, pelo que o país necessita de dinheiro para ultrapassar estes problemas.

“Esta questão do fundo soberano não está acabada. Temos ainda grandes problemas relacionados com a pobreza. Um dos desafios que temos neste momento é a infraestruturação do país. Precisamos de ter mais escolas, estradas e outras infraestruturas que possam sustentar a nossa geração e, a partir daí, preparar o futuro das próximas gerações, disse Alberto Vaquina, que admite porém uma posição contrária.

“Se o fundo soberano resolve o problema do país, não vejo nenhum problema, adotaremos a melhor solução para resolver os problemas de Moçambique”, afirmou.

Via|Lusa

Espanha 0212: Cristiano Ronaldo não quer renovar com o FC Real Madrid

Cristiano Ronaldo 2012

Cristiano Ronaldo não vai aceitar o novo contrato que lhe será proposto pelo Real Madrid no próximo Verão e quer abandonar o clube “merengue” em 2015, quando termina o actual vínculo, segundo revela nesta quinta-feira o jornal desportivo espanhol AS.

O avançado português já terá comunicado esta posição ao presidente do Real Florentino Pérez, alegando razões emocionais, que já foram manifestadas publicamente em Setembro passado, quando Ronaldo afirmou que se sentia “triste”.

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