quarta-feira, outubro 24, 2012

Classe empresarial angolana é cada vez mais forte, Ministro Pedro Afonso Canga

Classe empresarial angolana é cada vez mais forte, Ministro Pedro Afonso Canga

O ministro da Agricultura, Pedro Afonso Canga, defendeu ontem, em Luanda, o surgimento de um sector empresarial agropecuário forte, para incentivar e motivar a produção para o mercado interno e promover uma visão de competição no mercado regional e internacional de produtos agrícolas.
Pedro Afonso Canga fez esta afirmação durante o discurso de abertura das jornadas técnico científicas da Fundação Eduardo dos Santos (FESA), que decorrem desde ontem, nas instalações da Assembleia Nacional, subordinadas ao tema “A agricultura no actual contexto de desenvolvimento de Angola”.
O titular da pasta da Agricultura sublinhou que para impulsionar o surgimento deste sector empresarial, o Executivo criou instrumentos de acção, como o programa “Angola Investe” e outros, através dos quais os empresários podem ter acesso aos financiamentos necessários para a realização dos seus projectos.
Pedro Afonso Canga definiu o sector da agricultura como tendo grande importância para a vida económica e social do país, enquanto produtor de alimentos, matérias-primas e de outros bens e pelos milhares de empregos que proporciona às populações.

Prioridade absoluta

No programa de governo do MPLA, o sector da agricultura é uma prioridade absoluta, que tem como objectivos garantir a segurança alimentar e nutricional, a criação de empregos e geração de riqueza, estabilização das populações no meio rural e proporcionar melhores condições de vida no campo. A agricultura familiar pelas suas características, “ocupa um lugar especial”, devendo ser apoiada e estruturada, transformada progressivamente de uma produção de subsistência para uma produção orientada para o mercado.
Para o ministro da Agricultura, é fundamental a elevação dos níveis de rendimento das explorações agrícolas e pecuárias familiares, pela utilização de técnicas e tecnologias mais eficientes, como a fertilização, correcção dos solos, sementes e espécies melhoradas, irrigação e equipamentos adequados.
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), emitiu um relatório sobre o estado da insegurança alimentar no mundo, no qual Angola está entre os 13 países da África Subsariana que conheceram avanços no que diz respeito à segurança alimentar. O país registou progressos notáveis no combate à fome, tendo reduzido o número de pessoas subnutridas de 63, 9 porcento no período 1990/1992 para 24,4 porcento no período 2010/2012. Segundo o mesmo relatório, 870 milhões de pessoas no mundo sofrem de subnutrição no período 2010/2012.
Pedro Afonso Canga reconheceu que há um longo caminho a percorrer: “devemos aproveitar as nossas potencialidades e recursos disponíveis para consolidar os ganhos conseguidos e alcançar resultados cada vez mais positivos”. Assim, salientou, para os próximos cincos anos devemos aumentar a produção de cereais e leguminosas, de carne, ovos, raízes, tubérculos, frutas, açúcar, leite e a produção florestal.
Pedro Afonso Canga assegurou que as medidas de política e os instrumentos de acção estão inscritos no Programa de Desenvolvimento de Médio Prazo (2013/2017) e no Programa Plurianual de Investimento Público. “A geração de conhecimento, através da investigação científica e a sua disseminação e transferência, por via de formação formal ou informal são imprescindíveis, para o alcance das metas estabelecidas no sector da agricultura”, defendeu.

FESA 2012 | Angola precisa apostar em pequenas e médias empresas agro-industriais

Luanda – O decano da Fundação Eduardo dos Santos (Fesa), Fernando Albuquerque Mourão, defendeu hoje, terça-feira, em Luanda, a necessidade do empresariado angolano apostar em pequenas e médias empresas agro-industriais para contribuir no desenvolvimento do sector agrícola no país.

Em declarações à Angop, por ocasião das XVI jornadas técnico-científicas, disse que, em detrimento das grandes empresas, a aposta em pequenas e médias é vantajosa, leva menos tempo para a sua implementação e é pouco dispendioso em termos de manutenção.

“O empresariado nacional pode apostar na produção de bens agrícolas enlatados”, sugeriu o interlocutor.

Questionado sobre a escolha do tema das jornadas - Agricultura no actual contexto de desenvolvimento de Angola - justificou que o objectivo é influenciar a diversificação da economia no país através do sector agrícola.

“O objectivo do tema é chamar a atenção de que em Angola não há só petróleo e diamante, e que a agricultura é um assunto que hoje preocupa a ONU e até mesmo a imprensa”, disse Fernando Mourão.

Constituem também objectivos do evento discutir a problemática da agricultura para analisar factores que não são tidos em conta, como o caso da qualidade das plantas, questões técnicas, jurídicas e de produção de inputs.

“Há centenas de variáveis que precisam de uma atenção para que a Agricultura se desenvolva e, por isso, acho que é necessário levantar problemas ou questões em torno do assunto para se encontrar soluções”, disse o professor titular da Universidade de São Paulo (USP).

No seu entender, não existe um modelo acabado para se desenvolver a agricultura, e “tenho muito medo de dar receitas sobre isso, prefiro levantar problemas para que as pessoas, como o Ministério da Agricultura, direcções e Assembleia Nacional, contribuam para solução”.

O director geral adjunto para área financeira e património da Fesa, Alberto André Magingo, reafirmou que Angola não é somente petróleo e diamantes, e a escolha do tema visa dar ênfase ao sector e elucidar o ministério de tutela, responsáveis e empresários, sobretudo do agronegócio, para a diversificação da economia e desenvolvimento da agricultura.

Relativamente a investimentos no sector da agro-indústria em Angola, disse que já existem alguns em regiões como Malanje, mas salientou a necessidade de mais, tendo em vista a diversificação da economia.

Segundo Alberto Magingo, este fórum conta com experiências de especialistas do Brasil, Espanha, Portugal e da Coreia do Sul.

Economia Europea 2012: Banco BIC Portugal não espera devolver créditos do BPN ao Estado

A economia portuguesa sem AngolaO Banco BIC Portugal não deverá devolver ao Estado parte dos créditos do BPN que tem em carteira, como permite o contrato assinado em Março, disse Mira Amaral.

"Até ao momento, a carteira de crédito seleccionada não se comportou de molde a esgotar as provisões constituídas e antecipamos que, até ao dia 09 de Dezembro, tal seja pouco provável", afirmou Mira Amaral, presidente do Banco BIC Portugal, à Lusa.

O Governo concluiu no final de Março a venda do BPN ao BIC por 40 milhões de euros, tendo a instituição liderada por Mira Amaral seleccionado a carteira de crédito entre as várias instituições do universo do banco nacionalizado em 2008.

Segundo o contrato, o banco pode, até 09 de Dezembro deste ano, devolver crédito em incumprimento ao Estado, caso este super o valor coberto pelas provisões que o BIC efectuou.

"Temos uma carteira de crédito coberta por provisões que consideramos adequadas. Mas, num caso extremo em que se esgote as provisões inicialmente constituídas, temos a possibilidade de vender crédito em incumprimento com um desconto equivalente ao rácio 'core tier 1' de cerca de 16%", explicou em Março o vice-presidente do BIC, Jaime Pereira.

Na mesma altura, o responsável disse que a carteira de crédito foi "muito seleccionada", mas adiantou que não é "isenta de risco".

De acordo com a informação agora prestada à Lusa por Mira Amaral, tal não deverá acontecer, já que o crédito em incumprimento não deverá esgotar as provisões existentes.

Grécia deverá ter mais dois anos para cumprir programa de ajustamento.

A Grécia vai ter mais dois anos, até 2016, para cumprir o programa de ajustamento financeiro negociado com a 'troika' da União Europeia e do FMI, noticia hoje o matutino alemão Sueddeutsche Zeitung.
Os prazos para o governo em Atenas baixar o défice orçamental para três por cento e para implementar reformas estruturais no mercado de trabalho e no sector energético, bem como a privatização de empresas e bens públicos, deverão ser prolongados, adianta o mesmo jornal, citando fontes comunitárias.
O primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, poderá também contar com a transferência da próxima tranche de 32.000 milhões de euros do resgate concedido ao seu país, revela o jornal de referência de Munique.
Não está ainda claro, no entanto, como é que deverão ser supridas em 2013 e 2014 as lacunas no financiamento a Atenas resultantes do prolongamento do prazo do programa de resgate de 2014 para 2016.
Calcula-se que, devido a esta prorrogação, nos próximos dois anos Atenas necessitará de ajudas adicionais dos credores internacionais da ordem dos 15.000 a 18.000 milhões de euros.
Após a alteração do programa, até finais de 2015 a Grécia deverá obter 8.800 milhões de euros com a venda de empresas públicas, em vez dos 19.000 milhões que estavam orçamentados, diz o Sueddeutsche Zeitung.
O jornal teve acesso ao novo memorando de entendimento a divulgar em breve pela 'troika' (União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) e pelo executivo helénico.
Os parceiros europeus aprovaram a prorrogação do prazo por terem constatado que a Grécia está disposta a aplicar as reformas negociadas e porque os acrescidos problemas financeiros deste país da Zona Euro decorrem da profunda recessão que o afecta e não tanto de erros políticos, sublinha o matutino alemão.
Além disso, uma saída da Grécia do euro, defendida por alguns analistas, seria demasiado arriscada, segundo as fontes consultadas pelo Sueddeutsche Zeitung.
O Governo alemão recusou-se a comentar a notícia de que a Grécia terá mais dois anos para recuperar a sua economia, reiterando que só assumirá uma posição oficial depois de conhecido o relatório a publicar pela 'troika', que nos últimos meses tem estado em Atenas a analisar as contas helénicas.
Jörg Asmussen, membro do conselho executivo do Banco Central Europeu (BCE), negou, no entanto, que já haja um acordo definitivo com o governo grego para dar mais tempo à Grécia para cumprir o programa de ajustamento.
"Também li isso. Não há até agora um acordo definitivo da 'troika' com o governo grego. Há progressos em Atenas, mas ainda não estamos nesse ponto", disse Asmussen à estação pública alemã de televisão ARD.
Asmussen admitiu, porém, que um alargamento do prazo concedido à Grécia implicará a concessão de novas ajudas financeiras ao país.
"Se adiamos os objectivos orçamentais em dois anos, isso significa também [a concessão] de mais ajudas financeiras por parte dos parceiros europeus de Atenas para compensar os défices esperados em 2014 e 2015", disse.

A dívida pública portuguesa aumentou de 112 para os 117,5% do Produto Interno Bruto

A dívida pública portuguesa aumentou de 112 para os 117,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro para o segundo trimestre do ano, sendo a terceira mais elevada da União Europeia, segundo dados hoje divulgados pelo Eurostat.

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