sexta-feira, setembro 23, 2011

CIA: Kaunda queria Savimbi como primeiro presidente de Angola

O antigo presidente da Zâmbia Kenneth Kaunda propôs aos Estados Unidos um plano para que Jonas Savimbi fosse nomeado primeiro presidente de Angola mesmo após eleições.

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Kaunda considerava Savimbi como o  único dos dirigentes nacionalistas angolanos em 1975 que “poderia salvar a situação” no país.

Este facto está incluindo entre milhares de documentos publicados pelo Departamento de Estado americano que indicam também que Kaunda transmitiu ao governo americano a mensagem que dirigentes africanos como Julius Nyerere e Samora Machel tinham uma imagem positiva de Savimbi.

Esses documentos indicam também que  mesmo antes da queda do governo colonial português  o então Zaire procurou o apoio dos Estados Unidos para a FNLA de Holden Roberto.

Mas no final de 1974 os Estados Unidos estavam ainda relutantes em apoiar Roberto enquanto no inicio de 1975 destacadas entidades americanas mostravam desconhecer Jonas Savimbi.

As pressões ou pedidos de apoio  do Zaire para a FNLA aceleraram com a queda do regime colonial em Abril de 1974.

Em Agosto de 1974, portanto quando o processo de descolonização se começa a acelerar, Umba di Lutete então comissário de estado para os negócios  estrangeiros avistou-se em Washington com o secretario de estado Henry Kissinger e a acta dessa reunião é clara: o Zaire está preocupado com o que se pode passar em Angola e quer apoio para a FNLA. O ministro zairense  descreve Holden Roberto como um “genuíno patriota anti-comunista “ e o líder do MPLA Agostinho Neto como “um homem só de fala e não de acção”. Jogando com os receios de avanços comunistas na região, Umba di Lutete diz ainda que os países socialistas estão a pressionar Portugal a apoiar o MPLA de Neto.

O diplomata zairense afirma que os Estados Unidos devem apoiar Holden Roberto mas Kissinger nesse encontro não faz nenhum compromisso afirmando não ter ainda estudado o problema.

O que é notável nessa acta é a insistência do diplomata zairense na necessidade dos Estados Unidos aumentarem a sua ajuda a Holdren Roberto.

Quando Umba di Lutete insiste em que os Estados Unidos devem aumentar o nível de contactos com Holden Roberto, Kissinger responde diplomaticamente não excluir essa possibilidade que, acrescenta, "será estudada".

O ministro zairense insiste afirmando que os meios ao dispor do seu país são limitados e que deve haver um meio para os Estados Unidos ajudarem a fortalecer Holden Roberto como “um interlocutor junto dos portugueses”.

Kissinger responde novamente de modo diplomático que isso terá que ser "analisado".

Um mês depois contudo  o Director dos serviços de espionagem  CIA envia uma nota afirmando que a CIA vai aumentar substancialmente os pagamentos a Holden Roberto mas acrescenta: “tencionamos manter esses pagamentos baixos mas suficientemente altos para assegurar ao presidente Mobutu que temos simpatia pelas suas preocupações sobre o futuro regime de Angola independente”.

Em Janeiro de 1975  o  chamado “Comité dos 40” - cuja função é supervisionar operações clandestinas - aprova ajuda monetária a Holden Roberto. A quantia nesse documento continua classificada pelo que não é revelada mas há obras publicadas que apontam para uma ajuda pontual de 300 mil dólares.

Talvez o interessante nestes documentos seja o facto de eles revelarem por parte de destacados dirigentes americanos um conhecimento mínimo senão mesmo inexistente da figura de Jonas Savimbi que mais tarde iria jogar um papel dominante na luta contra o governo do MPLA.

Um acta de uma reunião em Abril de 1975  entre o presidente  Gerald Ford  e o presidente Kenneth Kaunda da Zâmbia  a que esteve presente Henry Kissinger é bem revelador dessa situação com Kaunda  a afirmar que Savimbi tinha sido ignorado no passado  mas que surgiu como “ alguém que pode salvar a situação”.
Nesse encontro Kissinger pergunta ao embaixador americano em Lusaka se conhece Savimbi e este descreve-o como um líder "impressionante e muito sólido”.
Kaunda concorda estar impressionado com a “sinceridade e honestidade dos objectivos” de Savimbi afirmando que o então presidente da Tanzânia Julius Nyerere tinha também ficado impressionado com Savimbi. Mesmo o próprio presidente da Frelimo e futuro presidente de  Moçambique Samora Machel tinha essa opinião, disse Kaunda.

Nesse encontro Kissinger tenta obter respostas de Kaunda sobre Savimbi se tem “força para governar”.

Na reunião Kaunda propõe um plano em que mesmo após eleições em Angola Savimbi seria nomeado presidente como compromisso entre os movimentos de libertação.

Quando Kissinger interroga Kaunda sobre se os "outros dois grupos" aceitariam isso, O então presidente zambiano  responde vagamente afirmando que " há a necessidade de algumas ideias sobre como se formar um exército nacional".

Em Junho de 1975, numa reunião do comité dos 40 é discutida a possibilidade de se dar  ajuda monetária à UNITA.

No encontro  Kissinger resume a posição das partes interessadas na situação em Angola.

“Temos Kaunda a dizer-nos que Savimbi vai ganhar; a esquerda portuguesa apoia Neto; Mobutu quer Roberto; podemos ser espectadores e nada fazer,” disse Kissinger.

É neste encontro que surgem os primeiros sinais de uma profunda divisão dentro da estruturas do governo americano que vão marcar toda a sua politica para com Angola até após a consolidação do poder do MPLA ajudado por milhares de tropas cubanas.

Nos abordaremos  isso em próximos programas

Com VOA | Por Joao Santa Rita | Washington

quarta-feira, setembro 21, 2011

STOP US WARS AROUND THE WORLD - What can we do?

The words that former Secretary of Defense Robert S. McNamara recently used concerning the war that he promoted in Vietnam can be applied to all of our interventionist military adventures:

"We were wrong, terribly wrong."

McNamara didn't appreciate the advice offered by another Marine Corps Medal of Honor recipient, General David Shoup, and had him removed as Commandant.

    General Shoup said: I believe that if we had, and would, keep our dirty, bloody, dollar soaked fingers out of the business of these (third World) nations, so full of depressed, exploited people, they will arrive at a solution of their own. And if unfortunately their revolution must be of the violent type, because the 'haves' refuse to share with the 'have nots' by any peaceful method, at least what they get will be their own, and not American style, which they don't want and, above all, don't want crammed down their throats by Americans."

And more recently Rummy didn't listen to Marine Corps General "They've screwed up"

Anthony Zinni

who said that invading Iraq was a strategic blunder.

    Years ago, General Butler said: "Looking back, Woodrow Wilson was re-elected President in 1916 on a platform he had "kept us out of war." Yet, five months later he asked Congress to declare war on Germany. . . What caused our government to change its mind so suddenly? MONEY."

What can we do to stop the madness? First, fight recruiting and the coming draft. Studies for the Army show parents are the top obstacles to recruiting. "Opposition to . . . military service is increasing significantly among both moms and dads," says a study of 1,200 potential recruits by the firm Millward Brown. Another look at potential recruits, by GfK Custom Research, found that the biggest influences in candidates' decisions to join were mothers, named by 81% of respondents, followed by fathers, at 70%. "Reach the parents with the Army's new message, particularly moms," the study urges. But General Butler had another message.

    Smedley Butler said: "The government declares war. To say helplessly: As individuals we have nothing to do with it, we can't prevent it. But WHO ARE WE? Well, WE right now are the mothers and fathers of every able-bodied boy of military age in the United States. "WE" are also you young men of voting age and over, that they'll use for cannon fodder. And "WE" can prevent it. Now--you MOTHERS particularly. The only way you can resist all this war hysteria and beating tomtoms is by hanging on to the love you bear your boys. When you listen to some well-worded, well-delivered war speech, just remember that it's nothing but Sound. It's your boy that matters. And no amount of sound can make up to you for the loss of your boy."

Various anti-recruit, anti-draft and anti-serve organizations are listed at the "links."

It's important to end the current involvement, and even more important to prevent future ones. The war racket has been able to flourish and expand, for the benefit of corporations and not for the people, because our governmental leaders and representatives are not sufficiently constrained by the Constitution in its present form.

    Smedley Butler said: "If we really want to make it impossible to have our young men sent abroad to fight the wars of others, then let us by all means insist upon adding the Peace Amendment to the Constitution of the United States."

The ongoing war in Iraq is a poster child for war is a racket for all of the reasons previously covered. Let's make sure that we end it and don't go there again. Our principal overseas bases in Germany and Korea are anachronisms which should have been shuttered long ago. Germany's standard of living is higher than ours and South Korea doesn't need us to defend their Hyundai and Kia auto export plants. And we need to recall the secret, provocative military units now operating under Presidential order in various countries around the world.

We must change our national military

policy

from one which makes us the last imperial empire in the world to one which restores us to the family of nations who enjoy peace and prosperity. We'd be in accordance with the US National Defense Strategy, which states: "The United States and its allies and partners have a strong interest in protecting the sovereignty of nation states. In the secure international order that we seek, states must be able to effectively govern themselves and order their affairs as their citizens see fit. Nevertheless, they must exercise their sovereignty responsibly, in conformity with the customary principles of international law, as well as with any additional obligations that they have freely accepted. It is unacceptable for regimes to use the principle of sovereignty as a shield behind which they claim to be free to engage in activities that pose enormous threats to their citizens, neighbors, or the rest of the international community."

The

US Constitution

has no provision for foreign military adventures. It provides only "for calling forth the Militia to execute the Laws of the Union, suppress Insurrections and repel Invasions."

We'd also be in accordance with the United Nations Charter, which disallows aggression.

    Chapter I, Article 2 of the United Nations Charter: All Members shall refrain in their international relations from the threat or use of force against the territorial integrity or political independence of any state, or in any other manner inconsistent with the Purposes of the United Nations.

We need to put the priority back on the people rather than on war-racket profits. It would make us more secure by strengthening our domestic base, heartening our people and making us less disliked abroad.

    Smedley Butler said: "The United States is in no danger whatever of military invasion. Even the Navy and War Departments, which are always preparing for war, and the State Department, which is always talking about peace but thinking about war, agree on that. By reason of our geographical position, it is all but impossible for any foreign power to muster, transport and land sufficient troops on our shores for a successful invasion."

We can do it and we will!

Source

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