quinta-feira, dezembro 18, 2008

ZP081218

ZENIT

O mundo visto de Roma

Serviço diario - 18 de dezembro de 2008


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SANTA SÉ
Possível visita do Papa impulsiona relações Israel-Santa Sé
Papa preocupado com eutanásia em Luxemburgo
Papa alenta presença vaticana na internet com áudio, texto e vídeo
Não existe modelo político ideal, assegura Papa
Diários de João XXIII em 10 volumes

MUNDO
«Nunca mais eutanásia»: movimento pela vida em Dachau
Especialistas de Cáritas defendem imigração humana

EM FOCO
Apoio do cardeal Antonelli aos movimentos pela vida europeus
Defesa da liberdade religiosa é defesa da liberdade de todos
No Natal, colocar-se ao lado dos pobres e excluídos, pede bispo

FLASH
Brasil: Igreja solidária com vítimas das chuvas em Minas Gerais

ENTREVISTAS
Encontro Mundial das famílias no México: aposta nos valores



ANÚNCIOS
DVD: "Tu és Pedro - Bento XVI e as Chaves do Reino" - Edição especial
LIVRO: "João Paulo II Peregrino do Mundo"
Observatório da Liberdade Religiosa


Santa Sé

Possível visita do Papa impulsiona relações Israel-Santa Sé

Reunião positiva da Comissão bilateral

Por Jesús Colina

ROMA/JERUSALÉM, quinta-feira, 18 de dezembro de 2008 (ZENIT.org).- A preparação da possível visita de Bento XVI à Terra Santa, que poderá acontecer no próximo mês de maio, deu um impulso positivo às relações entre Israel e a Santa Sé. 

Nesta quinta-feira, terminou a reunião da Comissão bilateral permanente entre a Santa Sé e o Estado de Israel no Ministério de Assuntos Exteriores, em Jerusalém, manifestando a clara vontade de resolver as diferenças para aplicar o Tratado Fundamental (Fundamental Agreement), assinado em 30 de dezembro de 1993, que permitiu estabelecer as mútuas relações diplomáticas. 

Após a reunião, emitiu-se um comunicado no qual se anuncia que «a Comissão de trabalho terá encontros em 15 de janeiro, em 18 de fevereiro, e 6 e em 26 de março». 

O anúncio é sumamente significativo, pois estas negociações haviam avançado de uma maneira bastante lenta nos últimos anos. De fato, entre 2002 e 2007 praticamente se estancaram. 

O comunicado anuncia também que a próxima reunião plenária acontecerá em 23 de abril de 2009, apesar de que estava prevista para o mês de junho desse ano. 

Com estas intensas reuniões, diz o comunicado, ambas as delegações querem mostrar sua vontade de «acelerar os diálogos para concluir o acordo o quanto antes». 

As negociações procuram alcançar um acordo sobre todas as questões de propriedade e impostos que estão pendentes para que a Igreja possa contar a segurança jurídica e fiscal que lhe permita realizar seu trabalho. 

Quando a Santa Sé estabeleceu relações diplomáticas com o Estado de Israel em 1993, como gesto de boa vontade, João Paulo II optou por propor um Tratado Fundamental e negociar mais tarde estas questões em detalhe. 

Como se pode ver, estas negociações não têm nada a ver com a visita do Papa, mas como explicam fontes da Santa Sé, Israel se interessa pela boa imagem que a visita do Papa deixará, enquanto para o Santo Padre tem uma grande importância consolidar a presença da Igreja na Terra Santa. 

O comunicado sublinha «a atmosfera de grande cordialidade e de boa vontade», que se constatou nesta reunião. 

Por parte palestina, o prefeito de Belém, Victor Batarseh, anunciou em 17 de dezembro a visita de Bento XVI à Terra Santa, em maio, confirmando informações publicadas por órgãos de imprensa em dias passados. 

Os funcionários israelenses não quiseram fazer comentários, em espera de que se dê um anúncio oficial do Vaticano. Na semana passada, uma delegação vaticana foi recebida pelo presidente Shimon Peres para analisar a possível visita. 

Segundo informou em dias passados o jornal italiano «Il Foglio», a visita do Papa à Terra Santa poderá começar pela Jordânia e continuar depois por Israel e pelos Territórios da Autoridade palestina.

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Papa preocupado com eutanásia em Luxemburgo

Foi aprovada nesta quinta-feira no Parlamento

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 18 de dezembro de 2008 (ZENIT.org).- Bento XVI manifestou nesta quinta-feira sua viva preocupação pelo projeto de lei que procura introduzir a eutanásia em Luxemburgo.

Nesse dia, os deputados do grão-ducado se pronunciaram a favor da introdução desta prática, à qual se opõe o soberano, o grão-duque Henrique I, por 31 votos a favor, 26 contra e 3 abstenções. 

Ao receber o novo embaixador de Luxemburgo na Santa Sé, Paul Duhr, secretário-geral do Ministério de Assuntos Exteriores, o Papa aproveitou a oportunidade «para expressar sua mais viva preocupação sobre o texto de lei sobre a eutanásia e o suicídio assistido» que nesse momento estava se debatendo no Parlamento. 

«Este texto – constatou o Santo Padre –, acompanhado de maneira contraditória por um projeto que contém felizes disposições legislativas para desenvolver os cuidados paliativos para tornar o sofrimento mais suportável na fase final da doença e favorecer um acompanhamento humano apropriado do paciente, legitima concretamente a possibilidade de acabar com a vida.»

«Os responsáveis políticos, cujo dever é servir o bem do homem, assim como os médicos e as famílias, têm de recordar que a decisão deliberada de privar um ser humano inocente de sua vida é sempre má do ponto de vista moral e nunca pode ser lícita.»

Na realidade, assegurou, «o amor e a verdadeira compaixão empreendem outro caminho. O pedido que surge do coração do homem em sua suprema confrontação com o sofrimento e a morte, especialmente quando sente a tentação de deixar-se levar pelo desespero, e que se sente perdido até o ponto de desejar desaparecer, é sobretudo um pedido de acompanhamento e um chamado a uma maior solidariedade e apoio na provação». 

«Este chamado pode parecer exigente, mas é o único digno do ser humano e abre a solidariedades novas e mais profundas, que enriquecem e fortificam os laços familiares e sociais.»

Neste caminho de humanização, disse o bispo de Roma, «todos os homens de boa vontade estão convidados a cooperar e a Igreja, por sua parte, quer decididamente dedicar todos os seus recursos de atenção e serviço». 

Dirigindo-se ao povo de Luxemburgo, e às «suas raízes cristãs e humanistas», o Papa lhe pediu que reafirmasse «a grandeza a o caráter inviolável da vida humana». 

Após o voto desta quinta-feira, o Conselho de Estado de Luxemburgo deverá decidir se é necessária uma segunda leitura. Segundo observadores, isso é possível porque primeiro a Constituição deve ser modificada. 

Esta mudança se deve, em parte, ao fato de que o grão-duque de Luxemburgo, Henrique, anunciou que por motivos de consciência não pode aprovar esta lei. 

Por este motivo, propôs-se que o papel do chefe de Estado se limite no futuro ao simples «anúncio» de leis e não à sua aprovação. 

Se a lei votada nesta quinta-feira entrar em vigor, Luxemburgo se converterá no terceiro país da União Européia a legalizar a eutanásia, junto à Holanda e à Bélgica.

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Papa alenta presença vaticana na internet com áudio, texto e vídeo

Ao celebrar os 25 anos do Centro Televisivo Vaticano

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 18 de dezembro de 2008 (ZENIT.org).- Bento XVI quer que a vida da Igreja, e em particular da Santa Sé, esteja presente em áudio, texto e vídeo na internet.  Este foi um dos conselhos e pedidos que ele deixou nesta quinta-feira aos diretores e dependentes do Centro Televisivo Vaticano (CTV) ao recebê-los junto às suas famílias, em audiência por ocasião de seus 25 anos de fundação. 

«Hoje se fala justamente de ‘convergência’ entre os diferentes meios de comunicação», reconheceu o pontífice no discurso que lhe dirigiu. 

«As fronteiras entre um e outro se esfumam e as sinergias aumentam. Os instrumentos da comunicação social ao serviço da Santa Sé também experimentam naturalmente esta evolução e se tem que integrar consciente e ativamente», afirmou. 

O Santo Padre reconheceu que a colaboração entre o CTV e a Rádio Vaticano sempre foi muito próxima, e «foi crescendo, pois nas transmissões a imagem não pode ser separada do som». 

De fato, o CTV e a Rádio Vaticano têm agora o mesmo diretor, o Pe. Federico Lombardi, S.J., que também é diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé. 

«Mas hoje a internet convida a uma integração cada vez maior da comunicação escrita, sonora e visual, e lança um desafio a ampliar e intensificar as formas de colaboração entre os meios de comunicação que estão ao serviço da Santa Sé», afirmou o Santo Padre. 

Neste sentido, o Papa sublinhou a importância da «relação positiva com o Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais, como qual vos alento a desenvolver iniciativas e aprofundamentos fecundos». Neste momento, o presidente desse conselho vaticano é o arcebispo Claudio Maria Celli. 

Em suas palavras de saudação ao Papa, o Pe. Lombardi explicou que o CTV «é uma realidade de pequenas dimensões, mas com uma grande missão», indicada por seu estatuto: «contribuir com o anúncio universal do Evangelho, documentando com as imagens televisivas o ministério pastoral do Sumo Pontífice e as atividades da Sé Apostólica» (Estatuto, 1º de junho de 1998). 

O centro, declarou seu diretor, não é «uma estação de televisão com uma programação própria, mas um centro de produção que grava e põe à disposição das televisões de todo o mundo as imagens da atividade do Santo Padre ao vivo ou gravadas, segundo os casos». 

Deste modo, disse, quando na pequena tela de casa aparecem as imagens do Papa no Vaticano, «ainda que se esteja vendo o canal do próprio país, seja a RAI, ou a Bayerische Rundfunk ou a CNN, quase na totalidade dos casos, na origem estamos nós, ainda que isso não se diga quase nunca». 

Em um ano, o CTV transmite ao vivo cerca de 230 acontecimentos e arquiva cerca de duas mil horas de gravação. 

O Pe. Lombardi agradeceu a disponibilidade do Santo Padre para deixar-se gravar pelas câmeras do CTV em suas atividades. 

«Nosso olho não é indiscreto – assegurou; a imagem que difundimos quer estar sempre ao serviço coerente de sua mensagem, responder à expectativa de inumeráveis pessoas que desejam escutá-lo e ver seus gestos, a expressão intensa, paternal e gentil de seu rosto, enquanto reza e enquanto nos diz a palavra. Pessoas que pedem ser confirmadas na fé, alentadas em seu caminho.»

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Não existe modelo político ideal, assegura Papa

Ao receber onze novos embaixadores na Santa Sé

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 17 de dezembro de 2008 (ZENIT.org).- Bento XVI assegurou esta quinta-feira que não existe um modelo político ideal.

Foi o que considerou no discurso que dirigiu a onze novos embaixadores acreditados na Santa Sé, com quem refletiu sobre os desafios da justiça social.

Os embaixadores representam Malauí, Suécia, Serre Leoa, Islândia, Luxemburgo, Madagascar, Belize, Tunísia, Cazaquistão, Bahrein e Ilhas Fiji.

«A diversidade de vossa procedência leva-me a agradecer a Deus por seu amor criador e pela multiplicidade de seus dons, que não cessam de surpreender a humanidade. É uma esperança», constatou em um discurso conjunto que dirigiu em francês aos diplomatas.

«Às vezes, a diversidade dá medo – reconheceu –, por isso, não há que estranhar se o ser humano prefere a monotonia da uniformidade».

Alguns sistemas político-econômicos – assegurou o Santo Padre –, «atribuindo-se ou reivindicando origens pagãs ou religiosas, infligiram a humanidade durante muito tempo, tentando uniformizá-la com demagogia e violência».

«Reduziram e reduzem o ser humano a uma escravidão indigna ao serviço de uma única ideologia ou de uma economia inumana e pseudo-científica», acrescentou.

«Todos sabemos que não há um modelo político único, um ideal que há que realizar absolutamente, e que a filosofia política evolui no tempo e em sua expressão, segundo se afina a inteligência humana e com as lições que tira de sua experiência política e econômica», advertiu.

«Cada povo tem um gênio e também ‘seus demônios’ próprios. Cada povo avança através de um alumbramento, às vezes doloroso, até um porvir que deseja luminoso».

O Papa confessou seu desejo de que «cada povo cultive seu gênio, enriquecendo-o o melhor possível para o bem de todos, e que se purifique de seus ‘demônios’, controlando-os até transformá-los em valores positivos e criadores de harmonia, prosperidade e paz para defender a grandeza da dignidade humana».

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Diários de João XXIII em 10 volumes

Escritos que vão de 1905 a 1963

Por Carmen Elena Villa

ROMA, quinta-feira, 18 de dezembro de 2008 (ZENIT.org).- O Instituto para as Ciências Religiosas de Bolonha apresentou na terça-feira passada, em dez volumes, uma ampla recopilação de escritos do Papa João XXIII titulada «Diários de Angelo Giuseppe Roncalli - João XXIII», por ocasião da comemoração dos 50 anos de sua eleição como pontífice.

O trabalho começou com o historiador italiano Giuseppe Alberigo, falecido em julho do ano passado, e seguiu com a assessoria do historiador Alberto Melloni. Foi possível graças à contribuição de dezenas de estudantes. 

O primeiro volume contém textos do jovem Angelo Giuseppe Roncalli quando tinha 14 anos de idade, e nele conta suas experiências e vivências como seminarista. O último livro recolhe os testemunhos do pontífice em 1963, ano de sua morte, quando se realizava o Concílio Vaticano II. 

O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, enviou uma mensagem aos editores da obra, que se leu durante a apresentação destes dez volumes: «O intenso pontificado de João XXIII está ligado indissoluvelmente à temporada do diálogo, rica de expectativas, que coincidiu com outro momento ecumênico de aprofundamento e de renovação do Concílio Vaticano II em um sinal seguro de atenção aos problemas da paz, da liberdade e da promoção da dignidade do ser humano». 

Com relação ao trabalho de recopilação dos textos, o presidente assegurou que «a publicação dos diários confirma a atualidade do magistério do Papa João e da profunda influência que ele exerceu, não só na comunidade eclesiástica mas também no mundo leigo». 

A apresentação do livro contou nesta terça-feira com a participação, entre outros, do cardeal Francesco Marchisano, arcipreste emérito da Basílica de São Pedro, que conheceu pessoalmente João XXIII e o qualificou como um «homem maravilhoso» e «de grande humanidade». 

O purpurado assegurou que estes textos oferecem uma «enorme contribuição», pois nestes dez volumes «há grandes novidades e detalhes» sobre a vida do «Papa Bom». 

Por sua parte, o cardeal Roberto Tucci S.J., antigo diretor geral da Rádio Vaticano, que participou da preparação do Concílio Vaticano II durante o pontificado de João XXIII, constatou que nestes volumes se pode apreciar toda a vida de oração desse papa, assim como seu amor pela Palavra de Deus. 

Na apresentação, participou também Romano Prodi, antigo presidente do Conselho Italiano de Ministros e antigo presidente da Comissão Européia, para constatar que os volumes se convertem em um instrumento de reflexão e trabalho «de enorme valor».

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Mundo

«Nunca mais eutanásia»: movimento pela vida em Dachau

Compromisso de políticos europeus no campo de concentração nazista

Por Antonio Gaspari

DACHAU, quinta-feira, 18 de dezembro de 2008 (ZENIT.org).- «De Dachau, onde a Europa conheceu a noite mais escura, queremos levar uma mensagem de esperança», disse Carlo Casini, parlamentar europeu e presidente do Movimento da Vida Italiano, por ocasião da visita ao campo de concentração nazista na Alemanha. 

«No 16º aniversário da declaração universal dos direitos humanos – afirmou Casini – temos a intenção de iluminar o céu da Europa, defendendo a vida e a família.»

Junto a 100 jovens provenientes da região italiana de Toscana e às autoridades locais, Casini colocou uma coroa de flores no monumento de Dachau às vítimas do nazismo. 

Kart Freller, diretor da fundação que promove esta memória, confirmou o compromisso da administração local e do governo da Baviera para que «a ideologia que gerou o horror dos campos de concentração não volte a se registrar nunca mais». 

Reinhold Bocklet, vice-presidente do Parlamento de Baviera, explicou que o campo de concentração «representa o capítulo mais escuro da história alemã»; um lugar «terrível» que mostra «a dimensão dos crimes que os nacional-socialistas cometeram». 

«Mas a União Européia – sustentou – testemunha a vontade dos povos que a compõem de colocar o que nos une acima do que nos divide, de resolver os conflitos de modo pacífico e de defender e respeitar com firmeza os direitos humanos.»

No curso da visita ao campo de concentração de Dachau, Casini precisou que o programa de eliminação de Hitler começou com a abolição das pessoas deficientes através da eutanásia, crianças com síndrome de Down e doentes. 

Por este motivo, repetiu que para defender a civilização era necessário garantir que não exista «nunca mais a eutanásia».

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Especialistas de Cáritas defendem imigração humana

Cada país deve possuir uma política migratória, exigem

ROMA, quinta-feira, 18 de dezembro de 2008 (ZENIT.org).- Especialistas de diversas Cáritas da África e da Europa, reunidos em Senegal dentro do «Fórum de Dakar sobre migração, políticas e direitos humanos», escreveram uma declaração final na qual recordam que «a migração é legítima» e que «o que está em harmonia com a dignidade e os direitos humanos o é».

O Fórum de Dakar, celebrado em Senegal nos dias 26, 27 e 28 de novembro por iniciativa conjunta das Cáritas de Senegal, Mali, Marrocos e França, convocou bispos e numerosos representantes das Cáritas de Costa do Marfim, Burkina Faso, Nigéria, Mauritânia, Áustria, Bélgica e Espanha, assim como da Cáritas Europa e da Cáritas Internacional.

Também contou com a presença de outras organizações afins presentes na África, como CONGAD (Senegal), CIMADE (França e Marrocos),Rencontre et Developpement (Argélia), Association Malienne des Expulsés (AME) e Association des Refoulés d' Afrique Centrale au Malí (ARACEM).  

O encontro propiciou a troca de informação sobre o fato migratório e sobre os acordos políticos entre os Estados em relação à imigração; uma reflexão e uma defesa comum dos direitos humanos dos migrantes nos países de origem, trânsito e destino; a promoção de iniciativas alternativas à imigração nos países de origem; e a definição de estratégias comuns em relação ao fato migratório. 

Em uma declaração final, os participantes constatam que «todo dia, nossas organizações acolhem os migrantes. Somos testemunhas de dramas, de naufrágios, de violações dos direitos das pessoas em migração. Nossa intervenção, a partir desta realidade, legitima-nos a ser sujeitos ativos e interlocutores válidos frente aos governos». 

A seguir, ilustram os princípios que guiam a ação da Cáritas: «os direitos do homem e dos povos, assim como sua visão do migrante como rosto de Cristo e imagem de Deus». 

No que diz respeito às migrações, os participantes no fórum se comprometem «a criar alianças entre as Cáritas da África e entre as Cáritas da Europa, assim como com as Cáritas no âmbito mundial». 

«Comprometem-se também a aumentar o trabalho em rede com outras ONG envolvidas nestas questões e que compartilham estes valores, assim como com as comunidades de base e com as comissões eclesiais envolvidas», acrescenta a declaração final. 

As Cáritas pedem não criminalizar os imigrantes, pois «a migração é legítima: o que está em harmonia com a dignidade e os direitos humanos o é». 

«A migração supõe uma riqueza tanto para o migrante como para o país que consegue acolhê-lo. A Cáritas pensa que a migração pode beneficiar o migrante, o país de acolhida e também o país de origem. A regulação da migração deve ser realizada mediante um consenso entre todas as partes envolvidas e junto à sociedade civil.»

Aos governantes, as Cáritas recordam que «cada país deve dotar-se de uma verdadeira política migratória. É sua obrigação conseguir a confiança de seus jovens, dar-lhes motivos para a esperança, além da opção pela migração». 

«Todo convênio sobre migração e/ou sobre desenvolvimento deve ser negociado por um conjunto de Estados, como por exemplo entre a União Africana e a União Européia, e não tratar-se desde um simples nível bilateral – advertem. Todo processo de negociação e de seguimento deve envolver a sociedade civil e realizar-se com transparência.»

«Nenhuma política de desenvolvimento deve ser ‘refém’ da gestão dos fluxos migratórios nem obrigar a África a desempenhar um papel de polícia das fronteiras da Europa.»

«Todos os países envolvidos na migração devem assinar e ratificar a Convenção Internacional dos trabalhadores migrantes e suas famílias», acrescentam. 

«Os Convênios Internacionais devem buscar a promoção dos direitos humanos, não reduzi-los, principalmente no que diz respeito à liberdade: restrição da circulação, criminalização e privação de liberdade», afirma o documento.

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Em foco

Apoio do cardeal Antonelli aos movimentos pela vida europeus

O presidente do Conselho para a Família assegura que defender a humanidade aproxima de Deus

Por Antonio Gaspari

ESTRASBURGO, quinta-feira, 18 de dezembro de 2008 (ZENIT.org).- Durante uma intervenção no encontro dos movimentos europeus pela vida e a família, reunidos em Estrasburgo, o cardeal Antonelli, presidente do Conselho Pontifício para a Família desde junho passado, alentou os voluntários do povo da vida para que seu trabalho a favor da humanidade os aproxime sempre mais de Deus. 

Referindo-se ao prêmio europeu pela vida «Madre Teresa de Calcutá», que será entregue à memória de Jérôme Lejeune, o antigo arcebispo de Florença afirmou: «prossegui a obra da Madre Teresa de Calcutá e de Jérôme Lejeune, continuai com a mesma visão do homem». 

«Estai felizes e orgulhosos – disse o cardeal Antonelli, de 72 anos – por ser os continuadores de pessoas grandes assim e segui seus ensinamentos», porque «a causa da vida é a causa do homem, a causa da Igreja, da reta razão». 

«Uma razão que adere, busca e está pronta a servir – observou –, é uma razão que reconhece cedo ou tarde o direito à vida.»

O presidente do Conselho Pontifício para a Família alentou os voluntários a serem «conscientes de que vão com valentia contra a cultura e a mentalidade dominantes». 

Como o professor Lejeune, a quem João Paulo II indicou como «sinal de contradição porque para defender o direito à vida teve de perder o prêmio Nobel», também vós «comprometei-vos com valor, porque não é fácil a batalha em defesa da vida hoje». 

«Mas deveis estar contentes – agregou –, porque é a causa do homem e a causa de Deus, e Deus está convosco, e isso deve vos dar força e consolo, ainda nos momentos mais difíceis.»

Falando do próximo Parlamento Europeu, o cardeal Antonelli destacou: «vós dais uma contribuição importante para que a Europa permaneça fiel à civilização da pessoa. Trabalhai para que a Europa tenha um futuro apesar da crise demográfica e desse fenômeno que o pontífice chamou de ‘emergência educativa’». 

O presidente do dicastério vaticano recordou que em janeiro, na Cidade do México, será realizado o Encontro Mundial das Famílias, e um dos objetivos que emergem no âmbito civil é o de «associar-se para defender os direitos da família; por isso os movimentos a favor da vida e o Conselho Pontifício para a Família são naturalmente aliados». 

«Trabalhemos juntos para fazer a mesma barca navegar – exortou o cardeal Antonelli –, a barca da reta razão. É a barca do homem e da família e, por este motivo, é a barca de Deus. Obrigado e prossegui adiante, com valentia, com alegria.»

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Defesa da liberdade religiosa é defesa da liberdade de todos

Explica um bispo auxiliar da arquidiocese do Rio de Janeiro

RIO DE JANEIRO, quinta-feira, 18 de dezembro de 2008 (ZENIT.org).- Um bispo auxiliar do Rio de Janeiro considera que quando o católico está defendendo a sua liberdade religiosa, ele não está defendendo uma posição unilateral, mas sim a liberdade de todos.

Dom Antônio Augusto Dias Duarte conversou essa terça-feira com o Portal da arquidiocese do Rio sobre sobre o tema da intolerância religiosa. 

Segundo o bispo, o católico «sempre encontrou-se numa situação de ameaça à sua liberdade religiosa».

«Desde os primeiros passos da Igreja dentro do Império Romano e da sociedade judaica, e passando pelas diversas civilizações ao longo desses 2000 anos.»

«Todo católico está orientado pela atitude de Jesus Cristo. Jesus viveu numa sociedade pagã, judaica e de cultura helênica. Ele compreendeu o ser humano, porque Ele não vem para condenar, mas sim a salvar. O católico tem que ter sempre esse exemplo supremo de Jesus Cristo», afirma.

De acordo com Dom Antônio Augusto, o católico tem de «compreender as pessoas, inclusive aquelas que ameaçam a sua liberdade religiosa».

«Isso não quer dizer que ele tem que ficar passivo e aceitar as ameaças, ele tem que defender o que não é um direito dele, é um direito de todo ser humano, que é defender a liberdade, que é no plano natural um dos maiores dons que Deus nos deu».

«E dentro desse amor à liberdade a pessoa tem o direito de escolher a sua religião», diz o bispo.

Dom Antônio enfatiza que o católico, «quando está defendendo a sua liberdade religiosa, ele não está defendendo uma posição unilateral, ele está defendendo a liberdade de todos».

«A liberdade é um dos sinais fortes da nossa semelhança de Deus. A compreensão e a defesa de liberdade religiosa são as atitudes que o católico tem que tomar quando alguém ameaça a sua dimensão ínfima, que é escolher a religião a seguir de acordo com os valores ele tem», afirma.

O bispo considera que um dos caminhos para se construir uma cultura de paz entre as religiões é pensar «no bem comum da humanidade».

Pensar «naquilo que é para o desenvolvimento de uma sociedade baseada na justiça, na solidariedade, na valorização e no respeito da dignidade humana».

«Se houver um acordo na busca desses objetivos haverá, em diversas situações onde as religiões estão presentes, uma cultura de paz», diz o bispo.

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No Natal, colocar-se ao lado dos pobres e excluídos, pede bispo

Mensagem de Dom Manuel Felício, da diocese da Guarda

GUARDA, quinta-feira, 18 de dezembro de 2008 (ZENIT.org).- O bispo da Guarda (Portugal), Dom Manuel Felício, considera que o Natal é tempo de reafirmar o compromisso com os pobres e excluídos.

Jesus nasceu «no coração da pobreza representada pela manjedoira dos animais e no meio dos pobres representados pelos pastores da cercania de Belém», escreve o bispo, em mensagem de Natal difundida hoje pela agência da Conferência Episcopal Portuguesa, Ecclesia.

«É que Ele veio, de fato, para se colocar ao lado dos pobres e excluídos e para lhes abrir caminhos novos de combate à pobreza e à exclusão. Por isso anunciou uma humanidade nova e um Reino Novo, onde há lugar para todos e onde os últimos são os primeiros.»

Segundo Dom Manuel Felício, esta «lição do Natal é a receita de que continuamos a precisar para combater a grave crise social em que estamos mergulhados».

«De fato cresce o número de pobres e excluídos; aparecem novas formas de pobreza que se manifestam em pessoas, grupos de pessoas e também em regiões desfavorecidas como a nossa. Os sintomas da grave crise que atravessamos são muitos.»

«São o desemprego e o emprego precário», o «analfabetismo», a «marginalidade nos nossos meios». O bispo destaca ainda «uma solidão que cresce».

«Estas quatro novas formas de pobreza são apenas alguns dos sintomas da realidade social dos nossos meios que estão a pedir medidas eficazes para corrigir o processo de empobrecimento progressivo das nossas gentes», destaca.

O bispo faz votos para que este Natal «toque o coração de todos os responsáveis pela condução da nossa vida social, os que pertencem aos quadros da administração pública central e local e também os que representam a sociedade civil organizada em corpos intermédios».

«Que a boa e eficaz colaboração de todos leve a luz de Belém ao encontro de todas as pessoas e suas famílias», deseja o bispo.

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Flash

Brasil: Igreja solidária com vítimas das chuvas em Minas Gerais

BELO HORIZONTE, quinta-feira, 18 de dezembro de 2008 (ZENIT.org).- A arquidiocese de Belo Horizonte expressou sua solidariedade às vítimas das chuvas em Minas Gerais (sudeste do Brasil).

O arcebispo, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, divulgou nota em que «lamenta profundamente» as consequências das fortes chuvas destes dias.

Até o momento, a Defesa Civil local registra 11 mortos, 23 mil desalojados, 39 municípios em estado de emergência. No total, mais de 147 mil moradores do Estado foram afetados.

«Somente a Fé no Senhor Jesus e a solidariedade podem minimizar a dor e o sofrimento. Desejo força e paz para recomeçar. Que a fé a esperança cristã confortem a todos na reconstrução de suas vidas e moradias», afirma o arcebispo.

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Entrevistas

Encontro Mundial das famílias no México: aposta nos valores

Entrevista com o coordenador geral, Dom Jonás Guerrero Corona

Por Gilberto Hernández García

MÉXICO, quinta-feira, 18 de dezembro de 2008 (ZENIT.org-El Observador).- Tudo está pronto para o esperado Encontro Mundial das Famílias (EMF), convocado por Bento XVI, na Cidade do México, de 13 a 18 de janeiro de 2009. 

Por tal motivo, Dom Jonás Guerrero Corona, bispo auxiliar da arquidiocese primaz do México e coordenador geral do EMF-2009, compartilha conosco o processo catequético que se preparou para que este acontecimento eclesial dê os frutos esperados. 

– Como este encontro beneficia as famílias?

– Dom Guerrero Corona: Não devemos perder de vista que, em primeiro lugar, o EMF tem dois grandes objetivos: há um objetivo internacional, motivador, impulsionador, estimulante para todas as pessoas que estão a favor da família no campo da bioética, no âmbito das leis e da família. Isso é algo muito delicado no caso do México, onde as Câmaras de deputados e senadores precisam de uma reflexão mais profunda nestes temas, porque às vezes se emitem leis que não levam em conta as consequências que uma lei teria. Portanto, haverá especialistas do mundo inteiro, gente que está enfrentando batalhas na ONU em defesa da família. 

Outro objetivo é o que se dirige à pastoral familiar, a todos os movimentos, associações e grupos que promovem os valores da família, até mesmo pessoas que não são crentes católicas e de outras denominações. Há muitos grupos interessados neste assunto tão delicado que é salvaguardar a família.  

Em suma, esses são os dois grandes objetivos de um encontro mundial que, ao se cumprirem, convertem-se em benefícios diretos. 

– Como foi o processo de preparação para favorecer o interesse e assimilação do EMF entre os católicos mexicanos? 

– Dom Guerrero Corona: Convidou-se pessoas de todos os níveis – dioceses, vigários episcopais e, através deles, os encarregados de pastoral familiar de cada vicariato, de cada decanato – para que eles consigam convidar todas as pessoas que devem e podem ir. Isto se foi conseguindo na medida em que os animadores da pastoral familiar estiveram informados e conseguiram o material. 

A preparação forte foi promovida com as catequeses e subsídios, 23 oficinas, realizadas através dos que coordenam a pastoral familiar em dioceses, vicariatos, decanatos, paróquias... É óbvio que se um vicariato não tem uma organização, uma plataforma, as famílias dessas demarcações não podem ser preparadas. Contudo, em muitos lugares houve iniciativas muito interessantes: uma exposição pastoral familiar, muitas inquietudes transformadas em programas, retiros espirituais, reflexões etc.

– Como se fará chegar toda esta riqueza do EMF às pessoas que não poderão participar? 

– Dom Guerrero Corona: O fato de poder distribuir um milhão de subsídios e meio milhão de catequeses que se fizeram chegar às famílias, e que tenham estas lembranças concretas acessíveis sobre valores já é um fruto do encontro. Onde vão encontrar a exposição destes valores, motivados, estimulados, sustentados em um texto bíblico, em um texto do magistério, as pessoas mais simples de nossos bairros?

Alguns vão fazer isso depois: os subsídios e as catequeses vão se prolongar ao longo do ano. Há muitíssimas inquietudes, realizações, programas, retiros, palestras, reflexões e outros. Aqui entra a criatividade dos que coordenam a pastoral familiar. 

– Algumas famílias, talvez pela questão econômica, não poderão participar do encontro. Como podem unir-se a esta celebração?

– Dom Guerrero Corona: Para tornar acessível a assistência à maior quantidade possível de famílias, oferecemos bolsas, meias bolsas, quase bolsas. Tomara que todas as famílias interessadas recorram aos seus párocos. 

Há pessoas que não poderão ir ao congresso, mas quero lhes recordar que a Festa das Famílias – no sábado 7, às 17h, na esplanada da Basílica de Guadalupe – e a Missa de encerramento têm entrada livre, e serão organizadas com ingressos, também gratuitos. 

Outra forma de participar é unir-se em oração para que este encontro convocado pelo Papa dê os frutos que Deus quer que se consigam para o bem das famílias: se salvarmos a família, salvaremos a humanidade.

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DVD: "Tu és Pedro - Bento XVI e as Chaves do Reino" - Edição especial

No Natal dê de presente o DVD "Tu és Pedro - Bento XVI e as Chaves do Reino", uma das maiores produções do Centro Televisivo Vaticano, com a qual poderá reviver a emoção dos últimos momentos de João Paulo II, o conclave, e a eleição de Bento XVI. Disponível em edição especial em 7 idiomas.
Durante todo o período natalício até dia 6 de janeiro, você poderá adquirir o DVD com um desconto de 15%. Baixe o trailer e adquira o DVD no site:
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LIVRO: "João Paulo II Peregrino do Mundo"

No Natal dê de presente um livro da Livraria Vaticana

A obra destaca, por meio da imagem e da palavra, o melhor do caráter pastoral de uma mobilização extraordinária: João Paulo II viajou durante dois anos e meio. Tais deslocamentos produziram um forte impacto religioso. Inseriram a mensagem evangélica entre populações muito distantes, tanto cultural quanto geograficamente. Baseado no Prefácio do Cardeal Roger Etchegaray.
Desconto de 15% até o final de janeiro.

Compre seu exemplar através:
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Observatório da Liberdade Religiosa

Assassinatos, atentados, sequestros e detenções de representantes religiosos ou de crentes, situações extremas de perseguição por motivos religiosos e violações à liberdade de culto...

Todos estes factos encontram-se referenciados no Observatório 2008 sobre a Liberdade Religiosa no Mundo.

Uma página obrigatória que deve consultar para conhecer as violações mais graves ao direito fundamental de liberdade religiosa e para compreender a realidade político-religiosa em todo o planeta.

http://www.fundacao-ais.pt

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