Lisboa - O presidente do Banco BPI, Fernando Ulrich, revelou hoje que os economistas da instituição antecipam um crescimento anual da economia angolana em torno dos sete a oito por cento, durante os próximos anos.
Fernando Ulrich
Em vésperas da visita oficial do Presidente da República, Cavaco Silva, a Angola - acompanhado por uma comitiva de líderes das principais empresas portuguesas -, país que receberá ainda a próxima cimeira da CPLP, que contará com a presença do primeiro-ministro José Sócrates, Ulrich mostrou-se esperançado com o aumento da cooperação entre os dois países.
"Confiamos que os acontecimentos na próxima semana vão ser muito importantes para o desenvolvimento das relações entre Portugal e Angola", sublinhou, acrescentando que aguarda "um novo reforço do relacionamento económico".
"A economia angolana está numa fase de recuperação, depois de algumas dificuldades registadas no ano passado, fruto da descida muito acentuada do preço do petróleo, desde meados de 2008 até ao ano passado", salientou o presidente do BPI, frisando que "entretanto, o preço do petróleo recuperou e tem estado estabilizado entre os 70 e os 80 dólares por barril, o que é um nível já muito favorável para os países exportadores de petróleo, como é o caso de Angola".
O banqueiro considerou que "esse facto tem contribuído para uma melhoria da situação económica angolana", apontando ainda para os últimos anos, durante os quais "Angola tem vindo a desenvolver as suas infraestruturas, o que tem permitido melhorar também o sector não petrolífero da economia".
"Angola está numa fase de recuperação e as reservas cambiais têm aumentado bastante", reforçou.
Durante a conferência "ABC Mercado: Angola e as Províncias - conhecer para exportar melhor", a economista chefe do BPI, Cristina Casalinho, assinalou que, depois de a economia angolana ter crescido a dois dígitos entre 2006 e 2007, "daqui para a frente será muito difícil voltar a ritmos de crescimento de dois dígitos", apontando para valores entre os 7 e os 8 por cento anuais.
"Entre 2002 e 2006 a economia angolana cresceu mais de seis vezes", realçou, considerando que "2010 é o primeiro ano de evolução normal da economia angolana" e elogiando a recuperação das reservas cambiais, a normalização do défice externo e o aumento das receitas petrolíferas. Lusa
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