"Em dois anos, vamos satisfazer todas as necessidades alimentares de Angola. Em 18 meses já estamos a produzir 5% do que o país precisa”, diz Arcadi Gaydamak
O multimilionário russo, Arcadi Gaydamak, está interessado em contribuir para a resolução das dificuldades alimentares de Angola e, convicto (e bem) que o país pode ser auto-suficiente em matéria agrícola, propõe-se investir no sector agrícola angolano qualquer coisa como 150 milhões de dólares. Mas, apesar da bondade do projecto, ficam algumas dúvidas quanto à seriedade da proposta já que Gaydamak tem um mandado de captura internacional relativo a um processo de tráfico de armas. Seja como for, não lei internacional nenhuma que impeça o Governo de Eduardo dos Santos de dar cobertura este multimilionário, nem que seja nomeando-o embaixador...
Gaydamak, que vive em Moscovo, está envolvido numa série de projectos - que vão das finanças à agricultura e à extracção de minérios e tem um mandado internacional de captura, emitido pelas autoridades francesas em 2000, por não ter comparecido perante um magistrado para responder a acusações de tráfico de armas. Arcadi Gaydamak rejeita as acusações e diz que as supostas evidências apresentadas para o acusar são falsas.
A guerra angolana, que terminou em 2002, arruinou as infra-estruturas e a agricultura do segundo maior produtor de petróleo em África. E para recuperar é legítimo que o país deite a mão a quem quer ajudar, independentemente da sua credibilidade ou do seu envolvimento em negócios menos lícitos.
Com 13 milhões de habitantes, Angola depende da ajuda internacional e das importações comerciais para colmatar as suas necessidades alimentares.
"Em dois anos, vamos satisfazer todas as necessidades alimentares de Angola. Já estamos a produzir cinco por cento das necessidades na Fazenda Terra Verde. Conseguimos isso em 18 meses", diz o empresário russo.
A Terra Verde é um projecto piloto de 350 hectares nos arredores de Luanda e em que Gaydamak investiu 30 milhões de dólares.
A fazenda produz frutas e vegetais - incluindo pimentos, melões, tomates e batatas - e frangos e ovos para consumo local.
Planos para exportações
Arcadi Gaydamak está também a produzir milho, em parceria com a empresa estatal angolana, Simportex - um projecto com um investimento inicial de 120 milhões de dólares.
"Com a Simportex vamos produzir produtos básicos, especialmente frangos", disse.
Segundo ele, Angola gasta anualmente 25 milhões de dólares com a importação de frangos congelados do Brasil - um montante que poderia ser investido na criação de um aviário e de postos de trabalho locais.
Com outros investidores privados, Gaydamak está também a apostar na produção de laranjas e uvas para exportação para a Europa.
O multimilionário russo acredita que os seus projectos, por si só, podem alimentar Angola e começar a exportar dentro de 24 meses.
O governo angolano diz que outros investidores privados, bem como agências estatais, estão igualmente a trabalhar na revitalização da agricultura por forma a garantir a segurança alimentar.
Fonte: BBC
O multimilionário russo, Arcadi Gaydamak, está interessado em contribuir para a resolução das dificuldades alimentares de Angola e, convicto (e bem) que o país pode ser auto-suficiente em matéria agrícola, propõe-se investir no sector agrícola angolano qualquer coisa como 150 milhões de dólares. Mas, apesar da bondade do projecto, ficam algumas dúvidas quanto à seriedade da proposta já que Gaydamak tem um mandado de captura internacional relativo a um processo de tráfico de armas. Seja como for, não lei internacional nenhuma que impeça o Governo de Eduardo dos Santos de dar cobertura este multimilionário, nem que seja nomeando-o embaixador...
Gaydamak, que vive em Moscovo, está envolvido numa série de projectos - que vão das finanças à agricultura e à extracção de minérios e tem um mandado internacional de captura, emitido pelas autoridades francesas em 2000, por não ter comparecido perante um magistrado para responder a acusações de tráfico de armas. Arcadi Gaydamak rejeita as acusações e diz que as supostas evidências apresentadas para o acusar são falsas.
A guerra angolana, que terminou em 2002, arruinou as infra-estruturas e a agricultura do segundo maior produtor de petróleo em África. E para recuperar é legítimo que o país deite a mão a quem quer ajudar, independentemente da sua credibilidade ou do seu envolvimento em negócios menos lícitos.
Com 13 milhões de habitantes, Angola depende da ajuda internacional e das importações comerciais para colmatar as suas necessidades alimentares.
"Em dois anos, vamos satisfazer todas as necessidades alimentares de Angola. Já estamos a produzir cinco por cento das necessidades na Fazenda Terra Verde. Conseguimos isso em 18 meses", diz o empresário russo.
A Terra Verde é um projecto piloto de 350 hectares nos arredores de Luanda e em que Gaydamak investiu 30 milhões de dólares.
A fazenda produz frutas e vegetais - incluindo pimentos, melões, tomates e batatas - e frangos e ovos para consumo local.
Planos para exportações
Arcadi Gaydamak está também a produzir milho, em parceria com a empresa estatal angolana, Simportex - um projecto com um investimento inicial de 120 milhões de dólares.
"Com a Simportex vamos produzir produtos básicos, especialmente frangos", disse.
Segundo ele, Angola gasta anualmente 25 milhões de dólares com a importação de frangos congelados do Brasil - um montante que poderia ser investido na criação de um aviário e de postos de trabalho locais.
Com outros investidores privados, Gaydamak está também a apostar na produção de laranjas e uvas para exportação para a Europa.
O multimilionário russo acredita que os seus projectos, por si só, podem alimentar Angola e começar a exportar dentro de 24 meses.
O governo angolano diz que outros investidores privados, bem como agências estatais, estão igualmente a trabalhar na revitalização da agricultura por forma a garantir a segurança alimentar.
Fonte: BBC
2 comentários:
Eu acredito que Angola Com Ajuda dos empresários extrangeiros a investir em Angola vamos acarbar com as importaçães e comessar a consumir mas o que é nosso.
Dualidade:
É bom Angola produzir o que consome.
Não há investimento,estatal? Não há agricultores Angolanos capacitados, para desenvolverem o mesmo projecto com apoio do governo?
Crescimento sustentado.
Vamos ver quando os fluxos de capital se tornarem refluxos..
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