Selvajaria apocalíptica onde toda perversidade é real
Finalmente, é apresentado no próximo dia 25 de Agosto em Luanda o aguardado livro "Para onde vai Angola?" de autoria de Domingos Cruz, um escriba que assina semanalmente artigos de opinião para o Jornal Folha 8. O Club-k.net teve acesso ao texto de introdução que torna agora publico.
INTRODUÇÃO por Domingos Cruz
Falar e escrever sobre Angola afigura-se dubiamente triste e ao mesmo tempo espectacular. Triste, porque enquanto angolano, desejava de forma ardente e sincera com todo o meu ente, para que no pós-guerra alcançássemos um país normal nas mais variadas dimensões, que fazem uma nação. Infelizmente, este não é o caso hodierno. De acordo com muitas opiniões, pensava-se que o líder histórico da UNITA (União para a Independência Total de Angola) era a máquina da diabolicidade para a desgraça deste país, com a sua morte os angolanos identificaram quem são os verdadeiros cleptocráticos e destruidores da nação, na perspectiva material e espiritual, mergulhando o país num «oceano» de miséria e sem rumo A espetacularidade da qual refiro-me não é de esplendor, mas sim de tipo tacanho e mesquinho com carácter «caretativo» infantilista. É mesquinho e vergonhoso ver para onde este país está a caminhar.
O normal seria que depois dos angolanos nunca terem construído a sua própria História, nunca terem escrito a sua própria História com verdade e veracidade cientifica, porque faziam quase tudo de forma mimetista, faziam e fazem ainda hoje quase tudo de acordo com os interesses dos tubarões da geopolítica mundial e beneficiando o Príncipe e outros membros do poder político e militar, seria bom e necessário que hoje, pudéssemos mudar esta rotina humilhante, escravizante, empobrecedora e despersonalizante para um povo que até aos nossos dias parece não saber aonde quer ir por causa dos seus pseudopolíticos ventrílogos e incôncios em muitos casos.
Num país governado por pessoas sérias, depois desta guerra civil, certamente que se devia apostar num investimento massiço na educação, saúde, estrada, agricultura, turismo, pequena e grande industrias para o combate a pobreza, etc., mas infelizmente o país ainda tem os canhões como bens prioritários!
A nossa obra visa dissecar com verdade cientifica aquilo que é a Angola real e não fanático poético-distorcida dos medias propagandísticos do regime ditatorial, monárquico, déspota, predador, banditesco, errante, que é arquitectado por aqueles que se arrogam centralizar tudo e tirar qualquer homem deste mundo, que legitimamente questiona a legitimidade ética e jurídica do sistema errante, terrorífico e vampírico como diria José Samakaka.
Eis a estrutura temática do livro, por unidade:
A primeira parte da obra apresenta uma breve e introdutória Filosofia da História ou seja, tendo como pano de fundo, as distorções ideológicas e partidárias com que está escrita a História de Angola, denuncio e chamo atenção para que os especialistas rescrevam a História real do nosso país. Certamente que uma pergunta passaria no espírito do leitor: porque razão se deve rescrever a História de Angola? Porque um povo que não conhece o seu tempo consumido e os erros cometido neste percurso temporal está condenado a cometer as mesmas misérias da efemeridade humana, e por isso, permanece na mediocridade, dai que Angola está como está
Isto não vale somente para os países, até mesmo para a vida particular. Ainda nesta unidade apresentamos alguns factos históricos de grande relevância para o país e que encerram também uma grande controvérsia histórica e podem ser possíveis temas que devem ser aclarados mais rápido possível pela ciência do tempo a História para o bem da nação.
Na segunda parte, abordamos a questão económica, com realce para o «desenvolvimento económico selvagem» que o país tem, decorrente da má distribuição da riqueza e da falta de políticas sociais sérias. Ainda nesta unidade temática, olhamos para outras questões de grande relevância como: o sistema financeiro angolano, os pilares da economia Angolana: diamante e petróleo. A alta dívida externa de Angola, as assimetrias regionais, a agricultura e o turismo, sectores de grande potencial mas abandonados pelos responsáveis das políticas públicas, e outras questões de capital importância e utilidade para esta parcela do mundo.
A unidade número três olha para a questão da cidadania e da política activa no país, que se afigura igualmente moribunda por várias razões que o interior do livro vai espelhar. Embora todos os temas me parecem mister, gostaria destacar a questão democrática e as barreiras que ela tem para não desenvolver-se e implantar-se efectivamente em Angola. Entre vários travões da democracia angolana, está o partido-estado, as autoridades tradicionais que agora são do partido porque desempenham o papel de activistas políticos, as etnias, etc.
Ainda na mesma unidade, destacamos outros temas como: a pessoa do Presidente da república como persona não grata, a intolerância política, com realce para a apresentação de mais de 70 vítimas perpetradas pelo MPLA, a transparência, a corrupção política, a banditização do estado angolano, a partidarização das instituições, a bajulação como estratégia de ascensão social, a praga dos partidos políticos, governantes analfabetos, as sementes do ódio e da nova guerra, etc.
A quarta e última unidade do volume um, olha com grande profundidade para a questão dos direitos humanos e seu influxo social em Angola, ou seja, até que ponto os direitos humanos são concretizados em Angola. Analisamos grandes questões como: a educação débil e miserável em termo de qualidade em Angola, desde o ensino primário até ao subsistema de ensino superior, a ausência de um sistema de saúde funcional, água, energia, transporte, etc.
De acordo com as misérias de diferentes dimensões que constatamos, fruto da pesquisa documental e da experiência da vida diária porque sou Angolano, angolano que é alvo deste regime diabólico e macabro, que todos os dias nega de forma prática, evidente e ao mesmo tempo implícito todos os nossos direitos, inclusive o direito a vida, ao fazer uso da sua polícia para matar à luz do dia, na calada da noite e na clandestinidade.
Porém, esta realidade temível e terrível, para quem quer ver o seu país a progredir verdadeiramente, levou-me a levantar a questão que dá título ao livro: PARA ONDE VAI ANGOLA?
Fonte: Club-k.net
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4 comentários:
dispenso comentario porque o domingos escreve para os intelectuais actuais e nao atrasados.
dispenso comentario porque o domingos escreve para os intelectuais actuais e nao atrasados.
é de admirar de facto este facto, porque o autor domingos, é igualável á outros, sinceramente ele escreve para leitores e nao para os apreciadores de bonecos, a nao citar...............
Há pouco tempo que se celebrou a liberdadae de expressao em todo mundo, pôde me aperceber que o nosso big man esta sendo perseguido por ter lecionado nas suas aulas algumas paginas da sua obra. quero saber se o tema fazia parte ao dossier ou entao foi uma aula extra que é permitido.
Se é assim porque julgá-lo.
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