Luanda/Angop - A Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, chegou às 22h05 desta quarta-feira(19) a Luanda, onde vai cumprir uma visita oficial de 48 horas, destinada ao reforço da cooperação bilateral.
No Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, a mandatária brasileira recebeu cumprimentos de boas-vindas do ministro angolano das Relações Exteriores, Georges Chikoti, do governador provincial de Luanda em exercício, Graciano Domingos, e de funcionários da representação diplomática brasileira em Angola.
Nesta sua primeira viagem a Luanda, Dilma Rousseff chegou acompanhada dos ministros das Relações Exteriores, António Patriota, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, pela Secretaria para as Políticas de Promoção de Igualdade Racial, Luiza Bairros, e por um grupo de empresários brasileiros.
O plano plurianual de cooperação bilateral, entre os dois países, baseada na atividade econômica, científica e técnica, entre os governos, será revisto a partir de quinta-feira, bem como outros assuntos de interesse para ambos os países.
O programa da visita tem como um dos pontos mais alto o encontro privado entre os dois chefes de estado, no palácio da Cidade Alta, que decorre em simultâneo com as conversações oficiais entre as delegações ministeriais.
Os dois chefes de estado discursam durante um almoço a ser oferecido por José Eduardo dos Santos, no salão Nobre do Palácio Presidencial.
Encontro em privado, com o presidente da Assembleia Nacional, que antecede a sessão solene especial da Assembleia Nacional, durante a qual Paulo Kassoma e a presidente brasileira trocam discursos, consta igualmente da agenda da visita da presidente do Brasil.
De acordo com a embaixadora do Brasil em Luanda, Ana Cabral, à imprensa local, o primeiro compromisso de Dilma Rousseff será uma homenagem ao primeiro presidente de Angola, o Herói Nacional, Agostinho Neto.
Durante sua permanência em Angola, ela deve ressaltar que o Brasil foi o primeiro a reconhecer o governo independente do país, em novembro de 1975, e que apoiou os angolanos durante o período da Guerra Fria (1945-1991) – quando houve disputas estratégicas entre os Estados Unidos e o bloco da antiga União Soviética (URSS), assim como também ressaltar o aspecto positivo da relação bilateral: o crescimento na parceria econômica e comercial.
A mandatária depositará uma coroa de flores na estátua em sua memória, situada na Praça da Independência, centro da capital. Além disso, a chefe de Estado deve se reunir nesta quinta-feira com o presidente angolano, José Eduardo dos Santos, e fará um discurso na Assembléia Nacional. Mais tarde, acompanhada da ministra Luiza Bairros da Secretaria Especial de Políticas da Promoção da Igualdade Racial, irá se encontrar com um grupo de mulheres angolanas que exercem cargos expressivos no governo angolano e com integrantes da comunidade brasileira residente em Luanda.
Durante a visita, podem ser assinados acordos de cooperação técnica, além de parcerias para o combate ao tráfico de drogas, o desenvolvimento de pesquisas em geologia e de programas de previdência social.
"Nosso País é parceiro estratégico de Angola, e a presidente Dilma vem não apenas para se reunir com políticos, mas também para abrir novas oportunidades de cooperação técnica", afirmou a embaixadora. No encontro bilateral, os dois governos negociarão acordos nas áreas de geologia, mineração, seguridade social.
Os maiores investimentos brasileiros em Angola se concentram nas áreas de construção civil, energia e exploração mineral. As exportações brasileiras se concentram em carnes, açúcar, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos.
Entre 2009 e 2010, a balança comercial entre Brasil e Angola alcançou US$1,4 bilhão. Além disso, o Brasil concedeu um crédito a Angola no valor de US$3 bilhões.
Sem comentários:
Enviar um comentário