terça-feira, dezembro 23, 2014

‪#‎KIZOMBAFAMILY‬ | "GINGA CONVENTION 2015" – Kizomba Romana Family

ginga convention 2015 - kizomba romana family
--> Momento di Relax in ambiente "Afro/Latino" di Orgullo Latino Events
--> MM Formazione/Riflessione/Programmazione.
--> Momento di Puro Divertimento.
Info24 Urgente: Millemani Kizomba | Barbara Barros
www.fb.com/groups/kizomba.romana

segunda-feira, dezembro 01, 2014

“CAMPANIA AFROLATIN CONGRESS” – 5/8 Dicembre 2014

CAMPANIA AFROLATIN CONGRESS - Kizomba Semba Kuduro

√ NEXTSTOP * "CAMPANIA AFROLATIN CONGRESS"
Evento da vivere assolutamente. Siete ancora in tempo.

CI SIAMO | 100% ‪#‎KIZOMBA‬ ‪#‎SEMBA‬ ‪#‎KUDURO‬ ‪#‎TARRAXA‬
- Tecas & Miss Jo (Ang/Fr)
- Miguel & Susana (Pt)
- Mandela e Lisa (Ang/Pt)
- KR / Team Chuva de Passadas (Ang/It/Br/Fr)

Kizomba Romana - David Pacavira, Barbara Barros, Alex Vunda, Celine, Mary, Dj Massakre
√ INFO * 340.7881912 320.5320188
√ CHAT24 * www.fb.com/groups/kizomba.romana
√ PAGE * www.facebook.com/kizomba.romana

sexta-feira, novembro 21, 2014

‪#‎KIZOMBAINITALY‬ | Sei er mejo!!

1) Arrivi a parlare della ‪#‎Kizomba‬ come roba Tua, anche se la conosci da poco e non rispetti il minimo di quell'insieme di regole di questo campo/mondo.

2) Parli male dei maestri angolani dimenticando che senza di loro non ci sarebbe la ginga che certi artisti oggi sfoggiano come cosa innata. Senza la gran parte della condivisione fata con passione, dagli angolani e fratelli afro, oggi ci sarebbe solo fuffa, pseudotango e figure meccaniche da vendere.

3) Parli dell'Angola anche se non sai nemmeno dove si trova.
★ Qualunque somiglianza è pura coincidenza.

--> Kizomba in Italia // Novembre 2014

terça-feira, setembro 30, 2014

Roma Kizomba Festival 17-19 October 2014 in Rome

Roma Kizomba Festival - Festa do Semba
https://romakizombafestival.blogspot.com

David Pacavira - Barbara Barros - Roma Kizomba Festival 2014.jpg

ROMA KIZOMBA FESTIVAL aka ★Festa do Semba★, 17-19 October 2014. 45 Workshops, 3 big parties, 42 artist from 14 countries, 1Flash Mob, 1Tour of Rome. Share it pls!
↑↓ -19 Days to ‪#‎romakizombafestival‬
EVENT | www.facebook.com/events/695963707095044/

www.romakizombafestival.com/pass-it
www.fb.com/romakizombafestival
#kizomba #angola #luanda #uk #london #kizombaitalia #kizombaromana#kizombaroma #angola2017 #luanda2014 #europanights #bigevents

quinta-feira, agosto 21, 2014

USA 2014 | SE NO PAÍS GOVERNADO POR UM "NEGRO" SER "NEGRO" CONTINUA SENDO UM QUASE "CRIME"

STOP KILLING US - MICHAEL BROWN 2014 - Angola XyamiSTOP KILLING US - MICHAEL BROWN 2014 - Angola XyamiSTOP KILLING US - MICHAEL BROWN 2014 - Angola Xyami

Nos Estados Unidos da América, a terra dos sonhos e das liberdades, abater um "negro" nunca foi tão fácil e justificável. Nos últimos dias, carregados de raiva e dores e sentimento de impotência, vimos, assistimos e ouvimos o pior acerca do tratamento especial que polícia norte americana reserva aos afro-americanos.

As 16 horas, do dia 9 de Agosto de 2014, Michael Brown 18 anos de idade, foi abatido com sete tiros a queima roupa. Qual foi o motivo? Segundo a polícia, Brown tivera apenas roubado uma caixa de cigarros e se mostrava com atitudes violentas. Por uma caixa de cigarros podes ser "assassinado" pela forças de ordem do "maior exportador de democracias e valores cívicos ocidentais". Brown foi abatido no pior dos modos, a polícia não quis revelar o nome do autor nem as razões últimas de tal gesto. Quem tentou manifestar-se foi reprimido com todos os meios. O que dizer? Digo tão somente que "alguém" está perdendo o controlo do mundo e das próprias "ovelhas".

As 14 horas, do dia 20 Agosto de 2014, a polícia de S. Louis abateu o segundo rapaz "negro" por ter alegadamente "roubado" uma sandwich e um refrigerante. O segundo rapaz afro-americano, de 23 anos de idade, foi "assassinado" com sete tiros a queima-roupa. A justificação é sempre a mesma: furto, resistência a público oficial e tentativo de violência. Em outras palavras: negro é sempre pobre, violento e pode ser abatido sempre que oportuno.

Os dirigentes da polícia justificam a acção dos seus homens afirmando que estes seguem com escrúpulo todas as regras de aplicação. Mas quais regras? Aquelas de atirar para matar a qualquer negro que não obedece. O que dizer?

Além de todas as reflexões que podemos fazer, DIGO tão somente QUE FORA DE ÁFRICA ser negro continua sendo muito difícil. Os negros criam e até vendem cultura, inventam a própria vida e participam seja na política como nas mais diversas organizações sociais, todavia, a integração é sempre condicionada. O negro continua sendo um "personagem" sem futuro certo.

Os USA continuam sendo um país onde os negros não são aceites como cidadãos a 100%. Até quando? Uma parte da culpa é dos próprios negros que não obstantes os espaços conquistados não incidem mais e mais na mudança de mentalidades e aplicação das leis relativas a igualdade entre os americanos.

AP332274524003

--> MAIS CULTURA, MAIS POLÍTICA E MENOS E TWERK.

segunda-feira, julho 21, 2014

COOPERAÇÃO ANGOLA & ITÁLIA | Reforço das relações bilaterais, Expo2015, ENI e novos campos de cooperação.

Matteo Renzi em Angola Julho 2014

Primeiro Ministro italiano, Matteo Renzi continua em Luanda. Esta manha realizou-se o encontro com os empreendedores angolanos e italiano no Hotel Epic Sanna, se seguirá uma visita ao Mausoléu António Agostinho Neto e ao Museu das Forças Armadas. O ponto mais alto desta visita se consubstancia na audiência que terá com Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, a realizar-se na tarde de hoje.

DADO CURIOSO. A Itália foi o primeiro país ocidental a reconhecer a independência de Angola, todavia, esta é a primeira vez que um Primeiro Ministro italiano visita o nosso país. A Itália está vivendo grandes dificuldades em termos econômicos e de influência em âmbito europeu e não só; assim sendo esta visita se realiza na esteira de uma ampla acção em vista de um relance do país na esfera internacional.

ESPERANÇAS. Reforço da cooperação bilateral, a participação de Angola naExpo 2015 Milano, novos campos de cooperação.

Francisco Pacavira

segunda-feira, julho 14, 2014

ANGOLA | Rumo a descentralização da economia a partir do Uíge

NOTÍCIA DO DIA | Nesta tarde de verão/Itália vs cacimbo/Angola, só esta notícia para alegrar-me. "UÍGE 2014 - Grandes avanços na criação de peixe". Vitória de Barros, Ministra das Pescas, constatou no terreno que perto de um milhão de exemplares estão a reproduzir-se em mais de 80 tanques de aquicultura.

--> Tive conhecimento deste empreendimento a partir do Luis Fernando, jornalista e escritor de "renome" na nossa praça cultural e jornalistica. Se mais jornalistas seguirem as suas trilhas, poderemos assistir em tempo real o (re)nascimento de Angola doze anos após a assinatura dos acordos de paz.

Desta notícia podemos recavar duas lições:
1) As províncias constituem o verdadeiro terreno de luta no processo de diversificação da economia angolana. O desenvolvimento do país passa indiscutivelmente pelas descentralizações, desta feita da economia. Todos somos chamados a contribuir no pequeno ângulo onde nos encontramos. Promover as potencialidades de cada Província é já um passo significativo.

2) O verdadeiro "Investimento Privado" carregado de esperanças e criatividade é um factor determinante para o sucesso da descentralização acima citada. Urge, portanto, um incremento da sinergia entre o "Estado e os Cidadãos" em prol dos objectivos de Governação do partido no poder, nos quais a descentralização da economia constitui um dos objectivos por atingir entre 2017.

Cfr: Uíge -Jornal de Angola

quinta-feira, junho 19, 2014

#GUERRA EM #SIRIA 2011/2014| Sobre as exportações da Democracia nos nossos dias

Crônica direita de uma guerra "programada, alimentada e vendida como luta pela democracia". Acompanhar a destruição dos vários países desestabilizados com as "Revoluções Regressivas" ajuda-nos a entender melhor o que se passa em África. Toda atenção é mínima, porque se Angola continuar a crescer com o ritmo que assistimos nos últimos cinco anos, cedo estaremos no olho do ciclone.

A título de exemplo, o #Brasil está subindo um ataque (soft/power) sem precedentes desde o fim da ditadura. Infiltração, mobilização e actuação de planos que, se forem bem sucedidos, as consequências serão desastrosas no breve e longo período, no que tange ao contínuo "progresso social" que temos assistido.

No cenário brasileiro certas #ONG's desempenham um papel de extrema importância. Muitos brasileiros descobriram-se "revolucionários" e nem sabem o porque. Muitas famílias estão torcendo pelo total falimento do #Mundial2014 e das Olimpíadas usando as mesmas argumentações que usam os "revolucionários" treinados para "destabilizar" o Brasil. A situação é cada vez mais delicada, e o pior ainda deve chegar: estejam de olho nas próximas eleições.

sexta-feira, junho 06, 2014

DISCURSO DO CAMARADA PRESIDENTE JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS NA ABERTURA DA II SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DO COMITÉ CENTRAL

Ilustres membros do Comité Central,
Caros camaradas,

Ao transformar a natureza, para dela retirar o que necessita, o homemtambém se transforma. De igual modo, quando um partido político concebe e realiza os seus planos para a transformação da sociedade, este partido também se deve transformar e crescer com essa sociedade.
Por exemplo, quando no nosso país o Sistema Político de Partido Único foi substituído pelo Sistema Democrático Pluripartidário, o MPLA teve de transferir as suas organizações de base, dos centros de trabalho para os locais de residência, adaptando-se à nova realidade política e social.
Neste processo de mutação, o Partido deve detectar as forças sociais de mudança e compreender a sua importância, carácter e dinâmica. Deve, também, prever as tendências da evolução social, para que possa adaptar-se, conduzir os seus seguidores e o povo e manter a sua liderança.
A sua mensagem deve ser de confiança e esperança. Deve exprimir as aspirações de todos, ou pelo menos da imensa maioria da população. A sua proposta de contrato social ou de projectos concretos deve visar a construção do bem-estar e felicidade para todos.
Se o Partido não acompanhar a evolução social e estagnar, pode perder a confiança do povo e a liderança do processo de mudança.
Neste caso, as forças políticas, depois de perderem o rumo dos acontecimentos, recorrem a promessas irrealistas, impossíveis de concretizar, caindo, assim, no populismo, com a intenção de enganar as massas.
Deste modo, a inserção do Partido na sociedade, como meio para a condução do processo de transformação sócia, é fundamental para a concretização do seu Programa.
Neste processo, devemos distinguir as forças de realização da transformação, que são as massas e os elementos portadores do conhecimento científico e técnico, da inovação e da capacidade de enquadramento, que são os quadros política e tecnicamente mais preparados e motivados.
A selecção destes quadros requer uma inserção adequada do Partido no seio das elites do nosso país, em todos os segmentos da sociedade e em todos os domínios do conhecimento do saber fazer, para que possamos obter a participação e colaboração daqueles que queiram contribuir para a construção de uma Angola democrática, próspera e inclusiva.
Entre nós, esta tarefa não está concluída, ao contrário da inserção do Partido no seio das massas populares, que já é um facto em todo território nacional, faltando, no entanto, tornar mais regular o diálogo entre o topo, os escalões intermédios, as bases do Partido e o povo, faltando, também, comunicar melhor e melhorar o trabalho de educação moral e cívica.
Com efeito, também no seio dos quadros, o Partido deve reforçar a sua inserção. Devemos continuar a prestar uma atenção especial ao trabalho de mobilização dos quadros que estão no país e na diáspora
Caros camaradas,
A discussão deste tema vai, certamente, dominar os debates, que terão lugar no próximo Congresso Extraordinário do Partido.
Mas, peço-vos que não se esqueçam que, em 2012, durante as Eleições Gerais, anunciámos que seria realizada uma grande reforma do Estado, se ganhássemos as eleições.
Realmente, em Fevereiro de 2010 entrou em vigor a nova Constituição da República de Angola e foi iniciado um processo de ajustamento de todas as leis e regulamentos e a elaboração de novos projectos de diplomas legais, entre os quais a Lei sobre as Autarquias.
É necessário continuar este trabalho e, talvez, pensar-se na criação de uma Comissão no Partido que ajude a dar um impulso maior a este processo de Reforma do Estado.
Caros camaradas,
A nossa reunião de hoje não analisará os assuntos referentes à governação do país, porque eles já foram apreciados na reunião que efectuámos há poucos meses atrás.
Vamo-nos debruçar sobre a convocatória e todos os documentos relacionados com a preparação e realização do Congresso Extraordinário, de Dezembro próximo.
Será um Congresso de balanço e reflexão, que não irá proceder à renovação de mandatos dos órgãos de Direcção.
Essa renovação só acontecerá no Congresso Ordinário, previsto para o ano 2016, sob o signo da estabilidade, coesão e afirmação da liderança do MPLA na sociedade.
Termino como comecei: “Transformar a sociedade, transformar o Partido e crescer com ela”, é o que procuramos fazer sempre.
Com votos de bom trabalho, declaro aberta esta reunião do Comité Central.

segunda-feira, maio 05, 2014

FUTEBOL ANGOLA - Petro de Luanda conquista segunda vitória

O Petro de Luanda conquistou a segunda vitória no Girabola 2014, ao vencer o Progresso do Sambizanga por 2-1 em partida referente a 10ª jornada do Campeonato angolano de futebol da primeira divisão.

A equipa do catetão entrou com três unidades que ainda não haviam jogado de início do Girabola: Jotabé, Ari e Keita que relegaram para a segunda opção Lamá, Manguxi e Flávio.

Aos três minutos de jogo, o Petro chegou ao tento inaugural, por intermedio de Nari, golo que apanhou a defesa Sambila de surpresa. O Progresso tudo fazia para chegar a igualdade, mas a grande dificuldade estava no toque final em função da forma como os “tricolores” estavam a defender.

O primeiro sinal de golo eminente dos sambilas aconteceu aos 26 minutos quando Calú de cabeça levou a bola ao poste naquele que poderia ter sido o tento da igualdade para a formação de  amarela e preto.

Cinco minutos depois, o Petro voltou a marcar por intermédio de Keita mas o árbitro Paulo Talaia anulou o  tento alegando falta do avançado da formação do catetão sobre um defesa contrário.

Aos 38 minutos, depois de um cruzamento de Gilberto, Keita saltou no meio dos defesas para fazer o 2-0, resultado que não se alterou até ao intervalo.

No reatamento da partida, fruto de uma melhor abordagem a passagem dos 49 minutos, o Progresso reduziu a marcha do marcador com golo de Mano depois de receber um passe de Pingo na ala direita dos Sambilas.

Os sambilas passaram a jogar ao contra ataque causando grandes dificuldades a equipa do Petro que não conseguia passar do meio campo para frente. Contudo, ainda assim o resultrado nao se alterou até o final.

O Petro de Luanda tem ainda três jogos em atraso  diante do 1º de Maio de Benguela, Benfica do Lubango e União Sport do Uige com quem joga na próxima quarta-feira no estádio 11 de Novembro, partidas que não se realizaram nas datas previstas devido ao envolvimento dos “tricolores” nas eliminatórias de acesso a fase de grupos da Taça da Confederação.

domingo, maio 04, 2014

#ROMA 13:30 | PARA TERMINAR "MADE IN ITALY" O OUTRO NOME DA COOPERAÇÃO.

Angola, Luanda, Pacavira

--> Agradeço a tua/vossa atenção. Qualquer dúvida, conselhos de reportagem, ideias, sugestões, ... é tudo bem vindo.
Photo: Divano VIP presso il Terminale di Ciampino.


#JES #ANGOLA #JESEMROMA #VATICANO #COOPERACAO

sábado, abril 12, 2014

"Os grandes impérios de Angola foram construídos à custa do Estado” Justino Pinto de Andrade

Aos 66 anos, Justino Pinto de Andrade, diretor da Faculdade de Economia e Gestão da Universidade Católica de Angola, comentador político e presidente do Bloco Democrático, um partido sem expressão parlamentar, assume-se do outro lado da barricada na luta pela democratização de Angola.

Justino Pinto de Andrade

Não é o seu primeiro combate. Sobrinho de Mário Pinto de Andrade, presidente e fundador do MPLA-Movimento Popular de Libertação de Angola, participou ativamente ao lado do seu tio e de seu irmão Vicente na luta pela independência, acabando por ser preso em 1969 e enviado para o Tarrafal, Cabo Verde, de onde só viria a sair à data de libertação do campo, em 1 de maio de 1974. Estudante de Medicina por esses dias, a detenção fê-lo mudar de rumo.

"Os anos que passei detido em Cabo Verde permitiram-me perceber que o meu papel não era dentro de um hospital a fazer banco, operações e a dar consultas. Percebi que tinha muito mais valor e que me sentiria mais realizado numa intervenção mais abrangente. O quadro que se apresentava, e, sobretudo, o distanciamento com que eu passei a ver a sociedade a partir de Cabo Verde apelava a uma formação que me permitisse ter uma maior intervenção pública sem estar sujeito aos laços pessoais que a Medicina cria".

Depois da libertação forma-se em Economia, em Luanda, e haveria de voltar aos bancos da universidade da capital angolana para frequentar durante quatro anos o curso de Direito, "só mesmo por curiosidade. Queria saber aquilo que os juristas sabiam", contou ao Expresso.

Depois da independência, declarada em 11 de novembro de 1975, voltaria a ser detido, acabando por romper definitivamente com o MPLA.

"Na minha família temos uma cultura de liberdade muito grande e procuramos não confundir as relações familiares com a política. Fomos educados a respeitarmo-nos uns aos outros", diz, para logo acrescentar: "O meu irmão Vicente esteve sempre comigo em todos os combates políticos desde a independência. E agora bati com a porta, e com estrondo, e o meu irmão acha que deve continuar lá. Prefiro não fazer de conta. Prefiro mesmo estar deste lado da barricada. Acho muito mais saudável o indivíduo quando rompe, romper mesmo. E eu rompi."

De passagem por Portugal para dar uma conferência na Universidade do Porto, analisa em entrevista ao Expresso o estado da democracia angolana e da liberdade de expressão bem como as relações económicas e políticas entre os dois países, seis meses passados sobre a última crise, em outubro do ano passado.

Portugal está a ser "desleal" com Angola quando investiga judicialmente altas figuras do Estado angolano, tal como escreveu em novembro do ano passado o "Jornal de Angola"?
Não. As investigações têm a ver com a Justiça, não são questões que tenham a ver com os partidos políticos. A Justiça é feita para os cidadãos comuns e também para os políticos. Se os políticos são suspeitos de ter cometido alguma infração, penso que a Justiça não se deve intimidar porque caso contrário deixa de ser Justiça para todos e passa a ser só para alguns. Neste caso concreto, importa ver se há razões bastantes que justifiquem essa investigação e isso compete às próprias autoridades judiciais e não aos políticos. Se há uma interferência política que os coloque acima da Justiça é o descrédito para própria Justiça e para o país. Quando a Justiça portuguesa investiga alguém, em princípio é porque há suspeitas do cometimento de algum ilícito, mas por vezes, alguns políticos supõe de que a Justiça é apenas para os cidadãos e não para eles próprios. Daí que, quando são objeto de alguma investigação reagem ignorando que são os próprios políticos que elaboram as leis, supostamente com caráter universal e abstrato.

Quem é que mais perdeu com o adensar das relações entre os dois países?
Penso que não houve até agora desenvolvimentos negativos para ambos os lados. As relações entre Angola e Portugal continuam. Os portugueses que estão em Angola continuam a trabalhar, até porque são necessários. Mas houve, de facto, o temor de represálias contra eventuais interesses portugueses, só que é preciso não esquecer que, se há portugueses em Angola, também há angolanos em Portugal. Hoje, a situação está um pouco invertida e há maior necessidade por parte dos portugueses de emigrarem para Angola para trabalhar, mas há alguns anos era o contrário. Criou-se aquela imagem de que estávamos em risco de desencadear um conflito social, mas não me parece que tenha acontecido.

Em entrevista à SIC, em junho do ano passado, o Presidente José Eduardo dos Santos disse que as relações com Portugal não estavam isentas de "problemas", mas que decorriam num "quadro de amizade e grande compreensão" apesar de haver "reminiscências do passado bastante localizadas". A quem é que, em sua opinião, se refere o Presidente do seu país?
Não sei. Talvez a ele próprio. Esqueceu-se que as relações entre Angola e Portugal envolvem pessoas. Tanto quanto sei, há também personalidades angolanas que têm aplicações financeiras em Portugal. Na altura em que essas personalidades fazem as suas aplicações financeiras em Portugal não estão a estabelecer uma relação entre colonizado e colonizador, mas sim uma relação entre quem tem poupanças e necessidade de aplicá-las e quem tem necessidade de absorver essas poupanças. Nessa altura, as pessoas esquecem-se da relação colonizado-colonizador, mas quando se gera algum conflito que ponha em causa a imagem dos decisores então vão ao fundo do baú buscar uma velha relação que existiu, mas que temos de fazer todo o possível por relativizá-la. Não nos vamos manter prisioneiros para todo o sempre de uma relação que já pertence ao passado. Hoje, os portugueses quando vão para Angola não vão como colonizadores. Penso também que os interesses angolanos quando se instalam aqui em Portugal não o fazem como interesses colonizados, mas como interesses de cidadãos que têm recursos que procuram rentabilizá-los fora do país.

O que poderá acontecer na relação entre Portugal e Angola se o Ministério Público português decidisse acusar os tais altos dirigentes angolanos?
Não sei de que são acusadas essas personalidades, penso que têm a  ver com eventuais ilícitos económicos. Mas se alguém cometeu algum ilícito deve ser responsabilizado por isso e não estar a aprisionar um país inteiro a eventuais ilícitos praticados por algumas personalidades angolanas. Se fosse um cidadão comum angolano a cometer um ilícito desses, naturalmente que as autoridades portugueses teriam toda a liberdade para investigar e acusar, mas tratando-se de cidadãos com responsabilidades políticas elevadas não parece que seja justo que sejam isentados das suas próprias responsabilidades. Os nossos políticos é que têm de cuidar de proteger a sua imagem não cometendo ilícitos fora do país, porque se o fazer têm de se sujeitar à justiça desses países.

A "mão invisível" do regime


No seu blogue denunciou recentemente a estratégia seguida por Luanda para impedir uma manifestação de vendedores ambulantes e o desaparecimento de dois ativistas. O aparelho de Estado angolano é politicamente intolerante e não respeita a diferença?
É uma herança da história de Angola. Quem manda hoje em Angola ou é fisicamente alguém que esteve vinculado àquele poder totalitário do passado, que não tinha nenhuma máscara de pluralidade, mas atualmente tem uma cobertura externa de pluralidade mas culturalmente são a mesma coisa. Se olharmos para as práticas dos principais atores do poder atual vemos que não têm muita diferença em relação ao que foi o poder de partido único. O que prevalece no subconsciente dessas pessoas é a cultura da intolerância. Estas pessoas não são diferentes, procuram apenas adaptar-se o mínimo possível às novas circunstância. Fizeram uma aparente abertura, mas do ponto de vista da sua formação política e cultural são precisamente a mesma coisa. De tal maneira que reagem como reagiam no passado.

Em julho de 2012 - a um mês das eleições gerais de agosto - a rádio Ecclesia, emissora católica de Angola, onde tinha uma crónica semanal e fazia análise de imprensa, rescindiu o contrato que tinha com o senhor há mais de dez anos por alegada falta de imparcialidade. É presidente do Bloco Democrático mas o seu partido até estava legalmente impedido de ir a votos. Na altura disse que já estava à espera e que foi afastado por uma "mão invisível". A quem pertence essa "mão invisível"?
Acho que ainda continua invisível [sorri com ironia] porque ninguém assumiu a responsabilidade desse ato. É evidente que essa mão invisível tem de ter uma forte relação com o poder. Infelizmente, ainda ninguém teve a coragem de assumir a responsabilidade daquele ato que foi um ato reprovado por todos aqueles que sabiam da forma imparcial como fazia os meus comentários. Além disso, este argumento da pertença a um partido político não faz sentido. Aqui em Portugal, os responsáveis políticos e económicos fazem análise política, comentários, escrevem artigos, são grandes atores mediáticos e isso faz parte da vida democrática. Infelizmente, em Angola, a ideia que prevalece não é essa. Os atores que têm de estar no palco são os atores do regime. Esses têm todo o espaço. Se houver um qualquer ato que não valha coisa alguma são capazes de perder na televisão vinte minutos com imagens de um ator terciário do regime e temos de engolir a figura durante esse tempo e no final perguntarmo-nos o que estivemos a ver, para concluir que não era nada. Infelizmente, os responsáveis da rádio sujeitaram-se àquele ditame e eu democraticamente percebi que tinha mesmo de ser assim. Aliás, eu já estava à espera tal como disse na altura. Estava apenas a fazer o jogo, a ver quando é que ia acontecer e com que descaramentos iriam apresentar os seus argumentos.

A Igreja Católica está ao lado do regime?
Não está muito longe. Notam-se diversas tendências. A igreja também é constituída por homens. Acredito que no seio da própria igreja há quem concorde com esses atos e quem esteja em desacordo.

"Fazer oposição tem custos elevadíssimos"

Há algum tempo afirmou que a democracia tem os chamados custos da negociação, mas que as ditaduras ainda têm custos mais elevados porque "até um louco pode governar". Em Angola evitam-se os custos da democracia?
As pessoas só podem perceber os custos da democracia quando querem, efetivamente, fazer democracia. Em democracia há momentos em que se fazem algumas cedências em troca de alguns ganhos eventuais. Não me parece que seja essa a posição que, de uma forma geral,  prevalece em Angola. O partido do Governo tem a propensão de ganhar tudo e deixar apenas um espaço imaginário para as outras forças. É por isso, quando se trata de Angola, não faz sentido falar em democracia mas em projeto democrático.

Quando é que esse projeto estará concluído?
Vai ser necessário muito trabalho e muita coragem de todos os atores, não só aqueles que estão no poder, mas também aqueles que estão na oposição. Se todos fizermos os nosso trabalho poderemos reduzir o espaço, mas se não nos empenharmos devidamente claro que esse espaço será muito dilatado e com muitos sacrifícios também.

Até onde é que podem ir esses sacrifícios?
Há sacrifícios que, por vezes, até custam a saúde e a vida. Temos casos em que as pessoas perderam a vida por causa da sua vontade de viver em liberdade. Infelizmente ainda acontece isto. Outros perdem a saúde, são violentados, são agredidos. Enquanto não houver uma vitória clara da democracia teremos sempre este tipo de custos.

O senhor que foi preso pelos regimes totalitários de Portugal, antes do 25 de Abril, e de Angola, depois da Independência, até onde é que está disponível a ir para ver esse projeto democrático concluído?
Enquanto tiver força vou dar o meu contributo. Não faço isto para ter benefícios pessoais, mas para cumprir os meus desígnios, que não passaram apenas pela Independência de Angola, caso contrário já tinha parado há muito tempo. O meu desígnio manter-se-á até que eu tenha a perceção de uma sociedade mais aberta, mais livre, mais democrática, mas também tenho a certeza absoluta de que tudo isso não será feito numa única geração e com um conjunto restrito de pessoas.

Disse recentemente que os angolanos "cresceram numa cultura em que o silêncio é a alma do negócio" e que é "melhor silenciar para não ser punido". Quem fala em Angola leva?
Se disser aquilo que não interessa tem grande probabilidade de levar e leva de várias maneiras. Não é apenas a agressão física. Os angolanos [que falam] são impedidos de ter acesso a bens e benefícios que de outra forma teriam. Isso é inquestionável. Não vale a pena pensarmos que fazer oposição não tem custos. Tem custos elevadíssimos. Por isso mesmo, muitas pessoas passam uma imagem de militância no regime para poder ficar salvaguardado de eventuais danos, pelo facto de não concordar com o Governo.

Angola está a precisar de um 25 de Abril?
O 25 de Abril foi um golpe militar que desencadeou numa revolução. No contexto português justificava-se, até porque os militares que protagonizaram esse levantamento tinham um programa democrático para Portugal. Felizmente, esse programa democrático realizou-se. Nada garante que um levantamento militar em Angola aponte para o desenvolvimento democrático. Além disso, a situação de pobreza e de miséria das populações é de tal maneira grande que uma convulsão de caráter militar pode conduzir-nos a uma perda de controlo sobre a sociedade e degenerar em morticínios. Não nos podemos esquecer que vivemos estes anos todos em guerra. Há muita gente militarizada e traumas que podem desencadear vinganças. Os golpes militares não são uma solução porque só podem redundar em benefícios quando os atores têm a perceção dos resultados dos seus atos e, sobretudo, quando têm projetos para acelerar as transformações sociais. Um golpe militar para substituir o atual ditador por um outro ditador, penso que é perigoso. Este tipo de golpes desgasta sempre as elites. As grandes vítimas dos golpes militares, por vezes, nem é o povo, são as elites, porque são elas os alvos mais fáceis.

"Associação mafiosa"

Em Portugal há um sentimento de desconfiança em relação à origem do dinheiro angolano. É legítimo esse sentimento de desconfiança em relação ao investimento angolano em Portugal?
Penso que sim. Há toda a legitimidade em pensar-se que esse dinheiro não foi ganho com o suor do rosto. Que nós saibamos, essas pessoas não eram ricas e muito menos empreendedoras. São fortunas que foram feitas a partir do tráfico de influências ou da própria subtração de recursos públicos. Quando a origem do dinheiro é essa é evidente que quem observa tem toda a legitimidade para desconfiar. Não me parece que a história do nosso país tenha sido capaz de gerar tamanhas riquezas pessoais e familiares como aquelas que hoje se veem. De um modo geral são fortunas resultantes do tráfico de influências e da subtração de recursos públicos. Não tenhamos dúvidas sobre isso. É evidente que poderá hoje haver um ou outro indivíduo que tem recursos fruto de algum empreendedorismo, mas os grandes impérios económico-financeiros de Angola foram construídos à custa do poder de Estado.

Segundo a Agência Nacional de Investimento Privado de Angola em 2013, Portugal  investiu mais de 78,7 milhões de dólares em Angola, metade dos quais na indústria transformadora (47%), com especial destaque para o investimento da Sumol+Compal na província de Kwuanza Norte (29 milhões de dólares). O tipo de investimento português em Angola é aquele que mais interessa aos angolanos?
O investidor, quando investe, em princípio tem o cuidado de perceber se o seu investimento será rentabilizado. Se aquela é a melhor forma de aplicar a sua poupança. Esta é a função do investidor, que não tem de pensar no bem-estar do consumidor. Quem tem a responsabilidade de pensar no bem-estar do recetor do investimento é o Governo angolano. Ele é que deve separar o trigo do joio. Ver se um dado investimento é, ou não, prioritário, se está bem localizado.

Em 2013, a China foi o quarto maior investidor estrangeiro em Angola, com 76,4 milhões de dólares. O que é que, em seu entender, procuram os chineses em Angola?
Os chineses procuram o mesmo que qualquer investidor: rentabilizar os seus investimentos. Uma coisa é o investimento chinês, outra é o financiamento chinês para investimentos em Angola. Por vezes, confunde-se o financiamento com o investimento. Penso que quando o Estado angolano vai à China buscar financiamentos é para a realização de investimentos em Angola que podem ser feitos ou por empresas chinesas ou por empresas locais ou até por parcerias entre empresários locais e empresários chineses. As pessoas de uma forma geral confundem o financiamento com o investimento. O valor que referiu, até pode ser que seja mesmo investimento chinês. Hoje olhamos para as empresas chinesas em Angola e pensamos que são empresas públicas chinesas que vieram realizar obras em Angola a pedido das entidades angolanas. Mas já me apercebi que muitos daqueles investimentos são mesmo privados chineses. Não me repugna nada que o investimento seja chinês, americano ou  britânico. O investimento que nos interessa é o bom investimento. Aquele que é gerador de rendimento e de riqueza para Angola mas não aquele investimento que, aparentemente, vai gerar produtos e serviços para Angola mas que na realidade se vai completar como uma forma de associação mafiosa com interesses locais. Parece-me que em alguns casos haverá esse tipo de associação mafiosa entre interesses chineses ou outros e interesses angolanos. De tal maneira que, os chamados "investidores armados" dão cobertura aos interesses estrangeiros protegendo-os graças ao poder de Estado que também possuem. A maior partes destes ditos empresários angolanos são também agentes públicos, são agentes políticos, são responsáveis do Estado.

Em outubro do ano passado, na sequência da crise diplomática entre Lisboa e Luanda o "Jornal de Angola" publicou uma série de editoriais. Num deles, a 16 de outubro, afirma-se que Portugal é um "país em crise profunda e, por isso, muito sensível às relações com o mundo exterior, de onde vêm as ajudas". Como é que a crise portuguesa é vista de Luanda?
Esse tipo de leitura é de colonizado frustrado, vingativo que só pensa: Agora chegou a nossa vez. Não é disso que necessitamos. Temos de olha para a antiga potência colonial apenas como antiga potência colonial. E como um parceiro atual. Mais nada. É evidente que a relação do passado deixou os seus vestígios, a história não se apaga de um momento para o outro, mas certo tipo de editoriais só refletem a frustração que está na cabeça de algumas pessoas que pensam que são independentes mas que não são porque mantêm o cordão umbilical ao passado colonial. Isso é um reflexo do colonialismo mental que existe na cabeça de quem escreve esse tipo de editoriais. Hoje, do meu ponto de vista, Portugal é tão parceiro como os Estados Unidos, o Brasil, a Inglaterra ou a França. As pessoas estão-se a esquecer que a Inglaterra e a França também foram potências coloniais de outros colonizados. Mas relacionamo-nos com eles como se nunca tivesse havido colonialismo e quando se trata da relação com Portugal vamos ao fundo do baú buscar o velho chavão colonial.

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/

"ROMA QUINTAL DO RITMO" | Il raduno mensile Kizombeiro di ROMA/LAZIO.

Roma Quintal do Ritmo
Una domenica al mese ci ritroviamo per ballare, sorridere, conoscere.
- Stages (Maestri di ogni scuola di Kizomba/Semba Roma/Lazio/ITALIA)
- Dimostrazioni (Allievi, Maestri, Artisti Roma/Lazio/Italia/MONDO)
- Spettacoli (Allievi, Maestri, Artisti Roma/Lazio/Italia/MONDO)
- Cena 100% italiana vs 100% internazionale
- Conoscenza delle culture AFRO nel mondo
- Bella Gente | Amici, parenti, colleghi di lavoro, LUOGO DI RITROVO.
- Portate i vostri amici più cari.
--> Più siamo, più ci divertiamo. Si richiede: rispetto delle differenze, voglia di vivere, volontà di provare, ricerca spasmodica di IMPARARE LA KIZOMBA.

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terça-feira, abril 01, 2014

NOTA DE IMPRENSA DO BUREAU POLÍTICO DO MPLA 31 DE MARÇO DE 2014

MPLA PACAVIRA ANGOLA 2017

Realizou-se hoje, sob Direcção do Camarada JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS, Presidente do MPLA, a 2ª Reunião Ordinária do Bureau Político, que analisou vários assuntos relativos à governação do País e à vida interna do Partido.

Com vista a acelerar o processo de diversificação da economia nacional, o Bureau Político apreciou um programa executivo sobre esta matéria, tendo o considerado  muito oportuno e necessário com vista ao aumento dos níveis de emprego no país.

O Bureau Político encorajou o Executivo a implementar  o referido programa com rigor e firmeza, de modo a diminuir a dependência da economia nacional do sector petrolífero, tornando-a por isso, menos vulnerável aos choques externos, com o aumento da produção interna, a diminuição das importações e o aumento das exportações.

O Bureau Político considerou que o programa integra as tarefas e os mecanismos a adoptar para o seu  sucesso e recomendou uma atenção especial a formação de quadros para o provimento de funcionários qualificados necessários ao programa, bem como o fortalecimento do empresariado nacional, através do acesso privilegiado destes às cadeias produtivas e outras facilidades financeiras e creditícias.

O Bureau Político apreciou as propostas de Lei da Organização e Funcionamento dos Tribunais da Jurisdição Comum e de alteração a Lei da Nacionalidade, tendo recomendado para o seu enriquecimento e posterior tratamento pelos órgãos do Estado competentes.

No âmbito da reforma do sistema de educação no país, o Bureau Político apreciou um pacote legislativo com vista a melhoria da gestão e da qualidade do subsistema do ensino superior.

O Bureau Político recomendou que o referido pacote legislativo seja amplamente divulgado e discutido no seio da comunidade universitária de modo a equacionar o seu enquadramento com as contribuições dos membros da comunidade.

Sobre a vida interna, o Bureau Político aprovou os documentos,  a serem submetidos a próxima sessão do Comité Central, inerentes a preparação e realização do V Congresso Extraordinário do Partido, a acontecer em Dezembro, com destaque para a Metodologia Geral de Preparação e Realização das Assembleias de Militantes, das Conferências e do Congresso, e  os memorandos sobre as linhas de força para os ajustamentos pontuais aos Estatutos e ao Regulamento Eleitoral do MPLA.

O Bureau Político aprovou as Bases Gerais para a Preparação e Realização do VII Congresso Ordinário da JMPLA.

O Bureau Político do MPLA aprovou a proposta de nomeação do camarada António Daniel Ventura de Azevedo ao cargo de Director do Departamento de Organização e Mobilização do Comité Central.

O Bureau Político saudou os Angolanos, de Cabinda ao Cunene, pela celebração, na sexta-feira (4 de Abril), do dia da Paz e da Reconciliação Nacional, data em que  se assinala o 12º Aniversário dos Acordos que trouxeram a paz definitiva  para o pais e a esperança de uma Angola melhor para todos os seus filhos.

PAZ, TRABALHO E LIBERDADE

MPLA – ANGOLA A CRESCER MAIS E A DISTRIBUIR MELHOR

LUANDA, 31 DE MARÇO DE 2014.

O BUREAU POLÍTICO.

sábado, março 01, 2014

ECONOMIA 2014 | Angola entre os países subsaarianos que mais vai crescer até 2023

Luanda – Angola encontra-se entre os dez países da África Subsaariana que mais deverá crescer na próxima década, segundo um relatório da consultora britânica Business Monitor International.

No relatório «African Lions» («Leões Africanos»), divulgado esta quarta-feira, 26 de Fevereiro, pela Business Monitor International, Angola encontra-se entre os países subsaarianos que mais deverão crescer até 2023.

De acordo com o documento, Angola deverá crescer 6,5% por ano durante a próxima década. Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deverá contribuir sobretudo o sector petrolífero e os investimentos públicos. Angola é actualmente o segundo maior produtor de petróleo no continente africano, depois da Nigéria, com cerca de 1,7 milhões de barris por dia.

Durante a próxima década, a consultora prevê que Angola será um dos dez destinos subsaarianos mais interessantes para os investidores, devido à estabilidade política, desenvolvimento económico e taxa de inflação.

«Alicerçado num enorme aumento do investimento público e na contínua expansão da produção petrolífera, prevemos que o crescimento do Produto Interno Bruto real em Angola vai ser, em média, de 6,5% ao ano durante a próxima década, com a economia a consolidar o seu estatuto de terceira maior na região (a sul do Saara)», refere o relatório sobre as dez economias africanas mais promissoras.

A Business Monitor International estima que o PIB da África Subsaariana cresça, em termos reais, a uma média de 5,5% ao ano durante a próxima década.

Na lista dos dez países mais promissores estão incluídos a Tanzânia, Costa do Marfim, Uganda, Nigéria, Zâmbia, Gana, Quénia, Etiópia e Moçambique.

A elaboração do documento, composto por 54 páginas, teve em conta vários critérios. Todas as nações que constam na lista têm de valer mais do que 10 mil milhões de dólares, possuir mais de 40 pontos em 100 na análise sobre o risco do país e 30 em 100 na questão do ambiente empresarial.

(c) PNN Portuguese News Network

quinta-feira, fevereiro 27, 2014

ANGOLA 2014 | Razões de um Congresso Extraordinário do MPLA neste ano

MPLA TUDO PELO POVO

Luanda – Os Estatutos do MPLA definem que o Congresso é o órgão supremo do Partido, que determina o seu carácter e a orientação ideológica, ao qual incumbe apreciar e definir as linhas gerais da política nacional e internacional que orientam a acção e a actividade das estruturas, dos militantes e das organizações sociais e associadas.

Nos termos do Artigo 67° dos Estatutos, qualquer órgão, organismo ou organização do Partido a nível nacional, ou um terço dos participantes ao último Congresso Ordinário, podem propor, ao Comité Central, ou ao Presidente do Partido, a convocação de um Congresso Extraordinário, indicando, na proposta, as razões, sendo que o CC delibera, depois de consultar os órgãos intermédios do MPLA.

O Congresso constitui, assim, não só um momento sublime de congregação de militantes, representando os demais e as estruturas do Partido de todo o território nacional, para reflexão e deliberação sobre as ingentes questões do Partido e de Angola, mas, também, um momento de reafirmação da unidade, da coesão e da estabilidade interna dos órgãos e dos organismos de direcção e constitui o garante da manutenção dos níveis de realização e de mobilização, em todos os segmentos e esferas da sociedade angolana.

Em Dezembro de 2009, MPLA realizou o seu 6º Congresso Ordinário, que procedeu à revisão do Programa e dos Estatutos do Partido, aprovou a Moção de Estratégia do Líder do Partido, o Camarada José Eduardo dos Santos, para o período de 2009/2014 e elegeu um novo Comité Central.

O Programa e os Estatutos do MPLA e a Moção de Estratégia foram revistos pelo 4º Congresso Extraordinário, realizado a 29 e 30 de Abril de 2011.

A cinco de Fevereiro de 2010, entrou em vigor a Constituição da República de Angola, significando o culminar do período de transição constitucional, que se seguiu à aprovação da Lei Constitucional de 1991.

Nos termos desta Constituição e da lei, foram realizadas, a 31 de Agosto de 2012, as Eleições Gerais, para a escolha do Presidente da República, do vice-presidente da República e dos deputados à Assembleia Nacional, das quais, mais uma vez, o MPLA saiu vitorioso, com expressiva maioria absoluta e o seu candidato, o Camarada José Eduardo dos Santos, eleito Presidente da República.

O Estado angolano encontra-se numa fase de conformação da sua legislação à Constituição, impondo-se, de igual modo, que as organizações se adeqúem às reformas das instituições.
Por outro lado, o Líder do Partido apresentou, em Dezembro de 2009, no 6º Congresso Ordinário, uma Moção de Estratégia, que viria a ser actualizada pelo 4º Congresso Extraordinário, em Abril de 2011, na base da qual foi preparada e levada ao eleitorado, em 2012, o Programa de Governo do MPLA, para o período de 2012/2017 e, mais tarde, foi aprovado o Plano Nacional de Desenvolvimento 2013/2017.

Os referidos instrumentos políticos e de planeamento estão em execução há apenas um ano e meio, pelo que não se mostra politicamente racional e avisado que, em 2014, se realize o Congresso Ordinário, onde o candidato a Líder do Partido tenha de apresentar a sua Moção de Estratégia.

Ao aproximar-se o momento da conclusão da execução da Moção de Estratégia, plasmada no Plano Nacional de Desenvolvimento 2013/2017, o que acontecerá nos finais de 2017, fará sentido, então, apreciar e aprovar uma Moção de Estratégia, para o período de 2017/2022, na base da qual se elaborará o Programa de Governo do MPLA para o período de 2017/2022.

Deste modo, o Partido deverá proceder à adequação do calendário dos seus congressos ordinários, tendo como objectivo aproximar o funcionamento do seu órgão supremo ao período de realização das eleições gerais no país.

sexta-feira, fevereiro 07, 2014

ROMA KIZOMBA FESTIVAL – Festa do Semba in 13, 14, 15 de JUN 2014

ROMA KIZOMBA SEMBA FESTIVAL 2014

ROMA KIZOMBA FESTIVAL - "Festa do Semba"

•-•-• Roma 13,14 & 15 GIUGNO 2014 •-•-•
Mobile: +39.320.5320.188 | +5511.98251.8623
E-mail: kizomba.roma@gmail.com
Page: www.fb.com/RomaKizombaFestival
Event: www.facebook.com/events/695963707095044/
Website: www.romakizombafestival.com/

ROMA KIZOMBA FESTIVAL | The Rome Festival of Kizomba, Semba, Tarraxinha & Kuduro
-> Event on Kizomba Nation Platform
http://www.kizombanation.com/ing/roma-kizomba-festival

DALL'ANGOLA AL MONDO | Così la Kizomba, il Semba, il Kuduro corrono sulle strade dell'Italia. Per dar un senso a questa storia, per rendere queste esperienze ancora più ricche, ancora più significative e più interessante, Kizomba Romana Eventi,Kizomba Afrojoy II & Partners organizzano il primo "ROMA KIZOMBA FESTIVAL", oltre il ballo, la cultura e la tradizione vissute in prima persona.
Dal 13 al 15 giugno 2014, il "Mondo Kizomba" invaderà ogni angolo di Roma. Con spettacoli, dimostrazioni, stages e "Grandes Farras" all'angolana.


★★★ ARTISTI CONFERMATI ★★★
- Hernury Jamba & Liliana Barnó (Angola/Cz - R. Czech)
- Paulo Cruz & Lanna Zamora (AngolaPt)
- Fernando Bumbum & Michela Vernati (Angola/It - Italia)
- Armando Kizomba Paixão (Angola/Fr)
- Davide Venturi & Laura Maino (Italia)
- Felix Faria & Manu Afrojoy (Angola/Br - Italia)
- David Pacavira & Barbara Barros (Angola/it - Italia/Br)
- Emilson Bernardes (Brasil/Cz)
- Carlos Rodriguez & Ilaria Monterosso (R. Domenicana - Italia)
- Jonathan Kizomba & Jade (França)
- (... | Working in Progress)


★★★ DJ SET ★★★
- Dj Massakre Junior (Angola/It)
- Dj Tó Costa D'Angola (Angola/Uk)
- Dj Babacar (Portugal/Uk)
- Djvirus SF (Svizzera)
- Djks Vasco
- Dj Jackye (Cabo Verde/It)
- Dj Job (Angola/Cz)
- Dj Marcy (Cabo Verde/It)
- Dj Guelas (Cabo Verde/USA)


★★★ WORKSHOPS ★★★
- Semba Tradizionale
- Semba Show
- Kizomba
- Kiz Musicalità
- Tarraxinha
- Kuduro & AfroHouse
- Zouk
- Samba
- Samba de Gafiera
- Ndombolo & Coupé-Décalé
- Balli Tribali Africani
- Bachata
- Rumba


|||||||||||||||||||||||||||| ORG |||||||||||||||||||||||||||
Kizomba Romana (KR) - Since 2007
+39.320.5320.188
https://www.facebook.com/kizomba.romana
Afrojoy Kizomba
https://www.facebook.com/afrojoyeventos
+5511.98251.8623

segunda-feira, fevereiro 03, 2014

Kizomba Romana – “Dolci Emozioni” since 2007 (Website officiale)

http://www.kizombaromana.com/

Kizomba Romana - Dolci Emozioni

Kizomba Romana | Chi siamo veramente?
"Fare capire alle persone che comprendere una cultura non è accumulare informazioni nè parlare degli altri, ma è parlare con gli altri, è incontrarli, ascoltarli, comprenderli e dialogare con loro."
Cfr: http://www.kizombaromana.com/?page_id=2

quinta-feira, janeiro 30, 2014

Secretário Geral do MPLA lança livro sobre vida e luta de Hoji-ya-Henda

SG do MPLA lança livro sobre vida e luta de Hoji-ya-HendaO secretário-geral do MPLA, camarada Julião Mateus Paulo “Dino Matrosse”, vai efectuar, a três de Fevereiro próximo, no Memorial Dr. Agostinho Neto, o lançamento do seu livro, intitulado “A PIDE NA ROTA DE JOSÉ MENDES DE CARVALHO ‘HOJI-YA-HENDA’”.

O acto, a decorrer no auditório principal do referido memorial, terá início às 16 horas e 30 minutos desse dia e constará de um momento cultural, preenchido pela poesia de Carlos Pedro e por duas composições musicais dos Irmãos Kafala, por intervenções do representante da Editora Caminho e do próprio autor e por uma sessão de autógrafos. A apresentação estará a cargo do secretário de Estado da Cultura da República de Angola, o historiador Cornélio Caley.

Esta é a terceira obra literária, de contribuição histórica, deste valoroso combatente da luta de libertação nacional de Angola, que já publicou “MEMÓRIAS” e “DINO MATROSSE NA MIRA DA PIDE/DGS”.

segunda-feira, janeiro 13, 2014

ENTREVISTA COM GEORGE CHIKOTI | "A União Africana deve ter autoridade"

Quénia Georges Chikoti

Luanda acolhe a partir de hoje a quinta cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL), que marca o início da presidência angolana na organização, sucedendo ao Uganda. O ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti, falou ao Jornal de Angola sobre os objectivos da cimeira e do mandato que começa, numa altura em que alguns Estados-membros estão mergulhados em graves crises políticas.

Jornal de Angola - Por que razão foi criada a Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos?

Georges Chikoti - A CIRGL surgiu num momento marcado por conflitos na República Democrática do Congo, Ruanda, Burundi, bem como em toda a região dos Grandes Lagos. Tinha-se a percepção que os copnflitos que ocorriam num país tinham origem noutro. Estávamos na década de 1990, quando se deu o declínio da liderança de Mobutu e a chegada de Kabila ao poder. Havia grande animosidade em relação à RDC, particularmente da parte do Ruanda, Uganda e do Burundi. A RDC era visto como um alvo pelo seu tamanho e quantidade de recursos naturais. A região encerra esta sobreposição de aspectos políticos, geográficos, históricos e até geológicos e a criação da CIRGL foi a forma de trazer todos os países, os mais relacionados com os conflitos e os que estão à volta, e a comunidade internacional para em conjunto se olhar para a região numa perspectiva de longo prazo, solucionando os grandes problemas, principalmente os de guerra civil, genocídios e rebeliões. O objectivo prioritário da assinatura do pacto de segurança e desenvolvimento em 2006 foi transformar a região numa zona pacífica e estável.

JA - Quais as grandes metas da presidência angolana, numa altura em que se assiste ao reacender de vários conflitos na região?

GC
  - O objectivo essencial da organização é trabalhar para a consolidação da paz e do desenvolvimento. Angola, depois de ter passado por um longo período de guerra, conseguiu chegar à paz e à reconciliação nacional e empenhou-se num processo de desenvolvimento económico nacional sem nunca se ter isolado dos problemas à sua volta, como os da RDC, Namíbia e África do Sul. O nosso país sempre fez parte das soluções globais no âmbito da União Africana e foi por isso que os Chefes de Estado da CIRGL manifestaram na última cimeira desta organização desejo de ter Angola na presidência.

JA - A presidência chega pouco depois do governo da RDC ter reconhecido o papel importante de Angola para o fim do conflito armado naquele país.

GC
- Angola sempre manteve uma posição coerente, embora houvesse vezes em que não fomos bem compreendidos, mas a verdade é que em momento algum tivemos outra posição que não fosse a de contribuir para a paz e estabilidade na RDC.  Sempre desejámos que a RDC tivesse estabilidade porque com isso também somos beneficiados no processo de desenvolvimento.

JA - Como tem sido desempenhado o papel de Angola?

GC
- Em todas as negociações para uma paz global no Congo estivemos sempre comprometidos, como também nos retirámos sempre quando considerámos que o nosso papel estava concluído. Ajudámos a RDC na fase de libertação, na consolidação da paz e hoje, na base do acordo tripartido, achamos que devemos continuar a ajudar na sua estabilização. Nunca fomos indiferentes noutras situações ou regiões. Ajudámos a Namíbia e a África do Sul e quando presidimos ao Órgão de Política de Defesa e Segurança da SADC também auxiliámos Madagáscar. Trata-se de uma obrigação para com os amigos e parceiros. Temos boas relações com o Uganda e com o Ruanda e por isso queremos que ultrapassem a fase de adversidade.

JA - O que esperar de parceiros como a ONU e a UA nos próximos dois anos da presidência angolana?

GC
- Temos a certeza que Secretário-Geral das Nações Unidas está comprometido e inclusivamente consultou-nos para a realização da reunião de 24 de Fevereiro do ano passado, em Addis Abeba, que levou à assinatura do acordo para consolidação da paz e segurança e serviu de base à mobilização da brigada especial para garantir a segurança na fronteira entre a RDC e o Ruanda e com o Uganda e teve um papel importante na derrota do M23.

JA - O que dizer dos ataques que recentemente abalaram Kinshasa e outras cidades congolesas?
GC
- Há um inquérito para apurar as causas do que aconteceu, mas parece ser importante que os congoleses apreciem a paz que podem ter porque senão a RDC corre o risco de se tornar num país que não sai do círculo vicioso dos conflitos, de disputas e de rebeliões.

JA - O que tem falhado na RDC?
GC
- É importante que haja uma política que permita a consolidação da paz e o desenvolvimento da RDC e com isso a extinção dos vários diferentes grupos rebeldes que ainda há naquele país. É importante que haja uma vontade muito clara dos governantes de ultrapassarem as diferenças políticas e analisarem formas de formar governos cada vez mais inclusivos. A RDC é a primeiro país em África a viver uma guerra civil de secessão, a do Katanga na década de 1960. É por isso que uma Conferência Internacional sobre os Grandes Lagos pode ser importante porque os congoleses democráticos podem cooperar na criação de instituições que sirvam todos os Estados.

JA - Tem faltado entendimento?
GC
- É necessário reduzir a animosidade e promover maiores consensos para a solução dos problemas. Esta é a visão que temos e achamos ser também a perspectiva do Secretário-Geral da ONU. Durante a nossa presidência queremos a paz e desenvolvimento. A RDC estável permite acelerar o desenvolvimento do continente. Por isso durante a nossa presidência queremos trabalhar com todos para reduzir o potencial de conflitos e participarmos activamente no processo de estabilidade regional.

JA - Qual é a situação actual do Diálogo de Campala?

GC
- A nossa esperança era que, terminado o conflito militar, a RDC aproveitasse a oportunidade para rapidamente assinar um acordo com o movimento rebelde e se passasse às fases da desmobilização e reinserção social dos revoltosos. Infelizmente, o processo não se desenvolveu como se esperava e ainda não se assinou um documento suficientemente claro que permita concluir que deixaram de lutar. O potencial de conflito permanece. A posição de Angola sempre foi de encorajar o governo de Kinshasa a ultrapassar essa situação e passar à fase do desenvolvimento. Os ataques que se verificaram naquele país levam-nos a concluir que podem urgir novos conflitos, o que nos preocupa, pois desejamos que as negociações de Campala se concluam. É certo que o M23 é apenas uma das facções, mas considero importante que se dê esse passo para depois se ver como concluir as negociações com os outros grupos rebeldes.

JA - O fim do conflito militar na RDC reduz ou aumenta o grau de complexidade da presidência angolana na CIRGL?

GC
- Trabalhar em paz é sempre melhor do que num ambiente de conflito. Neste momento, aparentemente a situação de conflito armado deixou de existir na RDC,  mas surgiram os ataques de Kinshasa, Lubumbashi e Kissangani, entre outros, e ninguém consegue dizer ao certo o nível de estabilidade que o país regista. Num ambiente de paz a nossa contribuição é melhor, mas estamos na disposição de apoiar a RDC se o conflito prevalecer.

JA - Num ápice surgiram conflitos na República Centro Africana e no Sudão do Sul. Como é que Angola encara a situação, agora que assume a presidência da CIRGL?

GC
- Ninguém contava que o Sudão do Sul, com pouco mais de ano de existência, pudesse viver um conflito tão profundo. Mas isso também tem a ver com as lideranças africanas, pois as diferenças no continente são grandes, o que significa que há sempre a possibilidade de haver uma divergência e despoletar um conflito. As pessoas têm de ter consciência que nem tudo é resolvido pela força das armas, pela morte de pessoas inocentes. O Sudão do Sul ainda nem sequer conseguiu usufruir do rendimento do petróleo e já se vê num conflito extremamente grave. Esperamos que a reunião que decorre na Etiópia termine com este conflito. Quanto à RCA, é preciso perceber que nos últimos 50 anos teve uma sucessão de golpes de Estado e de sublevações. Vamos esperar que a resolução 21/27 das Nações Unidas possa encontrar uma solução e conte com o empenho da União Africana. É um ambiente extremamente difícil porque passou a ser um conflito religioso, entre muçulmanos e não muçulmanos, entre o antigo e o novo regime.

JA - Qual é a expectativa de Angola?
GC
- A nossa ideia é que a resolução venha permitir a solução deste caso, com a mobilização de forças o mais isentas possível em relação à RCA. Agora com o Sudão do Sul e a RCA em conflito, que são países com uma fronteira extensa, torna-se mais complexa a situação e difícil de antever uma saída. Há uma reunião de reflexão dos ministros dos Negócios Estrangeiros no dia 24, em Addis Abeba, e outra dos Chefes de Estado-Maior, na mesma cidade, para olharmos para a arquitectura da Defesa e Segurança da União Africana e para a mobilização de forças para as várias situações que exigem uma presença militar.

JA – Como é que a ONU, a UA e outras organizações sub-regionais podem ajudar na solução de conflitos como estes?

GC
- Parece pertinente que haja menos ingerência externa e mais participação dos africanos e das suas instituições. A União Africana devia ser a única organização a velar pelas questões de paz e segurança no continente. Os Chefes de Estado já definiram como isso deve funcionar. Em todos os conflitos em África devem ser as forças da União Africana a intervir e a decidir com quem trabalhar para solucionar os problemas. Só assim podemos evitar que sejam em primeira instância geridos ou tratados por outras forças que não sejam as do nosso continente.

JA – Como vê o papel da União Africana?

GC
- É preciso que a União Africana recupere a sua autoridade política e moral, e através das suas instituições viabilize a criação da sua força de intervenção para esse tipo de conflitos. África não pode pôr a agenda do desenvolvimento económico à frente se ainda não consegue garantir e assegurar a sua própria paz. É preciso discutir-se claramente nos termos em que a União Africana concebeu a sua arquitectura para as questões de paz e segurança. Porque hoje a nível da SADC temos essa arquitectura a funcionar. O chefe de Estado-Maior é angolano e funciona em Gaberone. É preciso que toda a África tenha essas forças. Isso é que devia ser prioridade para a solução desse tipo de situações, porque na condição em que nos encontramos arriscamo-nos a continuar a ver primeiro forças de outros países e só depois os africanos. O ideal, sublinho, é criarmos os nossos próprios mecanismos em condições de termos primazia na solução dos conflitos em África.

JA – A que distância nos encontramos dos objectivos que nortearam a criação da CIRGL?
GC
- O pacto de segurança e desenvolvimento adoptado em 2006 com o objectivo de acelerar o desenvolvimento da região e do continente existe. Mas quando vamos para a implementação percebemos que ainda estamos um pouco longe. Mas também convém admitir que já há muitas actividades que ocorrem a nível da juventude, da defesa dos direitos da mulher, etc. O que nos deixa preocupados é quando temos um caso como o da RCA, em que há inicialmente uma perturbação que depois passa a ser uma guerra entre comunidades religiosas. Isso é extremamente mau. É necessário que se ponha fim à dimensão dos conflitos, tanto os que ocorrem ou ocorreram na RDC, onde as tropas vinham dos países vizinhos, e depois todos chegarmos à conclusão de que só poderemos pensar em desenvolvimento quando todos abandonarmos as armas.

JA - O que prevê o pacto da CIRGL?

GC
- O pacto da CIRGL prevê vários tipos de soluções em função da natureza dos conflitos. Se o motivo da disputa é a riqueza devem criar-se empresas que permitam uma exploração conjunta. A nível dos Grandes Lagos já se discutem profundamente essas questões. O problema é quando surgem conflitos inesperados. É necessário que essa questão dos conflitos seja prioritária e resolvida, tanto a nível da CIRGL, como da UA. Até há pouco tempo pensava-se que África estava no fim do período dos golpes de Estado e das guerras civis, mas surgiram as da RCA, Sudão do Sul e RDC, que nos levam a pensar o contrário, mas é necessário acabarmos com todos os problemas políticos e militares que se opõem ao desenvolvimento do continente.

JA – Estamos muito longe disso?

GC
– Temos pela frente algumas cimeiras e encontros para reflectir sobre a questão dos conflitos em África, especialmente os mais difíceis de solucionar, como os da Somália, Nigéria, Mali, ou quando se tornam religiosos, como no Egipto e na Líbia. Temos de pensar bem sobre a origem desses conflitos. Devemos ser os primeiros a decidir com quem vamos trabalhar. Alguns países africanos pensam dessa forma, mas não avançam porque não confiam na força das suas organizações na resolução de questões que são prioritárias.

JA - Referiu-se no ano passado a anomalias no funcionamento do secretariado da CIRGL, razão pela qual foi convocada uma reunião para discutir o assunto. A situação ficou resolvida?
GC
- O secretariado existe e tem funcionado. Temos um secretário executivo adjunto. O problema é o mesmo da maioria das organizações africanas, a falta de contribuições. Os Estados não contribuem. Quando o orçamento não é suficiente estamos apenas a pagar os salários e a fazer algumas reuniões. É também importante que se respeite os estatutos da organização. Há muitas coisas a corrigir, mas temos funcionários extremamente capazes e é preciso dar-lhes força para continuarem a trabalhar.

JA - Quais os grandes temas da agenda da cimeira?
GC
- Vamos tratar essencialmente dos conflitos que se registam na região, pelo que prevemos realizar reuniões dos Chefes de Estado-Maior, de ministros da Defesa, dos Negócios Estrangeiros e dos Chefes de Estado e de Governo. Vamos debruçar-nos igualmente sobre a dimensão humanitária dos conflitos, o tipo de ajuda que pode ser prestada e também tratar de algumas questões internas. Assumimos a presidência da CIRGL de coração aberto, para ajudar e sermos úteis aos outros. Queremos partilhar experiências e ajudar no que for necessário para que o continente viva em paz e possa desenvolver-se. Se é rico temos de trabalhar para proporcionar paz e estabilidade e assim explorar essa riqueza para o bem das comunidades africanas.

JA - No ano passado, o Presidente José Eduardo dos Santos disse que apesar dos problemas é possível desenvolver o continente e criticou o ‘afropessimismo’. Podemos esperar uma presidência ‘afro-optimista’?

GC
- Passamos por maus bocados durante muitos anos e nunca deixámos de acreditar que um dia íamos ter paz. Já estivemos pior do que muitos países a que já fizemos referência e nunca perdemos o optimismo de acabar com a guerra e vivermos melhor. Nesta fase em que estamos empenhados no desenvolvimento de Angola e também dos nossos vizinhos não há razões para sermos pessimistas. Temos de resolver as questões prioritárias para podermos fazer o desenvolvimento do nosso continente.

Via|JA/Kumuênho da Rosa

Nova Colonização 2014 | Angola recusa pedido de soldados para a República Centro Africana

Nova colonizacao francesa em africa

O Presidente angolano José Eduardo dos Santos disse que  o seu governo não vai enviar tropas para a República Centro Africana.

Dos Santos falava na cerimónia de cumprimentos de ano novo ao Corpo Diplomático e respondia assim a um apelo do Secretário-geral da ONU para a União Africana acelerar o envio de tropas para aquele país, mas o presidente angolano disse que o seu país está disposto a enviar ajuda humanitária aos deslocados.

A República Centro Africana tem vindo a mergulhar no caos apesar do envio de tropas francesas e algumas unidades africanas.

Nos últimos dez meses, a RCA mergulhou numa espiral de violência comunitária e inter-religiosa, sem que as autoridades de transição fossem capazes de controlar a situação.
Na intervenção que fez em Luanda ao Corpo Diplomático, José Eduardo dos Santos reiterou a "total disponibilidade" de Angola em contribuir ao nível da União Africana, das Nações Unidas, em especial através do Conselho de Segurança, "na preservação e restabelecimento da paz, da estabilidade e da segurança universal".

A força africana na Republica Centro Africana deveria ser composta por 6.000 homens, mas a União Africana ainda só conseguiu reunir 3.500 soldados, 1.200 dos quais são do Chade.

A França enviou 1.600 militares para a RCA, que mergulhou no caos desde o golpe de Estado de Março realizado pela coligação rebelde Séléka, com origem na minoria muçulmana, que afastou o Presidente François Bozizé e deixou como presidente Michel Djotodia. Este foi forçado a demitir-se e refugiou-se no Benin.

Djotodia chegou ao Benin Sábado  um dia depois de um bloco regional de países africanos ter anunciado a sua demissão e a do primeiro ministro Nicolas Tiengaye.

Entretanto o dirigente e transição da República Centro Africana apelou á calma e ao fim da violência que tem afectado o país.

Alexandre Ferdinand Nguendet pediu hoje ao país para permanecer calmo e confiar nas medidas que o seu governo esta a iniciar para estabelecer a paz e a segurança.

O apelo foi feito um dia depois de pilhagem generalizada e violência na capital Bangui na sequência da demissão forçada do presidente Michel Djotodia.

Via|VOA

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