Nos Estados Unidos da América, a terra dos sonhos e das liberdades, abater um "negro" nunca foi tão fácil e justificável. Nos últimos dias, carregados de raiva e dores e sentimento de impotência, vimos, assistimos e ouvimos o pior acerca do tratamento especial que polícia norte americana reserva aos afro-americanos.
As 16 horas, do dia 9 de Agosto de 2014, Michael Brown 18 anos de idade, foi abatido com sete tiros a queima roupa. Qual foi o motivo? Segundo a polícia, Brown tivera apenas roubado uma caixa de cigarros e se mostrava com atitudes violentas. Por uma caixa de cigarros podes ser "assassinado" pela forças de ordem do "maior exportador de democracias e valores cívicos ocidentais". Brown foi abatido no pior dos modos, a polícia não quis revelar o nome do autor nem as razões últimas de tal gesto. Quem tentou manifestar-se foi reprimido com todos os meios. O que dizer? Digo tão somente que "alguém" está perdendo o controlo do mundo e das próprias "ovelhas".
As 14 horas, do dia 20 Agosto de 2014, a polícia de S. Louis abateu o segundo rapaz "negro" por ter alegadamente "roubado" uma sandwich e um refrigerante. O segundo rapaz afro-americano, de 23 anos de idade, foi "assassinado" com sete tiros a queima-roupa. A justificação é sempre a mesma: furto, resistência a público oficial e tentativo de violência. Em outras palavras: negro é sempre pobre, violento e pode ser abatido sempre que oportuno.
Os dirigentes da polícia justificam a acção dos seus homens afirmando que estes seguem com escrúpulo todas as regras de aplicação. Mas quais regras? Aquelas de atirar para matar a qualquer negro que não obedece. O que dizer?
Além de todas as reflexões que podemos fazer, DIGO tão somente QUE FORA DE ÁFRICA ser negro continua sendo muito difícil. Os negros criam e até vendem cultura, inventam a própria vida e participam seja na política como nas mais diversas organizações sociais, todavia, a integração é sempre condicionada. O negro continua sendo um "personagem" sem futuro certo.
Os USA continuam sendo um país onde os negros não são aceites como cidadãos a 100%. Até quando? Uma parte da culpa é dos próprios negros que não obstantes os espaços conquistados não incidem mais e mais na mudança de mentalidades e aplicação das leis relativas a igualdade entre os americanos.
--> MAIS CULTURA, MAIS POLÍTICA E MENOS E TWERK.
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