terça-feira, agosto 24, 2010

Guerra Colonial: Combatentes instam Lobo Antunes a explicar-se,

Combatentes instam Lobo Antunes a explicar-se
Defesa. Liga dos Combatentes critica escritor por afirmações distintas da "verdade histórica"

O presidente da Liga dos Combatentes (LC) convidou o escritor António Lobo Antunes a "esclarecer, confirmar, negar ou dar a sua interpretação sobre as afirmações", feitas num livro publicado há um ano, sobre a Guerra Colonial em Angola.


A posição do general Chito Rodrigues consta de uma carta aberta dirigida a Lobo Antunes e na qual o presidente da LC critica duramente o escritor por relatar situações que, segundo a Liga e muito outros antigos combatentes, não ocorreram.
Em causa está um trecho de uma entrevista (publicada em livro há um ano), citada na carta aberta, em que Lobo Antunes declara: "No meu batalhão [em Angola] éramos 600 militares e tivemos 150 baixas. Era uma violência indescritível (...) Eu estava numa zona onde havia muitos combates e para poder mudar para uma região mais calma tinha de acumular pontos. (...) E para podermos mudar, fazíamos de tudo, matar crianças, mulheres, homens. Tudo contava, e como quando estavam mortos valiam mais pontos, então não fazíamos prisioneiros."
Ao DN, Chito Rodrigues frisou: "A LC tem moral para dizer: temos boa impressão de si, agora explique lá isso" que escreveu e "não corresponde à verdade histórica".
Na carta aberta, o general sublinhou ainda que Lobo Antunes "não necessita de usar formas deturpadoras de uma realidade que sabe não ter vivido", pois "mesmo a ficção é ridícula e perigosa, quando usa desta forma uma hipotética realidade que acaba por se transformar em realidade histórica face à força de quem a usa".

Europa "está em risco de entrar em nova recessão", afirma Joseph Stiglitz



Stiglitz considera que a fasquia de três por cento corresponde a "um número artificial" que "não tem qualquer realismo" Ian Britton, freefoto.com

As políticas europeias com vista ao abate dos défices empurram o Velho Continente para uma nova recessão, avisou esta terça-feira Joseph Stiglitz. A avaliação do Nobel da Economia, que considera “um disparate” os cortes em “investimentos de alta rendibilidade”, surge a par dos últimos dados sobre a saúde das contas públicas alemãs: no primeiro semestre, o défice do motor da Europa foi de 3,5 por cento.

Numa entrevista à rádio irlandesa RTE, citada pela agência Bloomberg, Joseph Stiglitz argumentou que é por "tantos na Europa" estarem "concentrados no número artificial de três por cento" - o limite imposto pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento para as derrapagens orçamentais no clube do euro - que "a Europa está em risco de entrar em nova recessão".
Stiglitz considera mesmo que a fasquia de três por cento do produto interno bruto corresponde a "um número artificial" que "não tem qualquer realismo e só olha para um lado da balança". "Cortar, com ou sem vontade, nos investimentos de alta rendibilidade apenas para fazer com que os números do défice pareçam melhores é realmente um disparate", reforçou o Prémio Nobel da Economia.

A propósito de Dublin, Stiglitz sustentou que, se "a Alemanha, o Reino Unido e outros dos maiores países seguirem esta abordagem de austeridade excessiva, a Irlanda irá sofrer". A exemplo, de resto, dos demais Estados-membros cujas economias dependem dos países mais poderosos.

Défice de 42,8 mil milhões de euros na Alemanha
Os últimos números do Instituto Federal de Estatísticas de Berlim situam o défice alemão no primeiro semestre do ano em 3,5 por cento do PIB, o que corresponde a mais do dobro do valor contabilizado no mesmo período de 2009. A derrapagem de 42,8 mil milhões de euros é justificada com a crise financeira, que conduziu a uma quebra das receitas fiscais e ao agravamento das despesas.

"As consequências da crise económica e financeira e as medidas do Governo de apoio à situação económica e aos mercados financeiros afecta agora o Orçamento do Estado, os Estados e os municípios com um atraso temporário", sublinha o relatório divulgado esta terça-feira.

O Instituto Federal de Estatísticas lembra que o défice orçamental alemão se cifrou, no ano passado, em 3,1 por cento, ligeiramente acima do limite imposto pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento. Se o Governo de Angela Merkel mantiver o ritmo actual, a Alemanha deverá cumprir já em 2010 os critérios de Maastricht.
EFE/Angola Xyami

Jimena Navarrete é a mulher mais bela do Universo (Miss Universo 2010)



Jimena Navarrete. É este o nome da nova Miss Universo 2010. A Miss México, coroada pela venezuelana Stefanía Fernández, levou a melhor sobre a Miss Jamaica, Yendi Phillipps, e sobre a Miss Austrália, Jesinta Campbell. Desde o início do concurso, ia-se adivinhando uma luta apertada entre entre México, Jamaica e Filipinas. Depois de uma sessão de perguntas, a luta restringiu-se a duas, com o mau desempenho da Miss Filipinas. A Miss México, ajudada por um intérprete, não teve problemas a responder a uma pergunta sobre os perigos da Internet para as crianças. “Estudei nutrição e gostava que todos soubessem que não interessa o exterior, mas sim como te sentes por dentro”. Talvez esta frase, proferida pela nova Miss Universo, tenha ajudado na vitória. Disse, também, que queria trabalhar com mulheres que sofrem de distúrbios alimentares. Já a Miss Jamaica, segunda classificada, confessou ser viciada em adrenalina e que gosta de saltar de penhascos e de nadar com tubarões. Yendi Phillipps afirmou, sem rodeios, que era contra a pena de morte, dizendo que só Deus tem o direito de tirar vidas. A Miss Austrália, a terceira classificada, afirmou que os governos não têm direito de regular a roupa que as mulheres usam. Esta é a segunda vez que o México conquista o prémio de Miss Universo, depois da coroação de Lupita Jones, em 1991. Jimena, de 22 anos, nasceu em Guadalajara (no estado de Jalisco) em 22 de Fevereiro de 1988, mede 1,74 metros. A mexicana começou por ganhar o concurso estadual de Jalisco em 2009, que a conduziu ao Miss México, título que conquistou e lhe deu o direito de representar o país no Miss Universo 2010.

Moody`s diz que Portugal deve falhar metas do défice e da dívida

A agência de notação financeira Moody's mostra-se pessimista quanto à evolução do défice orçamental de Portugal. Num relatório hoje divulgado, a Moody's considera que, tanto em 2010 como em 2011, a redução do défice ficará aquém dos objectivos definidos pelo Governo português. Já no que respeita à economia as noticias são mistas. A agência prevê para este ano um crescimento inferior em dois décimos ao projectado pelo executivo, mas a previsão para o próximo ano supera em 4 décimos os cálculos do Governo. No "European Sovereign Outlook", hoje divulgado, a agência de notação financeira prevê, para este ano, um défice superior em 0,2 por cento às previsões do Executivo português e para o próximo ano uma discrepância ainda maior de 2,2 por cento. Segundo a Moody's o défice português em 2010 deverá ser de 7,5 por cento, (o Governo aponta para 7,3) e para 2011 o défice do nosso país deverá atingir os 6,8 por cento (as previsões do Executivo apontam para 4,6 por cento). Também a projecção para o peso da dívida pública em percentagem do Produto Interno Bruto se mostra desfavorável para o Governo, com a Moody's a indicar que esta deve atingir os 84,8 por cento em 2010 (a estimativa governamental é de 83,4 por cento) e 89,2 por cento em 2011, (o Governo estima que no ano que vem o peso da dívida pública em percentagem do PIB atinja os 85,9 por cento e se mantenha em 2012). Crescimento da economia maior em 2011 No que respeita ao comportamento da economia em 2010, a agência de notação financeira aponta para um crescimento económico inferior ao projectado pelo Governo, de 0,5 por cento contra 0,7 do Executivo. Pelo contrário e para o próximo ano, a estimativa é mais optimista que a do Governo, com a agência de "rating" a apontar para um crescimento de 0,7 por cento, quando o Executivo, na sua mais recente estimativa, prevê apenas um crescimento de 0,3 por cento. O relatório lembra que a razão principal para o corte em dois níveis do "rating" de Portugal, anunciado pela Moody's a 13 de Julho, foi o enfraquecimento no médio prazo da capacidade financeira do Estado e a crença de que o crescimento económico será relativamente fraco no médio prazo, a menos que as recentes reformas estruturais dêem frutos no médio prazo. A Moody's perspectiva ainda que estes dois factores juntos deverão levar a uma subida do nível de dívida pública nos próximos anos, e que estes deverão aproximar-se dos 90 por cento (em percentagem do PIB) e dos 210 por cento (em comparação com o nível de receitas). Moody's explica ajustes nos "ratings" No seu "European Sovereign Outlook'", a Moody's alerta que a dimensão da correcção nas contas públicas dos vários países europeus deverá ter um efeito negativo no crescimento económico, o que por sua vez deverá ter um efeito negativo nos "ratings" destes países "Dada a magnitude do desafio orçamental e a necessidade de manter uma rígida politica orçamental durante vários anos, nós concluímos que os riscos para o crescimento económico estão claramente do lado negativo", afirma a agência de notação financeira. O relatório bi-anual, em que a empresa explica as decisões tomadas nos últimos seis meses ao nível dos "ratings" , sublinha ainda que os ajustamentos económicos e orçamentais serão "difíceis e dolorosos" e menciona Portugal como um dos países que devem sofrer no "rating" a duração do processo de desalavancagem. "É provável que o processo de desalavancagem tenha apenas começado (...). Estes países (Letónia, Lituânia, Hungria, Grécia, Portugal e Espanha) que estão a sofrer uma desalavancagem persistentemente forte, podem sofrer uma renovada pressão negativa nos seus "ratings" no futuro, dependendo de quanto tempo o processo demorar", diz a agência. "Um crescimento económico mais reduzido na União Europeia pode ter implicações negativas nos "ratings" de algumas destas economias", acrescenta a Moody's. A agência aponta que "nos próximos seis a nove meses, pelo menos, o impacto no crescimento será provavelmente negativo (...) A menos que o sector privado consiga recuperar mais rapidamente que o previsto, o endurecimento das políticas orçamentais levará a um menor crescimento económico do que aquele que foi assumido até agora. Dadas as estreitas ligações entre os países da zona euro em particular, a adopção simultânea de tais políticas pode ter um impacto significativo no crescimento". Relatório elege cortes na despesa como a via a seguirNo entanto, e apesar de considerar que a incerteza na recuperação desta crise económica e financeira é maior que nas anteriores, a Moody's considera "encorajadoras" as recentes medidas tomadas por vários governos da zona euro: "Reflectem uma atenção especial sobre os cortes na despesa, comparando com as medidas incluídas nos orçamentos de 2010 que foram mais centradas no 'fruto pendurado mais abaixo' dos aumentos de impostos e dos cortes no investimento público", considera. A este respeito a Moody's considera que "cortes na despesa têm mais probabilidades de gerar uma melhoria duradoura nas contas públicas e uma melhor performance económica do que uma consolidação maioritariamente focada nos aumentos de impostos".
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