Os Estados Unidos, não obstante a crise econômica e social que, lhes lambe até os ossos mais obductos, continuam dando ao mundo excelentes exemplos de formas de viver em democracia.
Numa das suas últimas intervenções, Obama debruçou-se o mito da "IGUALDADE DE OPORTUNIDADES" entre os cidadãos americanos. Um "mito" que dá cor e sabor à ideia de "democracia americana". Um mito sem o qual, os USA não se teriam afirmado como terra onde tudo é possível, onde os sonhos são realizáveis. Em outras palavras: tudo depende do esforço de cada um visto que o "Sistema" foi criado para permitir a ascensão socio-econômica de todos.
Eis uma das passagens significativas do discurso: “We are true to our creed when a little girl born into the bleakest poverty knows that she has the same chance to succeed as anybody else, because she is an American; she is free, and she is equal, not just in the eyes of God but also in our own.”
UM OPORTUNO EXEMPLO PARA ANGOLA. Os problemas devem ser "abertos/porque reconhecidos e chamados por nome", discutidos, com a necessária estrutura de "tese, antítese, síntese/conclusão".
Sabemos que nos USA as oportunidades não são iguais para todos. O mesmo acontece em Angola. Todo o mundo é país. O mérito de Obama e dos Jornais, como o New York Times, consiste no facto de ter aberto o debate sobre o tema em análise; consiste na pesquisa, na busca de dados concretos e possíveis indicações/soluções aos quatro poderes de uma democracia parlamentar.
Em outras palavras, se em Angola as oportunidades continuam sendo restritas, é/o para poucos, urge a abertura de um debate nacional. Por exemplo, o Caso Kilamba. Uma das recentes questões que estão estremecendo a sociedade angolana. Vamos esperar que, quanto antes, as autoridades abram um debate sobre o mérito dos mecanismo de compra dos imóveis. O que depende de quem? De quem são as responsabilidades últimas? Quem responde por qual passagem? Quem controla os gestores? Quem controla os controladores?
A primeira igualdade, é a justiça. Dizia Victor Hugo. O resto são palavras, e como tal, voam com vento.
Cfr. New York Times, artigo de Joseph Stiglitz: Equal Opportunity, Our National Myth
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