sábado, janeiro 10, 2009

Últimas atualizações no acervo: 09/01/2009

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Seguem as últimas atualizações em nosso acervo no dia 09/01/2009.

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Ryoky Inoue - A Bruxa - Jovem, bonita, ambiciosa. Filha de uma prostituta e de um pai omisso, Jeanne fará qualquer coisa para obter o que deseja: dinheiro, poder e status. Em meio a perseguição nazista na França da 2ª Guerra Mundial, Jeanne foge para um vilarejo e acaba conhecendo Gabrielle, feiticeira que a iniciará no mundo da Magia. Deslumbrada com os poderes do sobrenatural, ela decide usá-los em seu benefício: faz um pacto com o Príncipe das Trevas. Este encontro transformará sua vida, mas lhe custará um preço mui [...]
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Ryoky Inoue - A Carta Amassada - Sérgio, escritor consagrado, vive um drama de consciência que o leva a se isolar de tudo e de todos. Um amor mal resolvido empurra-o para uma vida de quase eremita e faz com que se torne triste e taciturno. Porém, os resultados de um estudo sobre fitocidas, desenvolvido por um cientista seu amigo, acaba em tragédia. Esse acontecimento faz Sérgio efetivamente voltar a vida [...]
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Ryoky Inoue - Do Mago ao Louco - Uma história envolvente no complexo universo do tarô. Ao mergulhar em perigosas tramas envolventes, o leitor desvendará os mistérios dessa arte esotérica. Conhecerá o significado de cada uma das cartas e o modo como se relacionam sua vida pessoal. [...]
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Ryoky Inoue - Herança Maldita - Mistério, poder, amor e traição. Beatriz, a herdeira de um império financeiro, se vê as voltas com a ganância dos diretores de suas empresas, ao mesmo tempo em que enfrenta forças sobrenaturais ao tentar reformar a sede de uma velha fazenda. Assustada com os fenômenos para os quais não encontra explicação lógica, recorre ao antigo namorado que vive na França e acaba descobrindo o quanto as pessoas podem fazer por dinheiro e por poder. [...]
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Ryoky Inoue - Magia Cigana - Quatro amigos se encontram numa mesa de bar e começam a conversar sobre a vida. Aos poucos revelações vão surgindo e entre elas a estranha história de uma cigana que, surpreendentemente, pede ajuda no campo imaterial . Essa cigana surge para três deles nos momentos e circunstâncias mais incríveis despertando curiosidade, interesse... paixões. [...]
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sexta-feira, janeiro 09, 2009

ZP090109

ZENIT

O mundo visto de Roma

Serviço diario - 09 de janeiro de 2009



SANTA SÉ
Cardeal Martino esclarece suas palavras sobre a situação em Gaza
Perfila-se a agenda do Papa para o ano 2009
Emergência educativa, desafio do Encontro Mundial do México
Famílias do mundo darão testemunho no México
Batalha global a favor da família passa pelo México
Encontro Mundial das Famílias espera um milhão de pessoas

MUNDO
Grã-Bretanha: cristãos cobram de ateus prova de que Deus não existe
Cáritas a favor do Zimbábue: 9 de cada 10 lares passa fome
Bispos da França condenam atentado contra sinagoga
Bispos da Europa e EUA em missão de paz na Terra Santa
Solenidade de São Paulo, momento especial neste ano festivo
Portugal: presidente recebe núncio apostólico



ANÚNCIOS
DVD: "Tu és Pedro - Bento XVI e as Chaves do Reino" - Edição especial
LIVRO: "João Paulo II Peregrino do Mundo"


Santa Sé

Cardeal Martino esclarece suas palavras sobre a situação em Gaza

«Não há nada anti-israelense em minhas palavras»

Por Inmaculada Álvarez

ROMA, sexta-feira, 9 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- O cardeal Renato Raffaele Martino, presidente do Conselho Pontifício «Justiça e Paz», afirmou que a situação das pessoas que vivem na Faixa de Gaza é «horrível» e «contrária à dignidade humana».

Em referência à polêmica que havia suscitado na quarta-feira ao comparar Gaza com um campo de concentração, o purpurado explicou nesta quinta-feira ao diário italiano «La Reppubblica» que em suas palavras «não há nada que possa ser interpretado como anti-israelense».

«Eu digo que vejam as condições das pessoas que vivem ali. Cercadas por um muro que é difícil atravessar. Em condições contrárias à dignidade humana. O que está acontecendo estes dias é horrível. Mas quando falo, que se tenham em conta todas as minhas palavras», afirmou.

O purpurado assegurou que ambas partes são «culpadas» e que «é necessário dividi-las, como se intercede quando dois irmãos brigam», e fazê-las «sentar e negociar».

«Os mísseis do Hamas não são confetes. Condeno-os. Israel tem certamente direito a defender-se e o Hamas deve ter isso em conta. Mas o que dizer quando se matam tantas crianças, quando se bombardeiam escolas das Nações

Unidas, ainda possuindo uma tecnologia que permite distinguir uma formiga sobre a terra?», continuou.

«Se Israel quer viver em paz, deve fazer as pazes com os demais», acrescentou. Por outro lado, segundo o purpurado, «o Hamas não representa todos os palestinos. Eu não defendo o Hamas: se querem uma casa, se querem um Estado palestino, devem compreender que o caminho empreendido está equivocado».

Rejeição da trégua

Apesar dos esforços da ONU, através de sua resolução 1860 que pede um cessar-fogo imediato na região, tanto Israel como o Hamas rejeitaram uma trégua definitiva pelo momento, fora das três horas diárias decretadas nas últimas jornadas.

Por outro lado, a Cruz Vermelha e outras instituições denunciaram o massacre de civis inocentes a quem não se pode atender a tempo porque os operadores humanitários não podem entrar na área, uma situação que consideram «inaceitável».

As instituições denunciam ter encontrado em uma casa nos arredores de Gaza quatro crianças junto aos cadáveres de suas mães. Pelo momento, são 800 os mortos e 3 mil os feridos entre os palestinos, enquanto que 11 israelenses perderam a vida, quatro deles pelos mísseis do Hamas.

Pelo momento tiveram de abandonar a região as Monjas da Congregação do Rosário, ainda que pretendem «voltar o quanto antes». Segundo seu testemunho, reproduzido pela agência italiana SIR, a escola destas religiosas foi danificada pelas bombas e teve de fechar.

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Perfila-se a agenda do Papa para o ano 2009

Um objetivo: dar esperança

CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 9 de janeiro de 2008 (ZENIT.org).- «Esperança», o tema da última encíclica de Bento XVI, é também uma das palavras que o pontífice mais repetiu ao começar 2009, tempo caracterizado pela crise econômica.

«Esperança» é também a mensagem que os grandes acontecimentos que o pontífice está incluindo em sua agenda para os próximos meses querem deixar. 

Após as celebrações do início do ano e de seu balanço sobre a situação do planeta realizado em 8 de janeiro junto aos embaixadores dos países acreditados na Santa Sé, em sua agenda se destacam as duas intervenções que graças às novas tecnologias oferecerá ao VI Encontro Mundial das Famílias, que será celebrado no México, de 14 a 18 de janeiro.

Em 25 de janeiro, solenidade da Conversão de São Paulo, Bento XVI presidirá, às 17h30, a celebração das vésperas, na basílica papal dedicada ao apóstolo, culminando a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos 2009, que acontece enquanto a Igreja Ortodoxa russa está de luto por causa da morte do patriarca Alexis II.

Em uma data ainda não anunciada, espera-se a publicação de sua encíclica sobre a doutrina social,Caritas in veritate (Caridade na verdade), na qual aplicará os temas das duas primeiras encíclicas – amor e esperança (Deus caritas est, Spe Salvi) – às principais questões sociais do mundo. 

Recorrendo às verdades morais abertas, em princípio, a qualquer (a lei natural), assim como aos ensinamentos evangélicos (revelação), o Papa Bento XVI se dirigirá a católicos e não católicos, para desafiá-los a reconhecer e a enfrentar os males sociais de hoje.

Em março o Papa cumprirá finalmente seu sonho de visitar o continente africano, em particular, Camarões e Angola.

O Papa elegeu Camarões para apresentar o documento preparatório do segundo Sínodo para a África, que será celebrado em outubro, no Vaticano, pois este país está no centro do continente africano e nele se fala tanto inglês como francês.

O Sínodo terá por tema: «A Igreja na África, ao serviço da reconciliação, da justiça e da paz. "Vós sois o sal da terra... Vós sois a luz do mundo"».

No mês de maio, o Papa poderá realizar outro sonho: visitar a terra de Cristo. A visita a Jordânia, Israel e territórios palestinos lhe oferecerá a inspiração para seguir escrevendo os seguintes volumes sobre «Jesus de Nazaré».

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Emergência educativa, desafio do Encontro Mundial do México

Ilustrada pelo presidente do Conselho Pontifício para a Família

Por Carmen Elena Villa

CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 9 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- A principal tarefa da família é ser «formadora de valores humanos e cristãos», disse nesta sexta-feira em uma coletiva de imprensa na Santa Sé o cardeal Ennio Antonelli, presidente do Conselho Pontifício para a Família.

Na reunião com os jornalistas, ele apresentou o VI Encontro Mundial das Famílias, que será realizado na Cidade do México, de 14 a 18 de janeiro. 

O purpurado italiano apresentou os principais problemas que afetam as relações familiares na atualidade: «ausência de valores compartilhados, de uma certeza educativa».

Disse que por isso muitas vezes «os jovens estão desorientados e os pais desmotivados».

Antonelli se referiu igualmente à necessidade de educar os filhos na fé, um elemento essencial nas famílias e que «não é algo que se herda automaticamente».

Assegurou que «cada geração deve fazer esta eleição», mas «tem necessidade de receber a proposta com o testemunho e a experiência concreta».

A família deve ser assim um espaço para cultivar «a virtude e a experiência de ser amados», disse o cardeal, fazendo referência à encíclica do Papa Bento XVIDeus Caritas est. 

Na família, disse, se aprende e experimenta «o sentido da solidariedade, da dignidade da pessoa, da lealdade, da cooperação, da própria autonomia através da experiência dos pais». Por isso, sintetizou, a família deve converter-se em um «laboratório de convivência civil».

O arcebispo emérito de Florença assegurou que durante este encontro se pretende «fazer as famílias conscientes para que sejam sujeitos vivos e operantes na Igreja e na sociedade civil».

Referiu-se às famílias numerosas, às vezes discriminadas. «Não é justo que a sociedade não reconheça o trabalho da mãe e das famílias numerosas só porque não têm vantagens econômicas, especialmente nestes momentos de crise educativa», denunciou o purpurado.

Antonelli concluiu sua intervenção dizendo que é importante, dentro das famílias, «considerar o outro como um bem em si mesmo e servi-lo generosamente».

Assegurou que esta atitude, dentro das famílias, «faz bem ao casal e à relação pais-filhos» e que este amor «pede ser correspondido», porque «precisa de reciprocidade». Só assim «as pessoas se realizam plenamente», concluiu.

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Famílias do mundo darão testemunho no México

Durante a oração do Rosário

Por Carmen Elena Villa

CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 9 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- Cinco famílias de diferentes países do mundo dirigirão o rosário que acontecerá no VI Encontro Mundial das Famílias, no México.  

Durante o briefing que aconteceu nesta manhã na Santa Sé, no qual se deu a conhecer o programa do evento, o casal Alberto e Anna Fris, membros do Pontifício Conselho para a Família, assegurou que cada um dos casais mostrará a missão evangelizadora das famílias em diferentes partes do planeta. 

A oração do rosário acontecerá na basílica de Guadalupe no sábado 17 de janeiro. Ali se contemplarão os mistérios gozosos, nos quais se medita a anunciação e a encarnação de Jesus no seio de Maria, e que permitem recordar aos casais o dom de portar a vida e educar os filhos. Cada um dos casais selecionados dirigirá um mistério.

Da Europa estará uma família missionária que vive atualmente na Holanda e tem cinco filhos, sendo dois adotados. Dará assim testemunho de anúncio da fé em um continente que, segundo as palavras de Anna Fris, «precisa ser reevangelizado».

A América Latina será representada por um casal indígena proveniente da Guatemala com cinco filhos. O mais velho deles se encontra no seminário. «Se encontraram com o Senhor e isto os motivou a converterem-se em operadores pastorais familiares», assegurou Anna.

Do continente asiático participará uma família paquistanesa que educou seus filhos na fé católica em meio a um ambiente muçulmano. Segundo Anna, representarão «o desafio de ser cristãos em um mundo no qual são discriminados».

Uma família do Malaui com seus dois filhos adolescentes será a que representará o continente africano, no qual sobressaem os valores do «compartilhar».

Os Estados Unidos estarão representados por uma família cujos filhos decidiram preparar-se para trabalhar na evangelização através dos meios de comunicação. Segundo explicou Anna, «buscam anunciar o Senhor através das novas tecnologias».

Durante a missa solene de encerramento do VI Encontro Mundial das Famílias, que será realizada no domingo, 18, os casais ali presentes poderão renovar suas promessas matrimoniais.

O Papa Bento XVI, que dará sua mensagem ao vivo através de um telão, permitiu que se conceda a indulgência plenária a quem participar desta missa solene, inclusive a quem o faça pela televisão, seguindo as condições exigidas pela Igreja.

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Batalha global a favor da família passa pelo México

Nota publicada pelo Vaticano nas vésperas do Encontro Mundial das Famílias

CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 9 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- Apesar do divórcio, do aborto e da eutanásia serem opções originalmente distantes da cultura mexicana, estão penetrando devido à pressão exterior. Por esse motivo, a Santa Sé atribui ao VI Encontro Mundial das Famílias, que acontece na capital do México, uma importância decisiva.

O país, segundo do mundo em número de católicos, acolherá este evento convocado por Bento XVI de 14 a 18 de janeiro. Espera-se um milhão de pessoas. 

Nesta sexta-feira, aconteceu na Sala de Imprensa do Vaticano um encontro com a imprensa, dirigido pelo cardeal Ennio Antonelli, presidente do Conselho Pontifício para a Família, no qual se distribuiu um comunicado que responde a esta pergunta: «que estado de saúde atravessa a família hoje no México?».

A esta pergunta, a nota do Conselho vaticano responde: «a família no México, como em outras partes do mundo, está atravessando hoje uma crise».

No ano 2006, a Cidade do México se converteu na segunda cidade da América Latina, depois de Buenos Aires, cuja legislação reconheceu as uniões administrativas de pessoas do mesmo sexo.

Em agosto de 2008, a Justiça mexicana ratificou a lei que despenaliza o aborto até as 12 semanas de gestação na capital mexicana, algo que até esse momento era considerado inconstitucional por eminentes juristas.
«Contudo, se conservam ainda muitos valores: a unidade familiar continua acontecendo e sendo valorizada intensamente». 

«As famílias, por exemplo, se reúnem frequentemente para celebrar os principais acontecimentos civis, religiosos e suas tradições e para buscar juntos soluções a seus problemas. A família é a principal instituição de ajuda e de solidariedade», declara.

«Aborto, divórcio, eutanásia, temas de bioética, ainda que estão afastados da cultura e da vida popular, estão penetrando também na mentalidade do povo mexicano», constata o Conselho vaticano.

«A família deve enfrentar hoje, com criatividade e com espírito propositivo, o desafio de uma cultura individualista e mercantilista, baseada na produção e no consumismo», acrescenta.

«Infelizmente, temos um conceito errado de liberdade, entendida como uma autonomia fechada em si mesmo; se privilegiam outras formas de convivência que ofuscam o valor da família, baseada no matrimônio de um homem e de uma mulher».

«Colocar-se ao serviço da transmissão da vida e da educação dos filhos se faz hoje muito difícil. Com esta mentalidade errada, muitas vezes se difundem – sem um amplo consenso social e sob o impulso de pequenos mas ativos grupos de pressão fortemente ideologizados e de grandes recursos econômicos – leis que permitem, com muita facilidade, o aborto, assim como o divórcio rápido e a eutanásia. Responder a estes desafios é uma obrigação moral, mas também difícil».

A Igreja, acrescenta, «está realizando um grande esforço de evangelização para apoiar as famílias cristãs em seus valores, estimulando-as para empreender uma ampla estratégia de promoção de defesa da vida desde a concepção até a morte natural e dos direitos da família, inclusive no âmbito político, cultural, econômico e social».

«Graças a Deus – conclui o comunicado distribuído aos jornalistas – nos últimos anos surgiram numerosas iniciativas, tanto eclesiais como civis, ao serviço da família: grupos, movimentos, associações ao serviço da pastoral familiar, institutos de formação em bioética, associações civis e redes que apóiam todo este trabalho».

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Encontro Mundial das Famílias espera um milhão de pessoas

Segundo expectativas dos organizadores da reunião que acontecerá no México

CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 9 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- Mais de um milhão de pessoas participarão das atividades previstas por ocasião do Encontro Mundial das Famílias, que acontece de 14 a 18 de janeiro no México.

No encontro, convocado por Bento XVI com o tema «A família, formadora nos valores humanos e cristãos», estarão representados 98 países; participarão 200 bispos e 30 cardeais. O evento será coberto por 318 jornalistas credenciados, dos quais 258 são mexicanos. 

Estes números foram revelados em uma coletiva de imprensa que foi presidida no Vaticano pelo cardeal Ennio Antonelli, presidente do Conselho Pontifício para a Família.

O evento começará com o Congresso Teológico Pastoral, que será celebrado entre 14 e 16 de janeiro, e que espera cerca de 8 mil participantes.

Os atos mais expressivos serão a celebração festiva dos testemunhos das famílias do mundo, na tarde-noite do sábado 17 de janeiro, e a missa solene da manhã do domingo seguinte, diante da Basílica de Guadalupe.

Em ambos encontros se fará presente Bento XVI com uma vídeo-mensagem. Os momentos serão presididos por seu legado especial, cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado.

Os números dão uma idéia da organização que o encontro exige, motivo pelo qual o cardeal Antonelli manifestou o agradecimento da Igreja à arquidiocese que o acolhe, em particular a seu pastor, o cardeal Norberto Rivera Carrera.

O purpurado também reconheceu a colaboração e o apoio que as autoridades mexicanas garantiram a este encontro.

Mais informação em http://www.emf2009.com

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Mundo

Grã-Bretanha: cristãos cobram de ateus prova de que Deus não existe

Após a campanha em meios de transporte: «provavelmente Deus não existe»

LONDRES, sexta-feira, 9 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- Uma organização britânica cristã protestou nesta quinta-feira perante a autoridade que regulamenta a publicidade após o lançamento nos meios de transporte públicos do Reino Unido de uma campanha atéia que proclama «provavelmente Deus não existe» e pediu provas que confirmem tal afirmação.

A campanha atéia, exposta em 800 ônibus do país, assim como no Metrô de Londres, foi lançada ao início de janeiro com o apoio da Associação Humanista Britânica (BHA) e foi financiada por mais de 140 mil libras (cerca de 150 mil euros). 

O slogan completo da campanha, que também deverá ser promovido em menor escala na Espanha, é «Provavelmente Deus não existe. Deixa de te preocupar e desfruta a vida».

Stephen Green, diretor nacional da associaçãoChristian voice, apresentou uma denúncia à Advertising Standards Authority (ASA), argumentando que a campanha viola o código da publicidade por ser enganosa, dado que carece de fundamento. 

Segundo seu regulamento, a ASA estabelece que «a publicidade não pode desorientar os consumidores. Isto significa que os anunciantes devem ter provas que demonstrem o que anunciam sobre seus produtos ou serviços antes de que apareça o anúncio».

Segundo Green, esta publicidade viola o código publicitário, «a não ser que os anunciantes demonstrem que provavelmente Deus não existe».

Segundo o denunciante, os promotores da campanha não podem desculpar-se dizendo que se trata de uma «questão de opinião», «pois nenhuma pessoa ou entidade firma a declaração. Apresenta-se como uma declaração de fato e isto significa que deve ser capaz de ser provada, do contrário se rompem as normas».

Um porta-voz da ASA declarou que a autoridade aceitou a denúncia.

«Nós a avaliaremos nos próximos dias e, a partir desta avaliação, decidiremos se é necessário contatar o anunciante», afirmou.

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Cáritas a favor do Zimbábue: 9 de cada 10 lares passa fome

ROMA, sexta-feira, 9 de janeiro de 2008 (ZENIT.org).- A situação no Zimbábue é «extrema» e «desesperadora». Seus habitantes «morrerão se não receberem ajuda humanitária urgente». Este é o chamado lançado hoje pela Cáritas Internacional em um comunicado no qual assegura que em 9 de cada 10 lares não há alimentos suficientes.

A associação católica fez um apelo através da rede mundial de Cáritas para enviar 7 milhões de dólares em forma de ajuda imediata para prover alimentos a cerca de 250 mil pessoas. 

Este dinheiro, segundo Cáritas, irá destinado a suprimentos de comida para 164 mil pessoas, assim como 88 mil postos escolares com uma refeição ao dia, e equipamento agrícola para 4.600 famílias, além do acesso a água potável a 16 mil lares e assistência médica a 5 mil pessoas.

Contudo, isto não supõe mais que uma pequena ajuda perante uma grande catástrofe humanitária, agravada pelo cólera, que já cobrou 1.700 vidas e do qual atualmente há 36 mil casos registrados.

«As pessoas do Zimbábue morrerão se não receberem ajuda humanitária urgente», afirma no comunicado a secretária geral da Cáritas, Lesly-Anne Knight. Segundo os dados de Cáritas, cerca de 5 milhões de pessoas estão passando fome, e o número aumenta cada vez mais.

Um informe de Cáritas, há dois meses, revela que entre 70 e 90% das famílias não recebem alimentação suficiente, e que as ajudas apenas alcançam a 5-10% da população afetada. «Muitos vendem seus bens ou animais, ou inclusive se prostituem para sobreviver», afirma o informe.

Mais informação em www.caritas.org

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Bispos da França condenam atentado contra sinagoga

Não se pode justificar pelo que acontece em Gaza, advertem

PARIS, sexta-feira, 9 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- Os bispos da França condenaram duramente o atentado contra uma sinagoga de Toulouse perpetrado na noite de 5 de janeiro com a explosão de um carro-bomba lançado contra a porta do edifício.

A explosão não deixou vítimas. No momento, dentro da sinagoga, um rabino estava dando aula a dez pessoas. 

«Nenhum ato antissemita ou racista, nenhum ato de violência pode ser justificado com os graves fatos que acontecem atualmente em Israel e Gaza», explica um comunicado do Serviço Nacional da Conferência dos Bispos da França para as Relações com o Judaísmo.

Os bispos sublinham que a fraternidade e a amizade entre judeus e católicos «têm de ser promovida mais que nunca» e se dirigem a nossos irmãos judeus de Toulouse», assim como à comunidade da França, para manifestar sua solidariedade perante um atentado «tão lamentável como doloroso».

Também a associação para a Amizade Judaico-Cristã da França assegurou em uma nota seu apoio à comunidade judaica, denunciando todo ato cumprido «com o pretexto da guerra que acontece atualmente entre Israel e o Hamas».

A associação pede aos responsáveis religiosos judeus, cristãos e muçulmanos que condenem todo ato de violência.

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Bispos da Europa e EUA em missão de paz na Terra Santa

Manterão encontros com líderes israelenses e palestinos

LONDRES, sexta-feira, 9 de janeiro de 2008 (ZENIT.org).- De 10 a 15 de janeiro, acontecerá a tradicional visita à Terra Santa dos bispos da comissão de coordenação das Conferências Episcopais da Europa e dos Estados Unidos, para apoiar a Igreja Católica e os cristãos dos santos lugares.

«As comunidades cristãs da Terra Santa são o vínculo físico entre o mundo atual e o dos tempos da pregação de Jesus Cristo. São as "pedras vivas" de nossa fé», afirma em um comunicado Dom Patrick Kelly, arcebispo de Liverpool e vice-presidente da Conferência Episcopal da Inglaterra e Gales, responsável pela reunião da comissão de coordenação. 

O bispo Kelly renova seu apelo «ao cessar imediato de toda violência em Gaza».

«O conflito tem raízes profundas, mas se deve acabar com o bloqueio de toda ajuda humanitária – diz o arcebispo. É urgente uma liderança sábia e valente que possa conseguir a paz e relegar a violência ao passado.

Não se pode permanecer calados perante a injustiça, mas proclamar a reconciliação. Este é o objetivo de nossa visita à Terra Santa».

O programa da visita, que terá sua base em Belém, prevê encontros com o núncio, o arcebispo Antonio Franco, com o patriarca latino de Jerusalém, Fouad Twal, e com os líderes religiosos das denominações cristãs na Terra Santa.

A agenda prevê também visitas ao presidente israelense Simon Peres e ao palestino Abu Mazen. Compõem a delegação bispos do Canadá, Inglaterra, França, Alemanha, Espanha, Suíça e Estados Unidos.

Estarão acompanhados de representantes do Conselho das Conferências Episcopais Européias (CCEE), Comissão dos Episcopados da Comunidade Européia (COMECE), Cáritas Internacional e  «Catholic Relief Service» (Cárias EUA), Pax Christi International, Cavaleiros do Santo Sepulcro, Obras Missionárias Pontifícias, Rádio Vaticano e a Fundação Ecumênica Cristã para a Terra Santa.

As reuniões anuais dos bispos católicos, em janeiro na Terra Santa, iniciaram em 1998 e deram uma contribuição significativa às necessidades dos poucos milhares de católicos que ainda residem nos territórios palestinos.

O programa deste ano inclui um encontro dos bispos da comissão de coordenação com os estudantes da Universidade de Belém, com os seminaristas do instituto de Beit Jala, celebrações eucarísticas e encontros com os fiéis de algumas igrejas de Gaza, itinerários em Belém junto às crianças das escolas do primário e reuniões ecumênicas.

O Pe. Jerome Murphy-O'Connor oferecerá uma reflexão teológica sobre «São Paulo em Jerusalém».
Como é costume, se convocará uma coletiva de imprensa para ilustrar os temas desenvolvidos e as decisões tomadas durante os dias dos encontros. Acontecerá em 15 de janeiro, em Jerusalém, na sede do Patriarcado Latino. 

Referindo-se à pequena comunidade cristã que ainda reside em Gaza, Dom Kelly afirmou que os fiéis daquela área «precisam de nossas orações em sua luta por testemunhar o espírito da paz».

«O objetivo da comissão de coordenação – explica o prelado inglês – sempre foi estar ao lado das Igrejas na Terra Santa, em fidelidade aos dois mandamentos de Deus: nunca permanecer calados frente à injustiça e à violência e proclamar sempre e viver a reconciliação querida por Nosso Senhor naquele monte chamado Calvário».

Dom Kelly encerra sua nota com a benção que Deus dirigiu a Moisés: «Que o Senhor te abençoe e te proteja. Que faça brilhar a luz de sua fase sobre ti e te conceda sua graça. Que o Senhor te mostre sua face e te conceda a paz».

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Solenidade de São Paulo, momento especial neste ano festivo

Cardeal Odilo Scherer fala sobre o 25 de janeiro na arquidiocese

SÃO PAULO, sexta-feira, 9 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- O arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Scherer, convida os fiéis da arquidiocese a participarem da festa do apóstolo Paulo, no dia 25 de janeiro, ocasião especial para celebrar o patrono da cidade neste ano a ele dedicado.

Em artigo difundido por sua arquidiocese esta semana, Dom Odilo considera que o dia 25 de janeiro será «um momento muito especial nas comemorações do Ano Paulino».

Na Catedral da Sé, às 10h, haverá missa presidida pelo núncio apostólico, Dom Lorenzo Baldisseri, que contará com a presença dos bispos da província eclesiástica.

«Queremos agradecer a Deus pela vida e a missão de nossa Arquidiocese», afirma o cardeal.

«Contando com a intercessão do nosso grande Patrono, São Paulo, vamos pedir a graça de um profundo amor a Jesus Cristo e à Igreja e de um renovado ardor missionário, para sermos, de fato, uma Igreja “discípula e missionária de Jesus Cristo na cidade” – nesta grande metrópole paulistana.»

Segundo o cardeal Scherer, no dia 25 de janeiro, em todas as igrejas da arquidiocese de São Paulo poderá ser concedida a bênção especial com a indulgência plenária, nas condições normalmente previstas.

Dom Odilo indica que em todas as paróquias e comunidades seja realizado um tríduo de preparação para a solenidade, como se fará na Catedral da Sé.

Na celebração solene na catedral, no dia 25, será lançado o 10° Plano de Pastoral da Arquidiocese.

«Isso quer significar que o 10º Plano é nossa “carta de intenções” sobre nossa presença e atuação na  Metrópole», explica Dom Odilo.

«“Deus habita esta cidade!” Como Igreja de Jesus Cristo, temos algo de bom a dizer a esta cidade imensa e uma contribuição positiva a dar para que ela seja cada vez mais humana e solidária, digna de Deus e dos seus filhos e filhas, que nela habitam.»

«O ano de 2009 será um tempo de acolhida e assimilação do 10° Plano – “Discípulos e Missionários de Jesus Cristo na cidade”», considera o cardeal.

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Portugal: presidente recebe núncio apostólico

LISBOA, sexta-feira, 9 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- O presidente de Portugal, Aníbal Cavaco Silva, recebeu ontem as cartas credenciais do novo núncio apostólico no país, Dom Rino Passigato, durante uma cerimônia que decorreu no Palácio de Belém, refere Agência Ecclesia.

O arcebispo italiano de 64 anos era núncio apostólico no Peru e foi nomeado como representante diplomático do Papa em Lisboa no dia 8 de novembro de 2008.

Dom Passigato sucede ao também italiano Dom Alfio Rapisarda, que teve sua renúncia por limite de idade aceita em setembro passado.

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DVD: "Tu és Pedro - Bento XVI e as Chaves do Reino" - Edição especial

No Natal dê de presente o DVD "Tu és Pedro - Bento XVI e as Chaves do Reino", uma das maiores produções do Centro Televisivo Vaticano, com a qual poderá reviver a emoção dos últimos momentos de João Paulo II, o conclave, e a eleição de Bento XVI. Disponível em edição especial em 7 idiomas.
Durante todo o período natalício até dia 6 de janeiro, você poderá adquirir o DVD com um desconto de 15%. Baixe o trailer e adquira o DVD no site:
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quinta-feira, janeiro 08, 2009

ZP090108

ZENIT

O mundo visto de Roma

Serviço diario - 08 de janeiro de 2009



SANTA SÉ
Bento XVI: perseguições contra cristãos, «sinal de pobreza moral»
Papa pede esforços redobrados contra pobreza para assegurar paz
Papa condena «uso das armas» no conflito palestino-israelense
177 países mantêm relações diplomáticas com Santa Sé
Papa: porta-voz dos migrantes latino-americanos

MUNDO
18 de janeiro, dia de oração pela paz na Terra Santa
Presidente da Cáritas pede cessar-fogo em Gaza
Cardeal Bertone se encontrará no México com mundo da cultura
Bíblia em lugar de destaque na casa, pede arcebispo

EM FOCO
Felicidade e paz só podem ser produto do amor, diz cardeal

ENTREVISTAS
«Humanae Vitae»: profecia científica

Santa Sé

Bento XVI: perseguições contra cristãos, «sinal de pobreza moral»

«As religiões podem contribuir para lutar contar a pobreza», adverte

Por Inma Álvarez

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 8 de janeiro de 2008 (ZENIT.org).- Bento XVI lamentou nesta quinta-feira, em seu discurso aos membros do Corpo Diplomático acreditado na Santa Sé, as perseguições que milhares de cristãos sofreram, especialmente na Índia e Iraque, durante o ano acaba de terminar. 

Diante dos embaixadores reunidos na Sala Régia do Palácio Apostólico Vaticano, o Papa dedicou uma ampla passagem de sua intervenção à liberdade religiosa, dentro do tema principal de sua intervenção: a pobreza e a paz. 

«As discriminações e os graves ataques de que foram vítimas, no ano passado, milhares de cristãos, mostram como o que afeta a paz não é só a pobreza material, mas também a pobreza moral. De fato, é na pobreza moral onde tais atrocidades têm suas raízes», afirmou o Papa. 

Mas advertiu também que no Ocidente «se cultivam preconceitos ou hostilidades contra os cristãos, simplesmente porque, em certas questões, sua voz perturba». 

Diante dos representantes das diversas nações, o Santo Padre afirmou que «o cristianismo é uma religião de liberdade e de paz e está a serviço do autêntico bem da humanidade», e que as religiões «podem dar uma valiosa contribuição à luta contra a pobreza e à construção da paz». 

«Renovo o testemunho de meu afeto paternal aos nossos irmãos e irmãs vítimas da violência, especialmente no Iraque e na Índia», assegura. Em 13 de março apareceu o cadáver do arcebispo caldeu de Mosul, no Iraque, Dom Paulos Faraj Rahho, de 65 anos, quem dias antes havia sido sequestrado. 

Em 2008, na Índia, em particular no Estado de Orissa, segundo dados da Conferência Episcopal desse país, a violência de radicais hindus contra os cristãos provocou 81 mortos, mais de 40 mil desabrigados do distrito de Kandhamal, 4.677 casas destroçadas, 236 igrejas e 36 conventos destruídos ou seriamente afetadas; cinco sacerdotes católicos feridos, assim como o estupro e o escárnio público de uma religiosa. 

O pontífice mostrou sua proximidade às vítimas e as convidou a «não perder o ânimo» diante destas provas, e a não deixar de «proclamar o Evangelho desde os telhados». 

«O testemunho do Evangelho é sempre um ‘sinal de contradição’ com relação ao ‘espírito do mundo’. Se as tribulações são duras, a constante presença de Cristo é um consolo eficaz», afirmou. 

Por outro lado, pediu aos governos das nações onde houve perseguições cruentas contra os cristãos que «as autoridades civis e políticas se dediquem com energia a acabar com a intolerância e com as humilhações contra os cristãos; que intervenham para reparar os danos causados, em particular nos lugares de culto e nas propriedades; que estimulem por todos os meios o justo respeito por todas as religiões, proscrevendo todas as formas de ódio e de desprezo». 

Liberdade religiosa 

Em seu discurso, o bispo de Roma aludiu em várias ocasiões à questão da liberdade religiosa, à qual deu grande importância dentro da busca da paz. 

Referindo-se em geral à situação da Ásia, recordou que as comunidades cristãs que vivem lá «com frequência são pequenas do ponto de vista numérico, mas desejam oferecer uma contribuição convencida e eficaz ao bem comum, à estabilidade e ao progresso de seus países». 

O testemunho destes cristãos expressa, explicou, «a primazia de Deus, que estabelece uma sã hierarquia de valores e outorga uma liberdade mais forte que as injustiças. A recente beatificação no Japão de 124 mártires o destacou de forma eloquente». 

O sucessor de Pedro recordou que a Igreja «não pede privilégios, mas a aplicação do princípio de liberdade religiosa em toda sua extensão», e pediu especialmente aos países asiáticos que «garantam o pleno exercício deste direito fundamental, no respeito das normas internacionais». 

Em outro momento, recordou suas viagens à França e aos Estados Unidos, e com elas a questão da «sã laicidade». 

«Uma sociedade saudavelmente leiga não ignora a dimensão espiritual e seus valores, porque a religião, e me pareceu útil repeti-lo durante minha viagem pastoral à França, não é um obstáculo, mas, ao contrário, um fundamento sólido para a construção de uma sociedade mais justa e livre», advertiu. 

O mundo contempla a Igreja 

Bento XVI, ao recordar suas recentes viagens, constatou que pôde «perceber as expectativas de muitos setores da sociedade com relação à Igreja Católica». 

«Nesta fase delicada da história da humanidade, marcada por incertezas e interrogantes, muitos esperam que a Igreja exerça com decisão e clareza sua missão evangelizadora e sua obra de promoção humana», afirmou.

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Papa pede esforços redobrados contra pobreza para assegurar paz

«Hoje mais que nunca está em jogo o destino de nosso planeta e seus habitantes»

Por Inma Álvarez

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 8 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- Bento XVI insistiu nesta quinta-feira, em seu tradicional discurso anual ao Corpo Diplomático acreditado na Santa Sé, sobre a necessidade de lutar contra a pobreza para garantir a paz no mundo, e afirmou que para construir a paz «é necessário voltar a dar esperança aos pobres».

O Papa fez um balanço da situação internacional, especialmente dos conflitos existentes no mundo, da guerra e da atividade terrorista, e constatou que «apesar dos muitos esforços realizados, a tão desejada paz ainda está distante». 

Contudo, acrescentou, «não podemos nos desanimar nem atenuar o compromisso a favor de uma autêntica cultura de paz, mas, pelo contrário, redobrar os esforços a favor da segurança e do desenvolvimento». 

Dedicou uma especial atenção à atual crise econômica e suas consequências, especialmente para os países subdesenvolvidos. 

Em seu discurso, o bispo de Roma quis dirigir o olhar «para os numerosos pobres de nosso planeta», especialmente no atual contexto de crise econômica. 

Em linha com sua mensagem para a Jornada Mundial da Paz, recordou que para assegurar a paz no mundo é necessário «combater a pobreza».  

Também advertiu que é «urgente adotar uma estratégia eficaz para combater a fome e favorecer o desenvolvimento agrícola local, mais ainda quando a porcentagem de pobres aumenta inclusive nos países ricos». 

Neste sentido, ainda que avaliasse positivamente os acordos sobre desenvolvimento alcançados na Conferência de Doha, o Papa advertiu que «para sanar a economia, é necessário criar uma nova confiança» que «só se poderá alcançar através de uma ética fundada na dignidade inata da pessoa humana». 

«Sei bem que isso é exigente, mas não é uma utopia», afirmou. 

Hoje, mais que nunca, acrescentou o Santo Padre, «nosso porvir está em jogo, como o destino de nosso planeta e seus habitantes, em primeiro lugar das gerações jovens que herdam um sistema econômico e um tecido social duramente questionado». 

Jovens, crianças, idosos e imigrantes

Outro dos pontos no qual o Papa se deteve foi a importância das novas gerações, especialmente de crianças e jovens, recordando também seu encontro da Jornada Mundial da Juventude de Sydney. 

O Papa expressou seu convencimento de que para «combater a pobreza, devemos investir antes de tudo na juventude, educando-a em um ideal de autêntica fraternidade». 

Este ideal, recordou, está expresso na Declaração Universal dos Direitos Humanos. 

«Meu discurso na sede da Organização das Nações Unidas se situa neste contexto: sessenta anos depois da adoção da Declaração universal dos direitos humanos, quis colocar em destaque que este documento se baseia na dignidade da pessoa humana, e esta, por sua vez, na natureza comum a todos, que transcende as diferentes culturas», afirmou. 

Este reconhecimento da dignidade da pessoa deve levar a «construir nossa existência e as relações entre os povos sobre algumas bases de respeito e de fraternidade autênticas, conscientes de que esta fraternidade pressupõe um Pai comum a todos os homens, o Deus Criador». 

Por outro lado, ao deter-se na situação da África, o Papa afirmou que a infância «deve ser objeto de uma atenção particular: vinte anos depois da adoção da Convenção sobre os direitos da criança, estes continuam sendo muito vulneráveis». 

Em especial, o Papa recordou que «muitas crianças vivem o drama dos refugiados e dos desabrigados na Somália, em Darfur e na República Democrática do Congo. Trata-se de fluxos migratórios que afetam milhões de pessoas que têm necessidade de ajuda humanitária e que antes de tudo estão privadas de seus direitos elementares e feridas em sua dignidade». 

Também recordou as crianças não nascidas, que definiu como «os seres humanos mais pobres», assim como os idosos e os enfermos. 

Ao se referir à América Latina, o Papa falou sobre os imigrantes e pediu que as legislações «levem em conta as necessidades dos que migram, facilitando o reagrupamento familiar e conciliando as legítimas exigências de segurança com as do respeito inviolável da pessoa». 

O desarmamento é necessário 

O Papa aludiu também à questão do desarmamento, e mostrou a preocupação da Santa Sé pelos «sintomas de crise que se percebem no campo do desarmamento e da não proliferação nuclear». 

«A Santa Sé não cessa de recordar que não se pode construir a paz quando os gastos militares subtraem enormes recursos humanos e materiais aos projetos de desenvolvimento, especialmente dos países mais pobres», afirmou o Papa. 

Neste sentido, recordou que a Santa Sé «procurou estar entre os primeiros em assinar e ratificar a «Convenção sobre as bombas cluster», documento que tem também o propósito de reforçar o direito internacional humanitário». 

«A pobreza se combate se a humanidade se torna mais fraterna, compartilhando os valores e as idéias, fundados na dignidade da pessoa, na liberdade vinculada à responsabilidade, no reconhecimento efetivo do lugar de Deus na vida do homem», concluiu. 

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Papa condena «uso das armas» no conflito palestino-israelense

Pede «que se retomem as conversas de paz» e condena «toda violência»

Por Inma Álvarez

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 8 de janeiro de 2008 (ZENIT.org).- Bento XVI condenou nesta quinta-feira o uso da violência no conflito palestino-israelense, durante seu tradicional discurso ao Corpo Diplomático acreditado na Santa Sé, que acontece no começo de cada ano no Vaticano.

Ele repassou cada um dos conflitos existentes atualmente nos cinco continentes, e dedicou especial atenção ao que neste momento afeta o Oriente Médio, onde, afirmou, «nestes dias, assistimos a uma intensificação da violência que provocou danos e sofrimentos imensos entre as populações civis». 

«Mais uma vez, quero assinalar que a opção militar não é uma solução, e a violência, venha de onde vier e sob qualquer forma, deve ser firmemente condenada», advertiu. 

O pontífice pediu a ajuda da comunidade internacional para que se restabeleça a trégua na faixa de Gaza, «indispensável para tornar aceitáveis as condições de vida da população», e também para buscar uma solução negociável ao conflito, «renunciando ao ódio, à provocação e ao uso das armas». 

«A ela não se poderá chegar sem adotar uma aproximação global dos problemas destes países, no respeito às aspirações e legítimos interesses de todas as populações envolvidas», acrescentou. 

Mostrou também sua confiança de que nos próximos encontros eleitorais da região «surjam dirigentes capazes de fazer progredir com determinação este processo, para guiar seus povos rumo à árdua, mas indispensável reconciliação». 

O Papa expressou, por outro lado, sua confiança em uma melhoria das relações entre Israel, Síria e Líbano, assim como em uma saída negociável no conflito entre o Irã e a comunidade internacional por causa de seu programa nuclear. 

Também se dirigiu aos iraquianos, que proximamente se verão livres da presença militar estrangeira, e lhes pediu que soubessem «virar a página» e «olhar para o futuro com o fim de construí-lo sem discriminações de etnia ou religião». 

Outros conflitos 

Com relação a outros países da Ásia, o bispo de Roma expressou sua satisfação pelos passos de solução de alguns conflitos, como «o reinício de novas negociações de paz em Mindanao (Filipinas) e o novo curso que estão tomando as relações entre Pequim e Taipei». 

Contudo, acrescentou, «em certos países perdura a violência e em outros a situação política permanece tensa», e augurou «uma solução definitiva do conflito no Sri Lanka». 

Quanto à África, o pontífice aludiu à dramática situação de milhares de refugiados na Somália, em Darfur e na República Democrática do Congo, assim como a «crítica» situação do Zimbábue. Também mostrou sua satisfação pelos acordos de paz alcançados no Burundi e confiou em que «se convertam em fonte de inspiração para outros países, que ainda não encontraram a via da reconciliação». 

Com relação à Europa, o Papa se referiu ao conflito do Cáucaso, e afirmou que «os conflitos que atêm os Estados da região não podem ser resolvidos pela via das armas». 

Citando expressamente a Geórgia, o Papa pediu que «sejam respeitados todos os compromissos subscritos no Acordo de cessar-fogo do mês de agosto passado, concluído graças aos esforços diplomáticos da União Européia, e que a volta dos desabrigados de seus lares seja possível o quanto antes». 

Quanto à situação nos Bálcãs, o Papa augurou «um futuro de reconciliação e de paz entre as populações da Sérvia e Cossovo, no respeito às minorias e sem esquecer a preservação do precioso patrimônio artístico e cultural cristão, que constitui uma riqueza para toda a humanidade». 

Terminou seu repasso da Europa aludindo ao conflito cipriota; saudou o reinício das negociações «visando à justa solução dos problemas vinculados à divisão da Ilha». 

Deteve-se também na América Latina, onde elogiou «o compromisso prioritário de certos governos para restabelecer a legalidade e empreender uma luta sem tréguas contra o tráfico de entorpecentes e a corrupção». 

«A Igreja acompanha há cinco séculos os povos da América Latina, compartilhando suas esperanças e suas preocupações. Seus pastores sabem que, para promover o autêntico progresso da sociedade, sua tarefa é iluminar as consciências e formar leigos capazes de intervir com ardor nas realidades temporais, colocando-se ao serviço do bem comum», concluiu.

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177 países mantêm relações diplomáticas com Santa Sé

O último a fazê-lo foi a República de Botsuana, em novembro passado

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 8 de janeiro de 2008 (ZENIT.org).- Com o estabelecimento de relações diplomáticas com a República de Botsuana, em 4 de novembro passado, já são 177 Estados de todo o mundo que mantêm um reconhecimento bilateral com a Santa Sé. 

Assim indica um comunicado divulgado nesta quinta-feira por ocasião da tradicional recepção do Papa pelo corpo diplomático acreditado na Santa Sé, que acontece sempre nos primeiros dias de janeiro de cada ano, e na qual se resume a atividade diplomática levada a cabo pelo Vaticano no último ano. 

A Santa Sé, recorda o comunicado, mantém também representantes nas instituições européias, assim como diante do Soberano Militar da Ordem de Malta, e duas missões especiais que implicam em certo reconhecimento, ainda que não de forma plena: a Missão da Federação Russa, à frente da qual há um embaixador, e o escritório da Organização para a Libertação da Palestina (OLP). 

O Vaticano está também representado nas instituições de caráter mundial: como «Estado observador» na ONU, como membro de 7 organizações e agências das Nações Unidas, observador de outras 8 e membro ou observador em 5 organizações de tipo regional. 

Entre os países que não têm relações diplomáticas com a Santa Sé se encontra a China, a Coréia do Norte, o Vietnã e a Arábia Saudita. 

Acordos bilaterais

Em 2008, a Santa Sé negociou três acordos bilaterais com o principado de Andorra, com o Brasil e com a França, e ratificou o acordo assinado anteriormente com a República das Filipinas. 

O acordo com o Principado de Andorra, ratificado em 12 de dezembro passado, e o acordo com o Brasil, assinado em 13 de novembro, tinham como objeto regular completamente a relação jurídica da Igreja Católica nestes países e se referiam a vários aspectos, enquanto o ratificado com as Filipinas (29 de maio) e o assinado com a França (18 de dezembro) se referiam a questões concretas, como os bens culturais e a educação.

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Papa: porta-voz dos migrantes latino-americanos

Pede que se facilite seu reagrupamento familiar

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 8 de janeiro de 2008 (ZENIT.org).- Bento XVI se fez porta-voz dos direitos dos migrantes latino-americanos, no discurso que pronunciou nesta quinta-feira aos embaixadores acreditados na Santa Sé. 

O pontífice dedicou uma passagem de sua intervenção, pronunciada em francês, à América Latina, e aos desafios políticos, sociais e religiosos que ela enfrenta neste momento. 

«Lá também os povos aspiram a viver em paz, livres da pobreza e exercendo livremente seus direitos fundamentais», começou constatando o bispo de Roma. 

Neste contexto, pediu que «as legislações levem em conta as necessidades dos que migram, facilitando o reagrupamento familiar e conciliando as legítimas exigências de segurança com as do respeito inviolável da pessoa». 

O sucessor de Pedro elogiou também «o compromisso prioritário de certos governos para restabelecer a legalidade e empreender uma luta sem tréguas contra o tráfico de entorpecentes e a corrupção». 

Recordou desta forma o 30º aniversário do começo da mediação pontifícia na disputa entre a Argentina e o Chile, relativa à região austral, e se alegrou ao constatar que «os dois países tenham assinalado de alguma maneira sua vontade de paz erigindo um monumento a meu venerado predecessor o Papa João Paulo II. 

Por outra parte, desejou «que a recente assinatura do acordo entre a Santa Sé e o Brasil facilite o livre exercício da missão evangelizadora da Igreja e reforce ainda mais sua colaboração com as instituições civis para o desenvolvimento integral da pessoa». 

Segundo explicou Bento XVI, «a Igreja acompanha há cinco séculos os povos da América Latina, compartilhando suas esperanças e suas preocupações». 

«Seus pastores sabem que, para promover o autêntico progresso da sociedade, sua tarefa é iluminar as consciências e formar leigos capazes de intervir com ardor nas realidades temporais, pondo-se ao serviço do bem comum», concluiu, ao fazer esta análise da atualidade latino-americana.

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Mundo

18 de janeiro, dia de oração pela paz na Terra Santa

Convocado pela Ação Católica

ROMA, quinta-feira, 8 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- A Ação Católica do mundo se une à oração dos cristãos da Terra Santa para implorar o fim do conflito na faixa de Gaza. 

Em resposta aos apelos de Bento XVI, a presidência da Ação Católica Italiana convidou todas as associações diocesanas e paroquiais a unirem-se em uma jornada de oração pela paz que acontecerá em 18 de janeiro. 

Nesse dia começará a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, motivo pelo qual se propõe dar à iniciativa um caráter ecumênico.

«Nosso compromisso – explicou o presidente nacional da Ação Católica, Franco Miano – é educar os jovens na paz, baseando-nos precisamente na mensagem de Bento XVI, um compromisso por um estilo de vida novo, mais sóbrio e solidário para combater o ódio e a pobreza».

«A exigência de uma paz imediata e de um cessar-fogo por parte de israelenses e palestinos é um imperativo, não podemos ficar com os braços cruzados diante do assassinato de vidas humanas, e o problema não será resolvido com as armas», explicou Miano.

«Os chamados lançados por Bento XVI não podem ficar esquecidos, mas devem levar a uma reflexão no mundo inteiro», conclui o representante da Ação Católica.

A Ação Católica é uma associação pública de fiéis que tem sua origem no próprio seio da Igreja Católica. Fundada pelo Papa Pio XI em 1922, não assume como próprio um ou outro campo de apostolado particular, mas se integra nas próprias estruturas da Igreja para colaborar no anúncio do Evangelho a todos os homens e ambientes. Está presente nos cinco continentes.

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Presidente da Cáritas pede cessar-fogo em Gaza

Há «um colapso dos serviços médicos», segundo a entidade assistencial

Por Nieves San Martín

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 7 de janeiro de 2008 (ZENIT.org).- O presidente da Cáritas Internacional, cardeal Óscar Rodríguez Maradiaga, pede um cessar-fogo em Gaza que permita às agências humanitárias socorrer as vítimas dos ataques israelenses sobre a população palestina. 

Segundo a organização de ajuda da Igreja, os deslocamentos na Faixa de Gaza são perigosos e os médicos não conseguem chegar às clínicas e centros onde os esperam os civis feridos pelos bombardeiros. 

A Cáritas Internacional, confederação de 162 entidades humanitárias católicas, oferece assistência médica de emergência, mediante a Cáritas Jerusalém, na paróquia de Gaza. Apesar das dificuldades, ficam abertos alguns centros de saúde, enquanto a clínica móvel teve de suspender sua atividade. 

«A Cáritas e as contrapartes da Igreja Católica na Terra Santa pedem um imediato cessar-fogo para permitir que os enfermos e feridos sejam assistidos – afirmou o cardeal Maradiaga. Pessoas inocentes estão sofrendo devido a que as agências de ajuda não podem chegar até elas por causa da ação militar israelense.»

A Cáritas pede o cessar imediato tanto dos ataques do Hamas contra o sul do território israelense como dos bombardeios de Israel sobre Gaza, para permitir a chegada de ajuda. 

«Nossa equipe em Gaza testemunha um colapso dos serviços médicos – sublinhou a secretária geral da Cáritas Jerusalém, Claudette Habesch. As pessoas estão morrendo em casa porque não podem obter assistência. Nos hospitais de Gaza, há 2.053 camas, mas são 2.500 os feridos por bombardeios israelenses. Os médicos dizem que não têm faixas nem antissépticos.»

Uma firme condenação desta guerra e o pedido de um cessar-fogo foram feitos pelo Conselho Mundial das Igrejas (CMI) e pelo seu secretário geral, Samuel Kobia. 

«Nos países envolvidos neste conflito, as Igrejas e os membros das Igrejas pedem aos governos que comecem uma ação urgente para assegurar um futuro melhor aos palestinos, aos israelenses e aos seus vizinhos», afirma uma mensagem do CMI retomada pelo jornal vaticano L'Osservatore Romano

«A lógica fechada dos funcionários públicos, que culpam os demais, negando a responsabilidade de seu governo, levou à perda de muitas vidas»; «os governos devem agora ser responsáveis pela paz», acrescenta. 

«A morte e o sofrimento destes dias são espantosos e vergonhosos e não obterão mais que novas mortes e novos sofrimentos», denuncia o CMI. 

E pede que os governos da região, as Nações Unidas, a Liga Árabe, a União Européia e os Estados Unidos usem «seus bons ofícios para conseguir que todos aqueles que estão em risco sejam protegidos desde ambos os lados da fronteira» e se assegure o acesso das ajudas de emergência e dos médicos». 

Desta forma, a associação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) prometeu enviar ajudas para paliar a dramática situação de Gaza, onde, segundo as estimativas, o desemprego afeta 40% dos habitantes e 30% deles não têm acesso à água potável. Cerca da metade dos habitantes são crianças. 

O pároco Manuel Musallam, da igreja da Sagrada Família de Gaza, denuncia que «homens, mulheres e crianças choram. Procuram desesperadamente buscar como alimentar-se e garantir sua própria proteção», «lutando por sobreviver». «As pessoas têm medo, mas não querem render-se». 

Na Faixa de Gaza, de um total de um milhão e meio de habitantes, 5 mil são cristãos, em sua maioria gregos ortodoxos, e 300 são católicos de rito latino. 

Dado que era perigoso demais para os fiéis circular pela região, a paróquia cancelou a missa de final de ano à meia noite e a do ano novo, substituindo-as por celebrações em uma capela escolar. 

«Não consigo ver muitos de meus fiéis, mas lhes envio regularmente mensagens de texto pelo telefone celular (sms) para oferecer uma palavra espiritual que os anime e ajude a orar – revelou o Pe. Musallam. Decidimos recitar ao início de cada hora a oração: ‘Deus da paz, dai paz ao nosso país; Deus de misericórdia, dai misericórdia ao nosso país’». 

Contudo, por causa dos bombardeios, agora as companhias de celular não funcionam e possivelmente estas mensagens já não chegam aos paroquianos. 

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Cardeal Bertone se encontrará no México com mundo da cultura

País vive um incipiente movimento a favor da reconstrução da fé e da razão

Por Jaime Septién

QUERÉTARO, quinta-feira, 8 de janeiro de 2009 (ZENIT.org-El Observador).- No dia 19 de janeiro, na sede histórica do Teatro da República de Querétaro, local onde se firmou, em 1917, a Constituição que hoje rege a vida institucional da República, acontecerá um encontro entre o secretário de Estado de Bento XVI, cardeal Tarcisio Bertone, e o mundo da cultura e da educação no México.

O encontro, sem precedentes na história moderna do país, é organizado pela Conferência Episcopal Mexicana (CEM) liderada pelo bispo de Texcoco, monsenhor Carlos Aguiar Retes, a diocese de Querétaro, cujo bispo é Dom Mario de Gasperín Gasperín, e o Centro de Pesquisa Social Avançada (CISAV), a cuja frente está o doutor em filosofia Rodrigo Guerra López.

Apesar do México ser o segundo país com o maior número de católicos do mundo, em sua história e Constituição tiveram grande influência grupos orientados pelo laicismo militante.

Este acontecimento eminentemente religioso e cultural levará por título “A realização da razão no horizonte da fé” e terá como objetivo principal «colaborar a impulsionar um novo protagonismo público dos católicos comprometidos com a vida acadêmica e cultural no México através da presença e palavra do cardeal Tarcisio Bertone», segundo os organizadores.

Trata-se, diz um comunicado do comitê organizador, de propiciar «o surgimento de uma nova geração de universitários, pesquisadores e cientistas que sem timidez e em comunhão com a Igreja desejam que sua razão se deixe interpelar por sua fé».

Nas palavras do diretor geral do CISAV, Rodrigo Guerra López, «é preciso reconhecer que se apresenta no México um incipiente movimento a favor da reconstrução da fé e da razão, da fé e da ciência, da fé e da cultura; este movimento inicial não responde a nenhuma estratégia pastoral ou acadêmica, mas a uma sorte de despertar providencial de algumas pessoas distribuídas em diversas instituições públicas e privadas do México».

«Dentro deste despertar –continua dizendo o diretor do CISAV– há que tomar em conta três realidades que colaboram sinergicamente sob diferentes perspectivas: o Instituto Mexicano de Doutrina Social Cristã (Imdosoc), o próprio CISAV e a Rede Acadêmica Fides et Ratio, que tiveram uma importante participação –para citar um exemplo– no recente debate sobre o aborto no México».

«Com o encontro com o cardeal Bertone, trata-se –diz Guerra López– de estimular o trabalho destas realidades laicais e, ao mesmo tempo, de dar vida a novos sujeitos que permitam estimular um renovado protagonismo cultural (católico) no México».

Os convidados seriam –principalmente– professores universitários, pesquisadores, diretores de colégios católicos, escritores, editores, reitores das universidades católicas e de inspiração cristã, diretores de organizações que promovem a doutrina social cristã, a bioética personalista.

Estarão presentes também atores políticos, sociais e econômicos comprometidos com o desenvolvimento de uma cultura cristã propositiva tanto como bispos e superiores religiosos interessados na promoção de cultura e educação.

O cardeal Bertone visitará o México como legado do Papa no VI Encontro Mundial das Famílias, que se celebrará entre 14 e 18 de janeiro na capital mexicana.

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Bíblia em lugar de destaque na casa, pede arcebispo

Dom Jorge Ortiga dá indicações para renovação pastoral marcada pela Palavra

BRAGA, quinta-feira, 8 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- «Cada lar cristão não deveria prescindir da presença de uma Bíblia, colocada em lugar de destaque em casa», afirma o arcebispo de Braga (Portugal).

«Seria como que um sacrário doméstico, em que Deus está presente e lhe faz companhia em todas as horas»; «com ela, todos deveriam reconhecer a necessidade de uma leitura orante onde a vida familiar se confronta com a Palavra de Deus», enfatiza.

Dom Jorge Ortiga difundiu essa quarta-feira uma carta pastoral em que dá algumas indicações para ajudar a discernir caminhos de renovação pastoral marcados pela Palavra.

Entre as sugestões, Dom Ortiga destaca que a Bíblia poderia ir de casa em casa, «para, em leitura orante da família, poder iluminar os recantos mais escuros da vida familiar e servir de estímulo nos percursos positivos já empreendidos».

O arcebispo considera que seria desejável que os casais se reunissem para ler, meditar a Palavra e deixar-se conduzir pelos seus apelos.

Dom Ortiga pede também que se institua na diocese e em cada paróquia um Dia da Bíblia, «em que todos fossem sensibilizados para a riqueza da palavra, destinada a habitar entre nós, a montar a sua tenda nos desertos do nosso caminhar quotidiano».

Exorta ainda os pastores «a impregnar as pregações ou tríduos da palavra de Deus e a dar-lhe o espaço merecido nas homilias das eucaristias».

O arcebispo convida todos os diocesanos a se familiarizarem com a Bíblia através sobretudo da lectio divina, da leitura orante dos textos sagrados.

«Onde for possível, institua-se uma Escola da Palavra, que seja oportunidade de apresentar a riqueza inesgotável dos textos bíblicos.»

Dom Jorge Ortiga vê como «muito útil a prática de certos movimentos de escolher uma palavra da Escritura para cada mês, a Palavra de Vida que orienta decisões, opções, que ilumina problemas e sobre cuja vivência se trocam experiências».

O arcebispo considera ainda que «será de multiplicar as celebrações da palavra, até porque os sacerdotes não podem celebrar a eucaristia com a frequência desejada das comunidades. É bom ter em atenção que a palavra proclamada é também presença de Jesus no meio do seu povo.»

No âmbito diocesano –prossegue Dom Ortiga–, «sente-se a conveniência e a urgência de um Secretariado bíblico que possa fornecer subsídios para uma devida animação bíblica de toda a pastoral».

O prelado questiona ainda: «será ousadia insensata esperar que em cada paróquia exista um “Grupo da Palavra” para descobrir o lugar da Palavra na vida das pessoas e das comunidades?»

«Julgo que não e espero vivamente que estas propostas dêem fruto e fruto que permaneça», afirma.

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Em foco

Felicidade e paz só podem ser produto do amor, diz cardeal

Dom Geraldo Agnelo convida à conversão ao amor, ao perdão e à solidariedade

SALVADOR, quinta-feira, 8 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- «A felicidade que desejamos pelos votos de Ano Novo e a Paz tão sonhada só podem ser produto do amor», afirma o arcebispo de Salvador (Bahia).

Em uma mensagem enviada a Zenit essa quarta-feira, de repercussão da festividade da Epifania, o cardeal Geraldo Agnelo recorda que a celebração revela que «Deus veio ao mundo num corpo humano, para que os homens, mergulhados nas trevas de todas as maldades, não perdessem por ignorância o que só puderam alcançar e possuir pela graça».

«Ele não vem hoje para salvar o mundo dos desmandos dos projetos de globalização da economia que não demonstram preocupação pelo valor do trabalho humano com o suor de seu rosto, mas com o ganho do capital, continuando a deixar a maioria da humanidade sempre mais pobre e carente até do indispensável para sobreviver.»

Segundo o arcebispo, «só há uma equação para resolver os problemas do mundo, aquela que Jesus Cristo fez e ensinou com sua vida e sua palavra: morrer na cruz por amor».

«Isso aconteceu não por derrota infligida, mas por escolha pessoal contida no plano de Deus.»

«Desde a apresentação de Jesus no Templo, no oitavo dia do nascimento, Simeão e a profetiza Ana anunciaram que Ele viera e seria sinal de contradição para muitos que não o reconheceriam», destaca.

O cardeal Agnelo enfatiza que «Jesus ensina com autoridade». «A felicidade que desejamos pelos votos de Ano Novo e a Paz tão sonhada só podem ser produto do amor.»

«Todos somos convocados e convidados à conversão ao amor, ao perdão para os que nos ofendem, a solidariedade sem condições para os semelhantes que mais sofrem e os mais necessitados.»

«Os magos, ao encontrarem o menino com Maria, sua mãe, prostraram-se e o adoraram. É a profissão de fé na divindade de um menino. Deus se faz presente e se manifesta na pequenez de uma criança», afirma.

Segundo o arcebispo de Salvador, a liturgia da festa da Epifania é um convite: «se Deus dignificou a fragilidade humana a ponto de assumi-la para, através dela, dar-se a conhecer ao mundo, à nenhuma pessoa humana pode ser negada a sua importância, o seu irrenunciável  direito de viver com dignidade».

«As festas de fim de ano e de novo ano passaram. Não podem ser transformadas em cinzas. Aguardam nossa conversão», afirma Dom Geraldo Agnelo.

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Entrevistas

«Humanae Vitae»: profecia científica

O presidente dos métodos católicos denuncia os perigos da pílula anticoncepcional

Por Antonio Gaspari

ROMA, quinta-feira, 8 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- Apesar de ter sido publicada há 40 anos, a encíclica Humanae Vitae ainda suscita um forte debate. Para alguns, inclusive dentro da Igreja Católica, trata-se de um texto inadequado aos tempos e insuficiente nas respostas, enquanto outros sustentam que se trata de uma encíclica «profética». 

Para estes últimos, o Papa Paulo VI fez bem em advertir contra o uso de anticoncepcionais, já que estes são perigosos para a saúde da mulher e para a relação dentro do casal. 

Neste contexto, o doutor espanhol José María Simón Castellví, presidente da Federação Internacional das Associações de Médicos Católicos (FIAMC), anunciou um texto em 4 de janeiro passado, com o título «40 anos depois da Encíclica Humanae Vitae, do ponto de vista médico», no qual se ilustram todos os problemas relativos à saúde da mulher, à contaminação ambiental e ao enfraquecimento e banalização das relações de casal que a pílula contraceptiva provocou. 

Sobre esta questão, o dr. Simón Castellví concedeu esta entrevista à Zenit. 

– Os críticos da Humanae Vitae sustentam que os anticoncepcionais trouxeram a emancipação feminina, progresso, saúde médica e ambiental. Mas segundo o informe da FIAMC, isso não é verdade. Pode explicar-nos por quê?

– Simón Castellví: Os anticoncepcionais não são um verdadeiro progresso nem para as mulheres nem para o planeta. Compreendo e sou solidário com as mulheres que deram a vida a muitos filhos, mas a solução não está na contracepção, e sim na regulação natural da fertilidade. Esta respeita os homens e as mulheres. O estudo que apresentamos é científico e nos diz que a pílula é contaminadora e em muitos casos anti-implantatória, ou seja, abortiva. 

– O estudo sustenta de fato que a pílula denominada anovulatória, a mais utilizada, que tem como base doses de hormônios de estrogênio e progesterona, funciona em muitos casos com um verdadeiro efeito anti-implantatório. É verdade? 

– Simón Castellví: É verdade. Atualmente, a pílula anticoncepcional denominada anovulatória funciona em muitos casos com um verdadeiro efeito anti-implantatório, ou seja, abortivo, porque expele um pequeno embrião humano. E o embrião, inclusive em seus primeiros dias, é um pouco diferente de um óvulo ou célula germinal feminina. Sem essa expulsão, o embrião chegaria a ser um menino ou menina. 

O efeito anti-implantatório destas pílulas está reconhecido na literatura científica. Os investigadores o conhecem, está presente nos prospectos dos produtos farmacêuticos dirigidos a evitar uma gravidez, mas a informação não chega ao grande público. 

– O estudo em questão sustenta que a grande quantidade de hormônios no ambiente tem um efeito grave de contaminação meio-ambiental que influi na infertilidade masculina. Você poderia nos explicar por quê?

– Simón Castellví: Os hormônios têm um efeito nocivo sobre o fígado, e depois se dispersam no ambiente, contaminando-o. Durante anos de utilização das pílulas anticoncepcionais se verteram toneladas de hormônios no ambiente. Diversos estudos científicos indicam que isso poderia ser um dos motivos do aumento da infertilidade masculina. Pedimos que se façam pesquisas mais precisas sobre os efeitos contaminadores desses hormônios. 

– O estudo elaborado pela FIAMC retoma as preocupações expressas em 29 de julho de 2005 pela Agência Internacional de Pesquisa do Câncer (International Agency for Research on Cancer), a agência da Organização Mundial da Saúde (OMS), segundo a qual os preparados orais de combinados de estrogênio e progesterona podem ter efeitos cancerígenos. Você poderia ilustrar-nos a gravidade destas implicações?

– Simón Castellví: É grave que se esteja distribuindo um produto não indispensável para a saúde e que poderia ser cancerígeno. Esta não é uma opinião dos médicos católicos, mas da Agência da OMS que luta contra a difusão do câncer. Nós só citamos suas preocupações ao respeito. 

– Você e a associação que você representa sustentam que a Humanae Vitae foi profética ao propor os métodos naturais de regulação da fertilidade. Pode explicar-nos por quê? 

– Simón Castellví: O Papa Paulo VI foi profético também do ponto de vista científico. Com essa encíclica, ale alertou sobre os perigos da pílula anticoncepcional, como o câncer, a infertilidade, a violação dos direitos humanos, etc. O Papa tinha razão e muitos não quiseram reconhecer isso. Quando se trata de regular a fertilidade, são muito melhores os métodos naturais, que são eficazes e respeitam a natureza da pessoa. 

– Em um artigo publicado pelo L'Osservatore Romano L'Humanae vitae. Una profezia scientifica», 4 de janeiro de 2009), você sustenta que os métodos anticoncepcionais violam os direitos humanos. Pode precisar-nos por quê?

– Simón Castellví: No 60º aniversário da Declaração dos Direitos do Homem se pode demonstrar que os meios anticoncepcionais violam pelo menos cinco importantes direitos: 

O direito à vida, porque em muitos casos se trata de pílulas abortivas, e cada vez se elimina um pequeno embrião. 

O direito à saúde, porque a pílula não serve para curar e tem efeitos secundários importantes sobre a saúde de quem a utiliza. 

O direito à informação, porque ninguém informa sobre os efeitos reais da pílula. Em particular, não se adverte sobre os riscos para a saúde e a contaminação ambiental. 

O direito à educação, porque poucos explicam como se praticam os métodos naturais. 

O direito à igualdade entre os sexos, porque o peso e os problemas das práticas anticoncepcionais recaem quase sempre sobre a mulher. 

– A Humanae vitae sustenta que os anticoncepcionais influenciam negativamente na relação do casal, separando o ato de amor da procriação. Você poderia explicar-nos, como homem de ciência, esta afirmação? 

– Simón Castellví: A relação entre os esposos deve ser de total confiança e amor. Excluir com meios impróprios a possibilidade da procriação prejudica a relação de casal. O doar-se um ao outro deveria ser total e enriquecer-se pela capacidade da transmissão da vida. 

– Substancialmente, a Humanae vitae é um documento que une e reforça os casais; por que então tantas críticas? 

– Simón Castellví: Muitas das críticas foram sugeridas pelos interesses econômicos que estão por trás da venda da pílula. Outras críticas surgem daqueles que querem reduzir e selecionar a fertilidade e o crescimento demográfico. Finalmente, as críticas procedem também daqueles que querem limitar a autoridade moral da Igreja Católica. 

– O que teria acontecido se a Igreja não tivesse se oposto à difusão da pílula?

– Simón Castellví: Não quero sequer pensar nisso. Só considerando o efeito abortivo das pílulas, a própria Igreja Católica seria hoje menos numerosa. Posso compreender o pensamento de milhões de mulheres que usam a pílula, mas quero sugerir que existe uma antropologia melhor para elas, a que a Igreja Católica propõe.

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