domingo, maio 12, 2013

ANGOLA 2013: Exportações de petróleo angolano voltam a descer em Junho

As exportações petrolíferas angolanas deverão voltar a descer em Junho, com contratos confirmados de 1,63 milhões de barris diários, depois de em Maio terem atingido um dos valores mais elevados de sempre, segundo previsões de especialistas ligados ao sector.

Todavia, Angola dispõe ainda de três cargueiros para venda, noticiou hoje a Bloomberg, que cita quatro operadores.

Os contratos de venda de petróleo confirmados de Angola, segundo maior produtor da África subsaariana, dizem respeito a 51 cargueiros e totalizam 1,630 milhões de barris diários, distante dos 1,831 milhões vendidos em Maio e correspondentes a 58 cargueiros.

Operadores do mercado de hidrocarbonetos citados, e que pediram para não serem identificados porque se trata de informação confidencial, classificam a quebra de exportações como "normal", atendendo à época do ano.

Os especialistas citados acreditam que os números das exportações de petróleo angolano para Julho deverão começar a ser conhecidos na próxima semana.

O petróleo é o principal produto de exportação de Angola, com o sector petrolífero a representar 45 por cento do Produto Interno bruto, 70 por cento das receitas fiscais e 90 por cento das exportações.

As reservas de petróleo de Angola foram fixadas há cerca de um mês, em Hamburgo, Alemanha, pelo ministro dos Petróleos, Botelho de Vasconcelos, em 12,667 mil milhões de barris.

Lusa/Xyami

BRASIL 2013: O mundo reconhece a liderança brasileira no comércio; merece a direcção do WTO

O diplomata brasileiro disputou o cargo com o mexicano Herminio Blanco, de 62 anos. O novo director-geral toma posse a 31 de Agosto, substituindo o francês Pascal Lamy. A eleição foi disputada até ao último minuto.
Azevêdo teve apoio do grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), além dos países de língua portuguesa e de várias nações da América Latina, da Ásia e de África. Desde 2008, o novo director é representante permanente do Brasil na OMC. Azevêdo está directamente envolvido em assuntos económicos e comerciais há mais de 20 anos. O embaixador brasileiro foi chefe do Departamento Económico do Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, de 2005 a 2006, e chefiou a delegação brasileira nas negociações da Ronda de Doha da Organização Mundial Comércio, sobre liberalização de mercados.
Diplomata de carreira, Roberto Azevêdo também representa o Brasil na Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), no Conselho das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad), e na União Internacional de Telecomunicações (UIT). O diplomata construiu a sua carreira nas áreas da economia e comércio internacional, em especial na resolução de litígios. Na terça-feira, a União Europeia e a Croácia, que têm 28 votos, fecharam o apoio ao mexicano. Mas os negociadores brasileiros mantiveram o optimismo, uma vez que o processo eleitoral na OMC não envolve apenas o voto. É necessário negociar um acordo que agrade à maioria, eliminando ao máximo o índice de rejeição.
Na eleição da OMC, cada um dos 159 países que integram o órgão vota no nome da sua preferência. Para vencer, é preciso ter um mínimo de 80 votos e obter o consenso entre os países. A escolha é feita em três etapas.  O processo de eleição para a OMC começou no final de Março, com nove candidatos. Na segunda fase, encerrada no dia 25, ficaram cinco. No final de Abril, a OMC comunicou que tinham passado à fase final apenas os candidatos do Brasil e do México.

Proteccionismo
Os presidentes do Brasil, Dilma Rousseff, e do México, Enrique Peña Nieto, participaram directamente nas negociações, fazendo telefonemas e conversando com os líderes mundiais.
Ainda durante o processo de eleição, Roberto Azevêdo contestou as críticas das nações ricas de que o Brasil está a tornar-se mais proteccionista. “Eu, como candidato e como director-geral, não vou estar a representar o Brasil”, disse Roberto Azevedo em entrevista à Reuters, na semana passada. “Cheguei à recta final desta selecção do próximo director-geral com essas reclamações em cima da mesa, não muda nada. Significa que há um entendimento entre membros do Organização Mundial do Comércio de que o candidato tem de ser independente do seu país e deve ser avaliado à luz do mérito da sua candidatura”.
A postura de mão pesada do Brasil em relação ao comércio tornou o país alvo de queixas de países ricos, como os Estados Unidos e o Japão, e de companheiros emergentes, como a China e a Coreia do Sul, que reclamaram a subida das taxas para conter importações e proteger a indústria local. O Brasil tem dito que estas medidas são permitidas pelas regras da OMC.
Projecções da OMC
Num documento posto a circular na Organização Mundial do Comércio, em meados de Abril, a União Europeia, o Japão e os EUA, diziam que o Brasil adoptou medidas para elevar exigências de conteúdo local que “discriminam” bens importados, incluindo carros, telemóveis e até fertilizantes.  Mesmo sendo respeitado em círculos diplomáticos pela sua capacidade de construir consenso, Roberto Azevêdo foi criticado pelos seus esforços para levar a OMC a discutir o impacto de flutuações cambiais sobre o comércio mundial.
A credibilidade da OMC sofreu um sério golpe em 2011, quando os seus membros reconheceram que as discussões de dez anos da Ronda de Doha - que deviam culminar num novo e arrojado acordo comercial - estavam, se não mortas, pelo menos num impasse. Desde que a crise financeira global de 2008 estoirou, o comércio mundial sofreu bastante, crescendo míseros dois por cento no ano passado, menor aumento anual desde o início da base histórica em 1981 e segundo menor dado após 2009, quando o comércio diminuiu. A OMC cortou a sua projecção de crescimento do comércio em 2013, para 3,3 por cento, ante 4,5 por cento, e alertou sobre a ameaça proteccionista.
A Europa, fulminada pela recessão, e os Estados Unidos, num processo de lenta recuperação, estão a enfrentar dificuldades para impulsionar as suas exportações através de novos acordos comerciais regionais que, segundo alguns especialistas, podem minar a relevância da Organização Mundial de Comércio.
“Essas negociações plurilaterais, bilaterais e multilaterais sempre aconteceram. O problema é que o multilateral parou de evoluir”, disse Roberto de Azevedo. “Temos um sistema de regras que reflecte a realidade do mundo de negócios de há 30 anos, o que significa que o que devia ser o motor do comércio mundial parou”.

Via|JA

Muzongue da Tradição 2013: Agrupamento Os Kiezos volta ao passado em dia de recordação

Luanda - O agrupamento Os Kiezos promoveu hoje, domingo, uma viagem ao passado a centenas de fãs que se fizeram presentes no Centro Cultural e Recreativo Kilamba, em Luanda, no âmbito do programa Muzongue da Tradição, dedicado a recordar as suas principais figuras.

Dedicado a recordar Vate Costa, Zecax, Juventino, artistas já falecidos, e Adolfo Coelho, o agrupamento foi ao baú das recordações buscar as suas principais referências musicais para satisfazer a legião de seguidores que fizeram questão de estar no local.

Com Manuelito a comandar as operações (voz), o grupo teve uma actuação considerada de alto nível em função da qualidade rítmica das canções interpretadas e principalmente pelo guião escolhido para a jornada.

Demonstrando uma versatilidade bastante boa, Brando e Texas (violas solo), Zeca Tirilene e Gegé Faria (violas ritmo), Décimos, Carlitos e Benjamim Tomás (violas baixo), Neto, Mequias Ramiro e El Mano (teclados), Abana Maior (tumbas), Miguel Gonçalves (trompete), Rui Gonçalves (trombone) e João Diloba (bateria) deram um verdadeiro recital de bom tocar.

Apesar de ser inteiramente dedicado aos Kiezos, a jornada teve ainda outros momentos com a subida em palco de alguns convidados, nomeadamente Proletário, que interpretou, por exemplo, “Kizombas” e “Kimbombeia”, Suzanito, que recordou Nick, Augusto Chacaia, Mister Quim, que interpretaram músicas de Zecax, António do Fumo Filho e Bangão.

Chamado ao palco António do Fumo Filho fez questão de mostrar que filho de peixe é peixe e em pouco mais de meia hora passou em revista o repertório do pai, sacando do guião temas como “Mama”, “Kalunga”, “Massoxi”, “Kicola”, “Monami” e “Ua saluka”, canções que mexeram com o público presente no Kilamba.

Guardado para o fim da jornada, Bangão, acompanhado instrumentalmente pelos Kiezos, não só desfilou músicas como também promoveu o seu guarda-fato, satisfazendo os fãs com o seu guião artístico. Ao seu jeito, Bangão levou os convivas à pista de dança ao som de “Kakixaca”, “Dioguito”, entre outras músicas, mostrando estar ainda em alta no mercado musical angolano.

O Musongué da Tradição é um programa que teve o seu início em Fevereiro de 2007 e visa a promoção, divulgação e valorização da música angolana produzida nos anos 60, 70 e 80. O agrupamento Jovens do Prenda e os artistas Zecax, Dom Caetano e Proletário foram os primeiros convidados. O programa acontece mensalmente no primeiro domingo de cada mês.

O evento faz parte da grelha de programas do Centro Recreativo e Cultural Kilamba, antigo Maria das Escrequenhas, que tem ainda "Farrar ao Antigamente" e "Show à Sexta-Feira".

Reinaugurado em Dezembro de 2001 pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, depois de longos anos voltado ao abandono, o Kilamba se tem dedicado nos últimos anos à promoção e a valorização da música angolana dos anos 1950, 60 e 70.

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