sábado, fevereiro 07, 2009

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sexta-feira, fevereiro 06, 2009

ZP090206

ZENIT

O mundo visto de Roma

Serviço diario - 06 de fevereiro de 2009



SANTA SÉ
Porta-voz vaticano explica problemas de comunicação na Santa Sé
Vaticano não pressionou Berlusconi pelo caso de Eluana Englaro
Vaticano na ONU: derrotar a pobreza exige solidariedade

MUNDO
Bartolomeu I espera que eleição de Kiril leve à unidade ortodoxa
Iraque: arcebispo de Kirkuk confia em futuro melhor para cristãos
França: Igreja contribui com debate sobre bioética através de blog
Paquistão: políticos passaram pelas escolas dos Irmãos de La Salle
Santa Sé reconhece 1ª sociedade sacerdotal missionária da Ásia
Dom Helder: homem de oração que apontou caminhos para o Brasil

FLASH
Brasil: curso à distância sobre Documento de Aparecida

ENTREVISTAS
Cardeal Rodríguez Maradiaga: família, resposta à crise

Santa Sé

Porta-voz vaticano explica problemas de comunicação na Santa Sé

Entrevista do Pe. Federico Lombardi, S.J.

CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- Após as polêmicas surgidas com o levantamento da excomunhão dos quatro bispos lefebvristas, em particular pela negação de um deles do Holocausto, o porta-voz vaticano reconhece que se dão problemas de comunicação na Santa Sé. 

O Pe. Federico Lombardi S.J., diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, concedeu uma entrevista ao jornal francês La Croixpublicada nesta sexta-feira, na qual oferece elementos que ajudam para compreender o ocorrido. 

O sacerdote esclarece que o decreto vaticano com o qual Bento XVI levantou as excomunhões dos bispos «foi negociado de última hora» e «alguns pontos não ficaram claros». 

«Não significava o final de um processo, mas uma etapa; portanto, não dava um resultado claro. Contudo, o comunicado que acompanhou sua publicação deixava muitos aspectos na dúvida, dando pé a diferentes interpretações.»

«Também, como se trata de uma negociação com outra parte, o documento já se encontrava em alguns sites e jornais. De nós dependia o controle desta comunicação», declara. 

De qualquer forma, o porta-voz reconhece que «para a Igreja, o problema da comunicação não é fácil». 

«Deve-se dizer tudo o e imediatamente? – pergunta-se. Às vezes é melhor não falar. Uma comunicação muito aberta, sobretudo em um processo de negação tão complexo, pode em certas ocasiões bloquear ou desacreditar», reconhece. 

«Mas neste caso preciso, o que causou mais dano é a concomitância entre a questão da excomunhão e a difusão das posições negacionistas – e injustificáveis – de Dom [Richard] Williamson.»

«Honestamente – declara Lombardi –, o ponto delicado está em saber quem conhecia as opiniões deste homem. Quando se propõe ao Papa levantar a excomunhão de quatro bispos, não se trata de um grande número, como se fossem 150.»

«Sem dúvida, as pessoas que administraram esta questão não tinham consciência da gravidade das posições de Dom Williamson. E é verdade que as negociações foram levadas com Dom [Bernard] Fellay», superior geral da Fraternidade de São Pio X. 

«Mas as posições de outros bispos não foram levadas suficientemente em conta. O que é seguro é que o Papa o ignorava.»

No que se refere ao trabalho da mídia ao informar sobre este caso, o porta-voz considera «que não foram nem melhores nem piores que em outras ocasiões. Refletem nosso mundo». 

«Sejamos lúcidos – exorta: há correntes que se opõem à Igreja, que a consideram como ‘liberticida’, etc. A mensagem da Igreja com frequência vai contra a corrente do pensamento da maioria, da qual a mídia é por natureza porta-voz. Mas as reações também podem ser positivas.»

«Pudemos ver isso com a morte de João Paulo II. Basta recordar as viagens de Bento XVI aos Estados Unidos, Austrália e França, onde, contudo, no início, não se havia conquistado a opinião pública, e que mostraram como a mensagem também podia ser retransmitida através dos meios de comunicação.»

No que se refere à dificuldade que se dá entre os católicos para compreender algumas decisões do Vaticano, o Pe. Lombardi explica que isso se deve à própria natureza de alguns documentos. 

«Alguns documentos estão destinados aos especialistas em direito canônico, outros aos teólogos, outros ao conjunto dos católicos, outros a todos os homens – explica. Mas hoje em dia, independentemente de qual seja a natureza do documento, ele se encontra na praça pública. E isso chega a ser algo difícil de administrar.»

No caso da revogação das excomunhões, o Pe. Lombardi reconhece que faltou tempo após as negociações para poder prevenir e explicar aos bispos no mundo, mas declara que isso normalmente não é assim. 

«Em certas ocasiões, o documento já se encontra nas mãos dos bispos locais, inclusive antes de que nós o tenhamos», revela. 

«Creio que ainda falta criar uma cultura de comunicação no seio da Cúria, na qual cada dicastério comunica de maneira autônoma, não precisa necessariamente passar pela Sala de Imprensa, nem oferecer uma nota explicativa quando a informação é complexa.»

«Se as explicações da nota da Secretaria de Estado de 4 de fevereiro tivessem sido dadas no momento da publicação do decreto, nos teríamos economizado dias de ‘paixão’.»

«Quando se trata de temas ‘quentes’, é melhor preparar bem as explicações. Mas é impossível evitar todas as dificuldades. Devemos estar dispostos também a correr riscos. E não podemos pensar que é possível avançar em um caminho de reconciliação sem esclarecer as ambiguidades», conclui. 

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Vaticano não pressionou Berlusconi pelo caso de Eluana Englaro

O porta-voz da Santa Sé desmente uma suposta ligação do cardeal Bertone

CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- O Vaticano desmentiu hoje, em uma breve nota, uma suposta ligação do secretário de Estado, cardeal Tarcisio Bertone, ao primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, para impedir que fosse retirada a sonda para a alimentação e hidratação de Eluana Englaro.

Em uma declaração divulgada hoje, o porta-voz Vaticano, Pe. Federico Lombardi, afirmou: «Desmente-se da forma mais categórica o que foi publicado esta manhã por um jornal italiano a propósito de uma suposta ligação entre o secretário de Estado, cardeal Tarcisio Bertone, e o presidente do Conselho italiano, honorável Sivil Berlusconi».

«A notícia é totalmente infundada», sublinha o diretor da Sala de imprensa da Santa Sé.

Em um artigo publicado nesta sexta-feira no jornal «La Stampa», afirma-se que há dois dias, o cardeal Bertone teria ligado para Berlusconi para manifestar as preocupações da Igreja sobre o caso da jovem em coma há 17 anos, definindo como «delito contra a humanidade» sua eventual morte por privação de alimento e água.

A «pressão» da Igreja, afirma o artigo, seria um dos pontos a ser considerado pelo Conselho de Ministros, convocado nesta sexta-feira de manhã no Palácio Chigi para discutir uma série de decretos e propostas de lei de administração ordinária, entre eles, um decreto lei para impedir qualquer pessoa de cessar o fornecimento de alimentação e hidratação a esse tipo de pacientes.

O presidente da República, Giorgio Napolitano, enviou uma carta a Berlusconi, que se leu no Conselho de Ministros, para expressar sua perplexidade sobre a oportunidade de utilizar um decreto de lei para intervir no caso Englaro.

Enquanto isso, na residência La Quiete de Udine, procede sem interrupções o protocolo para diminuir progressivamente a hidratação e a alimentação que mantém Eluana com vida.

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Vaticano na ONU: derrotar a pobreza exige solidariedade

Intervenção na Comissão para o Desenvolvimento Social do Conselho Econômico e Social

NOVA YORK, sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- Não é possível pensar que se derrotará a pobreza sem solidariedade, assegurou a Santa Sé nas Nações Unidas.

O arcebispo Celestino Migliore, observador permanente da Santa Sé na ONU, interveio esta quinta-feira, na XLVII sessão da Comissão para o Desenvolvimento Social do Conselho Econômico e Social, que discutia o tema da integração social.

A falta de integração social, que implica a exclusão –advertiu–, «difunde-se tanto nas regiões desenvolvidas como nas não desenvolvidas e tem causas comuns, como a pobreza, a desigualdade e a discriminação».

O autêntico desenvolvimento –prosseguiu– baseia-se «na convicção de que a lógica da solidariedade e da subsidiariedade é o instrumento mais adequado para superar a pobreza e assegurar a participação de todas as pessoas e grupos sociais nos âmbitos social, econômico, civil e cultural».

«Deu-se um amplo consenso na última década sobre o compromisso em promover o desenvolvimento na luta contra a pobreza e na inclusão e participação de todas as pessoas e grupos sociais», afirmou o arcebispo.

Segundo o representante do Papa, «a conquista dos objetivos e, em definitivo, do desenvolvimento e da coesão social requer não apenas ajuda financeira, mas a participação concreta das pessoas».

«Os problemas do desenvolvimento –advertiu o arcebispo–, das ajudas e da cooperação internacional se enfrentam às vezes como meras questões técnicas, que esgotam em estabelecer estruturas, lançar acordos sobre preços e quotas, em assinar subvenções anônimas, sem que as pessoas se envolvam verdadeiramente».

Pelo contrário, esclareceu, «a luta contra a pobreza necessita de homens e mulheres que vivam em profundidade a fraternidade e sejam capazes de acompanhar as pessoas, famílias e comunidades no caminho de um autêntico desenvolvimento humano».

O representante do Papa na ONU concluiu explicando que «é necessário responder mediante as estruturas jurídicas, sociais e instituições apropriadas às necessidades das famílias, mulheres, jovens, pessoas que não receberam uma educação adequada, indígenas, anciãos, migrantes e todos os demais grupos que são mais vulneráveis à exclusão social».

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Mundo

Bartolomeu I espera que eleição de Kiril leve à unidade ortodoxa

Propõe que se convoque logo o grande Sínodo

MOSCOU, sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- O patriarca ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, deseja que a eleição de Kiril como novo patriarca de Moscou e de Todas as Rússias traga maior unidade e concórdia, concretamente, um passo adiante para a celebração do «grande e santo sínodo», que reúna todas as igrejas ortodoxas.

Assim informou o próprio Bartolomeu I em sua mensagem ao novo patriarca russo por ocasião de sua entronização em Moscou em 1º de fevereiro, e do qual se faz eco o jonal L'Osservatore Romano em sua edição de hoje, assim como a agência Asianews

A mensagem foi entregue ao Patriarca Kirill pelo arcebispo Irineu de Creta, chefe da delegação do patriarcado ecumênico em Moscou. 

«As expectativas da Igreja de Constantinopla são muitas e focalizadas sobretudo na unidade e na concórdia, assim como no caminho comum para a organização e a convocatória do Grande Sínodo, anunciado há muito tempo», afirma a mensagem. 

A celebração do Grande Sínodo «deve acelerar-se para preservar a credibilidade da Igreja Ortodoxa e a cooperação na hora de conduzir os diálogos teológicos com as demais igrejas cristãs», acrescenta o patriarca. 

Outros motivos que fazem necessária a união entre os cristãos ortodoxos são, assegura o patriarca ecumênico, «a solução pacífica de divergências bilaterais e outras questões surgidas no tempo». 

Os cristãos devem enfrentar juntos «os problemas de natureza sócio-econômica que afetam o mundo contemporâneo», assim como os «desafios da bioética». 

Para Bartolomeu I, foi motivo de grande alegria a eleição de Kiril, a quem qualifica como «um homem ativo e criativo. Um homem de provado valor eclesial, caracterizado pela sabedoria e por sua contribuição à unidade dos cristãos». 

Neste sentido, assinala a agência AsiaNews, não foi irrelevante que a cerimônia de entronização de Kiril tenha se caracterizado por dois sinais simbólicos: a exclamação em grego da palavra Axios (digno), segundo o antigo ritual bizantino, e a entrega do báculo pastoral, presenteado no século XIV pelo patriarca ecumênico Athanasios ao então bispo de Moscou, Pedro.

Desacordos

A Igreja Ortodoxa Russa, que nasceu, segundo a tradição, em 988 com a conversão de Vladimir o Grande, dependia inicialmente do patriarcado de Constantinopla, até 1589. Atualmente, é uma das 14 igrejas ortodoxas autocéfalas e a maior em número de fiéis (mais de 80 milhões, dos 200 milhões de ortodoxos que há no mundo). 

O patriarcado de Moscou não reconhece ao patriarca de Constantinopla o papel de primus inter pares (primeiro entre os iguais), que tradicionalmente lhe atribuem outras igrejas ortodoxas, o qual deu pé a desavenças e desencontros históricos. 

O último deles aconteceu em 1996, por ocasião da independência de Estônia, cuja igreja havia pedido entrar sob a jurisdição do patriarcado de Constantinopla, abandonando o de Moscou, algo que o patriarcado de Moscou não reconhece. 

Precisamente esta controversa conduziu a que a Igreja Ortodoxa Russa se retirasse da Comissão Mista Internacional para o Diálogo Teológico entre a Igreja Católica e as Igrejas Ortodoxas, em protesto pela participação dos estônios na reunião celebrada em Ravena (Itália) de 8 a 14 de outubro de 2007.

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Iraque: arcebispo de Kirkuk confia em futuro melhor para cristãos

Apesar de sua baixa representação nas eleições de 31 de janeiro passado

BAGDÁ, sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- Ainda que os cristãos tenham obtido apenas três lugares devido à atual lei eleitoral, o arcebispo de Kirkuk, Dom Luis Sako, considera que as eleições provinciais de 31 de janeiro passado no Iraque foram «um passo adiante» para os cristãos.

Este encontro eleitoral – o mais importante para o Estado após a queda do regime de Sadam Hussein – foi um marco no processo de construção de um verdadeiro sistema democrático, afirma.

Em uma entrevista concedida à organização eclesial Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), o prelado afirma que a prioridade dos novos governos provinciais deverá ser não só a segurança, mas também a coesão social e o desenvolvimento do sistema de saúde e da educação.

Ao contrário das eleições provinciais de 2005, desta vez os sunitas também puderam votar. Este aspecto, segundo Dom Sako, levará os cidadãos iraquianos «a assumirem plena responsabilidade» no desenvolvimento do país.

Neste contexto, o arcebispo sublinha, não obstante, que quando os resultados forem divulgados publicamente – provavelmente no final de fevereiro – será difícil para os cristãos fazer ouvir sua voz no governo e diante da opinião pública. Sua posição, explica, enfraqueceu-se também pela divisão entre os próprios políticos cristãos.

Tendo à sua disposição apenas três lugares, também correm o risco de ser praticamente ignorados. Em novembro, o parlamento iraquiano aprovou o artigo 50 da lei eleitoral provincial, que concedeu apenas 6 lugares às minorias nos conselhos provinciais, dos quais três foram para os cristãos de Bagdá, Basra e Mosul.

Apesar de tudo, o prelado crê que estas eleições «são positivas, são um claro passo adiante. É uma experiência totalmente nova para nós», afirmou.

Falando à Rádio Vaticano, acrescentou que «é importante o fato de que os iraquianos possam agora eleger livremente. Antes, as eleições estavam totalmente condicionadas, agora não mais».

Os três lugares para os cristãos, confessa, «são melhor do que nada. Depois poderemos pedir mais», apesar de que reconhece que «não se respeitaram todos os direitos das minorias».

«Explicaram-nos que se tivéssemos tido, por exemplo, dez lugares, poderíamos ter condicionado os equilíbrios políticos entre os diversos grupos e isso preocupava. Disseram-nos que agora nos dariam um e que depois poderíamos pedir mais. Fizeram-nos promessas, mas sem segurança alguma.»

Segundo o prelado, «é necessário ajudar todos a diferenciar religião e política. Até agora, achavam que ser cristão significa ser adversário. Mas ao contrário, aqui não há regimes cristãos. A política é uma coisa e a religião é outra. Se chegarem a entender que a religião não é um assunto político, então não haverá promessas».

«É necessário muito tempo para mudar a mentalidade e o jogo político – reconheceu. A maioria quer ter tudo, sem pensar nos outros.»

Dado que muitos cristãos estão voltando dos países aos quais haviam migrado, para o arcebispo talvez seja possível «pedir ao novo governo um ministro para proteger e defender as minorias religiosas e étnicas».

Segundo fontes das Nações Unidas, nas eleições de 31 de janeiro participaram mais de 7 dos 15 milhões de eleitores iraquianos, que elegeram, dentre 14.400 candidatos, 440 lugares dos conselhos provinciais em 14 das 18 províncias do país.

As quatro províncias nas quais não se votou são as três autônomas e a província de Kirkuk, a de Dom Sako, onde o voto é altamente controvertido pelo conflito árabe-curdo e pelo controle dos recursos petrolíferos da região.

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França: Igreja contribui com debate sobre bioética através de blog

Abriu-se o período de consulta para uma eventual reforma de leis nesta matéria

PARIS, sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- Por ocasião da abertura na França, em 4 de fevereiro passado, dos «estados gerais» (período de consulta geral que se realiza antes de estudar uma reforma legal), a Igreja Católica quis fazer parte do debate. 

Por esta razão, o grupo de trabalho sobre bioética, criado pela Conferência Episcopal Francesa, pôs em andamento um blog (http://www.bioethique.catholique.fr) e procedeu à publicação de um livro titulado: «Bioética, proposta para um diálogo». 

Os «estados gerais» de bioética concluirão em junho de 2010, e neles se pretende alimentar o debate público antes da revisão da lei bioética de 6 de agosto de 2004. 

O próprio Papa Bento XVI, em seu discurso ao novo embaixador da França na Santa Sé, em 26 de janeiro passado, destacou a «grande contribuição» que a Igreja pode oferecer ao futuro debate sobre a reforma das leis sobre bioética. 

«Os pastores da Igreja da França trabalharam muito e estão dispostos a oferecer sua contribuição de qualidade ao debate público que vai começar», afirmava o Papa naquela ocasião, desejando que neste debate se reconheça «o caráter intangível de toda vida humana». 

Os bispos franceses criaram um grupo de trabalho sobre bioética em novembro de 2007, composto por seis bispos e presidido por Dom Pierre d'Ornellas, arcebispo de Rennes. 

«Dado que a bioética constitui um desafio complexo e apaixonante para a fé, esta proposta na rede permitirá a um maior número de pessoas informar-se, formar-se e dialogar», afirma a apresentação do blog. 

Segundo a Conferência dos Bispos da França, o blog proporá cada semana um breve texto de um especialista em um dos sete temas que se tratam na revisão das leis sobre a bioética ou uma declaração sobre alguma questão atual, assim como uma seleção de links para os sites mais importantes sobre bioética. 

Por último, uma agenda recolherá os diversos atos (conferências, colóquios, sessões...) programados pelas diferentes dioceses francesas, e se incluirá também um anexo de recursos multimídia. 

Um livro

Por outro lado, no blog se incluirão também resumos do livro «Bioética, propostas para um diálogo», publicado pela Conferência Episcopal Francesa. 

Na introdução ao livro, os bispos do grupo de trabalho sobre bioética insistem especialmente nas «condições para um verdadeiro debate». Recordando que a bioética é um novo problema social – que afeta todo o mundo e que compromete o futuro da sociedade – sublinham que os «estados gerais» constituem «uma oportunidade, um verdadeiro diálogo». 

O livro está organizado levando em conta os últimos avanços científicos, assim como os informes remetidos aos parlamentares e ao governo, em sete capítulos, um para cada uma das questões que estão sendo debatidas. 

Os sete temas são: a pesquisa sobre o embrião; a extração e transplante de órgãos, tecidos e células; os tipos de expressão do próprio consentimento nos protocolos de pesquisa; o princípio de disponibilidade do próprio corpo; a assistência médica à procriação, assim como o anonimato do doador e a gestação em barrigas de aluguel; o desenvolvimento da medicina preventiva; e por último, o recurso ao diagnóstico pré-natal e pré-implantatório. 

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Paquistão: políticos passaram pelas escolas dos Irmãos de La Salle

Os religiosos celebram 50 anos no país

ISLAMABAD, sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- Os Irmãos de La Salle celebram seus 50 anos de presença no Paquistão.

Como observa o Irmão Shahzad Gill, responsável pela província religiosa no Paquistão, em um informe a Fides, «o espírito e os herdeiros dos Lasallianos são visíveis e nos levam confiantes ao futuro».

«Os resultados alcançados pelas nossas escolas na área acadêmica e também nas atividades extracurriculares – destacou – são um testemunho dessa herança. Toda a nossa obra foi possível graças à grande coragem dos Irmãos pioneiros, que iniciaram a missão no Paquistão, e à grande fé em Deus».

Irmão Shahzad agradeceu a todos os religiosos e os leigos que passaram anos da sua vida no Paquistão para levar adiante as atividades educacionais e lembrou que a educação oferecida pelas escolas Lasallianas é reconhecida por todos pela alta qualidade e aprovada por muitas famílias muçulmanas.

Muitos políticos que estão no Parlamento, e também o atual Primeiro Ministro Yousaf Raza Gilani, estudaram nas escolas dos Lasallianos. A educação baseada nos valores do respeito ao outro, dos direitos, da liberdade e da responsabilidade individual contribui para formar uma classe dirigente que hoje administra o país e que poderá dar este patrimônio a serviço da nação.

O espírito de Giovanni Battista de La Salle, padre e fundador da congregação, continua, assim, a viver na nação, e explica com clareza a missão da Igreja na área da educação, aberta a crianças e jovens de todas as religiões.

O objetivo do instituto, fundado no sec. XVIII, é «buscar uma educação humana e cristã aos jovens, especialmente os pobres, segundo o ministério que lhe foi confiado pela Igreja».

Atualmente, escolas dos Lasallianos estão em todas as principais cidades do Paquistão (como Multa, Faisalabad, Karachi) e contribuem para disseminar o apreço e a estima pelas escolas católicas e pela Igreja toda.

Hoje, com mais de 73.000 professores leigos, os Irmãos dirigem escolas e ensinam para quase 900.000 alunos em 85 países do mundo. 

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Santa Sé reconhece 1ª sociedade sacerdotal missionária da Ásia

Mission Society das Filipinas

MANILA, sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- A Congregação para a Evangelização dos Povos reconheceu canonicamente a Sociedade Missionária das Filipinas (Mission Society of the Philippines ou MSP), a primeira fraternidade sacerdotal nascida na Ásia, que atualmente está presente em 13 países dos cinco continentes, informa a agência AsiaNews.

A MSP foi criada em 1965 pelos bispos filipinos, por ocasião do 4º centenário da evangelização deste país asiático. Seu objetivo é «expressar de forma concreta o agradecimento a Deus pelo dom da fé, compartilhando este dom com os povos da Ásia e do resto do mundo».

Segundo seus estatutos, sua missão se dirige especialmente aos povos da Ásia, nas regiões mais descristianizadas ou onde as comunidades jovens precisam de mais recursos.

Outro de seus objetivos é «avivar a consciência missionária dos migrantes filipinos, tornando-os participantes e instrumentos da vocação missionária».

A MSP tem mais de 70 membros e está presente em países da Ásia (Japão, Taiwan, Tailândia e Coréia do Sul) e do resto do mundo (Holanda, Austrália, Grã-Bretanha e Estados Unidos, entre outros).

Com este reconhecimento, divulgado durante a 7ª assembléia geral da MSP em 30 de janeiro passado, a instituição passa a ser uma «sociedade de vida apostólica para a missão ad gentes de direito pontifício». O decreto está assinado pelo prefeito da Congregação, Ivan Dias.

Na Ásia, existem outras quatro sociedades similares, ainda que sujeitas à autoridade das Igrejas locais: 1 nas Filipinas, 1 na Coréia do Sul e 2 na Índia, das quais uma é de rito sírio-malabar.

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Dom Helder: homem de oração que apontou caminhos para o Brasil

Afirma o vice-presidente da Conferência episcopal brasileira

BRASÍLIA, sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- O vice-presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) afirmou que Dom Helder Camara, ex-arcebispo de Olinda e Recife, falecido em 1999, foi um homem de oração que apontou caminhos para o Brasil.

Em testemunho divulgado nesta sexta-feira pela CNBB, Dom Luiz Soares Vieira, arcebispo de Manaus, na véspera da celebração do centenário de nascimento de Dom Helder, recorda que o conheceu em 1984, «quando me tornei bispo».

«Dom Helder era um profeta que falava empolgadamente, não dizia palavras de um intelectual, mas você percebia que era algo profundo, de alguém que tinha intimidade com Deus», conta o arcebispo de Manaus.

«Lembro-me de quando ele se hospedava em minha casa, por volta de 4h da manhã lá estava ele fazendo suas orações. Foi realmente um homem de oração», afirma Dom Luiz.

Segundo o arcebispo de Manaus, Dom Helder sempre foi um homem de coragem e de convicções fortes que «enfrentou e apontou caminhos para o Brasil». Se perguntado sobre uma frase que o resumiria, responde: «um profeta, homem que viu o mundo com os olhos de Deus».

Para Dom Luiz Soares, Dom Helder realizou três grandes projetos na Igreja. «Ele foi totalmente comprometido com a Igreja, a serviço do povo pobre; da colegialidade episcopal, pois foi ele quem fundou a CNBB; e com o seu profetismo».

«Dom Helder é um modelo que a história da humanidade precisa conservar. Sua história e sua memória fazem ponte com a história do Brasil.»

«Foi um homem de muita fé que vinha de uma espiritualidade que preservava um amor a Deus e ao próximo. Enfim, ele foi alguém que acreditou numa causa e lutou por ela até o fim», afirma. 

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Flash

Brasil: curso à distância sobre Documento de Aparecida

BRASÍLIA, sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- A Universidade Católica de Santos oferece um curso à distância sobre o Documento de Aparecida.

Intitulado «Documento de Aparecida: Formação Pastoral», o curso será acompanhado por tutores e terá uma carta horária de 40 horas, informa a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).

Destina-se a agentes de pastorais, diáconos permanentes, seminaristas, religiosos, assessores eclesiásticos e leigos.

O curso apresenta o seguinte conteúdo: Concepções antropológicas e a pessoa humana no Documento de Aparecida; Sociedade e Globalização; Doutrina Social da Igreja; Igreja na América Latina e no Caribe: a pedagogia das conferências episcopais; Estrutura temático-conceitual do Documento de Aparecia; Princípios, características e metodologia da Pedagogia Pastoral; e Missão Continental: objetivos, formas de organização e campos da missão no Documento de Aparecida.

Informações: www.unisantos.br/ead

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Entrevistas

Cardeal Rodríguez Maradiaga: família, resposta à crise

Por Gilberto Hernández García

MÉXICO, sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org-El Observador).- O arcebispo primaz de Honduras e cardeal de Tegucigalpa, Oscar Andrés Rodríguez Maradiaga, afirma que a atual crise econômica tem importantes repercussões no desenvolvimento das famílias; mas ao mesmo tempo, para enfrentar este momento, a unidade familiar será um fator determinante.

Assim comentou o também presidente da Cáritas Internacionalem conversa com ZENIT-El Observador, depois de sua participação no VI Encontro Mundial das Famílias (EFM), celebrado no México no mês de janeiro passado. 

– O senhor tem um panorama amplo sobre as questões sociais e sobre sua repercussão na família. Neste sentido, qual é a problemática que mais preocupa a Igreja hoje em dia? 

– Cardeal Rodríguez Maradiaga: A própria família: ela é o ponto principal, a opção mais importante da vida do ser humano; por conseguinte, entra nas preocupações que temos: como fazer para que as pessoas cada vez mais se preparem para esta opção de vida. Todas as coisas grandes são preparadas, não se improvisam, mas muitas vezes a maior opção da vida, que é o amor e a família, é improvisada de uma maneira assustadora. Às vezes temos famílias que começam por um erro e não por uma opção em liberdade. Preparar esta opção de vida é talvez o maior objetivo de toda a evangelização e da pastoral familiar. 

– O que o senhor acha do evidente processo de pobreza e de desigualdade que a América Latina sofre e que em muitos casos freia o desenvolvimento integral das famílias?

– Cardeal Rodríguez Maradiaga: No Encontro Mundial das Famílias, um especialista em economia não propunha as consequências que tem a falta de família para o desenvolvimento econômico, para a própria pobreza. Com estudos e estatísticas, foi-nos demonstrado que a saúde física e a mental é melhor em famílias constituídas que em famílias monoparentais ou desintegradas. A pobreza é muito pior em famílias desintegradas que nas integradas. Assim se enfocaram diversos aspectos, por exemplo, na educação superior, e os obstáculos quando há pais divorciados. São aspectos que a imprensa comenta muito pouco e vale a pena concentrar-se nisso. 

Fala-se do papel educativo da família; alguns o reduzem à educação escolar. Aqui se enfocou o que significa a educação moral na família, a educação espiritual, os aspectos econômicos e testemunhos do pai de família, quando em meio às vicissitudes da vida é capaz de acompanhar com heroísmo a família. Estas são riquezas inexploradas e que vale a pena dar a conhecer, porque há pessoas que sofrem e ao conhecer estes testemunhos se sentem fortalecidas. 

A pobreza é uma realidade que vai crescendo em nossos países ao invés de diminuir. Agora temos esta crise financeira tão grande e se prevê que ela terá muitas outras consequências. 

– Alguns dizem que os países pobres o são porque não regulam a natalidade. Muitos governantes enfocam suas forças contra a pobreza em políticas de controle da natalidade...

– Cardeal Rodríguez Maradiaga: Estas políticas de controle de natalidade são na realidade de eliminação da natalidade. Contemplam só uma das perspectivas. Pensa-se que somos pobres porque temos muita população e isso é um sofisma. A população é necessária para que haja desenvolvimento econômico; há um país na América Latina que foi o primeiro, já na década de 50, a aplicar reduções de natalidade, e o que aconteceu nesse país? Não pode crescer e, por conseguinte, não tem consumidores para que haja empresas prósperas, tudo tem de ser importado de outros grandes países e ele tem apenas uma economia de subsistência, não um desenvolvimento, como deveria ser. 

A Igreja fala claramente da paternidade e maternidade responsáveis; a transmissão da vida é uma grande responsabilidade dos pais, não é produto de qualquer desordem; é uma grande responsabilidade, assim como também os governos têm a grave responsabilidade de procurar o bem comum de todos os cidadãos, e se há cidadãos que deveriam ser privilegiados, deveriam ser os pobres e não os que mais têm. E este é o motivo pelo qual a Igreja, que é Mãe, insiste profundamente, em sua doutrina social, em que a família não é como um elemento que não entra na problemática social. 

Na doutrina social da Igreja, um capítulo muito importante é a família, porque nela se toca muito de perto tudo o que se refere à problemática social. A Igreja fez sempre o pedido aos governos de que se preocupem também pelas famílias pobres. 

– O que o senhor acha da idéia de que a Igreja só privilegia os ricos?

– Cardeal Rodríguez Maradiaga: Quem diz isso desconhece a vida da Igreja. Em primeiro lugar, a Igreja não se reduz à hierarquia; cada batizado é Igreja. Se virmos todos os desenvolvimentos pastorais no continente, percebemos que a Igreja fez a opção preferencial pelos pobres. 

No México há um caso único em nosso continente: homens de empresas e pessoas de muitos recursos sustentam o Instituto Mexicano de Doutrina Social (IMDOSOC), que educa o povo precisamente pela convicção que tem de que uma das melhores maneiras de aliviar a pobreza é através da educação; o IMDOSOC deu bolsas a estudantes de países pobres, inclusive de Cuba, que vieram ao México com bolsas completas, para aprofundar no estudo da doutrina social da Igreja; portanto, não se pode generalizar esse juízo. Quem examina a vida da Igreja compreende que a opção preferencial pelos pobres não é poesia, mas realidade. 

Às vezes se critica a moral católica porque se opõe ao uso de preservativos como uma solução para o problema da AIDS; pois quero dizer-lhe que 27% de todas as obras que há no mundo a favor dos pacientes com esta enfermidade é da Igreja Católica, e ela recebe apenas 2% do Fundo Global para ajuda aos pacientes de AIDS. Se observarmos programas de construção de moradia, veremos o que isso significa quando há de catástrofes; e digo isso como presidente da Cáritas Internacionala instituição mais respeitada em opção preferencial pelos pobres. 

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quinta-feira, fevereiro 05, 2009

ZP090205

ZENIT

O mundo visto de Roma

Serviço diario - 05 de fevereiro de 2009



SANTA SÉ
Papa viverá aniversário da morte de João Paulo II com jovens
Falece Dom Cipriano Calderón, homem do Papa para América Latina
Diferença entre jejum no cristianismo e em outras religiões

MUNDO
«Portugal atual deve muito a seus seminários»
Novo ataque contra nunciatura apostólica na Venezuela
Cardeal Bertone na Espanha: direito à vida «não deve ser negado a ninguém»
Relegar religião ao âmbito privado viola liberdade religiosa
Reino Unido: enfermeira suspensa por oferecer-se para rezar por paciente
Arcebispo indica itinerário para viver a Quaresma
Dom Helder Camara homenageado em Recife

Santa Sé

Papa viverá aniversário da morte de João Paulo II com jovens

Em 2 de abril, ao anoitecer

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- Bento XVI viverá neste ano o 4º aniversário do falecimento de João Paulo II junto a milhares de jovens, segundo o calendário das celebrações presididas pelo Santo Padre publicado nesta quinta-feira.

Ele o fará presidindo em 2 de abril, às 18h, na basílica vaticana, uma santa missa à qual estão convidados em particular os jovens de Roma. 

Será ao mesmo tempo o tradicional encontro que o Papa tem todos os anos com os jovens de sua diocese em preparação da Jornada Mundial da Juventude, que este ano se viverá no âmbito local, nas dioceses três dias depois, no Domingo de Ramos. 

Bento XVI reviverá a noite de 4 anos atrás, na qual os fiéis que lotavam a Praça de São Pedro, muitos deles jovens, acompanharam a morte de Karol Wojtyla com a oração. 

Trata-se de uma das celebrações destacadas no calendário do Papa previsto para o mês de fevereiro até abril, que se caracteriza também por sua primeira viagem à África. 

Em 21 de fevereiro, o calendário prevê que às 11h, na Sala Clementina do Palácio Apostólico Vaticano, aconteça um consistório para algumas causas de canonização. 

Em 25 de fevereiro, Quarta-feira de Cinzas, o Papa participará, na basílica de Santo Anselmo, às 16h30, da procissão penitencial. Às 17h, na basílica de Santa Sabina, presidirá a santa missa, com a benção e imposição da cinzas. 

Em 1º de março, primeiro domingo da Quaresma, na capela Redemptoris Mater do Vaticano, o Papa começará junto à Cúria Romana, às 18h, os Exercícios Espirituais. Concluirá às 9h de 7 de março. 

Como já se anunciou, de 17 a 23 de março, o pontífice realizará sua viagem apostólica a Camarões e Angola. 

Em 29 de março, V Domingo de Quaresma, o bispo de Roma realizará uma visita pastoral à paróquia romana da Santa Face de Jesus, no bairro popular da Magliana. 

Três dias depois da celebração do aniversário de falecimento de João Paulo II, em 5 de abril, Domingo de Ramos, na Praça de São Pedro, às 9h30, o Papa abençoará as palmas e presidirá a procissão e a santa missa. 

Como é tradição, em 9 de abril, Quinta-Feira Santa, às 9h30, na basílica vaticana, concelebrará a Santa Missa do Crisma com os sacerdotes e bispos presentes na Cidade Eterna. 

Às 17h30, na basílica de São João de Latrão, catedral do Papa, ele dará início ao tríduo pascal, celebrando a Santa Missa da Ceia do Senhor. 

Em 10 de abril, Sexta-feira Santa, às 17h, na basílica vaticana, participará da celebração da Paixão do Senhor. Às 21h15, no Coliseu, Via Sacra

Em 11 de abril, Sábado Santo, às 21h, na basílica vaticana, o Papa dará início à Vigília Pascal da Noite Santa. 

No Domingo de Páscoa, às 10h30, na Praça de São Pedro, celebrará a santa missa do Dia de Ressurreição. Às 12h, desde o balcão central da basílica, enviará a benção Urbi et Orbi, acompanhada ao vivo por canais de televisão do mundo inteiro.

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Falece Dom Cipriano Calderón, homem do Papa para América Latina

Vice-presidente emérito da Comissão para o Continente da Esperança

Por Carmen Elena Villa

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- O bispo Cipriano Calderón Polo foi «um homem de Igreja, profundamente interessado e preocupado pela evangelização na América Latina»: assim o define em declarações à Zenit seu sucessor, o arcebispo José Octavio Ruiz Arenas. 

O vice-presidente emérito da Comissão Pontifícia para a América Latina (CAL) faleceu nesta quarta-feira à noite, aos 81 anos, no hospital Pio XI de Roma. 

Dom Cipriano nasceu em Plasencia (Espanha) em 1927; foi ordenado sacerdote em 1953 e nomeado bispo em 1989. Estudou jornalismo em Roma. Desde então começou a escrever como correspondente para o jornal Ya, para a revista Ecclesia e outras publicações. Foi também o porta-voz em língua hispânica da informação do Concílio Vaticano II e durante numerosos sínodos. 

Em 1968, viajou com o Papa Paulo VI a Bogotá para fazer a cobertura do Congresso Eucarístico que aconteceu esse ano na capital colombiana. Sua Santidade, ao ver o afeto que lhe tinha o povo latino-americano, decidiu começar a versão semanal em espanhol de L'Osservatore Romano e o nomeou editor chefe. 

Dessa forma, os países de fala hispânica, em especial a América Latina, puderam ter acesso aos discursos e homilias do Santo Padre em sua língua mãe, assim como às principais notícias da Santa Sé. 

«Era muito amigo de vários bispos latino-americanos. Como jornalista, viajou por todo o continente com João Paulo II. Conheceu muito bem a Igreja na América Latina e tinha uma grande experiência na Santa Sé; ele unia muito bem essas duas realidades», assegura Dom Ruiz. 

Por esta razão, em 1988, o Papa Karol Wojtyla o nomeou vice-presidente da Comissão Pontifícia para a América Latina, cargo que exerceu até 2003. 

Tinha um amor especial pelo «Continente da Esperança» e se sentia atraído pela vitalidade de sua Igreja. Também lhe doía profundamente o fenômeno das seitas e a secularização que estes países vivem. 

Conta Dom Ruiz que há poucos dias, quando foi visitá-lo no hospital, ele lhe disse: «Não pensei que fosse sofrer tanto pela América Latina», e garantiu que estava oferecendo seus sofrimentos pela Igreja neste continente. 

Dom Calderón participou de três Conferências Gerais do Episcopado Latino-Americano e do Caribe: Medelhim, (1968), Puebla (1979) e Santo Domingo (1992). Também do Sínodo dos Bispos para a América em 1997. 

«Seu trabalho na conferência de Santo Domingo foi difícil. Ajudar a preparar um evento eclesial como este supõe uma união muito grande. Era a primeira vez que a CAL tinha uma intervenção neste evento. Ele não só providenciou que os documentos chegassem a tempo, senão que, além disso, esteve colaborando para que a Conferência saísse adiante», agregou Dom Ruiz. 

Em novembro de 2006, foi distinguido como «filho predileto de Plasencia», sua cidade natal. Até sua morte foi membro da Congregação para os Bispos. 

«Nunca deixou sua veia jornalística. Amou profundamente a Igreja, sempre estava em comunhão com o Papa. Conheceu Paulo VI muito de perto. Palpitava com o sentir de João Paulo II e posteriormente de Bento XVI. Para nós, esta é uma perda muito grande. Seu exemplo será muito valioso para os bispos na América Latina», concluiu Dom Ruiz.

O funeral solene será realizado nesta sexta-feira, às 17h, na Catedral de São Pedro, em Roma. Nos próximos dias, seus restos mortais serão trasladados à cidade de Plasencia, onde será sepultado. 

A Comissão Pontifícia para a América Latina tem por objetivo «aconselhar e ajudar as Igrejas particulares na América Latina». 

Em particular, desempenha esta função estudando «as questões que se referem à vida e ao progresso de tais igrejas, especialmente estando à disposição, tanto dos dicastérios da Cúria interessados por razão de sua competência, como das próprias igrejas para resolver tais questões» (Constituição apostólica Pastor Bonus, n. 83). 

A esta Comissão «corresponde favorecer as relações entre as instituições eclesiásticas internacionais e nacionais, que trabalham a favor das regiões da América Latina e dos dicastérios da Cúria Romana» (ibidem). 

A Comissão depende da Congregação vaticana para os Bispos, motivo pelo qual seu presidente é o prefeito desse organismo vaticano, neste momento, o cardeal Giovanni Battista Re.

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Diferença entre jejum no cristianismo e em outras religiões

O cardeal Cordes apresenta a mensagem do Papa para esta Quaresma

Por Carmen Elena Villa

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- O jejum no cristianismo se distingue desta prática em outras religiões, pois tem por objetivo descobrir Deus, e não descobrir a si mesmo. 

Quando os cristãos jejuam, «não se fecham em si mesmos», mas «se unem ao seu Senhor, que jejua por quarenta dias e quarenta noites no deserto». 

Assim manifestou o cardeal Paul Josef Cordes, presidente do Conselho Pontifício «Cor Unum», durante a coletiva de imprensa que concedeu nesta quarta-feira na Santa Sé, na qual foi apresentada a mensagem de Bento XVI para a Quaresma de 2009.

O sentido do jejum no budismo e no islã 

Segundo declarou o purpurado alemão, que dirige o organismo vaticano encarregado de promover e coordenar a ação caritativa na Igreja, o objetivo do jejum, tanto no budismo como no islã, consiste em favorecer o cuidado do corpo, opondo-se à sua idolatria. 

O cardeal assinalou como o sentido do jejum no budismo consiste no desapego dos bens terrenos, porque o corpo em si mesmo se converte em origem de sofrimentos: «deve desacostumar-se à ‘sede’ de coisas criadas, abandonar o desejo e as inquietudes que dele se derivam, matá-las dentro de si mesmo»; desta maneira se chega ao Nirvana, que consiste na extinção completa dos desejos. 

Para o islã, o jejum é a quarta coluna que sustenta esta religião e uma prática obrigatória durante o mês do Ramadã. 

Para os muçulmanos, existe outra razão para esquecer-se de tudo que é terreno: «Deus tem seu trono em uma distância infinita. Não se lhe pode encontrar no mundo. Só se comunica com a criação e com o homem mediante sua lei, a charia»; por isso, «seria uma heresia escandalosa afirmar que Alá tivesse como filho um membro do gênero humano». 

O purpurado assinalou que o jejum em ambas as religiões tem algo em comum: «transcende a dimensão terrena e procura um objetivo muito além deste mundo: o ingresso no Nirvana ou a obediência a Alá, Senhor do céu e da terra». 

Em ambas as religiões, «trata-se de libertar-nos do peso das coisas criadas», declarou. 

O sentido do jejum cristão 

Pelo contrário, para o cristão «o desejo místico não é nunca o descenso em si mesmo, mas sim o descenso na profundidade da fé, onde encontra Deus». 

Ainda que seja importante aprender sobre as demais religiões, os cristãos devem aprofundar «na herança recebida e conhecê-la cada vez melhor. A revelação divina diz algo novo em cada época histórica; é inesgotável», constatou. 

O cardeal deixou clara a diferença entre a rejeição do mundo por parte do budismo e as leis do Ramadã islâmico e da Quaresma cristã, que «oferece ao cristão um caminho espiritual e prático para exercitar sem recortes nem reservas nossa entrega a Deus». 

Assinalou que, em sua mensagem quaresmal, o Papa não mostra o jejum com um aspecto negativo: «como poderemos nós desprezar nossa carne, se o Filho de Deus a assumiu, convertendo-se verdadeiramente em nosso irmão?». 

Quando os homens jejumam com uma atitude interior de desejo de conversão, «em Cristo buscam a comunhão com o Tu divino. N’Ele buscam novamente o dom do amor que renova o ser cristão» e se comprometem «na luta contra a miséria, convertendo-se em mensageiros do amor de Deus». 

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Mundo

«Portugal atual deve muito a seus seminários»

Prepara-se em Fátima o 1º congresso nacional de antigos alunos de seminários

LISBOA, quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- Em breve acontecerá em Fátima (Portugal) o 1º Congresso Nacional de Antigos Alunos de Seminários, segundo informou hoje a agência portuguesa Ecclesia.

O objetivo é, segundo explico Luís Matias, membro da Comissão organizadora, analisar como o ensino recebido nos seminários contribuiu para a formação de gerações de portugueses, especialmente no século XX. 

O congresso, segundo seus organizadores, poderia acontecer no Santuário de Fátima no mês de abril, e nele está previsto que participem as associações de antigos alunos dos seminários do país, assim como a Confederação Portuguesa de Antigos Alunos do Ensino Católico. 

Segundo Matias, ex-aluno do seminário de Leiria e hoje diretor de hospitais, além de voluntário de «Aldeias Infantis», apesar de que o século XX se caracterize por ser «leigo», «deve muito, em todas as suas dimensões, aos seminários». 

«Até pelo menos o final da década dos 60, o sistema de ensino era muito escasso e elitista», e contudo, «pelos seminários, instituídos pela Igreja para formar seus ministros, passaram milhares de alunos, que nunca chegaram a fazer parte do clero». 

«Assim, de forma indireta, os seminários contribuíram enormemente para a vida leiga portuguesa, em todos seus campos. Independentemente das opções e o rumo que cada antigo aluno tenha seguido em sua vida, é inegável que grande parte da cultura e da vida social portuguesa passou pelos seminários», explicou. 

Precisamente, uma das características da formação nos seminários é sua visão integral da pessoa, pelo que a formação «sempre foi muito mais ampla que o estudo das ciências religiosas e as questões da fé». 

Além dos próprios membros da estrutura eclesiástica, assinala Matias, «encontramos antigos seminaristas na política, na música, nas artes plásticas, nas universidades, na solidariedade, nas estruturas militares, na economia, na Medicina e na comunicação social». 

«Igualmente, certas personalidades ilustres, que não passaram pelos seminários, foram muitas vezes influenciadas por eles através de seus professores», acrescenta. 

«Estamos em um momento crucial de mudança, e a grande escola que foram os seminários do século XX (necessariamente diferentes do século XXI), não pode passar despercebida. Nossa intenção é refletir sobre seu legado e o de seus antigos alunos à Igreja e à sociedade do futuro», conclui.

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Novo ataque contra nunciatura apostólica na Venezuela

Dias antes havia sido assaltada a sinagoga mais importante do país

CARACAS, quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- Vários desconhecidos lançaram ontem três bombas de gás lacrimogêneo contra a sede da nunciatura apostólica em Caracas, no que se constitui o 7º ataque contra esta sede diplomática e 2º ataque em menos de 15 dias. 

Segundo um comunicado divulgado pela própria nunciatura, alguns homens de motocicleta lançaram «três artefatos, dos quais dois caíram e explodiram na parte externa do recinto, e o terceiro caiu e explodiu no pátio interior da sede diplomática». 

A nunciatura qualificou o ato de «vandalismo e irresponsável» e fez um pedido às autoridades para que «tomem as medidas necessárias, a fim de que seja garantida a segurança e incolumidade da missão diplomática e de sua equipe, como estabelece a Convenção de Viena». 

Os ataques contra a sede diplomática por parte de grupos pró-governamentais se sucedem desde que esta deu asilo ao dirigente estudantil Nixon Moreno, opositor do regime de Hugo Chávez. O último ataque, com outras cinco granadas de gás lacrimogêneo, aconteceu em 19 de janeiro. 

Assalto à sinagoga

Este ataque se produz poucos dias depois de que a Conferência Episcopal Venezuelana emitira um comunicado deplorando um ataque contra a principal sinagoga de Caracas. 

Em 31 de janeiro passado, 15 pessoas não identificadas penetraram na principal sinagoga de Maripérez e destroçaram os objetos de culto, além de fazer desenhos contra Israel.

Em sua nota, divulgada ontem, os bispos mostraram sua «consternação e dor pela violação do recinto sagrado e pela profanação dos símbolos religiosos mais queridos da religião judaica», e asseguram que este fato «está afastado do espírito de tolerância e acolhida que é tradicional no povo venezuelano». 

«Nenhuma pessoa ou grupo religioso deve ser coagido ou atemorizado a agir em matéria religiosa, contra sua consciência, nem ver impedidos os ensinamentos ou a profissão pública de sua fé. É obrigação do poder civil proteger e promover este direito, como os outros direitos invioláveis do homem», acrescenta o comunicado.

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Cardeal Bertone na Espanha: direito à vida «não deve ser negado a ninguém»

Ele dedica uma parte de seu discurso a falar sobre a família

MADRI, quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- O cardeal Tarcisio Bertone, Secretário de Estado de Bento XVI, afirmou nesta quinta-feira, durante sua visita à Espanha, que o direito à vida «não pode ser negado a ninguém» e que «nenhuma minoria nem maioria política pode mudar os direitos dos que são mais vulneráveis em nossa sociedade». 

O purpurado fez estas afirmações dentro da conferência pronunciada hoje na sede da Conferência Episcopal Espanhola, por ocasião do 60º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos. 

No ato estiveram presentes, entre outros, o atual ministro de Justiça espanhol, Mariano Fernández Bermejo, assim como membros das administrações e do partido da oposição. O atual governo espanhol leva adiante uma reforma legal do aborto que suporá seu reconhecimento como um «direito reprodutivo». 

Segundo o cardeal Bertone, atualmente há «um processo contínuo e radical de redefinir os direitos humanos individuais em temas muito sensíveis e essenciais, como a família, os direitos da criança e da mulher etc.». 

Concretamente, quanto ao direito à vida, acrescentou, nós «nos encontramos frente a um panorama completamente novo com relação à época em que se aprovou a Declaração Universal». 

Contudo, insistiu em que os direitos humanos «estão acima da política e também acima do Estado-nação. São verdadeiramente supranacionais», e sua proteção «deve ser uma prioridade para cada Estado». 

«A vida, que é obra de Deus, não deve ser negada a ninguém, nem sequer ao menor e indefeso, e muito menos se apresentar graves deficiências – afirmou. Por isso, não podemos cair no engano de pensar que se pode dispor da vida até legitimar sua interrupção, desmascarando-a talvez com um véu de piedade humana.»

Recordando o discurso de Bento XVI às Nações Unidas, o cardeal Bertone acrescentou que a liberdade «não pode ser invocada para justificar certos excessos», que poderão levar a «uma regressão no conceito de ser humano», especialmente em questões como a vida e a família. 

Contudo, acrescentou, «uma cultura da vida», especialmente quanto à defesa da vida e da família, «poderia revitalizar o conjunto da existência pessoal e social». 

O direito de educar

Outra questão na qual se centrou o representante vaticano, e que também está supondo desencontros entre o governo e a Igreja, é a da família, concretamente o direito dos padres a educar seus filhos. 

O cardeal Bertone recordou que a Igreja «proclama que a vida familiar está fundada sobre o matrimônio de um homem e uma mulher, unidos por um vínculo indissolúvel, livremente contraído, aberto à vida humana em todas suas etapas, lugar de encontro entre gerações e de crescimento em sabedoria humana». 

«Desde sua concepção, os filhos têm o direito de poder contar com o pai e com a mãe, que cuidem deles e os acompanhem em seu crescimento», afirmou o purpurado; e acrescentou que o Estado «deve apoiar com adequadas políticas sociais tudo o que promove a estabilidade e a unidade do matrimônio, a dignidade e a responsabilidade dos esposos, seu direito e sua tarefa insubstituível de educadores dos filhos». 

O purpurado sublinhou que «é à família, e mais concretamente aos pais, a quem compete por direito natural a primeira tarefa educativa, e é preciso respeitar seu direito a escolher a educação para seus filhos de acordo com suas ideias, especialmente segundo suas convicções religiosas». 

«O ensino confessional da religião nos centros públicos está de acordo com o princípio de laicidade, porque não supõe adesão nem, portanto, identificação do Estado com os dogmas e a moral que integram o conteúdo desta matéria. Desta forma, este tipo de ensino não é contrário ao direito de liberdade religiosa dos alunos e de seus pais, devido a seu caráter voluntário», declarou. 

Por outro lado, o cardeal Bertone destacou a contribuição do cristianismo ao reconhecimento da igualdade e dignidade da mulher, e afirmou que «ainda persiste uma mentalidade que ignora a novidade do cristianismo».

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Relegar religião ao âmbito privado viola liberdade religiosa

Cardeal Bertone defendeu «laicidade positiva» como marco ideal de relação com o Estado

Por Inma Álvarez

MADRI, quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- «Querer impor, como pretende o laicismo, uma fé ou uma religiosidade estritamente privada» supõe «uma ingerência nos direitos das pessoas a viver suas convicções religiosas como desejem ou como estas pedem».

Foi o que afirmou o cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado de Bento XVI, na conferência pronunciada nesta quinta-feira na sede da Conferência Episcopal Espanhola, por ocasião do 60º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

No ato estiveram presentes o atual ministro de Justiça espanhol, Mariano Fernández Bermejo, assim como membros das administrações e do partido da oposição. 

Em seu discurso, o purpurado explicou em que consiste a «laicidade positiva», à qual em várias ocasiões se referiu o Papa Bento XVI, e que se baseia no respeito à liberdade religiosa «como direito primário e inalienável da pessoa». 

A liberdade religiosa, afirmou, «é o sustento das demais liberdades, sua razão de ser», pois «transpassa o horizonte que tenta limitá-la a uma parcela íntima, a uma mera liberdade de culto ou a uma educação inspirada em valores cristãos, para solicitar ao âmbito civil e social liberdade para que as confissões religiosas possam exercer sua missão». 

«O Estado democrático não é neutro com respeito à própria liberdade religiosa, mas que, como respeita as demais liberdades públicas, há de reconhecê-la e criar as condições para seu efetivo e pleno exercício por parte de todos os cidadãos», explicou. 

Precisamente por isso, é necessário que seja também «absolutamente neutro com respeito a todas as diversas opções particulares que perante o religioso os cidadãos adotem em uso dessa liberdade».

Citando Bento XVI, o cardeal Bertone acrescentou que «não é expressão de laicidade, mas sua degeneração em laicismo, a hostilidade contra qualquer forma de relevância política e cultural da religião; em particular, contra a presença de todo símbolo religioso nas instituições públicas». 

«Tampouco é sinal de sã laicidade negar à comunidade cristã, e a quem a representa legitimamente, o direito de pronunciar-se sobre os problemas morais que hoje interpelam a consciência de todos os seres humanos, em particular dos legisladores e juristas», acrescentou. 

O cardeal Bertone declarou que quando a Igreja se pronuncia sobre um tema «não se trata de ingerência indevida», mas «da afirmação e defesa dos grandes valores que dão sentido à vida da pessoa e salvaguardam sua dignidade». 

«Em resumo, trata-se de mostrar que sem Deus o homem está perdido, que excluir a religião da vida social, em particular a marginalização do cristianismo, afeta as próprias bases da convivência humana, pois antes de ser de ordem social e política, estas bases são de ordem moral», advertiu. 

Segundo o cardeal Bertone, a Igreja «não reivindica o posto do Estado», mas respeita «a justa autonomia das realidades temporais», e «pede a mesma atitude com respeito a sua missão no mundo».

«O Estado não pode reivindicar competências, sejam diretas ou indiretas, sobre as convicções íntimas das pessoas nem tampouco impor ou impedir a prática pública da religião sobretudo quando a liberdade religiosa contribui de forma decisiva à formação de cidadãos autenticamente livres», acrescentou. 

Contudo, lamentou que hoje «a liberdade religiosa está longe de ser assegurada efetivamente», já que «em alguns casos é negada por motivos religiosos e ideológicos», e em outros, «ainda que seja reconhecida teoricamente, é impedida de fato pelo poder político ou, de maneira mais contundente, pelo predomínio cultural do agnosticismo e do relativismo». 

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Reino Unido: enfermeira suspensa por oferecer-se para rezar por paciente

Numerosos colegas do hospital onde trabalha a apoiam

Por Nieves San Martín

LONDRES, quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- Uma enfermeira cristã batista, suspensa por oferecer-se para rezar por uma paciente, recebeu nesta segunda-feira um grande apoio por parte de organizações médicas e religiosas, assim como dos pacientes do hospital e dos capelães de hospitais, segundo informava nesta terça-feira o jornal britânico Daily Mail. 

Enquanto os capelães pediam novas orientações para o sistema nacional de saúde, em relação à atenção espiritual aos pacientes, o Christian Medical Fellowship disse que a destituição de Caroline Petrie chegava a ser «discriminação religiosa». 

A Sra. Petrie, cristã comprometida, de 45 anos, enfrenta uma ação disciplinar após ser acusada de não cumprir um compromisso de igualdade e diversidade. Poderia ser despedida depois de perguntar a uma paciente idosa se queria que rezasse por ela. 

A paciente, May Phippen, de 79 anos, não se sentiu ofendida, mas comentou a outra enfermeira que achava estranho, e que podia ser ofensivo para outros pacientes. 

A Sra. Petrie, com dois filhos, disse que sua oferta de oração era seu modo de dizer «que melhore». Disse: «Não penso que fiz nada errado. Só procurei fazer com que a paciente soubesse que eu pensava nela. É meu modo de dizer ‘desejo melhoras’».

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Arcebispo indica itinerário para viver a Quaresma

Dom Jorge Ortiga enfatiza importância do voluntariado

BRAGA, quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- No contexto do Ano Paulino, o arcebispo de Braga (Portugal), Dom Jorge Ortiga, indicou dois itinerários para viver a Quaresma, retirados «das palavras de Cristo a Saulo».

Em primeiro lugar, “Levanta-Te”. O arcebispo português explica, em mensagem divulgada nessa terça-feira por sua arquidiocese, que o cristianismo, «para muitos, corre o risco de se tornar uma mera repetição de costumes e tradições».

«Urge que nos “levantemos”, com o sacrifício e o simbolismo desta atitude, a fim de criar disponibilidade interior para um encontro com a Palavra.»

Suscitando as condições necessárias –prossegue Dom Ortiga–, «seremos encontrados, no mundo das opções fundamentais, por uma contínua aurora de coisas desconhecidas que nos encantarão e abrirão horizontes desconhecidos».

«Deixar-se encontrar pela Palavra é algo de muito pessoal a exigir que calemos outros barulhos para começar a “ver” dum modo diferente.»

«Com os outros poderemos dar à Voz da Palavra o volume duma compreensão maior. “Te dirão o que deves fazer”; é apelo ao encontro com outros em trabalho de reflexão e oração bíblica», destaca.

Em segundo lugar, o arcebispo faz a indicação: “Entra na cidade”. «O levantar-se para fugir aos ruídos e deixar-se encontrar pela Palavra leva consigo o convite para que entremos, também, na cidade dos homens, ou seja, em todo o lugar onde vive qualquer ser humano».

O prelado considera que a Voz da Palavra ouve-se nos lamentos das pessoas e nos dramas da sociedade.

«Só com a Palavra de Deus conseguiremos ouvir a “voz” do Povo, dar-lhe o bálsamo para a dor e o segredo para ultrapassar as crises. A Palavra gera esperança e compromete na solidariedade ativa.»

«Encontrados pela Palavra, descortinaremos coisas e necessidades que são supérfluas e poderemos partilhar com renúncias que mostrem a força da mesma Palavra.»

Entrando nas nossas cidades e aldeias –prossegue–, «veremos que é possível dar razões para viver aos sem abrigo, aos pobres, aos doentes terminais…».

Dom Jorge Ortiga explica que levantar-se para se deixar encontrar pela Palavra e entrar na cidade dos homens com os seus dramas deverá orientar a caminhada Quaresmal e Pascal das comunidades.

O arcebispo indica que os carenciados sejam identificados e a solidariedade seja criativa. 

«Recordo os desempregados, particularmente os envergonhados, que, com toda a certeza, será um grupo social a necessitar de atenção. A situação social pede alguma coisa dos cristãos.»

«Daí que nos tempos difíceis e em época de conversão deixe, ainda, um apelo para uma renovada experiência de voluntariado ao jeito de Cristo que deu a Sua Vida», pede o arcebispo.

Segundo Dom Jorge Ortiga, só estruturando «uma verdadeira rede de voluntariado, ativo e comprometido, poderemos ser sinais de Cristo, como Paulo».

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Dom Helder Camara homenageado em Recife

No centenário de nascimento do ex-arcebispo de Olinda e Recife

BRASÍLIA, quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- O presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), Dom Geraldo Lyrio Rocha, preside no próximo sábado, dia 7, em Recife, à missa solene em homenagem ao centenário de nascimento de Dom Helder Camara, ex-arcebispo de Olinda e Recife, falecido em 1999.

De acordo com a CNBB, a missa será celebrada em frente à igreja das Fronteiras, às 16h, e terá a participação de dezenas e bispos e padres. A expectativa é que cerca de duas mil pessoas de várias partes do Nordeste e de todo Brasil participem das comemorações.

Antes do início da celebração, os Correios entregarão a autoridades e representantes de movimentos criados por Dom Helder um selo que homenageia o seu centenário.

Ainda no sábado, as igrejas de Olinda e Recife tocarão seus sinos às 6h, 12h e 18h, para homenagear Dom Helder. Logo após a missa, será inaugurada no pátio das fronteiras uma escultura do bispo.

Os eventos do centenário são organizados pelo Regional Nordeste 2 (Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Pernambuco) da CNBB, Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), arquidiocese de Olinda e Recife, Instituto Dom Helder Câmara (IDHEC), Governo do estado e Prefeitura do Recife, além de outras entidades.

O presidente da Cáritas Brasileira, Dom Demétrio Valentini, destaca em artigo difundido pela CNBB nessa quarta-feira que a entidade assistencial «se sente particularmente ligada à pessoa de Dom Helder», já que ele foi o seu fundador, no ano de 1956.

A Cáritas se antecipa e promove uma homenagem especial ao seu primeiro secretário geral e presidente no dia 6 à noite.

«Quando a liturgia tem uma data especial a celebrar, ela começa no dia anterior, com as “primeiras vésperas”. A Cáritas se incumbe de entoar os primeiros louvores, sinalizando que a celebração é de “primeira classe”», afirma o bispo.

Bispo auxiliar do Rio de Janeiro, depois arcebispo de Olinda e Recife, um dos fundadores da CNBB e secretário-geral do organismo por 12 anos, Dom Helder foi voz marcante no Brasil em favor dos direitos humanos, da promoção da justiça e da opção preferencial pelos pobres.

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