quinta-feira, junho 18, 2009

África minha terra: Um’África mais africana e repleta de valores africanos em constante confronto com o mundo que muda!

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África,
África minha terra.
Terra,
Terra dos meus pais e antepassados.
Pátria comúm com os povos sub-jugados e maltratados pelo neo-capitalismo
Campa comúm com jovens sem passado e com um provável futuro disperso.
Ai que saudades do futuro!

Sonho um’Africa terra da solidariedade das antigas comunidades e aldeias
Um’África que se reconhece nos valores tradicionais da acolhença, do respeito, da amizade
Um’África que caminha de braços dados sem rancores nem ódio pelo passado
Um’África que unida não se deixe dominar pela força dos poderes económicos
Um’África unidade sem diferênças étnicas e religiosas
Um’África nova, capaz de colher as esperiências do passado e projectar um futuro digno
dos povos africanos...

Sonho um’África!
Um’África mais africana e repleta de valores africanos em constante confronto com o mundo que muda
Um’África orgulhosa de ser o berço da humanidade
Um’África que lute unida pelo bem estar de todos os que vivem nela...

Sonho um’África!
Sonho um’África com voz uníssona que saiba fazer ouvir o próprio ponto de vista
Sonho um’África exemplo de convivialidade das diferência arrequecedoras

Sonho um’África!
A minha África
A minha África terra de direito
A minha África terra de solidariedade
A minha África terra dos sem terra
A minha África terra repouso para os fatigados
A minha África terra de esperança e bem estar...
África,
África minha terra.
Terra,
Terra dos meus pais e antepassados.


Francisco Pacavira

3 comentários:

septuagenário disse...

Pode haver um África sem tribos?

É que neste momento está em curso com toda a violência, o apagamento de tudo quanto é étnia.

E quando se fala em África africana, não será já uma luta por uma homogeinização que preconiza o fim da África tradicional?

septuagenário disse...

Pode haver um África sem tribos?

É que neste momento está em curso com toda a violência, o apagamento de tudo quanto é étnia.

E quando se fala em África africana, não será já uma luta por uma homogeinização que preconiza o fim da África tradicional?

Unknown disse...

Caríssimo Sept, creio sem sombra de dúvidas que poderia existir uma África sem tribos, mas não é a minha maior preocupação. A minha minha mais profunda preocupação é que África e/o os africanos perdão os seus valores, sobretudo aqueles ligados a comunidade, as famílias alargadas, as irmandade e outros mais.

Vejo um mundo sem valores, povos que não sabem de onde vêm e nem para aonde vão. Neste momento de post-democracia, os valores de fraternidade são fundamentais, os valores da igualdade, o senso de comunidade. Tudo isto, "África" e os africanos têm no sangue.

A violência tribal, sobretudo em África, é fruto de uma catena de factores historicamente reconhecidos, mas nunca debelados; querendo analisar-los citarei dois factore.
1) Sentimento de pertença e/o filiação
É conhecimento compartilhado que o primeiro factor, numa escala flexível, é o sentimento de filiação ou pertença "doentio" e/o não "evoluído", que na presença de perigos leva os indivíduos a pensarem somente na salvação do grupo de onde provem. Reação instintiva, as vezes utilitária e até mesmo manipulada. Creio eu, que este seja o principal elemento de perigosidade em matéria de convivência de várias tribos em África.

2)Manipulação estrangeira e gosto profundo do poder
Conhecendo o ponto débil das comunidades africanas, as grandes corporações com interesses nas matérias primas do continente usam a famosa estrategia romana que consiste no "Divide et impera", metem uma tribo contra a outra e o jogo é feito. Doutro lado, muitos africanos quando chegam ao poder se atacam a este e até criam raízes. São naturalmente ajudados por potências estrangeiras com interesses naqueles países, mas não excluem as suas responsabilidades de governação de um povo e das suas riquezas.

Sobre este tema poderias escrever livros e livros, porque a tristeza da pobreza em África é cada dia que passa maior.

Voltando ao tema africano, creio que existem várias "Africas", umas complementares as outras. Preservar estas "Áfricas" numa prospectiva global é um programa político que todos os africanistas tinham que defender e promover.

Modernizar África sem cancelar as suas tradições, assim resumiria esta visão. Unir África hoje mais do que nunca é o único caminho que temos para sairmos da pobreza e acabar com o "eterno subdesenvolvimento" que nos caracteriza. O primeiro obstaculo? O poder. Maior parte dos líderes não pensam em ceder o menor poder a organizações regionais, imaginem organização africana. Mas vamos lá chegar, a África Unida é já a caminho.

Uma África com mil tradições, mil culturas, mil prospectivas de desenvolvimento. UMA ÁFRICA DEMOCRÁTICA no tradicional sentido da palavra. Havemos de lá chegar!

Uma África que falará numa só voz, que terá o seu lugar nas melhores organizações mundiais, que garantirá pão, saúde e educação para todos os seus habitantes. Havemos de lá chegar!

Uma África solidária para com os outros povos, como a mãe é com os seus filhos; uma África que assume o seu real lugar na história da humidade. Havemos de lá chegar!

Uma África mãe que ajudará quem procurar re-descobrir as suas raízes e indispensáveis valores de boa convivência.Havemos de lá chegar!

África africana no sentido de África solidaria, África unida no real sentido da palavra, África consciente de si mesma. Uma terra aonde os seus filhos se reconhecem na alteridade e se ajudam a melhorar cada dia que passa. Havemos de lá chegar!

Francisco Pacavira
19 de Junho 2009

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