sexta-feira, janeiro 09, 2009

ZP090109

ZENIT

O mundo visto de Roma

Serviço diario - 09 de janeiro de 2009



SANTA SÉ
Cardeal Martino esclarece suas palavras sobre a situação em Gaza
Perfila-se a agenda do Papa para o ano 2009
Emergência educativa, desafio do Encontro Mundial do México
Famílias do mundo darão testemunho no México
Batalha global a favor da família passa pelo México
Encontro Mundial das Famílias espera um milhão de pessoas

MUNDO
Grã-Bretanha: cristãos cobram de ateus prova de que Deus não existe
Cáritas a favor do Zimbábue: 9 de cada 10 lares passa fome
Bispos da França condenam atentado contra sinagoga
Bispos da Europa e EUA em missão de paz na Terra Santa
Solenidade de São Paulo, momento especial neste ano festivo
Portugal: presidente recebe núncio apostólico



ANÚNCIOS
DVD: "Tu és Pedro - Bento XVI e as Chaves do Reino" - Edição especial
LIVRO: "João Paulo II Peregrino do Mundo"


Santa Sé

Cardeal Martino esclarece suas palavras sobre a situação em Gaza

«Não há nada anti-israelense em minhas palavras»

Por Inmaculada Álvarez

ROMA, sexta-feira, 9 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- O cardeal Renato Raffaele Martino, presidente do Conselho Pontifício «Justiça e Paz», afirmou que a situação das pessoas que vivem na Faixa de Gaza é «horrível» e «contrária à dignidade humana».

Em referência à polêmica que havia suscitado na quarta-feira ao comparar Gaza com um campo de concentração, o purpurado explicou nesta quinta-feira ao diário italiano «La Reppubblica» que em suas palavras «não há nada que possa ser interpretado como anti-israelense».

«Eu digo que vejam as condições das pessoas que vivem ali. Cercadas por um muro que é difícil atravessar. Em condições contrárias à dignidade humana. O que está acontecendo estes dias é horrível. Mas quando falo, que se tenham em conta todas as minhas palavras», afirmou.

O purpurado assegurou que ambas partes são «culpadas» e que «é necessário dividi-las, como se intercede quando dois irmãos brigam», e fazê-las «sentar e negociar».

«Os mísseis do Hamas não são confetes. Condeno-os. Israel tem certamente direito a defender-se e o Hamas deve ter isso em conta. Mas o que dizer quando se matam tantas crianças, quando se bombardeiam escolas das Nações

Unidas, ainda possuindo uma tecnologia que permite distinguir uma formiga sobre a terra?», continuou.

«Se Israel quer viver em paz, deve fazer as pazes com os demais», acrescentou. Por outro lado, segundo o purpurado, «o Hamas não representa todos os palestinos. Eu não defendo o Hamas: se querem uma casa, se querem um Estado palestino, devem compreender que o caminho empreendido está equivocado».

Rejeição da trégua

Apesar dos esforços da ONU, através de sua resolução 1860 que pede um cessar-fogo imediato na região, tanto Israel como o Hamas rejeitaram uma trégua definitiva pelo momento, fora das três horas diárias decretadas nas últimas jornadas.

Por outro lado, a Cruz Vermelha e outras instituições denunciaram o massacre de civis inocentes a quem não se pode atender a tempo porque os operadores humanitários não podem entrar na área, uma situação que consideram «inaceitável».

As instituições denunciam ter encontrado em uma casa nos arredores de Gaza quatro crianças junto aos cadáveres de suas mães. Pelo momento, são 800 os mortos e 3 mil os feridos entre os palestinos, enquanto que 11 israelenses perderam a vida, quatro deles pelos mísseis do Hamas.

Pelo momento tiveram de abandonar a região as Monjas da Congregação do Rosário, ainda que pretendem «voltar o quanto antes». Segundo seu testemunho, reproduzido pela agência italiana SIR, a escola destas religiosas foi danificada pelas bombas e teve de fechar.

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Perfila-se a agenda do Papa para o ano 2009

Um objetivo: dar esperança

CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 9 de janeiro de 2008 (ZENIT.org).- «Esperança», o tema da última encíclica de Bento XVI, é também uma das palavras que o pontífice mais repetiu ao começar 2009, tempo caracterizado pela crise econômica.

«Esperança» é também a mensagem que os grandes acontecimentos que o pontífice está incluindo em sua agenda para os próximos meses querem deixar. 

Após as celebrações do início do ano e de seu balanço sobre a situação do planeta realizado em 8 de janeiro junto aos embaixadores dos países acreditados na Santa Sé, em sua agenda se destacam as duas intervenções que graças às novas tecnologias oferecerá ao VI Encontro Mundial das Famílias, que será celebrado no México, de 14 a 18 de janeiro.

Em 25 de janeiro, solenidade da Conversão de São Paulo, Bento XVI presidirá, às 17h30, a celebração das vésperas, na basílica papal dedicada ao apóstolo, culminando a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos 2009, que acontece enquanto a Igreja Ortodoxa russa está de luto por causa da morte do patriarca Alexis II.

Em uma data ainda não anunciada, espera-se a publicação de sua encíclica sobre a doutrina social,Caritas in veritate (Caridade na verdade), na qual aplicará os temas das duas primeiras encíclicas – amor e esperança (Deus caritas est, Spe Salvi) – às principais questões sociais do mundo. 

Recorrendo às verdades morais abertas, em princípio, a qualquer (a lei natural), assim como aos ensinamentos evangélicos (revelação), o Papa Bento XVI se dirigirá a católicos e não católicos, para desafiá-los a reconhecer e a enfrentar os males sociais de hoje.

Em março o Papa cumprirá finalmente seu sonho de visitar o continente africano, em particular, Camarões e Angola.

O Papa elegeu Camarões para apresentar o documento preparatório do segundo Sínodo para a África, que será celebrado em outubro, no Vaticano, pois este país está no centro do continente africano e nele se fala tanto inglês como francês.

O Sínodo terá por tema: «A Igreja na África, ao serviço da reconciliação, da justiça e da paz. "Vós sois o sal da terra... Vós sois a luz do mundo"».

No mês de maio, o Papa poderá realizar outro sonho: visitar a terra de Cristo. A visita a Jordânia, Israel e territórios palestinos lhe oferecerá a inspiração para seguir escrevendo os seguintes volumes sobre «Jesus de Nazaré».

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Emergência educativa, desafio do Encontro Mundial do México

Ilustrada pelo presidente do Conselho Pontifício para a Família

Por Carmen Elena Villa

CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 9 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- A principal tarefa da família é ser «formadora de valores humanos e cristãos», disse nesta sexta-feira em uma coletiva de imprensa na Santa Sé o cardeal Ennio Antonelli, presidente do Conselho Pontifício para a Família.

Na reunião com os jornalistas, ele apresentou o VI Encontro Mundial das Famílias, que será realizado na Cidade do México, de 14 a 18 de janeiro. 

O purpurado italiano apresentou os principais problemas que afetam as relações familiares na atualidade: «ausência de valores compartilhados, de uma certeza educativa».

Disse que por isso muitas vezes «os jovens estão desorientados e os pais desmotivados».

Antonelli se referiu igualmente à necessidade de educar os filhos na fé, um elemento essencial nas famílias e que «não é algo que se herda automaticamente».

Assegurou que «cada geração deve fazer esta eleição», mas «tem necessidade de receber a proposta com o testemunho e a experiência concreta».

A família deve ser assim um espaço para cultivar «a virtude e a experiência de ser amados», disse o cardeal, fazendo referência à encíclica do Papa Bento XVIDeus Caritas est. 

Na família, disse, se aprende e experimenta «o sentido da solidariedade, da dignidade da pessoa, da lealdade, da cooperação, da própria autonomia através da experiência dos pais». Por isso, sintetizou, a família deve converter-se em um «laboratório de convivência civil».

O arcebispo emérito de Florença assegurou que durante este encontro se pretende «fazer as famílias conscientes para que sejam sujeitos vivos e operantes na Igreja e na sociedade civil».

Referiu-se às famílias numerosas, às vezes discriminadas. «Não é justo que a sociedade não reconheça o trabalho da mãe e das famílias numerosas só porque não têm vantagens econômicas, especialmente nestes momentos de crise educativa», denunciou o purpurado.

Antonelli concluiu sua intervenção dizendo que é importante, dentro das famílias, «considerar o outro como um bem em si mesmo e servi-lo generosamente».

Assegurou que esta atitude, dentro das famílias, «faz bem ao casal e à relação pais-filhos» e que este amor «pede ser correspondido», porque «precisa de reciprocidade». Só assim «as pessoas se realizam plenamente», concluiu.

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Famílias do mundo darão testemunho no México

Durante a oração do Rosário

Por Carmen Elena Villa

CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 9 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- Cinco famílias de diferentes países do mundo dirigirão o rosário que acontecerá no VI Encontro Mundial das Famílias, no México.  

Durante o briefing que aconteceu nesta manhã na Santa Sé, no qual se deu a conhecer o programa do evento, o casal Alberto e Anna Fris, membros do Pontifício Conselho para a Família, assegurou que cada um dos casais mostrará a missão evangelizadora das famílias em diferentes partes do planeta. 

A oração do rosário acontecerá na basílica de Guadalupe no sábado 17 de janeiro. Ali se contemplarão os mistérios gozosos, nos quais se medita a anunciação e a encarnação de Jesus no seio de Maria, e que permitem recordar aos casais o dom de portar a vida e educar os filhos. Cada um dos casais selecionados dirigirá um mistério.

Da Europa estará uma família missionária que vive atualmente na Holanda e tem cinco filhos, sendo dois adotados. Dará assim testemunho de anúncio da fé em um continente que, segundo as palavras de Anna Fris, «precisa ser reevangelizado».

A América Latina será representada por um casal indígena proveniente da Guatemala com cinco filhos. O mais velho deles se encontra no seminário. «Se encontraram com o Senhor e isto os motivou a converterem-se em operadores pastorais familiares», assegurou Anna.

Do continente asiático participará uma família paquistanesa que educou seus filhos na fé católica em meio a um ambiente muçulmano. Segundo Anna, representarão «o desafio de ser cristãos em um mundo no qual são discriminados».

Uma família do Malaui com seus dois filhos adolescentes será a que representará o continente africano, no qual sobressaem os valores do «compartilhar».

Os Estados Unidos estarão representados por uma família cujos filhos decidiram preparar-se para trabalhar na evangelização através dos meios de comunicação. Segundo explicou Anna, «buscam anunciar o Senhor através das novas tecnologias».

Durante a missa solene de encerramento do VI Encontro Mundial das Famílias, que será realizada no domingo, 18, os casais ali presentes poderão renovar suas promessas matrimoniais.

O Papa Bento XVI, que dará sua mensagem ao vivo através de um telão, permitiu que se conceda a indulgência plenária a quem participar desta missa solene, inclusive a quem o faça pela televisão, seguindo as condições exigidas pela Igreja.

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Batalha global a favor da família passa pelo México

Nota publicada pelo Vaticano nas vésperas do Encontro Mundial das Famílias

CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 9 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- Apesar do divórcio, do aborto e da eutanásia serem opções originalmente distantes da cultura mexicana, estão penetrando devido à pressão exterior. Por esse motivo, a Santa Sé atribui ao VI Encontro Mundial das Famílias, que acontece na capital do México, uma importância decisiva.

O país, segundo do mundo em número de católicos, acolherá este evento convocado por Bento XVI de 14 a 18 de janeiro. Espera-se um milhão de pessoas. 

Nesta sexta-feira, aconteceu na Sala de Imprensa do Vaticano um encontro com a imprensa, dirigido pelo cardeal Ennio Antonelli, presidente do Conselho Pontifício para a Família, no qual se distribuiu um comunicado que responde a esta pergunta: «que estado de saúde atravessa a família hoje no México?».

A esta pergunta, a nota do Conselho vaticano responde: «a família no México, como em outras partes do mundo, está atravessando hoje uma crise».

No ano 2006, a Cidade do México se converteu na segunda cidade da América Latina, depois de Buenos Aires, cuja legislação reconheceu as uniões administrativas de pessoas do mesmo sexo.

Em agosto de 2008, a Justiça mexicana ratificou a lei que despenaliza o aborto até as 12 semanas de gestação na capital mexicana, algo que até esse momento era considerado inconstitucional por eminentes juristas.
«Contudo, se conservam ainda muitos valores: a unidade familiar continua acontecendo e sendo valorizada intensamente». 

«As famílias, por exemplo, se reúnem frequentemente para celebrar os principais acontecimentos civis, religiosos e suas tradições e para buscar juntos soluções a seus problemas. A família é a principal instituição de ajuda e de solidariedade», declara.

«Aborto, divórcio, eutanásia, temas de bioética, ainda que estão afastados da cultura e da vida popular, estão penetrando também na mentalidade do povo mexicano», constata o Conselho vaticano.

«A família deve enfrentar hoje, com criatividade e com espírito propositivo, o desafio de uma cultura individualista e mercantilista, baseada na produção e no consumismo», acrescenta.

«Infelizmente, temos um conceito errado de liberdade, entendida como uma autonomia fechada em si mesmo; se privilegiam outras formas de convivência que ofuscam o valor da família, baseada no matrimônio de um homem e de uma mulher».

«Colocar-se ao serviço da transmissão da vida e da educação dos filhos se faz hoje muito difícil. Com esta mentalidade errada, muitas vezes se difundem – sem um amplo consenso social e sob o impulso de pequenos mas ativos grupos de pressão fortemente ideologizados e de grandes recursos econômicos – leis que permitem, com muita facilidade, o aborto, assim como o divórcio rápido e a eutanásia. Responder a estes desafios é uma obrigação moral, mas também difícil».

A Igreja, acrescenta, «está realizando um grande esforço de evangelização para apoiar as famílias cristãs em seus valores, estimulando-as para empreender uma ampla estratégia de promoção de defesa da vida desde a concepção até a morte natural e dos direitos da família, inclusive no âmbito político, cultural, econômico e social».

«Graças a Deus – conclui o comunicado distribuído aos jornalistas – nos últimos anos surgiram numerosas iniciativas, tanto eclesiais como civis, ao serviço da família: grupos, movimentos, associações ao serviço da pastoral familiar, institutos de formação em bioética, associações civis e redes que apóiam todo este trabalho».

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Encontro Mundial das Famílias espera um milhão de pessoas

Segundo expectativas dos organizadores da reunião que acontecerá no México

CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 9 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- Mais de um milhão de pessoas participarão das atividades previstas por ocasião do Encontro Mundial das Famílias, que acontece de 14 a 18 de janeiro no México.

No encontro, convocado por Bento XVI com o tema «A família, formadora nos valores humanos e cristãos», estarão representados 98 países; participarão 200 bispos e 30 cardeais. O evento será coberto por 318 jornalistas credenciados, dos quais 258 são mexicanos. 

Estes números foram revelados em uma coletiva de imprensa que foi presidida no Vaticano pelo cardeal Ennio Antonelli, presidente do Conselho Pontifício para a Família.

O evento começará com o Congresso Teológico Pastoral, que será celebrado entre 14 e 16 de janeiro, e que espera cerca de 8 mil participantes.

Os atos mais expressivos serão a celebração festiva dos testemunhos das famílias do mundo, na tarde-noite do sábado 17 de janeiro, e a missa solene da manhã do domingo seguinte, diante da Basílica de Guadalupe.

Em ambos encontros se fará presente Bento XVI com uma vídeo-mensagem. Os momentos serão presididos por seu legado especial, cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado.

Os números dão uma idéia da organização que o encontro exige, motivo pelo qual o cardeal Antonelli manifestou o agradecimento da Igreja à arquidiocese que o acolhe, em particular a seu pastor, o cardeal Norberto Rivera Carrera.

O purpurado também reconheceu a colaboração e o apoio que as autoridades mexicanas garantiram a este encontro.

Mais informação em http://www.emf2009.com

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Mundo

Grã-Bretanha: cristãos cobram de ateus prova de que Deus não existe

Após a campanha em meios de transporte: «provavelmente Deus não existe»

LONDRES, sexta-feira, 9 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- Uma organização britânica cristã protestou nesta quinta-feira perante a autoridade que regulamenta a publicidade após o lançamento nos meios de transporte públicos do Reino Unido de uma campanha atéia que proclama «provavelmente Deus não existe» e pediu provas que confirmem tal afirmação.

A campanha atéia, exposta em 800 ônibus do país, assim como no Metrô de Londres, foi lançada ao início de janeiro com o apoio da Associação Humanista Britânica (BHA) e foi financiada por mais de 140 mil libras (cerca de 150 mil euros). 

O slogan completo da campanha, que também deverá ser promovido em menor escala na Espanha, é «Provavelmente Deus não existe. Deixa de te preocupar e desfruta a vida».

Stephen Green, diretor nacional da associaçãoChristian voice, apresentou uma denúncia à Advertising Standards Authority (ASA), argumentando que a campanha viola o código da publicidade por ser enganosa, dado que carece de fundamento. 

Segundo seu regulamento, a ASA estabelece que «a publicidade não pode desorientar os consumidores. Isto significa que os anunciantes devem ter provas que demonstrem o que anunciam sobre seus produtos ou serviços antes de que apareça o anúncio».

Segundo Green, esta publicidade viola o código publicitário, «a não ser que os anunciantes demonstrem que provavelmente Deus não existe».

Segundo o denunciante, os promotores da campanha não podem desculpar-se dizendo que se trata de uma «questão de opinião», «pois nenhuma pessoa ou entidade firma a declaração. Apresenta-se como uma declaração de fato e isto significa que deve ser capaz de ser provada, do contrário se rompem as normas».

Um porta-voz da ASA declarou que a autoridade aceitou a denúncia.

«Nós a avaliaremos nos próximos dias e, a partir desta avaliação, decidiremos se é necessário contatar o anunciante», afirmou.

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Cáritas a favor do Zimbábue: 9 de cada 10 lares passa fome

ROMA, sexta-feira, 9 de janeiro de 2008 (ZENIT.org).- A situação no Zimbábue é «extrema» e «desesperadora». Seus habitantes «morrerão se não receberem ajuda humanitária urgente». Este é o chamado lançado hoje pela Cáritas Internacional em um comunicado no qual assegura que em 9 de cada 10 lares não há alimentos suficientes.

A associação católica fez um apelo através da rede mundial de Cáritas para enviar 7 milhões de dólares em forma de ajuda imediata para prover alimentos a cerca de 250 mil pessoas. 

Este dinheiro, segundo Cáritas, irá destinado a suprimentos de comida para 164 mil pessoas, assim como 88 mil postos escolares com uma refeição ao dia, e equipamento agrícola para 4.600 famílias, além do acesso a água potável a 16 mil lares e assistência médica a 5 mil pessoas.

Contudo, isto não supõe mais que uma pequena ajuda perante uma grande catástrofe humanitária, agravada pelo cólera, que já cobrou 1.700 vidas e do qual atualmente há 36 mil casos registrados.

«As pessoas do Zimbábue morrerão se não receberem ajuda humanitária urgente», afirma no comunicado a secretária geral da Cáritas, Lesly-Anne Knight. Segundo os dados de Cáritas, cerca de 5 milhões de pessoas estão passando fome, e o número aumenta cada vez mais.

Um informe de Cáritas, há dois meses, revela que entre 70 e 90% das famílias não recebem alimentação suficiente, e que as ajudas apenas alcançam a 5-10% da população afetada. «Muitos vendem seus bens ou animais, ou inclusive se prostituem para sobreviver», afirma o informe.

Mais informação em www.caritas.org

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Bispos da França condenam atentado contra sinagoga

Não se pode justificar pelo que acontece em Gaza, advertem

PARIS, sexta-feira, 9 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- Os bispos da França condenaram duramente o atentado contra uma sinagoga de Toulouse perpetrado na noite de 5 de janeiro com a explosão de um carro-bomba lançado contra a porta do edifício.

A explosão não deixou vítimas. No momento, dentro da sinagoga, um rabino estava dando aula a dez pessoas. 

«Nenhum ato antissemita ou racista, nenhum ato de violência pode ser justificado com os graves fatos que acontecem atualmente em Israel e Gaza», explica um comunicado do Serviço Nacional da Conferência dos Bispos da França para as Relações com o Judaísmo.

Os bispos sublinham que a fraternidade e a amizade entre judeus e católicos «têm de ser promovida mais que nunca» e se dirigem a nossos irmãos judeus de Toulouse», assim como à comunidade da França, para manifestar sua solidariedade perante um atentado «tão lamentável como doloroso».

Também a associação para a Amizade Judaico-Cristã da França assegurou em uma nota seu apoio à comunidade judaica, denunciando todo ato cumprido «com o pretexto da guerra que acontece atualmente entre Israel e o Hamas».

A associação pede aos responsáveis religiosos judeus, cristãos e muçulmanos que condenem todo ato de violência.

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Bispos da Europa e EUA em missão de paz na Terra Santa

Manterão encontros com líderes israelenses e palestinos

LONDRES, sexta-feira, 9 de janeiro de 2008 (ZENIT.org).- De 10 a 15 de janeiro, acontecerá a tradicional visita à Terra Santa dos bispos da comissão de coordenação das Conferências Episcopais da Europa e dos Estados Unidos, para apoiar a Igreja Católica e os cristãos dos santos lugares.

«As comunidades cristãs da Terra Santa são o vínculo físico entre o mundo atual e o dos tempos da pregação de Jesus Cristo. São as "pedras vivas" de nossa fé», afirma em um comunicado Dom Patrick Kelly, arcebispo de Liverpool e vice-presidente da Conferência Episcopal da Inglaterra e Gales, responsável pela reunião da comissão de coordenação. 

O bispo Kelly renova seu apelo «ao cessar imediato de toda violência em Gaza».

«O conflito tem raízes profundas, mas se deve acabar com o bloqueio de toda ajuda humanitária – diz o arcebispo. É urgente uma liderança sábia e valente que possa conseguir a paz e relegar a violência ao passado.

Não se pode permanecer calados perante a injustiça, mas proclamar a reconciliação. Este é o objetivo de nossa visita à Terra Santa».

O programa da visita, que terá sua base em Belém, prevê encontros com o núncio, o arcebispo Antonio Franco, com o patriarca latino de Jerusalém, Fouad Twal, e com os líderes religiosos das denominações cristãs na Terra Santa.

A agenda prevê também visitas ao presidente israelense Simon Peres e ao palestino Abu Mazen. Compõem a delegação bispos do Canadá, Inglaterra, França, Alemanha, Espanha, Suíça e Estados Unidos.

Estarão acompanhados de representantes do Conselho das Conferências Episcopais Européias (CCEE), Comissão dos Episcopados da Comunidade Européia (COMECE), Cáritas Internacional e  «Catholic Relief Service» (Cárias EUA), Pax Christi International, Cavaleiros do Santo Sepulcro, Obras Missionárias Pontifícias, Rádio Vaticano e a Fundação Ecumênica Cristã para a Terra Santa.

As reuniões anuais dos bispos católicos, em janeiro na Terra Santa, iniciaram em 1998 e deram uma contribuição significativa às necessidades dos poucos milhares de católicos que ainda residem nos territórios palestinos.

O programa deste ano inclui um encontro dos bispos da comissão de coordenação com os estudantes da Universidade de Belém, com os seminaristas do instituto de Beit Jala, celebrações eucarísticas e encontros com os fiéis de algumas igrejas de Gaza, itinerários em Belém junto às crianças das escolas do primário e reuniões ecumênicas.

O Pe. Jerome Murphy-O'Connor oferecerá uma reflexão teológica sobre «São Paulo em Jerusalém».
Como é costume, se convocará uma coletiva de imprensa para ilustrar os temas desenvolvidos e as decisões tomadas durante os dias dos encontros. Acontecerá em 15 de janeiro, em Jerusalém, na sede do Patriarcado Latino. 

Referindo-se à pequena comunidade cristã que ainda reside em Gaza, Dom Kelly afirmou que os fiéis daquela área «precisam de nossas orações em sua luta por testemunhar o espírito da paz».

«O objetivo da comissão de coordenação – explica o prelado inglês – sempre foi estar ao lado das Igrejas na Terra Santa, em fidelidade aos dois mandamentos de Deus: nunca permanecer calados frente à injustiça e à violência e proclamar sempre e viver a reconciliação querida por Nosso Senhor naquele monte chamado Calvário».

Dom Kelly encerra sua nota com a benção que Deus dirigiu a Moisés: «Que o Senhor te abençoe e te proteja. Que faça brilhar a luz de sua fase sobre ti e te conceda sua graça. Que o Senhor te mostre sua face e te conceda a paz».

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Solenidade de São Paulo, momento especial neste ano festivo

Cardeal Odilo Scherer fala sobre o 25 de janeiro na arquidiocese

SÃO PAULO, sexta-feira, 9 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- O arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Scherer, convida os fiéis da arquidiocese a participarem da festa do apóstolo Paulo, no dia 25 de janeiro, ocasião especial para celebrar o patrono da cidade neste ano a ele dedicado.

Em artigo difundido por sua arquidiocese esta semana, Dom Odilo considera que o dia 25 de janeiro será «um momento muito especial nas comemorações do Ano Paulino».

Na Catedral da Sé, às 10h, haverá missa presidida pelo núncio apostólico, Dom Lorenzo Baldisseri, que contará com a presença dos bispos da província eclesiástica.

«Queremos agradecer a Deus pela vida e a missão de nossa Arquidiocese», afirma o cardeal.

«Contando com a intercessão do nosso grande Patrono, São Paulo, vamos pedir a graça de um profundo amor a Jesus Cristo e à Igreja e de um renovado ardor missionário, para sermos, de fato, uma Igreja “discípula e missionária de Jesus Cristo na cidade” – nesta grande metrópole paulistana.»

Segundo o cardeal Scherer, no dia 25 de janeiro, em todas as igrejas da arquidiocese de São Paulo poderá ser concedida a bênção especial com a indulgência plenária, nas condições normalmente previstas.

Dom Odilo indica que em todas as paróquias e comunidades seja realizado um tríduo de preparação para a solenidade, como se fará na Catedral da Sé.

Na celebração solene na catedral, no dia 25, será lançado o 10° Plano de Pastoral da Arquidiocese.

«Isso quer significar que o 10º Plano é nossa “carta de intenções” sobre nossa presença e atuação na  Metrópole», explica Dom Odilo.

«“Deus habita esta cidade!” Como Igreja de Jesus Cristo, temos algo de bom a dizer a esta cidade imensa e uma contribuição positiva a dar para que ela seja cada vez mais humana e solidária, digna de Deus e dos seus filhos e filhas, que nela habitam.»

«O ano de 2009 será um tempo de acolhida e assimilação do 10° Plano – “Discípulos e Missionários de Jesus Cristo na cidade”», considera o cardeal.

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Portugal: presidente recebe núncio apostólico

LISBOA, sexta-feira, 9 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- O presidente de Portugal, Aníbal Cavaco Silva, recebeu ontem as cartas credenciais do novo núncio apostólico no país, Dom Rino Passigato, durante uma cerimônia que decorreu no Palácio de Belém, refere Agência Ecclesia.

O arcebispo italiano de 64 anos era núncio apostólico no Peru e foi nomeado como representante diplomático do Papa em Lisboa no dia 8 de novembro de 2008.

Dom Passigato sucede ao também italiano Dom Alfio Rapisarda, que teve sua renúncia por limite de idade aceita em setembro passado.

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