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Posted: 12 May 2009 06:04 AM PDT Não tive condições financeiras nem logísticas de ir ao show do Oasis. Como prêmio de consolação – e bota consolação nisso – acabei indo ao cinema assistir à estreia do roteirista Charlie Kaufman na direção de um filme. Não gastarei minha lábia tentando resumir a história de Sinédoque, Nova York, até porque qualquer tentativa seria em vão, tal a peculiaridade da trama. Quem assistiu a Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças e/ou Quero ser John Malkovich, dois dos filmes escritos por Kaufman, sabe do que estou falando. Os jogos metalinguísticos propostos pelo roteirista sempre me agradaram, até por conta da identificação com a obra deste vosso escriba, mas neste filme ele decidiu radicalizar, um pouco como eu tentei em Regressão, o meu segundo romance, ainda inédito. Tal como eu, porém, e sem a figura de um diretor para "atrapalhar", parece que desta vez ele exagerou, tanto no quebra-cabeças proposto ao espectador como na melancolia que contamina os personagens. Para a crítica, foi justamente a figura de um diretor "de verdade" que faltou ao filme. Eu discordo. Acho que ninguém além do próprio roteirista conseguiria levar essa história para as telas. O resultado pode até não ter sido o ideal, mas do ponto de vista criativo foi certamente o melhor. Classificação S&P: |
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