Malabo - A República de Angola apoia a proposta da criação do Fundo Africano para situacões de emergência de saúde pública , apresentado pelo director regional da OMS, Luís Gomes Sambo, que está em debate hoje, na 60ª sessão em Malabo, Guiné Equatorial.
Angop
Ministro da Saúde, José Van-Dúnem
Em declrações à Angop, o chefe da delegação angolana, o ministro da Saúde, José Van-Dúnem, disse que a criação do Fundo é oportuna, visto que a região africana debate-se com inúmeras calamidades e epidemias.
Acrescentou que o fundo é ainda importante porque os países da região possuem sistemas de saúde fragilizados, acesso aos cuidados primarios de saúde limitado.
Para o governante, o fundo vai aumentar a capacidade de resposta de uma organização, que é a OMS, que têm ajudado os países, principalmente numa altura em que denota uma redução drástica da economia a nível mundial.
Mas José Van-Dúnem defende discussões posteriores sobre alguns pontos constantes do projecto de resolução, tal como o montante que cada país deverá comparticipar.
Entretanto, alguns chefes de delegações e ministros da Saúde alegam que deverá ser revista a comparticipação, a gestão do fundo e que o mesmo não sirva apenas para financiar situações de emergência, mas também de prevenção.
Alguns propuseram que o escritorio regional encete contactos com outras organizacões internacionais para colher experiências, bem como que se realize um encontro de ministros das finanças dos países membros para se pronunciarem a propósito.
Por outro lado, grande parte dos participantes afirmaram que um fundo daquela dimensão é muito importante, porque países da região têm vivido situações de calamidade e epidemias onde se perdem muitas vidas humanas e que só com apoios de outros têm sabido contornar.
Luís Gomes Sambo defende que as sugestões dos delegados são pacificas, mas que deve-se ter em conta que o contexto de financiamento não é bom, pois há dificuldades orçamentais das agências internacionais que apoiam.
Acrescentou que o montante estipulado do fundo para a contribuição dos 46 estados membros não é comparável ao do fundo dos países da região americana, em que cada um comparticipa com o mesmo valor.
Por isso, apela à comprensão de todos, pois enquanto se espera, muitas vidas se perdem em África, devido a epidemias e calamidades muitas das quais provocadas pelo próprio homem.
Quanto à sugestão sobre a decisão dos ministros das Finanças, frisou que os titulares da saúde têm o papel fundamental de convencer os chefes de Estado, poís há reacção positiva de muitos deles e dever-se-ia aproveitar este fundo o mais rápido possível.
Entretanto aceita as sugestões de que se incorpore as contribuições apresentadas para se melhorar o documento e que se inclua a tabela das diferentes comparticipações de cada país.
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