quarta-feira, setembro 18, 2013

17 de Setembro 2013 – Agostinho Neto tem digno sucessor - Bornito de Sousa em Cabinda

Bornito de Sousa sublinhou que, daí para diante, José Eduardo dos Santos empenhou-se de imediato na conquista da paz em Angola e promoveu a reforma da economia do país, até então assente nos princípios do centralismo e da planificação vinculativa.
Discursando para centenas de pessoas no acto central do “Dia do Herói Nacional”, no pavilhão multiusos de Tafe, o ministro afirmou que o Presidente José Eduardo dos Santos impulsionou também a solidariedade com os povos da região, de que resultaram as independências do Zimbabwe e da Namíbia, o fim do regime do apartheid na África do Sul e a libertação de Nelson Mandela.
Bornito de Sousa acrescentou que o Presidente José Eduardo dos Santos promoveu igualmente a reconciliação nacional, a estabilidade política, a reconstrução das infra-estruturas básicas e o desenvolvimento económico de Angola.
“Aqui se enquadra um conjunto de iniciativas no sentido de desenvolver a província de Cabinda e melhorar a qualidade de vida da população”, disse o ministro, tendo enumerado a obra do porto de águas profundas do Buco Maze, a construção da central eléctrica de Malongo e de infra-estruturas integradas da cidade de Cabinda, entre outros empreendimentos.

17 de Setembro 2013 - Bornito de Sousa

Patriotismo de Neto

Sobre o Dia do Herói Nacional, Bornito de Sousa disse que António Agostinho Neto foi “um ilustre patriota e estadista africano condutor da luta armada de libertação nacional e se tornou primeiro Presidente de Angola, em 1975”. “Desde muito cedo António Agostinho Neto se entregou à causa da liberdade do seu povo e de todos os povos oprimidos do mundo”, ­acrescentou Bornito de Sousa. O ministro lembrou que o dia do Fundador da Nação e do Herói Nacional, comemorado ontem, foi instituído em 1980 pela então Assembleia do Povo, como reconhecimento dos seus feitos na condução da luta armada de libertação nacional e na corajosa proclamação da independência de Angola.
Bornito de Sousa referiu que o 17 de Setembro é “uma homenagem do povo angolano a todos os heróis da pátria que lutaram ou deram as suas vidas para hoje se viver numa sociedade independente e democrática”.

Palestra em Malange

A vida e obra do primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, foi enaltecida, na cidade de Malange, durante uma palestra com o tema “O papel de Neto na luta pela conquista da independência nacional”, no âmbito do Dia do Herói Nacional, celebrado ontem.
O director provincial da Educação, Ciência e Tecnologias, Gabriel Boaventura, disse que António Agostinho Neto “fortaleceu a unidade do Estado e da Nação”, e “defendeu o equilíbrio dos diferentes grupos e classes existentes no país” com vista à conquista da Independência Nacional. Na altura em que conhece as prisões, no Tarrafal, Cabo Verde, acrescentou o palestrante, Agostinho Neto já tinha iniciado, com os seus poemas, as acções de consciencialização do povo para a sua mobilização na luta contra o colonialismo.
Agostinho Neto nasceu na aldeia de Kaxicane, região de Catete, Icolo e Bengo, a 17 de Setembro de 1922, filho de Agostinho Neto, catequista da Missão americana em Luanda, mais tarde pastor e professor nos Dembos, e de Maria da Silva Neto, professora. Faleceu a 10 de Setembro de 1979, em Moscovo.

Percurso de Neto

A trajectória histórica da vida e obra do primeiro Presidente de Angola, Agostinho Neto, está patente numa exposição fotográfica inaugurada ontem, no Lubango, pela vice-governadora da Huíla para o Sector Político e Social, Maria João Tchipalavela. A exposição inclui fotografias de momentos ímpares da trajectória política, social, diplomática e familiar de Agostinho Neto e obras literárias da sua autoria para os estudantes, pesquisadores e interessados conhecerem mais sobre o estadista e líder angolano da luta contra o colonialismo.
Maria João Tchipalavela considerou que Agostinho Neto revelou capacidade de auto-renúncia para, num processo de altruísmo e amor, se afirmar como um dos ícones do movimento de libertação nacional em Angola, em África e no Mundo.
Lembrou que Agostinho Neto, como homem de cultura, político e humanista de renome internacional, dedicou a sua juventude à causa nobre dos angolanos, para retirar o povo da opressão e da exploração imposta pelo sistema colonial português.
“O dia 17 de Setembro passou a ser um dia de reflexão sobre a nossa conduta e contribuição para a superação dos actuais desafios. Devemos fazer uma avaliação individual e colectiva do nosso compromisso nas tarefas de construção e reconstrução do país”, disse. A vice-governadora defendeu maior participação dos cidadãos no processo de lançamento de alicerces fortes para a consolidação da angolanidade para o alcance da reconciliação nacional e garantia da integridade territorial de Cabinda ao Cunene.
“Inspirados nas ideias de Neto, devemos assumir o papel de continuadores e executores das suas ideias a fim de Angola ser um bom lugar para se viver. Encontrando-se o país num processo imparável de desenvolvimento em todos os domínios, Angola vai sempre ser a trincheira da revolução em África”, declarou Maria João Tchipalavela.
O acto central alusivo ao dia do Herói Nacional na Huíla teve lugar no município de Cacula, decorrendo sob lema “Honremos a ideias de Neto promovendo a coesão nacional para bem-estar dos angolanos”.

Homenagem aos heróis

A governadora da Lunda-Sul, Cândida Narciso, considerou necessário que os jovens dominem a História de Angola e homenageiem os heróis nacionais, a fim de garantirem o respeito e a promoção crescente da paz, coesão e unidade nacionais. Cândida Narciso, que falava em Saurimo numa palestra alusiva ao 17 de Setembro, Dia do Herói Nacional, incentivou a camada juvenil a apostar na investigação sobre a vida e obra de Agostinho Neto.
A governante fez uma síntese da biografia do Presidente Neto, ressaltando as etapas cruciais enfrentadas antes, durante e depois da luta de libertação nacional, que culminou com a proclamação da Independência, a 11 de Novembro de 1975.
Uma projecção de fotografias retratando António Agostinho Neto facilitou a compreensão dos participantes sobre as causas que ditaram o seu repetido encarceramento pelas autoridades coloniais. O compromisso do então distrito da Lunda em prol da liberdade e as motivações literárias de Neto foram assuntos focados pelos participantes no período reservado a perguntas e respostas.

Via|JA

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