domingo, julho 22, 2012

Atentados em Síria & Arábia Saudita: O renascer da guerra fria e os riscos globais, por Kingamba Mwenho

príncipe Bandar bin Sultan

A destabilização do Meio Oriente, levada a cabo por certas forças ocidentais e casas reais árabes, ainda pode provocar uma guerra sem control, envolvendo todos os países da região e sucessivamente as potências que os protegem: EUA, CHINA e Russia.

MORREU HOJE, num atentado "dinamitardo/IED" o novo chefe da SECRETA saudita, príncipe Bandar bin Sultan. Um atentado em grande estilo (western QAEDISTA), sem responsáveis directos, mas com todas as pistas abertas e já presuntos autores, destruiu a sede dos serviços secretos da Arábia Saudita. Para muitos sauditas, o mandante é o governo sírio com ajuda da inteligence iraniana, o inimigo número um. Este evento constitui um passo em avante verso uma recrudescência da guerra em Síria e destabilização de toda região.

Um facto análogo ocorreu em Síria, no dia 18 de Julho. Um atentado terrorista com material altamente sofisticado e dinâmica por explicar, decapitou a cúpula militar siriana, deixando no terreno o Ministro da Defesa, o general Daoud Rajha, o seu vice-ministro da pasta Assef Shawkat e Hafez Makhlouf, chefe do departamento de investigação dos serviços secretos. A dinâmica do atentado em Síria, muito se parece com a "Operação Valkiria", o plano alemão para assassinar Hitler e pôr fim a guerra. A operação alemã falhou, assim como a operação contra o Governo de Assad.

Diante dos dois actos, restam muitas perguntas por responder: quem os organizou e quais os fins reais destes atentados? Até onde a coligação Ocidente e casas reais árabes poderão insistir na mudança forçada do governo em Síria? O que fará Israel quando souber que Damasco deixará as suas armas químicas ao Hezbolah?

Um dado de facto conhecemos: Estados Unidos, Russia e China não se exporão completamente até quando as violências não fugirem totalmente do control das forças no terreno. Muito sangue ainda vai jorrar, as potência já estão no terreno com os seus homens de suporto tentando mudar as sortes da guerra.

Em Líbia o Ocidente desceu directamente em campo com homens e meios, desta vez Rússia e China não permitiram uma outra Resolução da ONU que deixasse espaços a vagas interpretações. Os rebeldes não podem contar com o apoio aérea da OTAN, a variável determinante em qualquer guerra moderna. Até lá, continuaremos a assistir uma guerra que se faz tanto na televisão e Youtube, tanto no terreno.

Para Angola restam as precauções a tomar. Boas políticas sociais, forças militares em prontidão combativa, sempre, e boas aleanças. Nem todos são nossos.

Ps: As agências bateram agora a notícia sobre a nova lei russa que mete ao bando as ONG's financiadas por organizações não identificadas.

Por Kingamba Mwenho

http://www.presstv.ir/detail/2012/07/22/252166/blast-hits-saudi-intelligence-building/

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