domingo, fevereiro 08, 2009

ZP090208

ZENIT

O mundo visto de Roma

Serviço diario - 08 de fevereiro de 2009



SANTA SÉ
Só a presença de Deus pode curar profundamente o homem, afirma Papa
Bento XVI: crianças que sofrem, grito silencioso que interpela a consciência
Papa e chanceler Merkel condenam Holocausto

MUNDO
Papa pede que a paz volte a Madagascar
D. Helder: sinal de esperança para os mais pobres, os que lutam pela justiça e a paz
Legião de Cristo reconhece e lamenta alguns fatos na vida de seu fundador
A Palavra na liturgia é um tesouro, afirma arcebispo

ANGELUS
Bento XVI: «obra de cura de Jesus prolonga-se na missão da Igreja»

DOCUMENTAÇÃO
Igreja deve estar próxima das crianças enfermas e suas famílias

Santa Sé

Só a presença de Deus pode curar profundamente o homem, afirma Papa

A ação da Igreja neste campo «mostra o rosto de Deus»

Por Inma Álvarez

CIDADE DO VATICANO, domingo, 8 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- O Papa dedicou hoje sua tradicional reflexão durante a oração do Ângelus, com os peregrinos congregados na Praça de São Pedro, a refletir sobre a enfermidade, em linha com a mensagem para a Jornada Mundial do Enfermo, que será celebrada na próxima quarta-feira. 

À luz do Evangelho do dia, o Papa recordou que «a experiência de cura dos enfermos ocupou boa parte da missão pública de Cristo e nos convida uma vez mais a refletir sobre o sentido e o valor da enfermidade em toda situação em que possa encontrar-se o ser humano». 

Bento XVI quis refletir sobre a realidade da enfermidade, que, «ainda que faça parte da existência humana, nunca conseguimos habituar-nos a ela».

A razão, explicou, não é que «às vezes chegue a ser pesada e grave», mas que «essencialmente estamos feitos para a vida, para a vida completa».

«Nosso «instinto interior» nos faz pensar em Deus como plenitude de vida, e mais, como Vida eterna e perfeita.

Quando somos provados pelo mal e nossas orações parecem resultar vãs, surgem em nós a dúvida e, angustiados, nos perguntamos: qual é a vontade de Deus?».

A esta profunda questão da existência humana quis responder Jesus com um sinal: as numerosas curas.

«Jesus não deixa dúvidas: Deus – do qual Ele mesmo revelou seu rosto – é o Deus da vida, que nos livra de todo mal», afirmou.

Neste sentido, as curas de Jesus «são sinais: guiam para a mensagem de Cristo, nos guiam para Deus e nos dão a entender que a verdadeira e mais profunda enfermidade do homem é a ausência de Deus, da fonte da verdade e do amor».

«Só a reconciliação com Deus pode dar-nos a verdadeira cura, a verdadeira vida, porque uma vida sem amor e sem verdade não seria verdadeira vida. O Reino de Deus é precisamente a presença de verdade e de amor, e assim é cura no profundo de nosso ser», acrescentou o Papa.

Ação da Igreja

Esta obra curativa de Jesus «se prolonga na Igreja», explica o Papa, mediante os sacramentos e mediante a assistência aos enfermos, que mostra «o rosto de amor de Deus».

«Quantos cristãos – sacerdotes, religiosos e leigos – emprestaram e querem continuar emprestando em todas as partes do mundo suas mãos, seus olhos e seus corações a Cristo, verdadeiro médico dos corpos e das almas!», acrescentou o Papa.

O Papa pediu especialmente «por todos os enfermos, especialmente pelos mais graves, que não podem de nenhuma forma prover a si mesmos, mas que dependem totalmente dos cuidados de outros».

«Que cada um deles possa experimentar, na solicitude de quem está perto, o poder do amor de Deus e a riqueza de sua graça que nos salva», concluiu.

Por sua parte, o Papa anunciou que na quarta-feira, Jornada Mundial do Enfermo, tem previsto encontrar-se com os enfermos e os peregrinos que irão à Basílica de São Pedro, e deu uma especial benção «a todos os enfermos, aos agentes de saúde e aos voluntários de todas partes do mundo».

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Bento XVI: crianças que sofrem, grito silencioso que interpela a consciência

«Os crentes não podem ficar indiferentes ante seu sofrimento»

Por Inma Álvarez

CIDADE DO VATICANO, domingo, 8 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- O Papa Bento XVI afirma que do sofrimento das crianças «se eleva um silencioso grito de dor que interpela a nossa consciência de homens e de crentes», um sofrimento diante do qual a comunidade cristã «adverte o imperioso dever de intervir». 

Assim afirma em sua mensagem, feita pública ontem, por ocasião da Jornada Mundial do Enfermo, que será celebrada na quarta-feira próxima, 11 de fevereiro. 

O Papa dedicou sua Mensagem deste ano às crianças enfermas, perante cujos sofrimentos a Igreja «não pode permanecer indiferente».

O cuidado das crianças enfermas constitui «um testemunho eloquente de amor à vida humana, de modo especial, à vida de quem é vulnerável e totalmente dependente dos outros».

«É preciso afirmar, com vigor, a absoluta e suprema dignidade de toda vida humana. Com o passar dos tempos, o ensinamento que a Igreja incessantemente proclama não muda: a vida humana é bela e deve ser vivida em plenitude, mesmo quando é frágil e envolvida no mistério do sofrimento», acrescentou.

As crianças são, afirma o Papa, «as criaturas mais frágeis e indefesas» e especialmente «as crianças enfermas e sofredoras», e se referiu não só àquelas que «levam em seu corpo as consequências de enfermidades que invalidam ou que lutam com males hoje ainda incuráveis», mas também as que sofrem as consequências do mal.

«Existem crianças feridas no corpo e na alma em conflitos e guerras, e outras ainda, vítimas inocentes do ódio de insensatas pessoas adultas. Existem meninos e meninas “de rua”, carentes do calor de uma família e abandonados a si mesmos; e menores profanados por pessoas sem escrúpulos, que violam a sua inocência, provocando sequelas psicológicas que as marcarão pelo resto da vida», afirmou.

Referiu-se também ao «incalculável número de menores que morrem por causas como sede, fome, carência de assistência sanitária, assim como os pequenos refugiados, fugiram das suas terras com os pais em busca de melhores condições de vida».

«De todas estas crianças, eleva-se um silencioso grito de dor que interpela nossas consciências de homens e cristãos», advertiu o Papa.

Neste sentido, o Papa pediu às dioceses e às paróquias «assumirem sempre mais a consciência de ser “família de Deus”, e as encoraje a tornar visível em aldeias, bairros e cidades, o amor do Senhor».

«Como escrevi na Encíclica «Deus Caritas Est», “A Igreja é a família de Deus no mundo. Nesta família, não deve haver ninguém que sofra por falta do necessário”», acrescentou. «Na própria Igreja enquanto família, nenhum membro sofra porque passa necessidade».

Dessa forma, o Papa pediu «uma colaboração mais estreita entre os profissionais da saúde que atuam em diversas instituições médicas e as comunidades eclesiais presentes no território».

Também fez um chamado «aos responsáveis das Nações para que sejam reforçadas as leis e medidas em favor de crianças doentes e de suas famílias».

«Sempre, e ainda mais quando a vida de crianças está em jogo, se faz disponível para oferecer a sua cordial colaboração, na intenção de transformar toda a civilização humana em civilização do amor», acrescentou.

A família da criança enferma

O Papa advertiu também sobre a necessidade de que as comunidades cristãs apoiem as famílias das crianças enfermas, moral e materialmente.

«A criança enferma pertence a uma família que compartilha seu sofrimento, frequentemente com graves dificuldades, as comunidades cristãs não podem deixar de ajudar os núcleos familiares atingidos», afirmou.
Invocando o exemplo do Bom Samaritano, mas também da compaixão de Jesus para pais de crianças gravemente enfermas, o Papa pede aos cristãos que «ofereçam o apoio de uma solidariedade concreta» a estas famílias «tão duramente provadas». 

«Desta forma, a aceitação e a partilha do sofrimento se traduzem em útil apoio às famílias das crianças doentes, gerando nestas um clima de serenidade e esperança, e fazendo sentir a seu redor uma ampla família de irmãos e irmãs em Cristo».

Esta ajuda «pressupõe um amor desinteressado e generoso, reflexo e sinal do amor misericordioso de Deus, que nunca abandona seus filhos na provação, mas lhes oferece sempre admiráveis recursos de coração e inteligência para serem capazes de enfrentar adequadamente as dificuldades da vida», acrescentou.

O Papa convida as famílias com crianças enfermas «a dirigir o olhar para Jesus crucificado» em cujo «sofrimento por amor entrevemos uma suprema co-participação nas penas das crianças enfermas e de seus pais».

Recordou também a cartaSalvifici doloris, de João Paulo II, a quem considera «um exemplo luminoso especialmente no ocaso de sua vida» de aceitação do sofrimento. 

«Na Cruz está o 'Redentor do homem', o Homem das dores, que assumiu sobre si os sofrimentos físicos e morais dos homens de todos os tempos, para que estes possam encontrar no amor o sentido salvífico dos próprios sofrimentos e respostas válidas para todas as suas interrogações», citou o Papa.

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Papa e chanceler Merkel condenam Holocausto

Por Inma Álvarez

CIDADE DO VATICANO, domingo, 8 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- Bento XVI e a chanceler alemã Angela Merkel mantiveram uma conversa telefônica na qual mostraram sua coincidência na visão sobre a Shoá como advertência à humanidade, segundo explicou neste domingo a Santa Sé através de um comunicado. 

A conversa aconteceu a pedido da senhora Merkel, cristã protestante, e se desenvolveu «em um clima de grande respeito», no qual tanto o Papa como a chanceler «expressaram seus respectivos pontos de vista», afirma a nota.

Esta conversa, segundo declararam conjuntamente os dois porta-vozes, o senhor Ulrich Wilhelm pela parte alemã e o Pe. Federico Lombardi, S.J. pela parte vaticana, foi «cordial e construtiva» e esteve «marcada pela comum e profunda adesão à advertência sempre válida da Shoá para a humanidade».

Ambos falaram, segundo explica a nota, sobre as declarações realizadas pelo Papa Bento XVI em 28 de janeiro passado, ao término da audiência geral, e sobre as de Ángela Merkel na terça-feira passada.

Nessa ocasião, o Papa havia pronunciado um comunicado, no qual afirmava que a Shoá devia ser para todos» uma advertência contra o esquecimento, contra a negação e o reducionismo».

O Papa afirmava ter «na memória as imagens recolhidas em minhas repetidas visitas a Auschwitz, um dos campos de concentração nos quais se consumou o brutal massacre de milhões de hebreus, vítimas inocentes de um cego ódio racial e religioso».

«Enquanto renovo com afeto a expressão de minha total e indiscutível solidariedade com nossos irmãos destinatários da Primeira Aliança, desejo que a memória da Shoá leve a humanidade a refletir sobre o imprevisível poder do mal quando conquista o coração do homem», acrescentava.

Estas declarações haviam sido consideradas como «insuficientes» segundo declarou na terça-feira passada, 3 de fevereiro, Ángela Merkel.

«Por parte do Vaticano e do Papa tem que ficar definitivamente claro que não se permite o negacionismo e que deve haver um trato positivo com o judaísmo», havia afirmado a chanceler alemã.

Esse mesmo dia, o porta-voz vaticano, padre Lombardi, explicava em declarações a Rádio Vaticano que o Papa «reconhece e condena com total clareza o Holocausto do povo judeu nos tempos do nazismo», em resposta às declarações de Merkel.

No dia seguinte, a Secretaria de Estado vaticana publicava uma nota na qual explicava que Bento XVI «desconhecia a postura do bispo Richard Williamson sobre a Shoá no momento de revogar a excomunhão», e portanto este «deveria tomar de modo absolutamente inequívoco e público distância» delas antes de ser «admitido às funções episcopais na Igreja».

Na quinta-feira passada Merkel considerou «um bom sinal» a decisão do Papa de exigir do bispo Williamson que peça desculpas por negar o Holocausto nazista. «A atitude do Vaticano deixa claro que negar esta tragédia não se pode permitir sem esperar consequências. As relações entre as comunidades judaicas e as Igrejas cristãs só podem chegar a bom porto sem negar o Holocausto e sem antissemitismo», afirmou a chanceler, filha de um pastor protestante.

Por outro lado, segundo publicou nesse sábado a imprensa alemã, o bispo Richard Williamson teria se negado a retratar-se «enquanto não se encontrem as provas históricas» que contrastem sua tese sobre o ocorrido nos campos de extermínio nazistas.

Nestas declarações, publicadas pelo jornal alemão Der Spiegel, o bispo reiterou suas críticas ao Concílio Vaticano II.

Em contraste com esta postura, na sexta-feira passada, a Fraternidade Sacerdotal São Pio X fez pública a expulsão de um de seus membros, o sacerdote Floriano Abrahamovicz, por parte de seu superior italiano, Davide Pagliarani, «por graves motivos de disciplina».

Abrahamowicz é conhecido na Itália por suas declarações contra o Concílio e por sua afirmação de que as câmaras de gás «só serviam para desinfetar».

Segundo a nota da Fraternidade, «a expulsão, ainda que dolorosa, foi necessária para evitar que seja uma vez mais distorcida a imagem da Fraternidade de São Pio X e, por consequência, ferida sua obra ao serviço da Igreja».

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Mundo

Papa pede que a paz volte a Madagascar

Hoje durante a oração do Ângelus

CIDADE DO VATICANO, domingo, 8 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- O Papa fez hoje um chamado à paz diante das «fortes tensões políticas que provocaram também distúrbios populares» em Madagascar, durante as saudações após a oração do Ângelus aos peregrinos congregados na Praça de São Pedro. 

O Papa se mostrou «vivamente preocupado com o período particularmente crítico que o país está atravessando», e convidou todos os católicos a unirem-se com a oração às iniciativas da Igreja local para ajudar a superar a crise. 

Especialmente, se referiu à jornada de oração convocada para hoje pelos bispos da ilha, «em favor da reconciliação nacional e da justiça social».

Em seu apelo, o Papa reza pelos mortos nas manifestações e pede «a volta à concórdia dos ânimos, à tranquilidade social e à convivência civil».

Bento XVI soma assim sua voz ao esforço que está levando adiante a Conferência Episcopal de Madagascar para acabar com a situação de violência que levou ao confronto entre o presidente do país, Marc Ravalomanana, e o seu principal opositor, o ex-prefeito da capital, Antananarivo, Andry Rajoelina.

A crise começou em 26 de janeiro passado, quando o ex-prefeito Rajoelina acusou publicamente o presidente de desvio de fundos e violação da Constituição, e pediu sua destituição imediata, o que causou uma forte tensão no país, com manifestações e choques contra as forças de segurança.

A última manifestação, ontem, provocou trinta mortos e uma centena de feridos, por disparos da guarda presidencial, segundo o diário malgache «La Gazette».

Os bispos locais estão tentando há dias mediar entre ambas partes. Ontem, segundo informou Rádio Vaticano, se reuniram com representantes de Ravalomanana e Rajoelina para tentar uma saída negociada à crise. 

Dom Fulgence Rabemahafaly, presidente da Conferência episcopal, se dirigiu pessoalmente à cidade de Ambatobe para exortar Rajoelina a «eleger a via do diálogo». Esforços similares estão realizando o Núncio apostólico, Dom Augustine Kasujja, e os representantes das outras confissões cristãs.

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D. Helder: sinal de esperança para os mais pobres, os que lutam pela justiça e a paz

Presidente da CNBB presidiu à missa pelo centenário de nascimento do arcebispo

RECIFE, domingo, 8 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- «Nesta comemoração do centenário de nascimento de Dom Helder Camara, damos graças a Deus pelo dom de sua vida, repleta de sabedoria, profetismo e doação à Igreja e aos irmãos.»

Com essas palavras, o presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), Dom Geraldo Lyrio Rocha, iniciou sua homilia na missa do centenário de nascimento do ex-arcebispo de Olinda e Recife, em frente à igreja das Fronteiras, em Recife, ontem.

«Aos 90 anos de idade, em 1999, Dom Hélder partiu para o encontro definitivo com o Pai. Mas, aqui na terra, ele já estava “em suas mãos”, conforme dizia seu lema episcopal», afirmou Dom Geraldo.

Dom Helder nasceu em Fortaleza, a 7 de fevereiro de 1909. Foi nomeado bispo auxiliar do Rio de Janeiro em 1952. Em 1964, foi nomeado arcebispo de Olinda e Recife.

Segundo o presidente da CNBB, dois fatores significativos acentuavam a importância fundamental da presença de Dom Helder naquele momento no Nordeste brasileiro.

«No campo socioeconômico, o golpe militar de 1964; no campo eclesial, o Concílio Ecumênico Vaticano II em sua extraordinária perspectiva de renovar a Igreja diante dos grandes desafios dos tempos atuais.»

Dom Geraldo Lyrio explicou que, para o regime militar, «eram já conhecidas as posições de Dom Helder, tanto pela sua atuação na cidade do Rio de Janeiro, como pelos seus posicionamentos em nível nacional, especialmente na defesa dos direitos dos pobres, na promoção da justiça, da democracia e da liberdade de expressão».

«Ao chegar à arquidiocese de Olinda e Recife, Dom Helder dirige sua mensagem de pastor, abre o coração aos seus diocesanos e procura desarmar os espíritos.»

«Seus pronunciamentos, homilias e iniciativas pastorais começam a incomodar o regime militar que o condenou, em 1970, a ser silenciado pelos meios de comunicação de todo o país», recorda.

Se por um lado –prossegue o presidente da CNBB–, «a atitude dos militares limita sua ação de pastor diocesano, por outro lado, o lançava na missão profética além das fronteiras do Brasil, com convites insistentes para fazer conferências em muitas partes do mundo».

«Sua presença irradiava confiança e suas palavras sedimentavam a mística do compromisso evangélico. Sendo por vezes sinal de contradição, não deixava de ser sinal de esperança, sobretudo para os mais pobres e para todos aqueles que lutam pela justiça e pela paz.»

De acordo com Dom Geraldo Lyrio, durante o Vaticano II, Dom Helder soube aproveitar a oportunidade dos contatos com todos os episcopados do mundo.

«Esse papel singular que soube desempenhar durante o Concílio lhe oferecia a possibilidade de tornar-se missionário do mundo, como peregrino da justiça e da paz.»

Dom Geraldo prossegue explicando que Dom Helder travou um relacionamento especial de amizade com os bispos que tinham maior sensibilidade para a problemática do “Terceiro Mundo”.

«Neste contexto, surge o famoso grupo de bispos, provenientes de todos os continentes, que se encontrava, a cada sexta-feira, para refletir sobre a missão da Igreja junto aos pobres e a necessidade de a Igreja ser sinal do Cristo pobre.»

Ao final do Concílio –afirma o presidente da CNBB–, «no dia 16 de novembro de 1965, quarenta bispos de várias partes do mundo reuniram-se numa catacumba em Roma e assinaram o Pacto das Catacumbas. Cada um assumia o compromisso de viver pobre, rejeitar as insígnias, símbolos e privilégios do poder e a colocar os prediletos de Deus no centro de seu ministério episcopal, explicitando assim a evangélica opção pelos pobres.»

«Dom Helder tinha como lema missionário o versículo da carta de São Paulo aos Romanos: “esperando contra toda esperança, como Abraão” (Rm 4, 18). Para tanto, em suas viagens internacionais, estimulava as minorias abraâmicas, - semeando grupos em todos os continentes.»

«As minorias abraâmicas eram formadas por aquelas pessoas que esperavam, apesar dos pesares, com firmeza permanente, se comprometendo com a construção de uma sociedade justa e fraterna. Era a não violência ativa», afirma.

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Legião de Cristo reconhece e lamenta alguns fatos na vida de seu fundador

A Congregação pede perdão

ROMA, domingo, 8 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- «Alguns aspectos da vida do Pe. Marcial Maciel eram incompatíveis com o sacerdócio», afirmou Jim Fair, porta-voz da congregação religiosa nos Estados Unidos.

Após as notícias terem sido publicadas em alguns meios de comunicação dos Estados Unidos e em outros países, os Legionários de Cristo atenderam Zenit.

«Entristece-nos profundamente ter conhecido a existência desses fatos e o mal que esta notícia possa causar a algumas pessoas. Pedimos perdão, como seus filhos espirituais e como instituição», afirmou Pe. Alexandre Paccioli, LC, porta-voz da congregação no Brasil.

O Pe. Paccioli revelou a Zenit que aconteceram alguns fatos na vida do fundador que são surpreendentes e que são difíceis de compreender.

De acordo com o porta-voz, os legionários de Cristo continuam apreciando todo o bem que receberam de herança de seu fundador. «Independentemente de quais tenham sido as fraquezas humanas do Pe. Maciel, nós estamos agradecidos por ter recebido o carisma através dele». 

«Os Legionários de Cristo e os membros do Movimento Regnum Christi reafirmam ainda seu compromisso de servir à Igreja e à sociedade, com todas as forças, unidos em Cristo», afirma Paccioli, agradecendo todas as mensagens de apoio que têm chegado à Congregação de diversas partes do mundo.

«Um dos mistérios que todos nós vemos na vida é que Deus faz o bem com instrumentos humanos imperfeitos», acrescenta. 

O Pe. Marcial Maciel fundou os Legionários de Cristo em 1941 e renunciou à reeleição como diretor geral em 2005. Sucedeu-lhe no cargo o Pe. Álvaro Corcuera. 

Em maio de 2006, após ter investigado acusações referentes ao Pe. Maciel, a Congregação para a Doutrina da Fé «decidiu – levando em consideração tanto a idade avançada do Pe. Maciel como sua frágil saúde – renunciar a um processo canônico e convidar o padre a uma vida reservada de oração e penitência, renunciando a todo ministério público». 

Nessa ocasião, a nota vaticana reconhecia «com gratidão o benemérito apostolado dos Legionários de Cristo e da associação Regnum Christi». 

No mundo, há cerca de 800 sacerdotes legionários de Cristo e 2.500 seminaristas. O movimento de apostolado Regnum Christi, fundado pelo Pe. Maciel, está formado por cerca de 70 mil membros, jovens e adultos, diáconos e sacerdotes e possui obras de apostolado atuantes em todas as áreas da sociedade.

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A Palavra na liturgia é um tesouro, afirma arcebispo

Dom Joviano de Lima Júnior palestrou no Curso para Bispos, no Rio de Janeiro

BRASÍLIA, domingo, 8 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- «Cristo está presente quando se lê as Escrituras. Portanto, a Palavra na liturgia é um tesouro. É através dela que Deus vem ao encontro do seu povo e lhe fala ao coração», afirma o bispo responsável pela Comissão para a Liturgia da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).

Ao falar nessa quinta-feira no Curso Anual para Bispos promovido pela arquidiocese do Rio de Janeiro –evento encerrado na sexta-feira–, o arcebispo de Ribeirão Preto (São Paulo) destacou que o bispo «deve ser servidor da Palavra viva de salvação e deve ensinar os caminhos e conceitos do Senhor».

Segundo informações do portal da arquidiocese do Rio, Dom Joviano de Lima Júnior falou sobre o tema «A Sagrada Escritura na vivência da Liturgia». O arcebispo foi um dos delegados brasileiros na assembleia do Sínodo sobre a Palavra de Deus, realizado em outubro passado em Roma.

Dom Joviano afirmou que é preciso viver intensamente a Palavra de Deus e destacou o poder de comunicação que Deus tem com o seu povo.

«É a Palavra de Deus que ilumina nosso caminhar na fé. É a partir dela que a Igreja Católica cresce, se constrói. Por isso, é importante que tudo o que seja celebrado na Liturgia seja transferido para o cotidiano. A liturgia é por natureza a pura comunicação», disse Dom Joviano.

Na sequência da fala de Dom Joviano, palestrou Dom Fernando Antônio Figueiredo, bispo da diocese de Santo Amaro (São Paulo), sobre o tema «A Palavra de Deus e as Missões».

Segundo Dom Fernando Figueiredo, a Palavra de Deus «é a força de salvação para todos os homens, ela é um fundamento da vida».

«Toda Palavra é a própria voz do Divino, e um pregador dela é um profeta de Deus, nele se resplandece a face de Jesus Cristo. Não há conversão verdadeira sem uma constante leitura dessa Palavra.»

De acordo com o bispo, «ser cristão e seguidor do Senhor é ser um missionário. A Palavra é o poder divino que impulsiona os cristãos e que leva ao crescimento interior, por isso deve ser propagada».

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Angelus

Bento XVI: «obra de cura de Jesus prolonga-se na missão da Igreja»

Hoje durante a oração do Ângelus

CIDADE DO VATICANO, domingo, 8 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- Oferecemos a seguir a intervenção do Papa Bento XVI hoje durante a oração do Ângelus junto aos fiéis congregados na Praça de São Pedro. 

* * *

Queridos irmãos e irmãs, 

Hoje o Evangelho (cfr Mc 1,29-39) – em estreita continuidade com o domingo passado – nos apresenta Jesus, que, após ter pregado no sábado na singagoga de Cafarnaum, curou muitos enfermos, começando pela sogra de Simão. Entrou em sua casa, encontrou-a na cama com febre e, em seguida, tomando-a pela mão, curou-a e a fez levantar-se. Depois do pôr do sol, curou uma multidão de pessoas afligidas por males de todo tipo. A experiência da cura dos enfermos ocupou boa parte da missão pública de Cristo e nos convida uma vez mais a refletir sobre o sentido e o valor da enfermidade em toda situação em que possa encontrar-se o ser humano. Esta oportunidade nos vem oferecida também pelo Dia Mundial do Doente, que celebraremos na próxima quarta-feira, 11 de fevereiro, memória litúrgica da Beata Virgem Maria de Lourdes.

Apesar da enfermidade formar parte da existência humana, nunca conseguimos habituar-nos a ela, não só porque às vezes chega a ser pesada e grave, mas essencialmente porque estamos feitos para a vida, para a vida completa. Justamente nosso «instinto interior» nos faz pensar em Deus como plenitude de vida, e mais, como Vida eterna e perfeita. Quando somos provados pelo mal e nossas orações parecem resultar vãs, surgem em nós a dúvida e, angustiados, nos perguntamos: qual é a vontade de Deus? É precisamente a esta pergunta que encontramos respostas no Evangelho. Por exemplo, na passagem de hoje lemos que «Ele curou muitos que estavam oprimidos de diversas doenças, e expulsou muitos demônios. Não lhes permitia falar, porque o conheciam» (Mc 1, 34); em outra passagem de São Mateus se diz que «Jesus percorria toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino, curando todas as doenças e enfermidades entre o povo» (Mt 4, 23). Jesus não deixa dúvidas: Deus – do qual Ele mesmo revelou seu rosto – é o Deus da vida, que nos livra de todo mal. Os sinais deste poder seu de amor são as curas que realiza: demonstra assim que o Reino de Deus está perto restituindo os homens e mulheres a sua plena integridade de espírito e de corpo. Digo que estas curas são sinais: guiam para a mensagem de Cristo, nos guiam para Deus e nos dão a entender que na verdade a mais profunda enfermidade do homem é a ausência de Deus, da fonte da verdade e do amor. E só a reconciliação com Deus pode dar-nos a verdadeira cura, a verdadeira vida, porque uma vida sem amor e sem verdade não seria verdadeira cura, a verdadeira vida, porque uma vida sem amor e sem verdade não seria verdadeira vida. O Reino de Deus é precisamente a presença de verdade e de amor, e assim é cura no profundo de nosso ser.

Graças à ação do Espírito Santo, a obra de Jesus se prolonga na missão da Igreja. Mediante os Sacramentos é Cristo quem comunica sua vida à multidão de irmãos e irmãs, enquanto cura e conforta inumeráveis enfermos através das tantas atividades de assistência à saúde que as comunidades cristãs promovem com caridade fraterna mostrando assim o rosto de Deus, seu amor. É verdade: quantos cristãos – sacerdotes, religiosos e leigos – emprestaram e querem continuar emprestando em todas as partes do mundo suas mãos, seus olhos e seus corações a Cristo, verdadeiro médico dos corpos e das almas! Oremos por todos os enfermos, especialmente pelos mais graves, que não podem de nenhuma forma prover a si mesmos, mas que dependem totalmente dos cuidados de outros; que cada um deles possa experimentar, na solicitude de quem está perto, o poder do amor de Deus e a riqueza de sua graça que nos salva. Maria, saúde dos enfermos, rogai por nós.

[Depois do Ângelus, disse:]

Nestas semanas se estão registrando em Madagascar fortes tensões políticas que provocaram também distúrbios populares. Por isso, os bispos da ilha convocaram para hoje uma jornada de oração em favor da reconciliação nacional e da justiça social. Vivamente preocupado pelo período particularmente crítico que o país está atravessando, vos convido a unir aos católicos de lá para confiar ao Senhor os mortos nas manifestações e para invocar d'Ele, por intercessão de Maria Santíssima, a volta à concórdia dos ânimos, à tranquilidade social e à convivência civil.

Como assinalava há um momento, em 11 de fevereiro próximo, memória da Beata Virgem Maria de Lourdes, celebra-se a Jornada Mundial do Enfermo. Pela tarde, encontrarei os enfermos e os demais peregrinos na Basílica de São Pedro, depois da Santa Missa que o presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral no Campo da Saúde, cardeal Lozano Barragán, presidirá. Desde agora, asseguro minha especial benção a todos os enfermos, aos agentes de saúde e aos voluntários de todas as partes do mundo.

[Traduzido por Zenit]

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Documentação

Igreja deve estar próxima das crianças enfermas e suas famílias

Mensagem do Papa para o Dia Mundial do Doente

CIDADE DO VATICANO, domingo, 8 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- Oferecemos a seguir a Mensagem do Papa Bento XVI com motivo do XVII Dia Mundial do Doente, difundida ontem pela Santa Sé, e que neste ano se celebrará no âmbito diocesano. A tradução ao português é de Rádio Vaticano, com Agência Ecclesia.

* * *

"Queridos irmãos e irmãs

No Dia Mundial do Enfermo, que celebramos em 11 de Fevereiro, memória litúrgica da Bem-aventurada Maria, Virgem de Lurdes, as Comunidades diocesanas reúnem-se com os seus bispos em momentos de oração, para reflectir e programar iniciativas de sensibilização sobre as realidades do sofrimento. O Ano Paulino, que estamos celebrando, oferece a ocasião propícia para determo-nos e meditarmos com o Apóstolo Paulo sobre o facto que, “assim como os sofrimentos de Cristo são copiosos para nós, assim também por Cristo é copiosa a nossa consolação” (2 Cor 1,5).

A relação espiritual com Lurdes evoca também a materna solicitude da Mãe de Jesus pelos irmãos de seu Filho “que, entre perigos e angústias, caminham ainda na terra, até chegarem à pátria bem-aventurada” (Lumen Gentium, 62).

Este ano, a nossa atenção se dirige particularmente às crianças, criaturas mais frágeis e indefesas; e entre elas, às crianças enfermas e sofredoras. Pequenos seres humanos levam em seus corpos consequências de enfermidades que causam invalidez; outros lutam contra males hoje ainda incuráveis, não obstante o progresso da medicina e a assistência de válidos cientistas e profissionais do campo da saúde. Existem crianças feridas no corpo e na alma em conflitos e guerras, e outras ainda, vítimas inocentes do ódio de insensatas pessoas adultas. Existem meninos e meninas “de rua”, carentes do calor de uma família e abandonados a si mesmos; e menores profanados por pessoas sem escrúpulos, que violam a sua inocência, provocando sequelas psicológicas que as marcarão pelo resto da vida.

Não podemos ignorar o incalculável número de menores que morrem por causas como sede, fome, carência de assistência sanitária, assim como os pequenos refugiados, fugiram das suas terras com os pais em busca de melhores condições de vida. De todas estas crianças, eleva-se um silencioso grito de dor que interpela nossas consciências de homens e cristãos.

A comunidade cristã, que não pode ficar indiferente diante de situações tão dramáticas, sente o dever premente de intervir. Com efeito, como escrevi na Encíclica «Deus Caritas Est», “A Igreja é a família de Deus no mundo. Nesta família, não deve haver ninguém que sofra por falta do necessário” (25, b). Auspicio, portanto, que o Dia Mundial do Enfermo ofereça também a oportunidade às comunidades paroquiais e diocesanas de assumirem sempre mais a consciência de ser “família de Deus”, e as encoraje a tornar visível em aldeias, bairros e cidades, o amor do Senhor, que pede que “na própria Igreja enquanto família, nenhum membro sofra porque passa necessidade.” (ibid.). O testemunho da caridade faz parte da própria vida de toda comunidade cristã. Desde os seus inícios, a Igreja traduziu os princípios evangélicos em gestos concretos, como lemos nos Actos dos Apóstolos. Hoje, apesar das novas condições de assistência sanitária, sente-se a necessidade de uma colaboração mais estreita entre os profissionais da saúde que actuam em diversas instituições médicas e as comunidades eclesiais presentes no território. Nesta perspectiva, confirma-se todo o seu valor do Hospital Pediátrico Menino Jesus, instituição ligada à Santa Sé que celebra este ano 140 anos de vida.

Vamos além. Visto que toda criança enferma pertence a uma família que compartilha seu sofrimento, frequentemente com graves dificuldades, as comunidades cristãs não podem deixar de ajudar os núcleos familiares atingidos pela doença de um filho ou filha. Seguindo o exemplo do “Bom Samaritano”, é preciso inclinar-se às pessoas tão duramente provadas e oferecer-lhes o amparo de uma solidariedade concreta. Desta forma, a aceitação e a partilha do sofrimento se traduzem em útil apoio às famílias das crianças doentes, gerando nestas um clima de serenidade e esperança, e fazendo sentir a seu redor uma ampla família de irmãos e irmãs em Cristo. A compaixão de Jesus pelo pranto da viúva de Nain (cfr Lc 7,12-17) e pela implorante oração de Jairo (cfr Lc 8,41-56) são, entre outras coisas, pontos de referência para aprender a compartilhar os momentos de aflição física e moral de tantas famílias. Tudo isso pressupõe um amor desinteressado e generoso, reflexo e sinal do amor misericordioso de Deus, que nunca abandona seus filhos na provação, mas lhes oferece sempre admiráveis recursos de coração e inteligência para serem capazes de enfrentar adequadamente as dificuldades da vida.

A dedicação quotidiana e o empenho contínuo ao serviço das crianças enfermas constituem um testemunho eloquente de amor à vida humana, de modo especial, à vida de quem é vulnerável e totalmente dependente dos outros. É preciso afirmar, com vigor, a absoluta e suprema dignidade de toda vida humana. Com o passar dos tempos, o ensinamento que a Igreja incessantemente proclama não muda: a vida humana é bela e deve ser vivida em plenitude, mesmo quando é frágil e envolvida no mistério do sofrimento. É a Jesus, crucificado, que devemos dirigir o nosso olhar: morrendo na Cruz, Ele quis compartilhar a dor de toda a humanidade. Em seu ‘sofrer por amor’, percebemos uma suprema co-participação aos sofrimentos dos pequenos doentes e de seus pais. Meu venerado predecessor, João Paulo II, que ofereceu um exemplo luminoso da aceitação paciente do sofrimento, especialmente no final de sua vida, escreveu: “Na Cruz está o «Redentor do homem», o Homem das dores, que assumiu sobre si os sofrimentos físicos e morais dos homens de todos os tempos, para que estes possam encontrar no amor o sentido salvífico dos próprios sofrimentos e respostas válidas para todas as suas interrogações " (Salvifici doloris, 31).

Desejo agora expressar o meu apreço e encorajamento às Organizações internacionais e nacionais que assistem as crianças doentes, especialmente nos países pobres, e que com generosidade e abnegação, oferecem a sua contribuição para assegurar-lhes cuidados adequados e amorosos. Ao mesmo tempo, dirijo um apelo aos responsáveis das Nações para que sejam reforçadas as leis e medidas em favor de crianças doentes e de suas famílias. A Igreja, por sua vez, como sempre, e ainda mais quando a vida de crianças está em jogo, se faz disponível para oferecer a sua cordial colaboração, na intenção de transformar toda a civilização humana em «civilização do amor» (cfr Salvifici doloris, 30).

Concluindo, gostaria de expressar a minha proximidade espiritual a todos vocês, queridos irmãos e irmãs que sofrem por alguma enfermidade. Dirijo uma saudação carinhosa às pessoas que os assistem: Bispos, sacerdotes, pessoas consagradas, agentes de saúde, voluntários e todos os que se dedicam com amor a curar e aliviar o sofrimento de quem é atingido pela doença. Uma saudação toda especial a vocês, queridas crianças enfermas e que sofrem: o Papa as abraça com carinho paterno, assim como a seus pais e familiares, e lhes assegura uma recordação na oração, convidando-os a confiar na materna ajuda da Imaculada Virgem Maria, que contemplamos mais uma vez no último Natal enquanto abraçava com alegria o Filho de Deus feito menino. Ao invocar para vocês e para todos os enfermos a materna protecção da Virgem Santa, Saúde dos Enfermos, concedo a todos, de coração, uma especial Bênção Apostólica".

Vaticano, 2 de Fevereiro de 2009

Tradução Rádio Vaticano com Agência ECCLESIA

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