ZENIT
O mundo visto de Roma
Serviço diario - 10 de fevereiro de 2009
SANTA SÉ
Santa Sé apresenta congresso sobre teoria da evolução à luz da fé
Arcebispo Celli: papel de Deus na mídia
MUNDO
Pastoral, olhar de discípulos e missionários de Cristo
Igreja na Colômbia continua disposta ao diálogo
Cristãos pensam em voltar ao Iraque após eleições
Movimento universitário reunirá 10 mil jovens em São Paulo
Espanha: peregrinação para pedir vocações
Anuncia-se encontro de jovens de Taizé em Sevilha
Argentina recorda o cardeal Pironio, 11 anos após sua morte
DOCUMENTAÇÃO
XIII Dia Mundial da Vida Consagrada
Santa Sé apresenta congresso sobre teoria da evolução à luz da fé
Por ocasião dos 200 anos de Charles DarwinPor Carmen Elena Villa
CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 10 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- A Santa Sé está preparando um congresso com especialistas do mais alto nível, que busca mostrar «a fé e a ciência como complementares e não como incompatíveis, e restabelecer este diálogo na diversidade».
A iniciativa, «Evolução biológica, fatos e teorias» (Biological evolution, facts and theories), foi apresentada nesta terça-feira em uma coletiva de imprensa no Vaticano pelo arcebispo Gianfranco Ravasi, presidente do Conselho Pontifício para a Cultura.
O evento se realizará de 3 a 7 de março, na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma. Está organizado por esta instituição e pela universidade de Notre Dame de Indiana (Estados Unidos) e conta com o apoio do Conselho Pontifício para a Cultura.
O encontro acadêmico será realizado como comemoração dos 200 anos do nascimento de Charles Darwin, que se cumprem na próxima quinta-feira, e os 150 anos da publicação de sua obra «A origem das espécies».
«Não se trata de uma celebração em honra do cientista inglês; trata-se simplesmente de analisar um evento que marcou para sempre a história da ciência e que influiu no modo de compreender nossa própria humanidade», assegurou o professor Marc Leclerc S.J., diretor do congresso, durante sua apresentação.
Um reto olhar da ciência e da teologia
Durante as nove sessões deste evento, que se realizarão em quatro dias, os acadêmicos proporão a reconciliação entre os termos «criação junto com evolução, sem converter a primeira em uma teoria científica nem reduzir a segunda a um dogma», segundo diz o boletim de apresentação.
Cientistas, teólogos e filósofos especialistas de diferentes universidades do mundo falarão da relação entre ciência, teologia e filosofia e exporão como cada uma destas áreas representa um campo diferente do saber.
Analisarão também o fato de que uma conjunção errada dos termos possa causar confusão e controversas ideológicas que afetaram tanto a teologia como a ciência.
O congresso, por sua vez, pretende propor uma reflexão filosófica que ressalte a colaboração tanto da ciência como da teologia, mostrando os pontos de convergência que podem ser integrados.
Os assistentes poderão refletir, assim, sobre a complexidade dos problemas causados pelo divórcio entre criação e evolução, a distinção dos termos e também sua justa articulação racional.
A estrutura do congresso
Na primeira sessão se exporão os fatos essenciais sobre os quais se apresenta a teoria da evolução, unidos à paleontologia, à sistemática e à biologia molecular. Procurarão também analisar vários aspectos da teoria da evolução, à luz de seu desenvolvimento, do debate ideológico e das questões relacionadas com a teologia bioevolutiva.
As duas sessões serão dedicadas ao estudo científico dos mecanismos da evolução, essenciais para cada teoria interpretativa, e que querem dar razão dos fatos observados. A quarta sessão, por sua parte, estudará as teorias científicas sobre a origem do homem.
O ponto central do congresso estará na 5ª sessão, que procura dar uma visão interdisciplinar aos diferentes ramos do saber sobre a evolução e suas questões antropológicas. Posteriormente, duas sessões filosóficas buscarão analisar as implicações racionais da teoria, tanto no campo epistemológico como no metafísico ou no da filosofia da natureza.
As últimas duas sessões estão relacionadas ao aspecto teológico da evolução do ponto de vista da fé cristã, partindo de uma exegese dos textos da Bíblia que tratam da criação, assim como da relação da teoria por parte da Igreja.
O professor de zoologia Severio Forestiero, da universidade de Tor Vergata, assegurou que, do ponto de vista de um cientista não-crente, este evento será «uma ocasião não propagandista nem apologética de encontro entre cientistas, filósofos e teólogos em torno de temas fundamentais que a evolução biológica propõe».
Mais informação em www.evolution-rome2009.net.
Arcebispo Celli: papel de Deus na mídia
Intermirifica.net, novo site de documentação audiovisual católicaDALLAS, terça-feira, 10 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- Deus tem um papel na mídia e a Igreja deveria evangelizar as almas através de todos os meios de comunicação atuais, sustenta o presidente do Conselho Pontifício das Comunicações Sociais. O arcebispo Claudio Maria Celli afirmou isso em uma intervenção sobre «O papel da comunicação de massas na evangelização», durante uma conferência promovida pela New Evangelization of America, concluída em 1º de fevereiro.
O presidente do dicastério vaticano falou da natureza inter-relacional do Deus trinitário, como base teológica para compreender a importância da comunicação, sublinhando que esta última «não é só outra atividade da Igreja, mas a verdadeira essência de sua vida».
«A comunicação da boa notícia do amor de Deus para todos os homens, como está expressa na vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo, é o que unifica e dá sentido a todos os outros aspectos da vida da Igreja», observou.
Segundo o prelado, sem comunicação não há evangelização e os meios de comunicação que estão emergindo deveriam ser usados para tal fim. Por isso, sublinhou a importância de estar preparados tanto técnica como culturalmente.
O arcebispo explicou que «há duas dimensões desta necessária atenção cultural: em primeiro lugar, é importante que o comunicador ou o evangelizador conheça a cultura geral do próprio público – conhecer suas preocupações, temores e esperanças; em segundo lugar, deve estar familiarizado com os desafios culturais específicos apresentados pelo ambiente dos novos meios de comunicação quando as mudanças da tecnologia provocaram modificações significativas nas tendências de consumo da própria mídia».
O prelado expressou sua esperança com relação ao contexto cultural, visto que os homens são criados à imagem de Deus, independentemente do fato de que o reconheçam.
«Tendo sido criados à imagem e semelhança de Deus, está arraigado na natureza humana o desejo de ser amados e de amar. Esta intuição me dá uma confiança absoluta no fato de que a mensagem central do Evangelho continuará ressoando no coração dos homens», disse.
«Nossa missão – acrescentou – é levar a boa notícia do infinito amor de Deus a todos os nossos irmãos e irmãs, como o maior serviço que lhes podemos fazer.»
«Nossa evangelização não tem a ver nunca com nossos números ou uma maior influência, mas se preocupa por libertar as pessoas dos falsos deuses que podem invadir sua existência de modo simples e furtivo.»
O presidente do dicastério vaticano sublinhou a necessidade de «fazer frente à cultura da mídia específica que está nascendo no contexto da atual revolução das tecnologias da comunicação».
Por isso, falou do desafio proposto à Igreja para que considere «como tratará de comunicar sua mensagem na nova cultura das comunicações que está emergindo».
A lógica das comunicações, acrescentou, «foi radicalmente modificada: a atenção sobre a mídia foi substituída por uma concentração no público, que é cada vez mais autônomo e deliberativo em seu consumo de informação».
O arcebispo recordou a necessidade de estudar os novos modelos sobre o uso dos meios de comunicação, seu efeito sobre o público e o desenvolvimento de formas dialógicas ou interativas de «ensinamento e apresentação».
As comunidades e as redes, observa, formam-se através da internet e criam um «continente digital» no qual «quase um terço da humanidade» se reúne para «buscar informações, expressar os próprios pontos de vista e crescer na compreensão».
«Deus e a religião não estão excluídos desta esfera da mídia, ao contrário, ambos têm um novo papel social nela, e são temas de debate em uma espécie de ‘busca de sentido global’.»
«A Igreja é parte deste coro, uma voz entre outras, que proclama a imagem de Deus que o Senhor Jesus revelou no Evangelho.»
O arcebispo Celli reconheceu a presença da Igreja neste «continente», através dos sites das organizações e dioceses católicas, os blogs de sacerdotes e religiosas e outras páginas web.
«Devemos desenvolver uma presença mais estratégica – comentou. Devemos garantir uma apresentação mais eficaz, articulada e coesa da Boa Nova. Deve-se promover a comunhão entre as milhares de iniciativas que já estão emergindo.»
«Cada um tem seu carisma específico, mas todos estão chamados a refletir a missão universal da Igreja», exortou.
Neste sentido, recordou um novo projeto desenvolvido pelo Conselho Pontifício: uma base de dados das emissoras de rádio e televisão católicas quanto à difusão e produção, Intermirifica.net.
«Espera-se ampliar também a base de dados, inclusive listas de podcast católicos, agências de notícias, jornais e departamentos de comunicação das universidades católicas.»
O arcebispo concluiu sua intervenção pondo o exemplo de São Paulo, «cujo empenho na proclamação da Boa Nova a todos os povos o levou não só a viajar incansavelmente, mas a esforçar-se de modo desinteressado em compreender o universo daqueles que ele evangelizar».
«O empenho de chegar aos outros exige a vontade de mudar para ser testemunhas mais claras e autênticas da fé que proclamamos», concluiu.
Pastoral, olhar de discípulos e missionários de Cristo
Cardeal Odilo Scherer fala sobre a ação pastoral da IgrejaSÃO PAULO, terça-feira, 10 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- O arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Scherer, convida os fiéis a participar das iniciativas pastorais da Igreja, com olhar de discípulos e missionários de Cristo.
«A Igreja presta muitos serviços à sociedade, mas ela é mais que uma estrutura funcional e burocrática, ou uma prestadora de serviços», afirma o arcebispo, em artigo divulgado hoje por sua arquidiocese.
«Ela é uma comunidade de fé, vida e testemunho e sua identidade vai além de suas expressões visíveis e de seus serviços e manifestações concretas.»
Dom Odilo explica que, «ovelhas ou discípulos de Cristo, com ele e em nome dele, somos também missionários e pastores. Por isso a Igreja exerce seus serviços “pastorais” e faz planos de pastoral de conjunto, para que a globalidade da missão fique devidamente atendida».
«Todos precisam assumir sua parte na missão pastoral da comunidade e desempenhá-la como graça e tarefa que decorre do batismo.»
«Cada batizado é associado à missão pastoral de Cristo e nossas comunidades de fé precisam ser criativas e ricas em iniciativas pastorais, para que todos possam unir esforços em favor da “imensa messe”, do grande rebanho do Senhor.»
Isso «não como mero programa estratégico, nem com ativismo árido, mas tendo no coração os mesmos sentimentos de Jesus Cristo, bom Pastor: “teve compaixão delas”», afirma.
Segundo explica Dom Odilo, o 10º Plano Arquidiocesano de Pastoral, da Igreja em São Paulo, «é um convite a exercermos, de fato, nosso serviço pastoral nas condições desafiadoras da grande cidade de São Paulo. Aqui também há multidões que vivem “como ovelhas sem pastor”».
«Podem estar bem perto de nós, talvez nem nos demos conta disso! São doentes e idosos nas casas e hospitais; jovens nas escolas, pobres e mendigos na praça, pessoas desamparadas pela sociedade e angustiadas em relação ao seu futuro.»
«São as vítimas das injustiças e da violência diária; são os iludidos pelas propostas mercadológicas da religião e pelos aproveitadores do rebanho do Senhor.»
O arcebispo enfatiza que não se pode dizer «que tudo isso não nos importa e que já temos tantas ovelhas para cuidar».
O 10° Plano de Pastoral –afirma Dom Odilo–, «de acordo com as orientações da Conferência de Aparecida, nos convida a lançarmos um olhar ao nosso redor, não como frios analistas sociais, mas como discípulos e missionários de Cristo», olhar «com os sentimentos de Cristo».
Igreja na Colômbia continua disposta ao diálogo
Disse o presidente dos bispos, Dom Salazar GómezBOGOTÁ, terça-feira, 10 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- A Igreja Católica na Colômbia reiterou nesta segunda-feira que continua disposta a participar e contribuir com os processos de diálogo com os diferentes grupos armados. Assim expressaram vários bispos, ao iniciar em Bogotá a 86ª Assembléia Plenária do Episcopado.
O presidente da Conferência Episcopal da Colômbia (CEC), Rubén Salazar Gómez, precisou: «Sempre estamos abertos ao diálogo profundo com todas as instâncias. Estamos dispostos a envolver-nos como facilitadores, a oferecer nosso grão de areia a favor da paz», segundo informou o departamento de Comunicação da CEC.
Em diálogo com os jornalistas, Dom Salazar expressou que espera «conhecer a fundo as implicações» das propostas do governo e das FARC, tendentes a avançar no acordo humanitário e conseguir a libertação de todas as pessoas privadas da liberdade.
Por sua vez, o cardeal Pedro Rubiano Sáenz afirmou que «estamos dispostos a colaborar com todo o relacionado à paz. Tudo o que se fizer pela paz e pela liberdade dos sequestrados é importante».
Declarou, contudo, que os membros das FARC que possam ficar em liberdade não devem regressar às filas combatentes, mas ir «para sua casa, com sua família».
O bispo Jaime Prieto Amaya, de Cúcuta, região fronteiriça com a Venezuela, assegurou que se deve trabalhar para «criar confiança entre as partes» e confiou em que, com as propostas recentes expressadas pelo governo e pelas FARC, será possível avançar no regresso à liberdade de todas as pessoas em poder desse grupo guerrilheiro.
«O mais importante é que se possam colocar sobre a mesa todas essas propostas, tanto das FARC como do presidente Uribe, para desentravar o processo», disse Dom Prieto.
O bispo Leonardo Gómez Serna, de Magangue, afirmou que os integrantes das FARC que ficam em liberdade devem ser «gestores de paz. O acordo humanitário tem de ir nessa linha, em que os guerrilheiros não voltem a delinquir. Se for para continuar do mesmo jeito, não vale a pena», acrescentou.
Cristãos pensam em voltar ao Iraque após eleições
O bispo Abouna, auxiliar de Bagdá, comenta o resultadoLONDRES, terça-feira, 10 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- O fracasso dos partidos religiosos de linha dura, nas eleições locais do Iraque, poderia fazer que os cristãos exilados começassem a voltar para casa, segundo o bispo Abouna, auxiliar de Bagdá, que disse que os resultados poderiam ajudar o país a «organizar-se».
Para a pequena comunidade cristã do Iraque – agora com menos de 300 mil pessoas –, os comícios de 31 de janeiro, em 10 das 14 províncias, poderiam ser vistos como uma virada a favor de sua sobrevivência. Há cerca de 20 anos, contavam com uma população de 1,4 milhão.
Os resultados preliminares da semana passada mostraram extraordinários resultados para o partido do primeiro-ministro Nouri al-Maliki, notícia que, segundo o bispo Andreas Abouna, «deleitou» os cristãos obrigados a migrar pelo sectarismo e a violência da etapa pós-Sadam.
Falando nesta segunda-feira de Bagdá, em uma entrevista concedida à organização católica «Ajuda à Igreja que Sofre» (AIS), o bispo Abouna disse: «É um resultado muito bom, especialmente nesta etapa de desenvolvimento do país. Ajudará o Iraque a organizar-se».
Enfatizando a majoritária condução pacífica das eleições e sua repercussão, disse: «Isso fará que [os cristãos] mudem de opinião e possam animar-se a começar a voltar».
O bispo Abouna sublinhou que os governos leigos têm probabilidade de fazer mais que os partidos religiosos por manter os direitos das minorias, um ponto de vista amplamente compartilhado pelos cristãos.
Acrescentou: «Estou certo de que, quando a notícia for divulgada, os cristãos gostarão muito, especialmente porque um governo mais leigo favorecerá os grupos religiosos minoritários».
Com 90% dos votos escrutados na quinta-feira, 5 de fevereiro, os partidos religiosos sofreram fortes perdas, enquanto se registrou uma vitória para o partido islâmico Dawa de Maliki em Bagdá e Basora, no sudeste.
Os resultados são um duro golpe para o maior partido xiita, o Conselho Supremo Islâmico do Iraque, ainda que Maliki e seu bloco político «o Estado da Lei» tenham fortes apoios religiosos, levaram a cabo um programa não-sectário.
Dom Abouna sublinhou o fracasso na segurança do Iraque, durante os anos em que o governo e a política estiveram dominados pelos extremistas sunitas e xiitas, incluindo o incendiário clérigo Muqtada al-Sadr.
O bispo disse: «Todo mundo está de acordo em que, durante os últimos cinco anos, quando os partidos religiosos eram fortes, não aconteceu nada».
E acrescentou: «Os iraquianos se deram conta de que a melhor forma de ajudar o país é manter a religião separada da política».
Como outros eclesiásticos, o bispo Abouna se opôs fortemente ao surgimento de um sistema religioso teocrático no Iraque.
Em 2005, tanto Dom Abouna como o arcebispo Louis Sako, de Kirkuk, pediram ao cardeal Cormac Murphy-O'Connor, de Westminster, que influísse perto do governo britânico, argumentando que o projeto de constituição do Iraque visava a instaurar a lei islâmica charia «pela porta de trás». Seu apelo a uma mudança na redação da carta magna fracassou.
Os resultados oficiais das eleições provinciais de 31 de janeiro não estarão prontos antes final do mês, devido às complexas regras eleitorais sobre a entrega das cadeiras.
Para mais informação em inglês: www.acnuk.org.
Movimento universitário reunirá 10 mil jovens em São Paulo
Integrantes latino-americanos de Comunhão e Libertação (CL)SÃO PAULO, terça-feira, 10 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- Um encontro de diferentes culturas, idades e países da América Latina promete lotar o ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, no próximo dia 15 de fevereiro.
O local, com capacidade para 10 mil pessoas, reunirá jovens, universitários da Associação Educar para a Vida, integrantes latino-americanos do movimento católico Comunhão e Libertação (CL) e seu líder religioso, Pe. Julián Carrón, em visita ao Brasil.
Sob o tema «A realidade grita: Ele existe», o evento terá duração de duas horas, na qual serão cantadas músicas da tradição de CL e serão dados depoimentos por jovens e coordenadores sobre o encontro com a Associação e com o movimento.
O encerramento do encontro será feito por Pe. Julián Carrón, responsável internacional de Comunhão e Libertação, que chega ao país com a missão de voltar os olhos dos integrantes de CL espalhados por mais de 70 países para a realidade brasileira.
O evento dá sequência a um gesto que movimentou o centro de São Paulo em 24 de fevereiro de 2008. Na ocasião, 50 mil participantes lotaram a praça e a Catedral da Sé, também com a presença de Pe. Carrón.
Ensino
A Associação Educar para a Vida, fundada em 2004, ligada à Igreja Católica através do Movimento Comunhão e Libertação, tem como objetivo buscar parcerias com universidades particulares, criando oportunidades de descontos que chegam a até 50% para pessoas que não têm condições de arcar com valores integrais.
Atualmente, conta com mais de 70 mil estudantes, matriculados em 17 instituições de ensino superior; sendo que mais de 5 mil já se formaram.
Espanha: peregrinação para pedir vocações
Em Canárias, ao porto de GarachicoSANTA CRUZ DE TENERIFE, terça-feira, 10 de fevereiro 2009 (ZENIT.org).- Com o lema «Coloque-se em caminho, alguém o espera», deu-se início uma nova iniciativa da diocese de Tenerife (Canárias, Espanha), que conta com a participação da delegação de Pastoral Vocacional, dos religiosos e religiosas de Tenerife e do vicariato para a Vida Consagrada.
Na manhã do sábado passado, centenas de pessoas vindas de diversos cantos de Tenerife, além das diversas formas de presença religiosa e consagrada com que conta a diocese, fizeram-se presentes em Garachico, sob a presidência do bispo Bernardo Álvarez, para realizar esta proposta que se prolongará até 3 de maio.
«Pelo porto de Garachico entraram centenas de evangelizadores à nossa terra, ou saíram rumo à América – afirma a diocese em Odisur. É possível que o próprio santo irmão Pedro estivesse entre eles. Agora, em todos os conventos e igrejas deste pitoresco povoado do norte de Tenerife poderão visitar exposições, escutar testemunhos vocacionais, participar em celebrações ou ver audiovisuais.»
A cada pessoa ou grupo participante se entregará, como já ocorreu neste fim de semana, um guia do peregrino, que irá se completando nas diferentes etapas desta peregrinação.
«Trata-se, portanto, de uma proposta mais de caráter vocacional e didático, para todos os que desejem conhecer melhor a presença da vida religiosa em nossas ilhas», conclui a diocese.
Anuncia-se encontro de jovens de Taizé em Sevilha
O irmão Héctor visita a EspanhaJEREZ DE LA FRONTERA, terça-feira, 10 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- O irmão Héctor, de Taizé, reuniu-se nesta terça-feira com o vigário de Pastoral, integrantes da Pastoral Juvenil, membros do Movimento Scout Católico (MSC), do seminário diocesano, e jovens de toda a diocese de Asidonia-Jerez (Andaluzia, Espanha), na paróquia de La Granja. A diocese recebeu a visita do religioso para preparar e apresentar o Encontro de Jovens que acontecerá em Sevilha, os dias 8, 9 e 10 de maio.
Esse próximo encontro se converte em uma oportunidade para conhecer, na Espanha, essa experiência de comunidade, oração e ecumenismo à qual essa pequena localidade francesa assiste há décadas, informa a diocese de Asidonia-Jerez no site de Odisur, organismo que agrupa os bispos do sul da península ibérica, norte da África e Canárias.
Para dar a conhecer os planos do Encontro de Jovens de Sevilha, o irmão Héctor teve um apertado programa em Jerez.
Às 10h30, ele se reuniu, na Casa da Igreja, com José Palomas Agout, vigário de Pastoral, Antonio Jesús Jaén, delegado diocesano de Pastoral Juvenil, e com representantes do Movimento Scout Católico.
Às 12h30, teve um encontro no seminário diocesano, onde compartilhou a Eucaristia com os seminaristas, almoçou posteriormente com eles e teve uma conversa na sobremesa.
Pela tarde, às 18h30 celebrou outro encontro, na paróquia da Santa Maria Mãe da Igreja, La Granja, com todos os jovens da diocese que quiseram, para dar-lhes a conhecer e começar a preparar o encontro de Sevilha.
Às 20h, celebrou uma oração, na paróquia de Santa Maria Mãe da Igreja.
Argentina recorda o cardeal Pironio, 11 anos após sua morte
No aniversário de sua morte, na basílica de LujánBUENOS AIRES, terça-feira, 10 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- «Hoje estamos recordando alguém que se tornou um grande amigo de Jesus, o cardeal Eduardo Pironio, onze anos após o seu falecimento. Tão próximo ele estava de Cristo, que cada vez se parecia mais com Ele», expressou o bispo Fernando Bargalló de Merlo-Moreno, na homilia da missa concelebrada neste domingo, no Santuário de Nossa Senhora de Luján, onde descansam seus restos.
A celebração – informa à Zenit Marta Noce, da Ação Católica Argentina, em uma nota de 9 de fevereiro –, organizada por esta entidade eclesial e pela vice-postuladora da causa de beatificação e canonização do servo de Deus, professora Beatriz Buzzetti, foi presidida pelo bispo emérito Miguel Hesayne, de Viedma, junto aos pastores Santiago Olivera, de Cruz del Eje (Córdoba), Martín de Elizalde, de Nueve de Julio (província de Buenos Aires), Joaquín Sucunza, auxiliar de Buenos Aires, e o citado Dom Bargalló.
O cardeal Pironio, artífice junto a João Paulo II das Jornadas Mundiais da Juventude, faleceu em Roma em 5 de fevereiro de 1998, e em 23 de junho de 2006 se iniciou nesta cidade o processo de beatificação.
Durante a homilia, na qual partiu da explicação dos textos bíblicos do dia, Bargalló citou, particularmente, os duros momentos que o cardeal Pironio viveu, quando nos anos 70 «toda pessoa que expressava um compromisso com os mais pobres era suspeito... Que dor terá tido em seu coração!»
Bargalló destacou depois a amizade de Eduardo Pironio com Deus e com os homens, sua proximidade com todos e sua disponibilidade, que o levou a não lançar âncoras em nenhum lugar... «Só escolhi – recordou do cardeal – quando fui ao seminário».
«Agradecemos a Deus pela vida de Eduardo Pironio, por seu testemunho e pela esperança que ele nos deixou. E vamos pedir a Cristo, por Maria, que nos ajude a ser amigos seus como o foi o cardeal.» Antes da bênção final, Dom Hesayne agradeceu a Ação Católica Argentina pelo convite a participar neste encontro para orar pelo seu eterno descanso e pedir por sua beatificação (em um novo aniversário da morte de Pironio, falecido em Roma em 5 de fevereiro de 98); e apontou que também tinha vindo como peregrino para pedir-lhe pela saúde da religiosa fundadora das irmãs cristíferas.
«Pironio continua nos convocando – expressou –, dando a mensagem pascal com clareza, coragem e capacidade de diálogo». Depois da Missa, os celebrantes se dirigiram ao altar lateral, no qual descansam os restos do cardeal, onde Dom Hesayne rezou o responso.
Alejandro Madero, presidente do Conselho Nacional da Ação Católica Argentina, convidou todos a rezarem a oração pela beatificação do servo de Deus, Eduardo Francisco Pironio. Seu retrato foi colocado no altar, muito perto da réplica da imagem de Nossa Senhora de Luján, invocação intimamente unida à vida do cardeal.
XIII Dia Mundial da Vida Consagrada
Homilia do Papa Bento XVICIDADE DO VATICANO, terça-feira, 10 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- Publicamos a homilia que Bento XVI pronunciou no dia 2 de fevereiro, festa da Apresentação de Jesus no Templo.
* * *
Senhor Cardeal
Venerados Irmãos
no Episcopado e no Sacerdócio
Prezados irmãos e irmãs
É com grande alegria que me encontro convosco no final do Santo Sacrifício da Missa, nesta Festa litúrgica que já há treze anos reúne religiosos e religiosas para o Dia da Vida Consagrada. Saúdo cordialmente o Cardeal Franc Rodé, com especial reconhecimento a ele e aos seus colaboradores da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, pelo serviço que prestam à Santa Sé e àquele ao qual eu chamaria o "cosmos" da vida consagrada. Saúdo com afecto os Superiores-Gerais e as Superioras-Gerais aqui presentes e todos vós, irmãos e irmãs que, segundo o modelo da Virgem Maria, trazeis à Igreja e levais ao mundo a luz de Cristo com o vosso testemunho de pessoas consagradas. Neste Ano Paulino, faço minhas as palavras do Apóstolo: "Dou graças ao meu Deus todas as vezes que me lembro de vós. Em todas as minhas orações peço sempre com alegria por todos vós, recordando-me da parte que tomastes na difusão do Evangelho, desde o primeiro dia até agora" (Fl 1, 3-5). Nesta saudação, dirigida à comunidade cristã de Filipos, Paulo manifesta a recordação afectuosa que ele conserva daqueles que vivem pessoalmente o Evangelho e se comprometem em transmiti-lo, unindo ao cuidado pela vida interior o esforço da missão apostólica.
Na tradição da Igreja, São Paulo foi sempre reconhecido pai e mestre daqueles que, chamados pelo Senhor, fizeram a escolha de uma dedicação incondicionada a Ele e ao seu Evangelho. Diversos Institutos religiosos adquirem de São Paulo o nome, e dele haurem uma inspiração carismática específica. Pode-se dizer que ele repete a todos os consagrados e consagradas um convite simples e afectuoso: "Sede meus imitadores, como eu o sou de Cristo" (1 Cor 11, 1). Com efeito, o que é a vida consagrada, a não ser uma imitação radical de Jesus, uma "sequela" total dele (cf. Mt 19, 27-28). Pois bem, em tudo isto Paulo representa uma mediação pedagógica segura: caríssimos, imitá-lo no seguimento de Cristo constitui o caminho privilegiado para corresponder até ao fundo à vossa vocação de consagração especial na Igreja.
Aliás, da sua própria voz podemos conhecer um estilo de vida, que exprime a substância da vida consagrada inspirada nos conselhos evangélicos de pobreza, castidade e obediência. Na vida de pobreza, ele vê a garantia de um anúncio do Evangelho realizado em gratuidade total (cf. 1 Cor 9, 1-23) enquanto exprime, ao mesmo tempo, a solidariedade concreta para com os irmãos em necessidade. A este propósito, todos nós conhecemos a decisão de Paulo, de se manter com o trabalho das suas mãos e o seu compromisso pela colecta em benefício dos pobres de Jerusalém (cf. 1 Ts 2, 9; 2 Cor 8-9). Paulo é também um Apóstolo que, acolhendo o chamamento de Deus à castidade, entregou o coração ao Senhor de maneira indivisa, para poder servir com liberdade e dedicação ainda maiores aos seus irmãos (cf. 1 Cor 7, 7; 2 Cor11, 1-2); além disso, num mundo em que os valores da castidade cristã tinham escassa cidadania (cf. 1 Cor 6, 12-20), ele oferece uma segura referência de conduta. Depois, naquilo que se refere à obediência, é suficiente observar que o cumprimento da vontade de Deus e a "obsessão de cada dia: o cuidado de todas as Igrejas" (2 Cor 11, 28) animaram, plasmaram e consumiram a sua existência, que se tornou sacrifício agradável a Deus. Tudo isto o leva a proclamar, como ele escreve aos Filipenses: "Porque para mim, o viver é Cristo e o morrer é lucro" (Fl 1, 21).
Outro aspecto fundamental da vida consagrada de Paulo é a missão. Ele é inteiramente de Jesus para ser, como Jesus, de todos; aliás, a fim de ser Jesus para todos: "Fiz-me tudo para todos, para salvar alguns a todo o custo" (1Cor 9, 22). A ele, tão intimamente unido à pessoa de Cristo, reconhecemos uma profunda capacidade de unir a vida espiritual e a obra missionária; nele, estas duas dimensões evocam-se reciprocamente. E deste modo, podemos dizer que ele pertence àquele exército de "construtores místicos", cuja existência é contemplativa e ao mesmo tempo activa, aberta a Deus e aos irmãos para desempenhar um serviço eficaz ao Evangelho. Nesta tensão místico-apostólica, apraz-me frisar a coragem do Apóstolo diante do sacrifício de enfrentar provações terríveis, até ao martírio (cf. 2 Cor 11, 16-33), a confiança inabalável alicerçada nas palavras do seu Senhor: "Basta-te a minha graça, porque é na fraqueza que a minha força se revela totalmente" (2 Cor 12, 9). Assim, a sua experiência espiritual manifesta-se-nos como a tradução viva do mistério pascal, que ele investigou e anunciou intensamente como forma de vida do cristão. Paulo vive para, com e emCristo. "Estou crucificado com Cristo! escreve ele já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim!" (Gl 2, 19-20); e ainda: "Porque para mim, o viver é Cristo e o morrer é lucro" (Fl 1, 21). Isto explica por que ele não se cansa de exortar a fazer com que a palavra de Cristo habite em nós na sua riqueza (cf. Cl 3, 16). Isto faz pensar no convite que vos foi dirigido pela recente Instrução sobre O serviço da autoridade e a obediência, a procurar todas as manhãs o contacto vivo e constante com a Palavra que neste dia é proclamada, meditando-a e conservando-a no coração como um tesouro, fazendo dele a raiz de toda a acção e o primeiro critério de toda a opção" (n. 7). Por conseguinte, faço votos por que o Ano Paulino alimente ainda mais em vós o propósito de acolher o testemunho de São Paulo, meditando todos os dias a Palavra de Deus com a prática fiel da lectio divina, rezando "com salmos, hinos e cânticos espirituais"; cantando sob a acção da graça" (Cl 3, 16). Além disso, que ele vos ajude a realizar o vosso serviço apostólico na Igreja e com a Igreja, com um espírito de comunhão sem reservas, comunicando aos outros a dádiva dos próprios carismas (cf. 1 Cor 14, 12) e testemunhando em primeiro lugar o maior carisma, que é a caridade (cf. 1 Cor 13).
Estimados irmãos e irmãs, a liturgia hodierna exorta-nos a olhar para a Virgem Maria, a "Consagrada" por excelência. Paulo fala dela com uma fórmula concisa mas eficaz, que descreve a sua grandeza e a sua tarefa: é a "mulher" da qual, na plenitude dos tempos, nasceu o Filho de Deus (cf. Gl 4, 4). Maria é a mãe, que hoje no Templo apresenta o Filho ao Pai, dando continuidade também com este gesto ao "sim" pronunciado no momento da Anunciação. Seja ainda ela a mãe que nos acompanha e nos sustém, a nós filhos de Deus e seus filhos, no cumprimento de um serviço generoso a Deus e aos irmãos. Para tal finalidade, invoco a sua intercessão celestial, enquanto de coração concedo a Bênção Apostólica a todos vós e às vossas respectivas Famílias religiosas.
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