segunda-feira, janeiro 19, 2009

ZP090119

ZENIT

O mundo visto de Roma

Serviço diario - 19 de janeiro de 2009



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SANTA SÉ
Papa fala da música sacra como «experiência da alegria de Deus»
Bento XVI proclama 5 novos santos e 6 beatos
Papa propõe a luteranos reflexão comum sobre Igreja
Bento XVI visitará Capitólio em 9 de março
Bento XVI envia ajuda à população de Gaza
Compromisso ecumênico é urgente, assegura Papa
Bento XVI assegura que há espaço para todos na Terra Santa

MUNDO
Apesar do conflito, peregrinos continuam visitando Terra Santa
Filipinas: cardeal Cordes explica «Deus caritas est»
«Verdadeira crise de nosso tempo é espiritual»
Custódia da Terra Santa e Patriarcado Latino pedem ajuda para Gaza
Bispo exige que cessem bombardeios no Sri Lanka

ESPIRITUALIDADE
Meditação para o terceiro dia da Semana pela Unidade dos Cristãos

Santa Sé

Papa fala da música sacra como «experiência da alegria de Deus»

Recordou o impacto que teve para ele e seu irmão escutar a Missa em Dó menor de Mozart

Por Inma Álvarez

CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 19 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- O Papa Bento XVI aproveitou o concerto oferecido na Capela Sistina, no sábado passado, 17 de janeiro, por ocasião do 85º aniversário de seu irmão, mons. Georg Ratzinger, para falar sobre a «experiência espiritual» que a música sacra pode oferecer, ao transmitir a «alegria de Deus». 

Por ocasião deste aniversário, o coro Domspatzen, da catedral de Ratisbona, do qual Georg Ratzinger foi maestro de capela durante 30 anos, executou uma peça muito significativa na vida dos irmãos, a Missa em Dó menor de Wolfgang Amadeus Mozart. 

Em sua intervenção, quase toda em alemão, o Papa recordou uma viagem junto a seu irmão a Salzburgo, em 1941, na qual tiveram a oportunidade de escutar esta peça de música sacra, e que, afirmou o Papa, supôs para ambos «algo diferente de um simples concerto».

«Havia sido música em oração, ofício divino, no qual havíamos podido captar algo da magnificência e da beleza do próprio Deus, e nos havia impressionado», acrescentou. 

O Papa explicou que a gratidão expressada nesta Missa «não é gratidão superficial de um homem do Rococó, mas que nesta Missa encontra expressão também toda a intensidade de sua luta interior, de sua busca do perdão, da misericórdia de Deus e depois, dessas profundezas se eleva radiante mais que nunca a alegria em Deus». 

Em uma emocionada lembrança da vida de seu irmão, presente durante sua intervenção, Bento XVI afirmou que, como maestro da capela do coro de igreja mais antigo do mundo (o Domspatzen tem mais de mil anos), Georg Ratzinger pôde «servir sacerdotalmente a música e transmitir ao mundo e à humanidade a alegria pela existência de Deus através da beleza da música e do canto». 

Finalmente, o Papa desejou aos presentes que esta música «contribua para aprofundar nossa relação com Deus, sirva para reavivar em nosso coração a alegria que brota da fé, para que cada um chegue a ser testemunha convencida em seu próprio ambiente cotidiano».

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Bento XVI proclama 5 novos santos e 6 beatos

Entre eles há seis espanhóis

CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 19 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- A Santa Sé deu a conhecer no sábado passado a aprovação dos decretos que reconhecem os milagres atribuídos à intercessão de 5 novos santos. 

Também divulgou a aprovação de 6 decretos que reconhecem as virtudes heróicas de outros servos de Deus. Cinco dos decretos foram aprovados no sábado passado, e outro em 22 de dezembro de 2008. 

Os decretos de milagres se atribuem aos beatos: 

– Ciriaco Maria Sancha y Hervás (1833-1909), espanhol, arcebispo de Toledo e cardeal, fundador das Religiosas da Caridade. Nasceu em Quintana del Pidio e morreu em Toledo (Espanha). 

– Carlo Gnocchi (1902-1956), italiano, sacerdote e fundador da Obra Pro Iuventute. Nasceu em San Colombano al Lambro e morreu em Milão (Itália). 

– Bernardo Francisco de Hoyos (1711-1735), espanhol, sacerdote da Companhia de Jesus; nasceu em Torrelobatón e morreu em Valladolid (Espanha). 

– Rafael Rafiringa (1856-1946), alemão, religioso da Ordem Hospitalar de São João de Deus, nascido em Neuhaus e morto em Ratisbona (Alemanha). 

As virtudes heróicas se atribuem aos servos de Deus: 

– João de Palafox y Mendoza (1600-1650), espanhol, bispo de Osma; nasceu em Fitero e morreu em Osma (Espanha). 

– Roberto Spike (1821-1888), polonês e fundador da Congregação das Irmãs de Santa Edwiges; nasceu em Lesnica (então Silésia Prusiana) e morreu em Wroclaw (Polônia). 

– Carolina Beltrami (1869-1932), italiana, fundadora do Instituto das Irmãs Inmacolatinas de Alessandria; nasceu e morreu em Alessandria (Itália). 

– Maria Inmaculada Concepción Salvat y Romero (1926-1998), espanhola, superiora geral do Instituto das Irmãs da Companhia da Cruz; nasceu em Madri e morreu em Sevilha (Espanha). 

– Liberata Ferrarons i Vives (1803-1842), espanhola, leiga da Ordem Terciária Carmelita; nasceu e morreu em Olot (Espanha). 

– José Tous i Soler (1811-1842), espanhola, leiga da Ordem Terciária Carmelita, nasceu e morreu em Olot (Espanha). 

– José Tous i Soler (1811-1871), espanhol, sacerdote dos Frades Menores Capuchinhos e fundador das Irmãs Capuchinhas da Mãe do Divino Pastor; nasceu na Inglaterra e morreu em Barcelona (Espanha). 

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Papa propõe a luteranos reflexão comum sobre Igreja

Ao receber um grupo de peregrinos protestantes e católicos procedentes da Finlândia

Por Inma Álvarez

CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 19 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- Bento XVI assinalou como novo objetivo, dentro do diálogo ecumênico com as Igrejas e comunidades da Reforma, um «maior consenso» sobre «as implicações profundamente cristológicas e pneumatológicas do mistério da Igreja», em seu discurso de hoje a um grupo de peregrinos luteranos e católicos procedentes da Finlândia.

Estes peregrinos haviam ido a Roma por ocasião da festa anual do padroeiro da Finlândia, São Henrique de Uppsala.

O Papa manifestou a importância da coincidência desta visita com a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, e também com o bimilênio do nascimento de São Paulo, «cuja vida e ensinamento estiveram incansavelmente comprometidos com a unidade da Igreja». 

«São Paulo nos recorda a maravilhosa graça que recebemos ao converter-nos em membros do Corpo de Cristo através do Batismo», explicou. «De Paulo aprendemos também que a unidade que estamos buscando não é nada menos que a manifestação de nossa incorporação plena ao Corpo de Cristo.»

Bento XVI reconheceu também a importância da declaração conjunta luterano-católica sobre a justificação, da qual se celebra atualmente o 10º aniversário e que atualmente está sendo estudada pela Comissão para o Diálogo Luterano-Católico na Finlândia e Suécia. 

Esta declaração suscitou, segundo o Papa, uma «cada vez mais completa consciência da natureza da Igreja como sinal e instrumento da salvação trazida em Jesus Cristo, e não simplesmente uma mera assembléia de crentes ou uma instituição com diferentes funções». 

«A Igreja é este Corpo místico de Cristo e é guiada continuamente pelo Espírito Santo; o Espírito do Pai e do Filho. Só baseando-se nesta realidade encarnacional se poderá compreender o caráter sacramental da Igreja como comunhão em Cristo», acrescentou. 

O Papa expressou sua esperança de que esta visita a Roma «reforce as relações ecumênicas entre luteranos e católicos na Finlândia, que foram tão positivas durante muitos anos». 

«Juntos, devemos agradecer a Deus por tudo o que se conseguiu até hoje nas relações católico-luteranas, e orar para que o Espírito da verdade nos guie sempre a uma maior unidade, ao serviço do Evangelho», concluiu. 

Santo Henrique de Uppsala, padroeiro da Igreja e nação finlandesa, era um inglês residente em Roma quando, em 1151, foi convidado a acompanhar o cardeal Nicolau Breakspear – futuro Papa Adriano IV – como legado pontifício para a Escandinávia, onde no ano seguinte foi consagrado como bispo de Uppsala (Suécia). Evangelizou estas terras como seu primeiro bispo. Foi assassinado perto do Lago Koylio por um convicto homicida, e seu túmulo se converteu imediatamente em centro espiritual do país. 

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Bento XVI visitará Capitólio em 9 de março

CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 19 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- Bento XVI visitará em 9 de março a sede da Prefeitura de Roma, o Capitólio, segundo revelou nesta segunda-feira a Sala de Imprensa da Santa Sé. 

«Acolhendo o convite formulado pelo prefeito e o conselho da cidade de Roma, Bento XVI visitará em 9 de março o Capitólio, onde intervirá em uma sessão extraordinária no mesmo conselho, dedicada ao tema do ‘valor universal de Roma, capital do catolicismo e de seus valores’», informa o comunicado. 

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Bento XVI envia ajuda à população de Gaza

Dirigida ao pároco, às Missionárias da Caridade e a outras comunidades religiosas

ROMA, segunda-feira, 19 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- Bento XVI deu disposições para que se envie ajuda urgente à população de Gaza, que enfrenta uma dramática crise humanitária por causa do conflito armado.

A notícia foi divulgada através de um comunicado emitido pelo Conselho Pontifício Cor Unum, dicastério vaticano presidido pelo cardeal Paul Josef Cordes, que distribui as ajudas do Papa e que coordena e alenta a ação caritativa da Igreja no mundo. 

«Diante do implacável conflito na Faixa de Gaza, que causou uma grave crise humanitária, Sua Santidade o Papa Bento XVI manifestou em várias ocasiões sua proximidade aos nossos irmãos e irmãs, que já sofreram tanto», explica o comunicado. 

Em nome do Papa, o conselho vaticano «enviou uma ajuda concreta à pequena, mas fervorosa comunidade católica em Gaza». 

A ajuda, segundo informa o Vaticano, «dirigiu-se ao Pe. Manuel Musallam, pároco da Igreja da Sagrada Família, às Missionárias da Caridade e a outras congregações religiosas, que prestam seu serviço aos mais vulneráveis na terra natal de Jesus, agora tragicamente afetada pela morte, pelo sofrimento, pelos danos materiais e pelas lágrimas derramadas pelas populações que anseiam a paz».

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Compromisso ecumênico é urgente, assegura Papa

Na Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos

CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 19 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- Bento XVI afirmou nesse domingo, ao começar a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, que o compromisso ecumênico é mais urgente que nunca.

Após rezar a oração mariana do Ângelus junto a milhares de peregrinos congregados na praça de São Pedro, o pontífice convidou a rezar «com maior intensidade para que os cristãos caminhem decididamente para a plena comunhão entre si».

Dirigindo-se em particular aos católicos, os alentou a que «não se cansem de trabalhar para superar os obstáculos que ainda impedem a plena comunhão entre todos os discípulos de Cristo».

«O compromisso ecumênico é ainda hoje mais urgente para dar à nossa sociedade, marcada por trágicos conflitos e por dilacerantes divisões, um sinal e um impulso para a reconciliação e a paz», assegurou.

Como o próprio Papa constatou, este ano os textos que os dois milhões de cristãos no mundo seguem em seus encontros de oração pela unidade foram redigidos por um grupo ecumênico da Coréia, no que se reflete o drama da divisão que essa península sofre.

O Papa concluirá no próximo domingo a Semana de Oração na Basílica de São Paulo Fora dos Muros com um encontro de oração no qual participarão representantes das diferentes Igrejas cristãs.

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Bento XVI assegura que há espaço para todos na Terra Santa

Exige aproveitar as aberturas de trégua no conflito em Gaza

CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 19 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- Bento XVI exigiu nesse domingo que se aproveitem as primeiras aberturas de trégua no conflito em Gaza, assegurando aos céticos que na Terra Santa há espaço para todos.

Após confessar que acompanha com proximidade a guerra, ao encontrar-se com os peregrinos com motivo da oração do Ângelus, pediu orações para «as centenas de crianças, anciãos, mulheres, vítimas inocentes da violência, os feridos, aqueles que choram por seus entes queridos e os que perderam seus bens».

Até agora, o conflito provocou entre os palestinos cerca de 1.250 vítimas mortais (mais de 400 crianças), enquanto os feridos são 5.200. As vítimas israelenses são dez soldados (alguns vítimas de fogo amigo) e três civis.

O Papa convidou os crentes «a acompanhar com oração os esforços que numerosas pessoas de boa vontade estão realizando para deter a tragédia».

«Espero profundamente que se saiba aproveitar, com sabedoria, as primeiras aberturas de trégua e encaminhar-se para soluções pacíficas e duradouras», disse.

Nesse sentido, o bispo alentou aqueles que, por uma e outra parte, «acreditam que na Terra Santa há espaço para todos, para que ajudem seus povos a voltar a levantar-se dos escombros e do terror e retomar valentemente o caminho do diálogo na justiça e na verdade».

«Este é o único caminho que pode abrir efetivamente um porvir de paz para os filhos desta querida região», afirmou.

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Mundo

Apesar do conflito, peregrinos continuam visitando Terra Santa

Gaza fica longe dos lugares de peregrinação

Por Carmen Elena Villa

ROMA, segunda-feira, 19 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- Na Terra Santa foram poucos os grupos de peregrinação que cancelaram suas viagens nos últimos dias. Mais de 50 mil fiéis celebraram a noite de Natal em Belém. Os fatos violentos não envolveram os peregrinos de Israel.

Durante uma coletiva de imprensa que se efetuou dentro do Festival Caminhos do Espírito, encerrado neste domingo na Feira de Roma, Dom Liberio Andreatta, vice-presidente da Obra Romana de Peregrinação, instituição dependente da Santa Sé, deu a conhecer a situação que os peregrinos vivem atualmente na Terra Santa. 

Segundo os dados oferecidos na coletiva de imprensa, 115.000 italianos peregrinaram a Israel no ano passado, fato que representou um aumento de 58% de turistas com relação ao ano anterior. Um total de 2,6 milhões de peregrinos de todo o mundo visitaram Israel durante 2008.

Dom Andreatta assegurou que apesar de que sempre, nos lugares de conflito, o turismo diminui notavelmente, isso não se aplica à Terra Santa, onde os peregrinos têm «uma motivação a mais». 

Consiste, em primeiro lugar, em ter a consciência de que «somos filhos da Bíblia», que representa «a melhor guia para visitar Israel». 

Durante a coletiva de imprensa, interveio desde a Terra Santa o Pe. Pierbattista Pizzaballa, por meio de uma videoconferência ao vivo. 

O sacerdote, custódio da Terra Santa, assegurou que ainda que Israel esteja atravessando «um momento difícil», para os peregrinos «não houve mudanças». 

«As peregrinações à Terra Santa não são perigosas, pois Gaza está muito longe», assegurou. 

Suzan Klagesbrun, diretora da sala de turismo do governo israelense, assinalou que durante 2008 se registrou o maior número de turistas italianos desde 2000, quando o Papa João Paulo II viajou para a Terra Santa por ocasião do Ano Jubilar. 

Aproximação da comunidade cristã de Israel 

Zenit falou também com Maurizio Guazzaroni, presidente da associação Amigos da Terra Santa, cujo objetivo é ajudar a população do lugar promovendo as peregrinações, que representam uma importante fonte de renda para a maioria de seus habitantes. 

Durante o itinerário normal pelos principais lugares de Israel e dos territórios palestinos, esta associação inclui sempre um dia com uma comunidade cristã de Israel. 

«É a jornada mais significativa, a que recordarão sempre com maior sentimento, porque tiveram a oportunidade de estar junto com os cristãos e de perceber o quanto sofrem, as dificuldades que têm. Isso nos dá a possibilidade de continuar com as iniciativas da nossa associação», explica Guazzaroni.

Amigos da Terra Santa busca estender uma mão às crianças e famílias que habitam lá e que têm dificuldades econômicas; promove ajudas humanitárias e ajuda a financiar os estudos de 800 seminaristas na Terra Santa. 

Guazzaroni assegurou da mesma forma que a experiência de visitar os lugares onde Jesus nasceu e morreu muda a perspectiva dos peregrinos.  

Esta viagem pretende «conscientizar as pessoas que visitam os lugares da nossa religião. Ver como nossos irmãos vivem leva a regressar com um espírito diferente e poder avaliar com olhos mais críticos o que a televisão nos oferece, sabendo como é a situação». 

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Filipinas: cardeal Cordes explica «Deus caritas est»

CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 19 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- O cardeal Paul Josef Cordes, presidente do Conselho Pontifício «Cor Unum», começou hoje uma viagem para as Filipinas, convidado pelos bispos deste país asiático, para explicar o conteúdo da encíclica Deus caritas est de Bento XVI.

O purpurado pretende participar da Assembléia Plenária da Conferência Episcopal dos Bispos católicos das Filipinas, e também pronunciará conferências sobre a questão da caridade na Igreja para sacerdotes, organizações caritativas e grupos de leigos. 

Também, segundo o comunicado, está previsto um encontro com a presidente, Gloria Macapagal, assim como uma visita à Pontifical and Royal University of Santo Tomas, a mais antiga da Ásia, onde receberá o doutorado «Honoris Causa». 

O Cardeal Cordes realizou uma viagem similar em outubro do ano passado aos Estados Unidos, com o fim de ajudar as Igrejas locais a aprofundarem no conteúdo e nas implicações pastorais da encíclica papal sobre a caridade, especialmente quanto à responsabilidade do bispo na obra caritativa da Igreja. 

Segundo o comunicado, as Filipinas, o país mais católico da Ásia desde a primeira evangelização há 400 anos, «enfrenta hoje novos desafios e oportunidades, com importantes implicações para as organizações eclesiais que trabalham no âmbito caritativo».

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«Verdadeira crise de nosso tempo é espiritual»

Afirma Salvatore Martinez, presidente da Renovação Carismática Italiana

ROMA, segunda-feira, 19 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- A autêntica crise que a sociedade ocidental está vivendo é, antes de tudo, de natureza espiritual, de falta de confiança no triunfo final do bem sobre o mal: assim explicou o presidente da Renovação Carismática Católica Italiana (RCI), Salvatore Martínez, em declarações concedidas à agência Zenit. 

Martínez é também presidente do Polo de Excelência Luigi Sturzo, instituição dedicada à promoção e ligada à família do famoso sacerdote, falecido em 1959, fundador do Partido Popular na Itália, antecedente direto da Democracia Cristã, em processo de canonização desde 3 de maio de 2002. 

Precisamente este ano em que se completa o cinquentenário da morte de Sturzo, Salvatore Martínez recorda esta eminente figura italiana do século XX, e algumas de suas grandes intuições sobre o declive do Ocidente. 

Todas as épocas históricas têm suas crises, afirma Martinez; portanto, a atual situação «não é nova». A questão está em perceber a «origem espiritual» da atual, baseada em uma consciência «cada vez mais errônea, decadente, rendida ao mal e a todas as suas canonizações éticas, jurídicas e científicas». 

Segundo Sturzo, «o erro moderno consiste em separar e contrapor o cristianismo ao humanismo: do humanismo se fez uma entidade divina, enquanto da religião cristã se fez um assunto privado». 

Martínez recorda uma intervenção do então cardeal Joseph Ratzinger no senado italiano (maio de 2004), na qual, de forma profética, ele dizia sobre a crise: «A Europa, precisamente agora na hora de seu maior êxito, parece estar vazia por dentro, como paralisada por uma crise circulatória, uma crise que põe sua vida em risco, confiando-a a transplantes que apagam sua identidade. À cessão das forças espirituais que a conduzem se acrescenta um ocaso étnico crescente. Há uma estranha falta de vontade de futuro». 

Para Sturzo, que viveu também uma época de forte crise (teve de exilar-se em Londres, perseguido pelo fascismo), «a verdadeira revolução começa com uma negação espiritual do mal e uma afirmação espiritual do bem». 

O presidente da RCI adverte sobre «as novas formas de democracia individualista e inumana que nossa sociedade européia está produzindo, em nome da igualdade de todos os homens», o que «impõe uma séria reflexão». 

Para Martínez, «não haverá uma verdadeira consciência social se as regras do jogo democrático se basearem em uma soma de        eus’ autônomos, dirigidos cada vez mais claramente pelos interesses dos lobbies. Assim se acabaria por tornar o homem prisioneiro de si mesmo, incapaz de alteridade; uma espécie de homem incompleto ou decaído, estranho a toda implicação civil na construção do bem comum». 

«No fundo, a inquietude moral de nosso tempo já é o advento de uma nova esperança. A degeneração moral já é parto de um novo estilo de vida. O mal que impera já é vitória da misericórdia e da verdade», conclui. 

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Custódia da Terra Santa e Patriarcado Latino pedem ajuda para Gaza

JERUSALÉM, segunda-feira, 19 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- A Custódia da Terra Santa, da Ordem dos Franciscanos, em colaboração com o Patriarcado Latino de Jerusalém, fizeram um convite em todo o mundo em solidariedade com os cristãos de Gaza. 

Ambas as instituições abriram uma campanha de donativos, através do site da ONG da Custódia, a Associação da Terra Santa. O objetivo é apoiar economicamente os cristãos de Gaza, especialmente na manutenção das obras de caridade da Igreja nessa região. 

Os cristãos de Gaza são cerca de 2.500, e a eles se unem os religiosos e religiosas de todo o mundo que realizam obras de apostolado no lugar, e dos quais quase todos decidiram permanecer, apesar do conflito. 

A Associação da Terra Santa (ATS) é uma ONG cujo principal objetivo é sustentar os projetos e as iniciativas dos franciscanos da Custódia da Terra Santa, presentes há quase 8 séculos em Israel, Territórios Palestinos, Jordânia, Síria, Egito e as ilhas do Chipre e Rodas. 

Mais informação: www.custodia.org

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Bispo exige que cessem bombardeios no Sri Lanka

Após realizar uma operação humanitária secreta

ROMA, segunda-feira, 19 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- Um bispo do norte do Sri Lanka, ao voltar de uma ação humanitária realizada em secreto para ajudar a população presa na região em conflito, apela ao presidente do país para que cessem os bombardeios contra civis. 

Após ser-lhe negado o acesso ao distrito setentrional de Vanni, onde as tropas governamentais e os rebeldes se enfrentam, o bispo de Jaffna, Dom Thomas Savundaranayagam, se deslocou à região à paisana para avaliar a situação dos habitantes e tomar nota de suas necessidades.

Nesta visita, realizada no mês passado, distribuiu a ajuda de emergência de Ajuda à Igreja que Sofre, a associação católica que apoia cristãos perseguidos e necessitados. Sua visita coincidiu com o reinício das hostilidades depois de que as forças governamentais com base em Colombo conseguiram controlar Vanni após a tomada das cidades de Kilinochi e Parantan. 

Em uma mensagem dirigida à AIS para informar acerca da distribuição da ajuda, ele descreve as estreitezas vividas pela multidão de deslocados que fugiram de povoados presos entre as linhas de fogo do exército e dos rebeldes, os Tigres Tamis. 

Dom Savundaranayagam, cuja diocese envolve o norte do Sri Lanka (inclusive a Península de Jaffna), assinalou também que os sacerdotes e religiosas de Vanni estão convivendo com leigos em pequenas cabanas, e que o clero está distribuindo os auxílios de Ajuda à Igreja que Sofre e fazendo tudo o que é humanamente possível para assistir a população. 

A partir desta viagem, o bispo lançou um apelo urgente ao presidente do Sri Lanka, Mahinda Rajapakse, rogando proteção para os civis. Em sua carta ao presidente, ele descrevia como «o constante bombardeio terrestre e aéreo do exército [...] está causando mortes e feridos entre os civis». 

Dom Savundaranayagam pedia ao governo que desistisse de atacar igrejas e templos nos quais os civis haviam se refugiado buscando proteção. 

Em sua entrevista com a AIS, concedida em Jaffna na terça-feira passada (13 de janeiro), o bispo explica que, apesar de seus pedidos, o governo não cessou o fogo. Lamentando o constante aumento de vítimas mortais civis causadas pelos bombardeios indiscriminados, disse: «É difícil diferenciar entre civis e rebeldes a 20 mil pés de altitude». Segundo assinalou, apesar da carta dirigida ao presidente, «não se tomam medidas, e enquanto o governo insiste em que é preciso libertar a região [...], as pessoas continuam sofrendo». 

O bispo se mostrou extremamente crítico com o conflito armado, e assegurou: «Uma solução militar nunca oferecerá uma solução duradoura a este problema». 

Em 2006, o governo pôs fim à trégua assinada em 2002, com a promessa de uma vitória que poria fim a um conflito que já dura 26 anos e que cobrou a vida de pelo menos 70 mil vítimas mortais. No final do ano passado, a tentativa dos Tigres Tamis de garantir um território próprio se viu ameaçada quando o exército os forçou a estabelecer-se no extremo norte do país.

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Espiritualidade

Meditação para o terceiro dia da Semana pela Unidade dos Cristãos

Os cristãos diante da injustiça econômica e da pobreza

CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 19 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- Publicamos o comentário aos textos bíblicos escolhidos para o terceiro dia da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, 20 de janeiro.

O texto forma parte dos materiais distribuídos pela Comissão Fé e Constituição do Conselho Ecumênico das Igrejas e o Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos. A base do texto foi redigida por uma equipe de representantes ecumênicos da Coréia.

* * * 


Os cristãos diante da injustiça econômica e da pobreza

Lv 25, 8-14

O jubileu como libertação

Sl 146 (145)

O Senhor faz justiça aos oprimidos

1Tm 6, 9-10

O amor ao dinheiro, raiz de todos os males

Lc 4, 16-21

Jesus e o jubileu como libertação

Comentário

Nós pedimos que o Reino de Deus venha; somos desejosos de um mundo em que as pessoas, principalmente os mais pobres, não morram prematuramente. Todavia, a ordem econômica do mundo atual agrava a situação dos pobres e acentua as desigualdades sociais.

A comunidade mundial, hoje, se confronte com a precarização crescente do trabalho humano e suas conseqüências. A idolatria do mercado e o amor ao dinheiro, conforme a 1ª Carta a Timóteo, se mostra logo como “a raiz de todos os males”.

O que as Igrejas Cristãs podem e devem fazer neste contexto? Voltemo-nos juntos para o tema bíblico do jubileu, que Jesus evoca para explicar seu ministério.

Conforme o que é proposto em Levítico 25, no Jubileu se anunciava: os emigrados econômicos poderiam retornar para sua propriedade ao lado de sua família; se alguém tinha perdido todos os seus bens, ele podia também viver com o povo como residente estrangeiro; não se podia emprestar dinheiro com o interesse de cobrar juros no seu compenso; não se oferecia alimento para se tirar proveito.

O Jubileu implicava uma ética comunitária: a libertação dos escravos e seu retorno para suas casas, a restauração dos direitos territoriais, o perdão das dívidas. Para quem foi vítima das estruturas sociais injustas, o Jubileu significava o restabelecimento do direito e a restituição dos seus meios de existência.

O ponto-de-chegada de um mundo que considera “ter mais dinheiro” o valor e o alvo absoluto da vida só poderá ser a morte. Quanto à Igreja, ao contrário, nós somos chamados a viver no espírito do Jubileu e, a exemplo de Cristo, anunciar juntos esta boa nova. Tendo experimentado a cura de sua própria divisão, os cristãos se tornariam mais sensíveis às outras divisões, promovendo a cura da humanidade e toda a criação.

Oração

Deus de Justiça, em nosso mundo há lugares em que transborda comida; mas outros em que não se tem o bastante, com uma legião de doentes e famintos.

Deus da Paz, em nosso mundo há pessoas que tiram proveito da violência e da guerra, enquanto outros, por causa da guerra e da violência, são obrigados a abandonar seus lares e encontrar refúgio em terra estranha.

Deus de Compaixão dá-nos compreender que não podemos viver apenas do dinheiro, mas que somos necessitados da tua Palavra. Ajuda-nos a compreender que não podemos chegar à vida e à prosperidade verdadeira senão amando a Ti, na obediência à tua vontade e aos teus ensinamentos.

Nós te pedimos em nome de Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.

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